Ana Júlia Coelho 24/06/2022Emílio e Pietra se conhecem há 15 anos. Desde a faculdade até seus empregos atuais, os dois nutrem um ódio mútuo de dar medo. Por um acaso (ou não), os dois chegam atrasados para pegar o ônibus para uma viagem até Punta del Este, onde vai ocorrer um evento para premiar o melhor publicitário da América Latina... e o chefe dá a brilhante ideia de Emílio ir dirigindo e dar uma carona para Pietra. Ele aceita essa ideia, mas logo no início dos mais de 700km percebe que vai ser uma viagem muuiiiito longa.
Pietra é uma companheira de viagem que até eu abandonaria no meio da estrada. Chata, mascando chiclete, com o pé no painel... irritante que só ela. E Emílio vai ter que se controlar muito para não a mandar a pé o restante do trajeto. Até que conversas sobre a vida e o passado dos dois faz com que cada um mude a visão que tinha em relação ao outro. Esse foi o enemies to lovers mais foguete que eu já vi.
Achei a história sem sal, meio parada, muito linear, sem altos e baixos, sem despertar emoção por parte do leitor (só o ranço da Pietra, mesmo). Mais um livro que não me marcou com nada, aqueles fáceis de esquecer que foi lido. Os personagens estão presos no carro, e aí começam umas histórias tristes sobre o passado e deu... se apaixonaram. Isso aí foi tão rápido e tão do nada (mesmo sendo previsível, esperava um pouco mais de desenvolvimento e emoção na viagem, tipo uns perrengues, um pneu furado, uma rota errada, qualquer coisa!!!!!!). Até o desfecho da premiação foi totalmente esperado. São só 148 páginas, pra mim faltou um monte de elemento que poderiam agregar à história. Comprei porque um perfil que eu seguia panfletava MUITO ele, e me arrependi gostosinho.
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