O mar

O mar John Banville




Resenhas - O Mar


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Hudson40 05/11/2023

Memórias da infância e da vida adulta narradas de forma poética e, muitas vezes, dramática. John Banville une a sensibilidade da alma humana à crueza do cotidiano e das relações familiares, em um romance magistral, vencedor do Man Booker Prize em 2005.
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Jheny.CorrAa 05/02/2023

Muito bom!
O livro tem uma narrativa incrível. É uma reviravolta muito boa! O final é patético mas também é surpreendente.
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Leila 03/01/2023

Por aqui nós somos teimosas e não desistimos de um autor ou autora na primeira tentativa (com raras exceções) e mesmo tendo odiado O livro das evidências do John Banville, resolvi arriscar mais um, título esse que está no 1001 livros para ler antes de morrer e que também ganhou o Booker Prize em um ano aí, mas... de novo não rolou química, apesar de ter gostado mais desse do que a experiência anterior que foi pra lá de sofrível. Acho que a única coisa legal aqui foi realmente o mar, que a gente sente vivo e constante durante toda a leitura. Acho que nunca comentei com vocês mas eu simplesmente amo o mar e ao mesmo tempo o temo muito, tenho o maior respeito por sua força e imensidão, porém me acalma demais sentar À beira mar e ouvir as ondas, não sou do sol e nem da bagunça de turistas (afinal moro em região praiana e fujo disso) meu horário de ir à praia é sempre no finalzinho de tarde só pra ouvir mesmo o seu som e receber no rosto a brisa que vem dele. Enfim, já divaguei sobre o mar e o livro que é bom não falei muito, mas nem sei mesmo se tenho o que falar sobre, além de que é um livro sobre luto, sobre rememorar a infância e suas descobertas, um livro nostálgico até, eu diria. Tem um quê proustiano a narrativa não linear e é até interessante a sua estrutura. Não é um livro de todo ruim, mas também não me arrebatou como eu sempre espero que aconteça. Então, sigamos pro próximo... e quanto ao sr. Banville não sei se ainda terá carreira comigo,rs
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Lua 18/05/2022

Max é o narrador que conta sua história em um ciclo não necessariamente em ordem. Ele oscila entre passado, presente e um pouco do futuro. Muito bom poder acompanhar tanto drama vivido pelo personagem e saber que de alguma forma, no final, as coisas se ajeitam e ficam bem.
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Ediandra Campos 07/09/2021

Agoniante
A narrativa me lembrou um pouco a Clarice Lispector, que fazia um trabalho incrível em nos fazer sentir uma sensação esquisita de inquietude (pelo menos é assim que eu me sinto quando leio algo dela). O sentimento ao longo da leitura de 'O mar' foi de uma agonia terrível, ouvindo o personagem, logo ao se deparar com a morte, narrar com tristeza tudo o que tinha vivido.
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romulorocha 16/05/2021

O mar, de John Banville - Nota 8/10
John Banville é um escritor irlandês, romancista, adaptador de peças de teatro e guionista. O autor já foi vencedor de diversos prêmios literários de grande renome, como Man Booker (2005), Franz Kafka (2011) e Prêmio Princesa das Astúrias (2014).

O mar conta a historia de Max, um historiador irlandês idoso, que volta à sua cidade natal depois de viver boa parte dos anos em Londres. A cidade litorânea, que não tem seu nome citado, guarda em cada pedaço de si as lembranças de um passado que Max durante muitos anos não ousou lidar. Agora, mais maduro e ainda vivendo o luto de sua esposa Anna, ele irá desbravar um universo que só os que já deixaram memórias e oportunidades para trás irão compreender com destreza.

O livro é narrado em primeira pessoa e segue uma ordem cronológica das lembranças do personagem. O personagem principal é muito bem descrito, principalmente sobre seus aspectos psicológicos. Possui um vocabulário muito bem elaborado.

Eu senti falta de um clímax no enredo, o que talvez tenha sido usado de propósito pelo autor. Infelizmente, leituras assim acabam me desmotivando e não me prendem tanto. Mas nada que desmereça a riqueza da obra.

#resenhasdoromulo
#omar
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Cris Aragão 23/12/2020

Felizmente eu não desisti de John Banville mesmo não tendo gostado muito dos 2 livros que li. O Mar é maravilhoso, um livro curto que fica com o leitor por muito tempo.
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Vann.Deodato 13/04/2020

Não curti
Achei bem ruinzinho
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Nath Mel 09/04/2020

Banville tem uma narrativa descritiva e muito poética que conta a história de Max, um idoso que volta a casa de veraneio após a morte da esposa. Ao observar o mar , começa a refletir sobre sua infância naquele lugar.

