Brê 19/06/2021
Um (triste) consolo!
Incrível como um livro que foi escrito logo no início desse caos, ainda converse tanto com a nossa realidade atual? e por incrível, lê-se: é uma tristeza imensa que eu ainda tenha me identificado tanto com as questões abordadas.
Por outro lado, creio que algumas questões fariam mais sentido se lidas justamente quando o livro foi publicado.
Gostei de alguns textos bem mais que de outros, creio que pela identificação com escrita e a realidade retratada? gostaria de dar uma atenção especial aos últimos, de Paulo Narley, por ter saído do óbvio, e ter entregado algo para além do falar sobre esse momento.
De forma geral, trazem um consolo, já que é perceptível que, assim como o próprio nome do livro já diz, não estamos enfrentando isso sozinhos, não somos os únicos esgotados, sem criatividade, disposição, procrastinando e vivendo dias terríveis nessa pandemia.
Trechos favoritos:
?A questão é que, quando há restrições na liberdade de ir e vir, a coisa perde a graça, porque a graça está na escolha sem restrições.?
?O melhor, agora, é que ressignifiquemos nossos próprios universos particulares, para que eles nos sejam um bom abrigo.?
?[?] posso deixar de rir e perceber como a rotina nos engole e nos faz agir no modo automático.?
?São dias e dias. Alguns super produtivos; já outros, nem tanto. Eu sei que, por vezes, manter a mente sã e acima da superfície é difícil, mas temos que entender esse processo e não nos culpar por estarmos cansados de tudo.?