Rompendo as correntes do Maafa

Rompendo as correntes do Maafa Anni Domingo




Resenhas - Rompendo as correntes do Maafa


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Gabriela.Pereira 27/01/2024

Profundo
Eu comecei a ler esse livro esperando uma coisa completamente diferente e tive uma boa surpresa conforme fui lendo. A história é narrada por duas irmãs que foram separadas devido ao comércio de pessoas escravizadas, uma sendo adotada por uma família da Inglaterra (que havia abolido a escravidão) e a outra sendo vendida para trabalhar em uma plantação nos Estados Unidos. O livro tem muitos dizeres em iorubá e mostra como é importante resgatarmos nossas tradições e cultura pra mantermos elas vivas. Não é uma história leve, tem muitas cenas que me fizeram chorar mas é um livro que entendo que todos deveriam ler e ter mais reconhecimento, vou atrás de outras obras dessa autora.
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Vanessa.Liandro 15/04/2024

História necessária
Desde que foram separadas após serem capturadas e vendidas Salimatu e Fatmata tem o desejo de se reencontrarem. Salimatu é levada para Inglaterra onde irá viver com a família Forbes e se tornará afilhada da Rainha Vitória. Tornando-se Sarah Forbes Bonetta, a "Princesa Africana" ou "Princesa Negra".
Fatmata é a irmã mais velha de Salimatu. Quando são capturadas nada a preparou para o que destino estava reservando. Sempre protetora em relação a sua irmã, quando separada, sente o golpe de não conseguir protegê-la. Após tudo o que havia presenciado em sua comunidade e sendo vendida por seus próprios irmãos, Fatmata precisará encontrar forças para continuar tendo esperança. Ela é enviada para os Estados Unidos.

O livro é dividido em duas partes. Na primeira, acompanhamos Sarah chegando na Inglaterra conhecendo a família Forbes e sua ambientação naquela nova realidade. No ponto de vista da Fatmata vamos conhecer melhor como era a vida das irmãs em Talaremba até os eventos que as levaram a serem separadas. Na segunda parte vamos acompanhar Fatmata nos Estados Unidos. Sua vida como escravizada em uma plantação onde sofre todos os tipos de violência foi bastante difícil de ser lido. Continuaremos junto a Sarah nessa parte também. Tentando se adaptar aos costumes de uma família que não é sua, ela luta consigo mesma para reprimir quem era antes. Nada do que ela era é aceito com essas pessoas. Seus costumes, seu nome precisam ser esquecidos para que ela seja "aceita". Ela vive tudo isso com apenas 8 anos de idade.

A escrita da autora é bastante sensível, direta e memorável. Maafa, O Holocausto Africano, é um período terrível da história e que nunca deve ser esquecido. Essa obra é enriquecedora em tudo que se propõe. Contar essas histórias é algo que precisa continuar acontecendo mesmo sendo doloroso e essas irmãs exemplificam o que vários povos africanos vivenciaram nesse triste capítulo da história.
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Clarissa 25/02/2024

Uma texto marcado pela violência sofrida pelos negros durante o período de escravidão.
Onde a cor da pele destina o futuro dessas pessoas, que passaram por revoltantes sofrimentos físicos e mentais.
Pessoas capturadas, obrigadas a abandonar seus familiares e país, para trabalharem em outros continentes, seja na lavoura ou dentro das casas de seus donos.
Além dos castigos no tronco, o estrupo também eram comuns... seus donos se aproveitavam, inclusive de crianças.
A história narra o desencontro de duas irmãs que foram capturadas de seu povoado, na África.
As meninas tiveram seus pais mortos e seu povoado morto ou sequestrado. Até que um dia ambas foram separadas.
Fatmata foi vendida e enviada para a América do Norte, para servir na casa de seus donos... também era forçada a ter relações com seu dono.
Salimatu, a irmã mais nova, teve mais sorte, foi resgatada pelo capitão Fobes, que convenceu o traficante de negros, o rei Gezo a dar a menina para rainha Vitória.
A cada capítulo vamos acompanhar o destino dessas irmãs, o que o futuro guarda para as meninas.
O sofrimento, a luta e resiliência das jovens que nunca esqueceram de seu passado e principalmente dos laços familiares.
Um livro que nos faz refletir... a maldade humana contra outros humanos...
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Natália | @tracandolivros 10/03/2024

DUAS IRMÃS SEPARADAS PELA ESCRAVIDÃO
Fatmata quando tinha apenas 10 anos de idade ajudou a mãe que estava em trabalho de parto a dar à luz sua irmã mais nova. A partir desse momento ela e Salimatu desenvolvem um laço inquebrável.

Quatro anos depois a vila delas é atacada e elas são levadas para se tornar escravas. Numa noite elas são separadas, Salimatu é vendida sozinha e levada embora num lombo de cavalo, já Fatmata é jogada num navio.

A história é narrada pelas duas meninas, Fatmata que narra o passado contando sobre a vida na vila, seus costumes e dia a dia. Salimatu, ou Sarah, como passa a ser chamar, narra sobre a vida na Inglaterra, onde vive com o capitão, que a salvou de se tornar um sacrifício num ritual, e do cuidado que a Rainha Vitória exerce para com ela.

Só de falar de escravidão a gente sabe que o livro vai ter um tom pesado, porém tudo ficou ainda mais doloroso quando descobri que Sarah foi inspirada numa mulher real: Sarah Forbes Bonetta, a Princesa Africana, afilhada da Rainha Vitória.

“Rompendo as Correntes do Maafa” tem uma trama bem envolvente e que desenvolve rápido, prendendo o leitor às páginas. Em vários momentos senti nervosismo, medo, ansiedade, mas também senti muito amor em algumas passagens.

O final fica em aberto para imaginarmos o que aconteceu com as irmãs e isso acabou sendo um pouco um balde de água fria pra mim, pois naquele momento achei que estava se encaminhando para algo promissor.

Contudo foi uma história que me ajudou a conhecer essa figura histórica e me deixou com muita curiosidade de pesquisar e ler mais sobre a Sarah na vida real.

site: https://www.instagram.com/p/C35_wzKPfpw/?img_index=1
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Vinicius39 27/03/2024

Jornada que quebra corações.
?No entanto, Maluuma não me ensinou nenhuma planta boa para um coração partido.?

Minha citação favorita do livro e resume o sentimento cortante de acompanhar a jornada das protagonistas e todos os personagens pretos, que ficam encurralados as poucas oportunidades devido ao cenário da época. Gostaria que as protagonistas tivessem uma atitude mais ativa em relação aos acontecimentos da trama, mas isso não tira a beleza do livro.
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