O livro intercala entre as memórias do passado e suas reflexões sobre o tempo, arrependimentos e morte.
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smarcony 12/01/2019

Não gostei
Apesar do modo narrativo sem diferente, a história não me prendeu e foi difícil chegar no final.
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monique.gerke 07/11/2018

Embora tenha gostado dessa alternância entre as memórias do passado e os fatos do presente, achei a narrativa cansativa ao extremo. Foi difícil terminar..
O que acho triste, pois sinto de alguma forma que o estilo de escrita do autor é bem parecido com a de uma escritora que gosto muitíssimo: Virgínia Woolf..principalmente no que tange a fluxo de consciência,
Não consigo entender o porquê dessa leitura não ter fluido..
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Leila de Carvalho e Gonçalves 12/07/2018

O Azarão
Quando "O Mar" venceu o cobiçado Man Booker Prize em 2005, o espanto foi geral. Considerado o azarão entre os indicados, a premiação fez justiça a um dos mais talentosos escritores da atualidade, o irlandês John Banville. Considerado complexo e elitista, esse inesperado reconhecimento atraiu maior atenção para sua obra e a publicação de seus romances em nosso país é um presente para quem privilegia a qualidade na literatura.

Narrada em primeira pessoa, essa é a história de Max, um crítico de arte de meia-idade que acaba de perder a esposa, vítima de câncer. Numa viagem com a filha, ele vai parar numa pequena cidade costeira onde passava os verões na infância e um mar de recordações vem à tona. Ao lançar seu olhar para o passado, ele revê sua infância pobre e a aproximação com seus vizinhos, a família Grace que marcou sua vida para sempre.

Através de um enredo simples e de estrutura alinear, Max procura se reconciliar com a passado e sobreviver com o que dele restou, deprimido pela falta da companheira. Num lento desenrolar e com perfeito domínio da linguagem, Banville se atreve a escrever sobre a memória e a passagem do tempo, uma temática proustiana desenvolvida com habilidade e num tom desconcertante.

Logo nas primeiras páginas, a narrativa já encanta pela beleza poética e a atmosfera de mistério que sob o balanço das ondas, vai sendo carregada mar adentro pela correnteza até um final de extrema sensibilidade que expõe as mazelas da velhice sem maiores sentimentalismos.

Deixo aqui, um pequeno trecho do que Max tem para lhe contar:
"Estava pensando em Anna. Obrigava-me a pensar nela; fazia isso como uma espécie de exercício. Ela está alojada em mim como uma faca e, mesmo assim, estou começando a esquecê-la. A imagem de Anna que tenho no coração já está se desgastando: pedacinhos da tinta, partes da folha de ouro estão descansando. Será que a tela inteira vai estar vazia qualquer dia desses? Cheguei à conclusão de que a conhecia pouquíssimo, isto é, de que só a conhecia superficialmente, de que não fui capaz de conhecê-la. Não me culpo por isso. Talvez devesse. Será que fui preguiçoso demais, desatento demais, autocentrado demais? Acho que sim, fui tudo isso, mas, mesmo assim, não creio que esse esquecimento, esse não-ter-conhecido seja motivo para eu me culpar. Na verdade, fico pensando se minhas expectativas não foram excessivas com relação a essa história de conhecer. Sei tão pouco a meu respeito, como poderia pretender conhecer outra pessoa?"

Boa leitura!
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Rodrigo1001 25/07/2017

Memórias ao balanço do mar (Sem Spoilers)
Você já viajou para algum lugar querendo se encontrar?

Vencedor do cobiçado Man Booker Prize, O Mar nos leva em uma viagem pela vida de Max Morden, que, revisitando lugares e momentos da sua infância e adolescência, faz um relato singelo sobre sua vida, procurando viver o presente e o futuro no passado, em uma explosão de lembranças.

Este é o segundo livro que leio esse ano com a temática de memórias. Assim como em Os Escritos Secretos, de Sebastian Barry, as memórias do protagonista passeiam, de modo refinado, pelos personagens da cidade onde vivia quando jovem, um lugar à beira-mar, com descrições de episódios e de lembranças adormecidas há mais ou menos cinco décadas.

