A Vida Mentirosa dos Adultos

A Vida Mentirosa dos Adultos Elena Ferrante




Resenhas - A Vida Mentirosa dos Adultos


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Mila F. @delivroemlivro_ 05/10/2023

é um livro incômodo, desconfortável e por isso extremamente real
Saudações Leitores!

Finalmente vim trazer meu parecer sobre um livro de Elena Ferrante (pseudônimo de um(a) escritor(a) italiano(a)), o tão aclamado A VIDA MENTIROSA DOS ADULTOS, que recentemente ganhou adaptação para uma série na Netflix.

Em A VIDA MENTIROSA DOS ADULTOS iremos acompanhar a passagem da infância para a adolescência de Giovanna, bem como seu contato com a perda da inocência e a realidade nua e crua da vida mais adulta. Vamos literalmente acompanhar o exato momento que marca essa passagem e como a protagonista vai perdendo sua inocência e se transformando, tendo opiniões e ações embasadas no meio em que vive e nas suas recentes descobertas.

"Foi assim que, aos doze anos, soube pela voz do meu pai, sufocada pelo esforço de mantê-la baixa, que eu estava ficando igual à sua irmã, uma mulher na qual - eu o ouvira dizer desde sempre - feiura e maldade coincidiam perfeitamente."

Giovanna vai passar por gatilhos emocionais e físicos no momento dessa transição para a vida mais adulta, sobretudo quando começa a perceber as transformações em seu corpo, mostrando um novo conceito de beleza de acordo com suas curvas e traços, bem como sua mudança de comportamento.

O fim da infância pode ser percebido de diferentes formas por cada pessoa, mas uma delas também é o que concerne a quebra da perfeição com que é possível ver os pais, que deixam de ser heróis e passam a ser tão somente seres humanos. Associado a isso, Giovanna também vai entrando na fase da rebeldia, do anseio por ser amada por todos, o desejo de ser aceita, a frustração religiosa e a busca regular por respostas.

Para completar todo esse mix de sentimentos, sensações e reflexões que Giovanna passa temos as experiências que todas as meninas-mulheres passam e que não ficam mais fáceis ao longo da vida (é uma constante que irá nos acompanhar): a mudança de comportamento das outras pessoas frente ao corpo feminino, os olhares grosseiros, a sexualização e objetificação do corpo feminino, a falta de respeito com que muitos nos tratam apenas por sermos mulheres. Mas no meio desse arsenal de mudanças também há aquelas percepções internas e subjetivas como a descoberta do autoprazer, a descoberta da sexualidade, as primeiras paixões o desejo carnal e ao mesmo tempo sublime.

"Aprendi a mentir cada vez mais para os meus pais, No início, eu não dizia de fato mentiras, mas, como não tinha força para me opor ao mundo sempre bem conectado deles, fingia acolhê-lo e, enquanto isso, recortava para mim uma estradinha que devia se abandonada às pressas ao primeiro sinal de cara fechada."

Acompanhar o amadurecimento de Giovanna em A VIDA MENTIROSA DOS ADULTOS é algo que nos coloca de frente com nossas próprias experiências (se você for mulher) e ao mesmo tempo é desconfortável ver que a perda da inocência nos torna cruel, maldosas, interesseiras, ainda mais egoístas e estrategistas, porque é impossível levar a vida de forma mais leva após tantas transformações.

Além disso, ainda vamos acompanhar em A VIDA MENTIROSA DOS ADULTOS outro agravante para as mudanças de Giovanna: os dramas familiares. A traição do pai, a suposta traição da mãe, a quebra de relações com a família do pai, a brutalidade de um amor proibido e as enormes expectativas dos outros que recaem nos ombros da personagem e a rebeldia de ir contra todas as expectativas e traçar um caminho só seu.

"Eu não conseguia mais ser inocente, por trás dos pensamentos havia outros pensamentos, a infância tinha terminado. Eu me esforçava, mas a infância fugia, as lágrimas que eu sentia o tempo todo nos olhos eram o oposto de uma prova de inocência."

Ao longo de toda a leitura de A VIDA MENTIROSA DOS ADULTOS senti-me desconfortável e é exatamente por conta desse desconforto e das características tão reais da protagonista que percebo que o livro foi bom: reflexivo, incômodo, um tapa na cara. temos uma anti-heroína, uma personagem que não é de todo má, mas não é boa, ela não quer ser o saco de pancada de ninguém, por vezes ela vai contra as regras, valores e convenções sociais para conquistar o que quer. A vida é sobre isso e nós, adultos, tentando mentir para todos criando a impressão de que somos regidos 100% pela moral, ética e bons costumes quando, na realidade, sabemos que burlamos qualquer coisa para conseguirmos nossos objetivos.

