Natália | @tracandolivros 10/03/2024DUAS IRMÃS SEPARADAS PELA ESCRAVIDÃOFatmata quando tinha apenas 10 anos de idade ajudou a mãe que estava em trabalho de parto a dar à luz sua irmã mais nova. A partir desse momento ela e Salimatu desenvolvem um laço inquebrável.
Quatro anos depois a vila delas é atacada e elas são levadas para se tornar escravas. Numa noite elas são separadas, Salimatu é vendida sozinha e levada embora num lombo de cavalo, já Fatmata é jogada num navio.
A história é narrada pelas duas meninas, Fatmata que narra o passado contando sobre a vida na vila, seus costumes e dia a dia. Salimatu, ou Sarah, como passa a ser chamar, narra sobre a vida na Inglaterra, onde vive com o capitão, que a salvou de se tornar um sacrifício num ritual, e do cuidado que a Rainha Vitória exerce para com ela.
Só de falar de escravidão a gente sabe que o livro vai ter um tom pesado, porém tudo ficou ainda mais doloroso quando descobri que Sarah foi inspirada numa mulher real: Sarah Forbes Bonetta, a Princesa Africana, afilhada da Rainha Vitória.
“Rompendo as Correntes do Maafa” tem uma trama bem envolvente e que desenvolve rápido, prendendo o leitor às páginas. Em vários momentos senti nervosismo, medo, ansiedade, mas também senti muito amor em algumas passagens.
O final fica em aberto para imaginarmos o que aconteceu com as irmãs e isso acabou sendo um pouco um balde de água fria pra mim, pois naquele momento achei que estava se encaminhando para algo promissor.
Contudo foi uma história que me ajudou a conhecer essa figura histórica e me deixou com muita curiosidade de pesquisar e ler mais sobre a Sarah na vida real.
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