Falando assim, pode-se ter a impressão de que o livro é monótono, mas, caro amigo, não se engane, a escrita de John Banville é uma das mais refinadas que já tive contato! O livro é absurdamente bem escrito, estruturado e fluído. Absurdamente! Oscilando entre passado, presente e futuro, as memórias de Max acabam por se confundir com as próprias memórias do leitor visto que algumas situações pelas quais ele passa são quase como um solo comum para nós, experiências compartilhados por todos. O primeiro beijo, as descobertas do sexo, a turbulência da adolescência, a morte e os vazios e os medos da vida adulta estão todos ali. A fluidez com que o autor se movimenta entre o passado e o futuro é impressionante. As palavras dançam e formam um lindo bordado, sem o menor esforço... tão fluídas quanto as ondas do mar, ouso dizer.

O livro é uma fonte inesgotável de analogias espetaculares e adjetivos muitíssimo bem empregados. Imagino que John tenha tido uma epifania literária ao produzir esse livro, conseguindo tornar legível aos leitores o que só ele compreendia, um entendimento completo das suas ideias.

Por ter sido tão bem escrito, O Mar acabou despertando lembranças de infância em mim, como quando subia até o topo das árvores e lá ficava agarrado, destemido como um marujo pendendo do cordame, com um convés de folhas verdes logo abaixo, sendo balançado pra lá e pra cá ao sabor das ondas do vento. E isso é claramente um efeito colateral da leitura, já que ela tende a te levar para um estado de introspecção agitada e às vezes melancolia.

Por fim, as referências náuticas estão lá, mas não como em O Velho e o Mar ? no livro de John Banville o mar me pareceu ter um papel mais poético, com menor relevância, enquanto no livro de Hemingway, o mar , o peixe e o velho formam a tríade onde todo o enredo se apóia. Não menos lindo, no entanto.

Sem medo, eu recomendaria O Mar para leitores sensíveis, saudosos, apreciadores de uma escrita belíssima, super requintada, sem excessos, sem clichés. Neste livro, as palavras vagueiam para diferentes portos, de forma não linear.

E é um amor em cada porto, com certeza.
Belarmino.Alves 25/07/2017minha estante
Resenha muito bem escrita e elaborado, parabéns.


Rodrigo1001 26/07/2017minha estante
Valeu, obrigado.


Dan Pontes 26/07/2017minha estante
Vai sair da estante em breve!


Daniel 22/02/2018minha estante
Eu adoro este livro




Our Brave New Blog 10/03/2017

RESENHA O MAR - OUR BRAVE NEW BLOG
Vou falar para vocês, tô com a maior preguiça para escrever essa resenha. E o motivo é bem óbvio: eu não gostei do livro. Aliás, cada vez ando mais puto com esse negócio de estrutura narrativa. Quando você descobre que o trabalho do cara está sendo guiado por uma linha guia de outros trocentos livros a ponto de você já saber o final é muito chato. Aí o conteúdo tem que ser ainda mais relevante para conseguir abstrair o desfecho previsível que a obra terá. E é o que você espera de um livro que ganhou o Man Booker Prize e de um autor tão adorado por aí como o John Banville.

O senhor Banville é um cara muito badalado pelo mundo literário afora (menos por aqui, claro), tem alguns dos maiores prêmios da literatura, como o Franz Kafka e o Princesa de Asturias, prêmios que só são menores que o Nobel, onde o escritor, aliás, é forte candidato nas listas de apostas. Também roubou (numa injustiça que não consigo pôr em palavras) o Man Booker Prize de Não Me Abandone Jamais, do Ishiguro, com esse livreco furreca. Alguns fãs do autor dizem que só ganhou pelo conjunto da obra, e não pelo livro em si, mas não me importa, porque eu não li os outros livros dele ainda.

Mas chega de reclamar e vamos trabalhar, começando pela sinopse: Max Morden é um crítico de arte idoso que acabou de perder a esposa, então resolve voltar para o lugar onde viveu na sua infância, Ballyless, local imaginário na Irlanda. Nessa brincadeira ele lembra de uma família bem esquisita que ficava por lá durante o verão, os Grace, e seus momentos com essa família. Também fica refletindo sobre a vida com sua esposa, seu estado e de sua filha no momento e blá blá blá.

Dá para ver que é uma sinopse bem fraca, gente lembrando da vida nunca parece ser grandes coisas para dar um livro, mas é óbvio que isso é um ledo engano e o que importa é o que está dentro das páginas. E olha que a primeira página faz desaparecer todo essa negatividade. Para mim, se você tem esse livro, deveria arrancar essa primeira página, emoldurá-la e usar esse monte de folha para outra coisa, seja como peso de papel ou para ajeitar o equilíbrio de uma cadeira, sei lá, porque toda a beleza poética da começo some e inicia-se o relato do homem amargurado que teve uma virada na sua vida com suas lembranças de coisas antigas para o autor tirar metáforas e mudá-lo no presente. Essa estrutura já me encheu o saco, e todo livro que tenta se garantir nela anda me dando nos nervos.


