Resenhas - A princesa de brinquedo

Juliane.Teixeixa 24/05/2024

Achei muito bom esse! Como o comportamento foi mais relevante do que o sentimento. Mas no final ambos ficaram com aquilo que desejavam.

beadarkbooks 30/05/2024

A Princesa de Brinquedo
Uma princesinha vivia muito infeliz em seu castelo, pois nesse lugar, ninguém podia dizer não, fofocar sobre outras pessoas, muito menos desobedecer as ordens. Todos tinham que manter a classe e manter as boas aparências. Até que um dia a fada madrinha observou a princesinha e ao ver o quanto ela estava pálida e infeliz, a fada madrinha teve a ideia de ir até uma loja de brinquedos e pediu para o homem fazer uma boneca parecida com a princesinha, mas que jamais se comportasse mal.

Quando a boneca ficou pronta, a fada madrinha foi buscar, depois ela deixou a boneca no quarto da princesinha e logo em seguida levou a princesinha para uma cabana bem longe do castelo. Ninguém do castelo percebeu a troca, pois a boneca estava agindo de forma educada e nunca dizia não.

O tempo passou, a princesa cresceu e se tornou uma linda moça. A boneca também cresceu, mas quando chegou o momento do rei passar a coroa para a princesa, a fada madrinha decidiu trazer a princesa de volta para o castelo. Mas o aconteceu logo em seguida, deixou a fada madrinha espantada.

Minha opinião: Tive uma ótima experiência lendo ?A Princesa de Brinquedo?. Adorei a história e a mensagem que ela trás no final. A arte é muito bonita e tenho certeza que vai encantar outros leitores.

Raquel Souza 16/05/2024

?E pensar que, mesmo depois de perder a cabeça, ela se comportou tão bem, dizendo apenas: ?isso mesmo?.

Bem, essa citação para mim já resume o tema central da história.

Ursula é uma princesa de um reino totalmente apático, onde as pessoas são proibidas de chorar, de demonstrar afeto e até mesmo de se cumprimentar.

Ursula sofre por não ter amigos, por viver nesse reino onde ela não pode se quer chorar ou reclamar. Até que sua fada madrinha a sequestra e deixa em seu lugar uma princesa de brinquedo que só se expressa com ?é claro?, ?é isso mesmo?, ?obrigada?.

Em certo momento, o rei e seus conselheiros precisam escolher entre a verdadeira princesa e a princesa de mentira para assumir o comando do reino.

Esse é um conto que deixa claro como a sociedade da época queria suas mulheres: caladas e dependentes. Um retrato que infelizmente ainda vemos em pleno século 21.

A escrita é simples, a leitura é fluida e sem contar na beleza da ilustração de capa.

Tally 06/06/2024

Amei a capa, achei linda demais, mas a história não me cativou e eu fiquei extremamente chateada ao ver que o mundo prefere a mentira de um brinquedo do que a vida de uma princesa.

CauãEdu22 25/05/2024

Uma história mediana, mas interessante
A princesa de Brinquedo, foi o primeiro conto que li nesse ano, motivado a minha volta as leituras depois de muito tempo com uma ressaca literária incrivelmente longa. Esse é o conto do mês do clube "Sociedade das Relíquias Literárias" o qual recentemente virei assinante.

Sobre o conto em si, entrei com uma expectativa muito grande nessa leitura, estava lendo no caminho para a faculdade e queria algo interessante para passar o tempo.

As primeiras páginas me trouxeram uma ideia muito interessante sobre o sofrimento de viver em um mundo de aparências aonde ninguém pode demonstrar seus sentimentos e pensamentos próprios, vivendo como uma pacata sociedade educada com todos. Até a metade do conto estava achando extremamente interessante o desenvolvimento da vida da princesa, mas após a volta da princesa ao reino apenas para demonstrar que eles haviam se tornado uma sociedade tão superficial que não se importavam em ter uma boneca de pano no lugar dela, comecei a achar um conto bastante simples demais.

Achei a reflexão e a crítica que o conto trouxe extremamente interessante principalmente para os dias atuais, mas na minha percepção geral, foi um conto muito simples e mediano sem muitas coisas interessantes acerca do desenvolvimento dele em si

Stéphanie 28/05/2024

A princesa de brinquedo
É realmente triste pensar que, no final, aquele reino preferiu viver da aparência e da etiqueta do que considerar os sentimentos e a felicidade como prioridade.

