Marina 07/01/2024
Úmido, seco, quebrado e intenso? é esse livro.
O livro de estreia do Rafhael Peixoto é lacerante.
Apresentado e dividido em 11 contos, é direto, não se demora em longas análises de caso ou em apresentações de personagens, ele tem uma história para contar e nos deslizamos em cada nova história, como se fosse uma única.
A leitura é bem rápida, uma por ter uma escrita livre, por falar sobre temas reais e por nos colocar no centro da narrativa (ora, você pode pensar) mas sim, os contos remetem ao amor, ao passado, ao presente, e principalmente a perda.
E essa perda é muito da morte, mas posso dizer que muito da nossa morte, pois no processo de está vivo, morremos tantas vezes.
Rafha conseguiu transmitir nessas poucas páginas, o renascimento através da dor.
Eu me apaixonei também, pois não é por falar de dor que precisa ser apenas trágico certo?
Vivi momentos onde eu encontrei o amor, o meu amor, o amor do outro, talvez de uma irmã ou de um vizinho. Mas encontrei tanta vida no processo de morte dessas páginas.
Enfim, foi muito triste? olhos úmidos em muitos momentos, boca seca em outros.
Me quebrei com a intensidade desse livro. E ele está aí para quem for tão livre quanto ele.