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Achados e Lidos 01/03/2017

Resenha - O Mar, John Banville
Quando o passado oprime o presente e se impõe como único caminho possível para o futuro não resta muita saída a não ser a memória. Em O Mar, do premiado escritor irlandês John Banville, Max Morden é um velho historiador de arte que busca na cidade de veraneio de sua juventude o calmante para a angústia que o abateu desde a morte da esposa, Anna.

Banville imprime na narrativa o ritmo oscilante da memória: de um parágrafo a outro, sem preâmbulos, o leitor passa de observador do adolescente Max a espectador do introspectivo viúvo.

Max refugia-se na mesma casa, hoje transformada em uma pensão, onde conheceu, há muitos anos, os gêmeos Chloe e Myles, filhos do exuberante casal Grace. As diferenças sociais – claramente marcadas pelo fato de Max e seus pais se instalarem em um humilde chalé e os Grace, em uma bela casa de aluguel – não impedem que as crianças estabeleçam uma espécie de amizade, ou melhor, um companheirismo de verão.

A paixão platônica e adolescente que Max nutria pela Sra. Grace foi o que o levou a se aproximar dos gêmeos – eles eram seu passaporte de entrada para a casa e para intimidade daquela família. Logo, esse sentimento, tão intenso quanto efêmero, é esquecido e dá lugar a outra paixão.

A memória que Max desperta remete à formação de sua identidade. À medida que a narrativa avança, fica claro que não são apenas lembranças ao léu. Os fatos que ele recorda marcaram, de maneira incontornável, sua existência.


Banville constrói com habilidade o clímax da história: os segredos da trama são inseridos com sutileza. Em nenhum momento, eles sobrepõem o mote inicial do romance que é a visita ao passado como forma de resgate da identidade. Os mistérios e a ação ganham os holofotes na hora certa, quando todo o processo de busca do personagem já está quase no fim.

É válido notar que Max não é um narrador indulgente. Seja em relação a si mesmo ou à companheira amada, ele não demonstra pudor em retratar os defeitos, as fraquezas e o egoísmo na maneira como o casal, preso em sua bolha autossuficiente de compreensão mútua, se relacionava com o mundo. A própria indiferença com a filha Claire, especialmente após a morte de Anna, é prova de sua incapacidade para conceber uma realidade em que a esposa já não estava:

Atualmente preciso me defrontar com o mundo em pequenas doses muito bem medidas, é uma espécie de tratamento homeopático, embora eu não saiba ao certo qual condição estará sendo tratada. Talvez eu esteja aprendendo a viver de novo em meio a gente viva. Quer dizer, treinando. Mas não, não é isso. Estar aqui é só um modo de não estar em parte alguma.
A estratégia de Max de recorrer ao passado soa como um esforço último para recuperar uma existência que antecede a presença de Anna. A ausência da esposa torna seu presente insuportável. O narrador tenta se convencer do comportamento cíclico do tempo para, então, vislumbrar um futuro em que sua história não passará de um rastro ilegível no mundo:

Assim nas mentes de muitos cada um se ramifica e dispersa. Não perdura, não tem como perdurar, não é a imortalidade. Carregamos os mortos conosco só até morrermos nós também, e então nós é que somos carregados por algum tempo até nossos carregadores tombarem por sua vez, e assim por diante inimagináveis gerações afora.
A subjetividade da memória é mais um aspecto desse romance. Max não esconde que aquelas páginas resultam de um exercício íntimo. O que ele tem em sua mente são, em uma referência sutil à sua profissão, quadros sem movimento que ganham vida em um processo de resgate completamente subjetivo.

Outro elemento fundamental da força narrativa de Banville são suas descrições minuciosas. Elas fazem com que os lugares – a casa de veraneio, a cidade e a praia – assumam papéis de personagens da história.

O mar é um deles. Aparece já na capa e permeia, delicadamente, toda história. O movimento das ondas, ensina Max, embora seja um ir e vir constante, não é nada previsível – ora levanta, ora derruba, ora devolve, ora toma. Assim também é a vida. A existência humana é refém de um jogo cíclico: o presente se torna passado na mesma velocidade em que os rastros da memória são apagados.

site: http://www.achadoselidos.com.br/2017/02/22/resenha-o-mar/
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