Dri 09/05/2024

Um conto de muito conteúdo.. Expõe os efeitos da repressão em mulheres, principalmente. Um texto corajoso publicado na era vitoriana. Esse sim, merece o título de Relíquia da Sociedade Literária.

MykaaMoon 14/05/2024

Gostei bastante deste conto!!

Esse trecho aqui em específico;

"Quando estavam com aquela princesa feita de
madeira e couro vocês a tratavam
muito bem, mas, agora que têm uma mulher de carne e osso, nenhum de
vocês gostam dela!"

Precisa nem escrever muito sobre o conto, esse trecho define bem a proposta ?

Lucas 16/05/2024

Simples e bom, maaaaaaaaaaaaaaas....
Eu gostei bastante da história, sério, mas teve uma coisa, na verdade uma personagem, que me incomodou bastante.

Me refiro da fada Trombera. Ao perceber que a princesa de um reino vivia infeliz, pois no reino onde vivia qualquer expressão de sentimentos era mal vista (fosse de alegra, tristeza, raiva, enfim) a fada leva a pequena princesa Ursula, na época com 5 anos, até uma cabana onde viviam um casal de pescadores.

Sabendo que simplesmente não podia raptar a princesa, Trombeta encomenda uma boneca que é completamente educada e segue os padrões bem vistos pela sociedade do reino (sem expressar suas emoções), essa boneca cresce como se uma pessoa fosse. Voltado a Ursula, em sua nova família a menina cresce em um ambiente onde ninguém a censura por expressar suas emoções.

E aqui começam minhas críticas, ela rapta uma menina, sem avisar a ninguém simplesmente porque acha o correto?!?! Tudo bem que as intenções dela eram boas, mas isso não justifica tal comportamento, o pai não podia ter sua filha sequestrada. Trombeta poderia ter feito muitas outras coisas, tentar conscientizar as pessoas do reino (o que é bem dificil, admito), tentar então conversar com o rei e pedir para levar a princesa para outro lugar, porque ali ela era infeliz (o que era mais fácil) mão sair fazendo o que fez.

Enfim, os anos passam e a coisa só piora quando o rei queria passar o reino para a princesa-boneca. Vendo a situação, Trombeta explica tudo a todos do reino, e NINGUÉM a crítica, tratam o rapto da menina como uma fatalidade do destino. Enfim, ela leva a verdadeira Ursula ao reino, mas a menina se sente infeliz lá, e ninguém ali gosta dela. Ai, furiosa, Trombeta critica a todos, chamando-os de tolos e de que eles não tratavam bem uma princesa de verdade.

Ora, era claro que ninguém estava tratando ela bem, e que havia uma difícil a convivência, porque a menina CRESCEU EM UM LUGAR COM UMA CULTURA DIFERENTE. O que a fada esperava?! E quem ela acha que é para criticar todos do reino. Certo ou errado, o modo de todos conterem seus sentimentos fazia parte da cultura do lugar, a Trombeta aje como a estrangeira que já chega julgando a cultura alheia como errada, e não entendendo que existem diferenças!

Enfim, ela leva de volta Ursula para sua antiga família, e todos vivem felizes lá. No reino, todos preferem a princesa de brinquedo, e acabam vivendo felizes também, em terem a boneca ao invês da princesa verdadeira. Eu entendi a critica da autora a cultura de conter os seus sentimentos, de como isso é errado e oprimi, entretanto, a forma como foi desenvolvido só me fez ter raiva da Trombeta, em especial pela história tratar ela como uma heroina, quando na verdade ela está totalmente errada e nunca tem ninguém para sequer criticar suas ações.

Eu sei, eu sei, é uma história infantil, mas eu não consigo não fazer essas reflexões. Dito tudo isso, apesar da raiva que senti da Trombeta e seu comportamento que não procura entender uma cultura diferente, gostei muito do conto!

indyr 27/05/2024

Notas de rodapé
Sétimo conto da Sociedade das Relíquias Literárias que li esse ano (dando continuidade ao meu desafio pessoal), sendo essa a relíquia 050, do mês de maio de 2024.

Particularmente, achei esse conto adorável, me senti genuinamente feliz pela personagem. Só fiquei foi com pena da mãe dela kkkk. O texto faz crítica a certos padrões de uma forma discreta, mas interessante. Também gostei muito da escrita da autora e da próposta de trazer um conto sobre liberdade e independência de uma mulher para a época que foi escrito.

E fico pensando que me parece impossível uma criança se desenvolver tanto física quanto mentalmente se não houver estímulos para isso, já que responder "sim" e "não", não exige muito.