Resenhas - O Incrível Homem que Encolheu

dvdfranco 14/05/2012

Muito bom!
As histórias deste livro são muito boas e gostosas de ler. Só não dou 5 estrelas devido às mesmas serem ditas "histórias de terror" - não há terror nenhuma nelas, se comparar com outro livro do Matheson, "Eu Sou A Lenda", onde as histórias de lá eram realmente perturbadoras (uma espécie de terror psicológico, eu diria).

Talvez minha resenha esteja limitada ao tentar comparar com o único outro livro que eu havia lido do Matheson, mas é isso aí. De qualquer forma, achei delicioso ler sobre o homem que encolheu, e conhecer a primeira versão do conto A Caixa. É um livro que vale a pena!

Franco 22/07/2011

Contos ótimos e atrativos. É difícil achá-los chatos. São envolventes e acabam com finais cheios de reviravolta. Não à toa, a maioria dos contos tem suas versões para o cinema.

E o que me pareceu mais bacana na escrita do Matheson é que ele faz ficção mas cheio de sutis discussões bem 'reais' sobre diversos temas. Não é uma ficção vazia ou gratuita.

Assim, neste livro, a história principal e mais longa - O Incrível Homem que Encolheu - serve para pensar muitas coisas e até brincar de encontrar metáforas por detrás dela.

Mas se isso parecer cansativo, basta ler e desfrutar de cada uma das linhas. É emoção na certa: terror, drama, comédia, aventura.

Uma leitura que realmente compensa!

André L. Pavesi 25/03/2011

Verdadeiras aulas do ofício de escrever
Cinco estrelas para esse livro é pouco!

Além da história que dá título ao livro, que é muito mais profunda e complexa do que uma leitura rápida permite captar, o grande destaque é o conto "O Distribuidor", simplesmente genial.

A obra de Matheson fala por si só, seu extenso trabalho em livros, scripts para cinema e televisão (alguns dos melhores episódios de Twilight Zone sairam de sua pena) ajudou a definir grande parte do cenário de literatura fantástica do final do século passado.

Outro destaque é para o conto "O Encurralado", que deu origem ao roteiro do primeiro filme dirigido por Steven Spielberg.

Cyn 27/12/2010

A Caixa
Quem cresceu, como eu, assistindo episódios de Além da Imaginação certamente deve lembrar do episódio "A Caixa".

Acho que foi o melhor episódio que assisti dessa série. Gostei tanto que, ficava sempre torcendo para ser reprisado e fazendo propaganda dele para os amigos, mas só consegui rever muitos anos depois com a chegada do YouTube.

Sou fã do Richard Matheson há bastante tempo, desde que li "Em Algum Lugar do Passado" e mais ainda depois que comprei em um sebo um livro chamado "Eu Sou a Lenda" que foi publicado originalmente pela Francisco Alves (também, pela mesma editora, com o título "A Última Esperança da Terra") e que na época pré-Will Smith ninguém conhecia e estava super esgotado.

Assim foi com bastante animação que escolhi esse como o primeiro conto a ser lido no livro. Comecei a ler e... DECEPÇÃO. É aquela velha história, quanto maior a altura, maior é a queda...


A premissa é basicamente igual. Um casal recebe de presente uma caixa de madeira simples com uma tampa de vidro. Nessa caixa há um botão e lhes é dada uma expllicação sobre o funcionamento da caixa. A pessoa que apertar o botão deve ficar ciente que ao fazê-lo causará a morte de uma pessoa que não conhece e ao fazer isso receberá certa quantia em dinheiro (U$50.000,00 no conto e U$1.000.000,00 na série) sem maiores burocracias.

Bom, não dá para continuar a falar sem começar com spoilers, então se você não viu a série nem leu o conto pare por aqui e, eu recomendo, veja o episódio ANTES de ler o conto...


SPOILERS


Segue-se então toda uma discussão ético-filosófica do casal sobre apertar ou não o botão e sobre quem poderia morrer caso apertassem o mesmo.

Por fim, meio que sem acreditar na história da caixa a mulher aperta o botão. É nesse momento que o conto e a série se dividem.

Na série imedatamente batem na porta e a pessoa que explicou o funcionamento da caixa paga U$1.000.000,00 para a mulher, recolhe a caixa e se prepara para ir embora. A mulher então pergunta o que ele fará com a caixa e recebe a resposta "Ora, irei entregar para outra pessoa...". Quando ela pergunta para quem a caixa será entregue ele responde que não pode dizer, mas que garante que é alguém que ela não conhece. É então que toca o tanananananana da série enquanto ela entende as conseqüências.

No conto, após apertar o botão a mulher recebe um telefonema avisando que o marido sofreu um acidente e morreu. Ela lembra então que ele tinha um seguro de vida de U$25.000,00 cujo prêmio dobrava em caso de acidente. Quando a pessoa que lhe entregou a caixa liga para saber se ela recebeu o dinheiro e ela reclama dizendo que deveria morrer alguém que ela não conhece recebe a resposta "E você realmente achava que conhecia seu marido...".

Pois é, mediano esse final e além de tudo ainda achei meio "A Pata do Macaco" do W. W. Jacobs, repaginada sem os outros dois pedidos.

Enfim, acho que a decepção maior foi saber que quem transformou a história de mediana em sensacional foi um roteirista do Além da Imaginação. Esperava mais do Richard Matheson.

Ah sim! Esse conto rendeu ainda um filme bizarramente ruim, passado nos anos 70 com a Cameron Dias. Para descrever o que achei do filme, em poucas palavras, só mesmo usando uma expressão que um amigo adora: É CILADA BINO!