Felizes os felizes

Felizes os felizes Yasmina Reza




Resenhas - Felizes os felizes


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Michelly 26/01/2023

O absurdo do cotidiano e o fim do ideal burguês
Eu, particularmente, acho essa autora, genial. Não pelo roteiro, mas pela aptidão de conseguir captar minúcias do cotidiano da classe média, que beiram ao absurdo, nos provando, cotidianamente, que no íntimo, ninguém é normal.

São relatos às vezes simples, outras vezes densos, de um cotidiano, cujos personagens estão no mesmo plano de interlocução. O diferencial é que por serem íntimas, adentramos crises de relacionamento, crises existenciais? A impressão deixada é que nas entrelinhas do texto, existe uma grande crise que se alastra. Um árduo processo de contaminação mesmo, quase uma pandemia de pessoas tendo de lidar com uma insana crise chamada vida.
giovanna 26/02/2024minha estante
moça, vc sabe pq a numeração de algumas páginas vem em símbolos?




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nay.gba 07/08/2023

Contos Modernos do Cotidiano
Leitura fluida com contos bem amarrados, com narrativa simples e realista.

Se faz sentido o título da obra Felizes Os Felizes com os contos é cada um quem irá elaborar depois da leitura, já que fica subjetivo.

Gostei da construção dos personagens, achei bem trabalhados e tudo bem entrosado. Ao meu ver, todos possuem falhas de caráter e nem os mais puros foram poupados.

Ressoa em mim, a reflexão sobre escolhas e consequências. Muitas vezes sabemos que estamos errando e continuamos neste caminho mesmo.

Fiquei muito incomodada com as falas dos homens sobre as mulheres, enojada até. Percebi uma normalização do machismo, óbvio que foi intencional e totalmente coerente, mas despertou-me gatilhos.

No fim, contos com um olhar atual da nossa sociedade adoecida. Recomendo a leitura.
Luana1208 06/10/2023minha estante
nossa concordo muito com a sua resenha! e as falas machistas dos homens tb me incomodaram muito




Guilherme.Eisfeld 20/05/2023

Tretas e dilemas interligados
De início chama a atenção dos capítulos com nomes próprios e seu conteúdo com vozes únicas. Ao decorrer das narrativas elas vão se conectando de forma excepcionalmente bem construída. Com conflitos que se intercalam e exaltam a decadência de cada uma delas. Admito que tive que voltar inúmeras vezes para recordar quem era quem, mas possivelmente essa era a proposta. Um retorno e uma releitura em algo que está intrinsecamente conectado.
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Angela594 10/07/2023

Felicidade pueril
O livro brinca com nossa ideia infantil de felicidade, sendo dificil defini-la, por se tratar de um momento, ou um estado de espírito, além de uma pré disposição para senti-la. As histórias são fragmentos do cotidiano, inter-relacionados ou não, provocando discussões e reflexões sobre ela. Muito interessante, irônico e divertido.
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Mariana 17/04/2023

Bagunçado
É um bom livro.
Bem bagunçado e cheio de traições e joguinhos psicológicos entre os personagens.

Em determinado ponto todos os personagens se conectam e faz sentido.
Até chegar a esta parte eu já estava cansada e persisti apenas pela curiosidade.

Não é para mim, entretanto trouxe umas reflexões válidas.
A grande conclusão é que todos fingem viver uma vida plena e feliz, mas protagonizam suas próprias tragédias, dramas e problemas dentro de casa e dentro de si mesmos.