Leitura mais do que recomendada! Minha primeira experiência com Elena Ferrante foi um sucesso absoluto. Boas Leituras e até o próximo post!

site: www.delivroemlivro.com.br
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Monik Lemos 04/10/2023

A vida do jeito que é
Comecei esse livro porque li uma amostra e gostei, ficou meio fraco no meio mas de um modo geral me prendeu. É interessante ver a construção da personagem, crescendo e descobrindo as mentiras que os adultos contam, o que pregam e o que realmente fazem, no fundo somos todos hipócritas tentando justificar ações algumas vezes injustificáveis, a protagonista cresce vendo seus pais cagarem regras e se sentirem superiores e a fazem acreditar que são diferentes dos meros mortais, sem dar spoiler vemos que não é bem assim. É um livro sobre a vida, é diferente de tudo que já li.
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Beatriz3345 03/10/2023

Um 4 mas também poderia ser um 3,5 ou um 5, não sei
Primeiro livro que leio da Ferrante e não sei se foi a melhor introdução a obra dela. É um livro muito bom, e ainda assim, não sei muito bem como descrevê-lo, mas vamos lá:

A narrativa é em primeira pessoa e a história marca a passagem da infância, adolescência e o início bem precoce da vida adulta (e a percepção sobre os adultos) da protagonista;
Os personagens, e em especial os masculinos, são muito falhos e até repugnantes. A história caminha entre o reconhecimento dos complexos e contradições que cercam as pessoas, e como perceber isso nas pessoas que amamos, nas quais buscamos segurança na infância, também revela em nós as nossas próprias falhas, desaforados e frustrações. Os sentimentos vão dá admiração ao desprezo, do reconhecimento ao estranhamento, da paixão à violência...

Os capítulos são curtos e estão divididos em sete partes. A personagem diz ter ótima memória, mas também narra admitindo lacunas ou por vezes deixando que possamos interpretar sua história como uma de suas mentiras.

O final talvez decepcione alguns. É simbólico e de certa forma "em aberto", porém podemos entender que o material usado na narrativa até então, nos fornece o suficiente para imaginar o que virá a seguir, ou ter ao menos a impressão do que será daquelas personagens em seus próprios termos.

Obs: a história não fixa um tempo, mas pelo contexto, imaginei que se tratasse da Itália entre o final dos anos 60s até os 80s, talvez? (Posso ter deixado algo passar) Não tenho certeza, mas com certeza não se passa no nosso presente.
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Mariana 02/10/2023

Durante essa leitura foi uma mistura de sentimentos, me senti desconfortável com cenas sexualidades demais para uma pessoa tão jovem, e conforme o tempo vai passando o ponto inicial do livro, que seria a comparação negativa da tia de Giovanna passa a parar de fazer sentido.

Os pais também ficam ausentes conforme o tempo vai passando.

E o amor platônico por Roberto toma espaço na trama.

Eu compreendi a mensagem que a autora quis passar, porém deixou muitas pontas soltas.
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Mariana 02/10/2023

Esperava mais
Já li alguns livros da Elena, inclusive a tetralogia e esperava mais desse. A escrita dela me encanta, porém achei a história sem sentido, detestei o final! Fui até olhar pra ver se tinha mais umas páginas escondidas! Kkkkkk
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Lele 28/09/2023

Confusa
Que livro incrível!!

Confesso que ainda estou tentando entender meus sentimentos, algumas coisas aqui presentes são muito pesadas.

Elena deixa de presente para nós leitores um final aberto que com toda certeza jamais sairá da nossa mente
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Evellyn.Camargo 27/09/2023

Não leria novamente ..
Eu li tantos comentários e resenhas de como o livro era bom, que tinha uma leitura fluida e uma história bem desenvolvida, como tratava os problemas da adolescência e a dificuldade em crescer de forma nua, crua e verdadeira que me sinto até mal de criticar.

Sinceramente, eu não consegui enxergar tudo isso, os problemas são meio exagerados sem contar em suas reações grosseiras. Não digo que em certas coisas ela não tem razão, mas sim que poderia ter lidado de maneira diferente. Tem descrições demais e algumas nem necessárias são, porém os personagens são mais realistas em questão de caráter principalmente quando falamos sobre os olhares com segundas intenções e suas formas de agir e pensar também.

Algumas cenas fizeram com que eu me sentisse desconfortável e também enojada, não consigo entender sua decisão e seus motivos no final do livro, tento não julgá-la mas se ela tinha tanto desejo de ser amada e de ter uma boa experiência nessa questão que até mesmo no final ela mesma disse que não tinha pressa em fazê-lo e mesmo assim fez e daquela forma. Sem contar que não teve um plot twist verdadeiro.

Enfim, não é um livro que eu recomendaria e que me arrependo um pouco de ter lido.




Primeira ?resenha?
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Natalia.Tamaio 25/09/2023

Elena Ferrante sendo Elena Ferrante, como sempre...
?Eram dois pais diferentes daquele que eu amava, e comecei a descobrir a existência deles por volta dos sete ou oito anos, ao ouvi-lo discutir com amigos e conhecidos que às vezes iam à nossa casa para reuniões muito acaloradas sobre problemas dos quais eu não entendia nada.?
?
Um livro que traz a história de Giovanna, adolescente, deparando-se com a verdade dos adultos que vivem à sua volta enquanto cresce. Tão simples quanto isso, tão denso e dramático quanto qualquer obra da autora Elena Ferrante. Esse foi o 2º livro de Ferrante que li e já é consolidado: AMO a maneira como essa mulher escreve, como ela não esconde as vísceras de nenhum personagem, como eles são todos brutalmente reais e honestos conosco, os leitores. Você começa a ler uma obra de Ferrante e entra na cabeça da protagonista ? então vê Giovanna se sentir rejeitada pela família, descobrir-se ?toda errada? aos olhos dos pais, e descobrir que, pior: ela, que já foi a filha amada, está cada vez mais parecida com aquela tia que eles sempre odiaram.
?
Pra quem já leu A Filha Perdida, também de Ferrante, me chamou a atenção o fato de mais uma vez a escritora colocar um objeto alegórico na história: a pulseira que era da tia, que passa a ser de Giovanna, e que passa por tantos outros personagens ? tal qual a boneca extremamente simbólica que Elena coloca em A Filha Perdida.
?
A leitura flui até os 50% do livro; depois, parece que Ferrante não sabe para onde vai levar a história, mas ela amarra tudo muito bem, a ponto de acontecer um ?quase plot twist? surpreendente na reta final ? digo quase porque é uma situação que não chega a acontecer, mas nos assusta apenas pela possibilidade, rs. O final também é digno da Giovanna que descobriu tudo o que descobriu sobre aqueles que a rodeavam.
?
Frases:

?Eu, por outro lado, escapei para longe e continuo a escapar também agora, dentro destas linhas que querem me dar uma história.?

?Se você não fizer essa coisa em toda a sua vida como eu fiz, com a paixão que eu fiz, com o amor que eu fiz, e não digo onze vezes, mas pelo menos uma, é inútil viver.?

?Procurava significados para contornar aquela impressão de pouca inteligência em pessoas que tinham tanta.?
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mariana 22/09/2023

Meu deus q livro incrível
eu to mt apaixonada nessa autora, a única coisa ruim é que não tem continuação
elena ferrante faz bem tudo que se propõe a fazer, história incrível, real e maravilhosa amei d+
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Anita Pêssego 19/09/2023

Da série: Casos de Família ?
Uma confusão de sentimentos. É uma leitura mais densa porém fluída. Tem uma pegada de história baseada em fatos reais. Nada de contos de fada é a verdade nua e crua da transição da infância para a vida adulta.

Narrado em primeira pessoa pela personagem Giovanna Trada.
Seu núcleo familiar perfeito se desmorona com a descoberta de uma tia que lhe revela as relações familiares conflituosas do pai, segredos, traições, também aborda seu amadurecimento físico e sexual.
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Andrea 17/09/2023

Envolvente
A leitura me prendeu bastante, tanto que fui pega de surpresa com o fim. O estilo da Elena Ferrante me passa uma sensação de crueza, como se alguém permitisse que a gente espiasse dentro da sua cabeça e lesse até os pensamentos mais íntimos, aqueles que não fazem sentido.
Acho que o livro retratou bem os conflitos da adolescência, quando você passa a se dar conta das incoerências e dos defeitos de seus pais e passa a ter raiva de cada pequena coisa que eles fazem. Mostra bem como funciona aquele impulso que leva o adolescente a fazer coisas para desagradar seus pais, mas acaba sofrendo e se machucando com determinadas escolhas.
Enfim, bem ao estilo da autora mesmo.
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Gabriela 11/09/2023

Interessante
Não amei, mas é interessante o desenrolar da história e o fato de que se passa em Napolis. Vale a leitura.
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Duchesse 05/09/2023

Não decola
É a história de uma adolescente chatinha que se faz de vítima quando descobre que o mundo não é cor de rosa. A história simplesmente não decola e os personagens e as relações entre eles também ficam aquém das expectativas, além de serem, em alguns casos, completamente inverossímeis.

O livro aborda vários temas espinhosos que, se desenvolvidos, poderiam render um livraço, mas, infelizmente, fica no lugar comum.
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Isadora 30/08/2023

Os desafios e as mudanças de uma realidade tão complicada: amadurecer.
Achei a leitura muito cansativa em diversos momentos. Senti que a autora tentava enrolar a história falando de personagens que, ao meu ver, não fazia sentido. Mas um ponto que vale a pena salientar é a forma como ela descreve tão bem esse turbilhão de sentimentos e pensamentos inevitáveis do crescer, amadurecer, mudar e ver que a realidade de ser adulto não é tão perfeita como pintamos quando mais novos... Parece que ela simplesmente vivenciava todas essas mudanças ao passo que escrevia a história, o que me prendeu muito.
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Ariane 28/08/2023

Gosto muito da escrita de Elena Ferrante. É hipnotizante, verdadeira e articulada na medida certa. Li esse livro depois da tetralogia d'Amiga Genial e me decepcionei um pouco pois demorei pra engatar na leitura (o que definitivamente não aconteceu com os outros quatros). Não acho q se compara a tetralogia em genialidade, mas esta se faz presente de qualquer forma. Mas fico feliz de ter começado pela tetralogia. Acho q se tivesse começado por esse, não teria tido vontade ou curiosidade de ler A amiga genial. De qualquer forma, não me arrependo da leitura e é uma estória muito bonita de transição entre a infância e a adolescência, muito bem narrada por Ferrante.
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