Bom.
(Não chorei)
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Pri_Gejao 09/05/2023

Interesaante
Achei interessante a criação de um livro crujo cada capítulo é sobre um personagem diferente.
A autora escreve sobre cada um deles, de modo com que não pareça que estamos na mesma narrativam. Eles são de fato diferentes no mode de agir e falar.
Alguns chatos, outros interessantissimos.
E conforme o livro avança, a trama dos personagens se encontra, cada qual reservada em seu capítulo, sem um espécie de comunicação.
Aos poucos conseguimos captar fragmentos de cada um, construindo um quase inteiro membro de uma classe média cheia de vícios, virtudes e segredos.
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Milena.Berbel 22/01/2023

Já me rendi no primeiro capítulo
Este livro, definido como um romance, não nos apresenta uma história com início, meio e fim.
Cada capítulo leva o nome de um personagem, cada personagem tem algum tipo de relação com alguns dos demais personagens, mas não há necessariamente uma relação de interdependência entre os capítulos.
O que vemos aqui são microcenas da vida, pequenos flashes do cotidiano de cada personagem, no que há de mais mundano, banal, desesperançoso, algumas vezes até o limite do intolerável ou do quase trágico, mas que nunca se chega lá realmente.
E justamente essa realidade nua e crua nos desconcerta, porque se mostra sem disfarce, sem melindres ou floreios, e muitas vezes (comigo foram muitas) arranca uma gargalhada inesperada porque a ironia da vida está ali presente o tempo todo.
Apesar do título, e do humor sempre presente, não há felicidade alguma estampada nessas páginas. Pelo contrário. O que torna este livro ainda mais real e muito interessante.
Excelente!
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Renata.Mieko 19/04/2023

Parece que estamos lendo contos independentes, mas quando você percebe todos estão ligados.
Um misto de ironia e sinceridade de como a felicidade é um ponto de vista.
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Juliana.Kossovski 09/06/2023

Profundidade humana e sentimentos extenuantes além do que se lê. vale muito a pena a leitura para repensarmos nos laços que fazemos e desfazemos durante a vida.
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Nadja Maria 09/08/2023

Histórias do cotidiano
As crônicas desse livro são curtas mas tem um plot em cada uma delas, os personagens estão ligados sem vc saber de cara!
As histórias são dolorosamente como na vida!
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Bi Bueno 22/12/2023

Felizes os felizes
Todos se conhecem. Todos estão entrelaçados de algum jeito. Mas a forma como cada um vê as mesmas situações e como cada uma interpreta o que acontece ao outro é diferente já que próprio de cada trajetória. E, assim, tudo se complementa.
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Greg.Frees 28/04/2024

Felizes os Felizes - Yasmina Reza
Reza tem uma escrita crua, como a vida. Ela não a romantiza, ao contrário: desromantiza…
Escrito em capítulos curtos, onde cada capítulo é intitulado com os nomes dos personagens desta trama, acompanhamos capítulo a capítulo a vida da burguesia/classe média francesa. Seus capítulos parecem independentes, contos separados, fluxos de consciência. Tudo isso se entrelaça, vai-se encaixando como um grande quebra-cabeça. Cada capítulo nos traz a perspectiva dos personagens, suas vidas, seus desejos, seus anseios - não mais conquistáveis -, arrependimentos e pecados.
Pegamos o livro e esperamos um mar calmo- ora, estamos falando da classe média, da vida serena, da vida não suburbana-, onde possamos colocar nossos pés com tranquilidade. Yasmina Reza já nos retira deste conforto. Ela deseja o desconforto. O primeiro capítulo é uma discussão - seguido de agressão - do casal Toscano. Quando nossos pés esperam a calmaria das primeiras ondas, recebem a tempestade do alto mar.
Esta tempestade vai aumentando conforme adentramos nesse mar. Os felizes estão em pleno caos marítimo, mas disfarçam e tocam seus violinos. Ora, não estamos todos tocando nossos violinos? Não estamos todos em uma guerra interna e não bastando o ataque a nós, atacamos os outros? Somos os piratas das vidas alheias e das nossas próprias. Deixemos os devaneios e voltemos ao livro!
O sexo oral com a nota de dinheiro sendo esfregada no rosto, a deglutição da carta do baralho, o sarcasmo cortante sobre a morte, as traições. A vontade de não estar ali, a vontade de não estar com a pessoa que casou, a vontade de não estar com ela nem depois da morte, a vontade de não estar ali sozinho, a vontade de não estar consigo mesmo, a vontade de não estar ali vivendo. O alívio para os felizes é apenas um: serem cinzas e nadarem eternamente sobre as águas.
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