Metro 2033

Metro 2033 Dmitry Glukhovsky...




Resenhas - Metro 2033


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Alessandro Heverton 12/03/2019

Claustrofóbico
Um dos livros que mais me passou sensações físicas. Você consegue sentir o que está descrito com uma vivacidade perturbadora.
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Bruno Venâncio 30/03/2018

Um dos melhores livros pós apocalípticos de todos os tempos...
Retrata um mundo pós-apocalíptico, no qual depois de uma guerra nuclear entre Estados Unidos e Rússia, os poucos sobreviventes de Moscou são obrigados a viver no metro russo, criado por Stalin como um imenso Bunker nuclear. Contudo nas profundezas da terra, as velhas divergências entre a humanidade não se alteraram e logo surgem conflitos ideológicos, econômicos e religiosos entre as estações (que se autodenominam pequenas Cidades-Estados). Enquanto a humanidade se aniquila nas velhas redes de transporte, o mundo nuclear origina novas criaturas adaptadas ao atual ecossistema, que colocarão em risco o futuro da espécie humana. O livro envolve, suspense, terror e a superstição de um povo mergulhado na escuridão profunda do subsolo.
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Vinícius 11/11/2016

Que livrão da porra
A história de Artyon do livro e o Artyon do game Metrô 2033 são completamente distintas, os lugares por onde Artyon passa e suas atitudes e missões são completamente diferentes das mostradas no jogo, porém a "Main Quest" se mantém a mesma, pode-se dizer que o jogo e o livro são duas imaginações da mesma aventura (apesar do fato que no jogo Artyon é um genocida que resolve tudo dizimando tropas inteiras e no livro ele basicamente não resolve nada e praticamente só se fode.), no jogo temos um enfoque maior no terror e na ação e no livro temos um enfoque na atmosfera e nas diversas culturas e as "civilizações" que lá dentro vivem, o cotidiano, a política, suas crenças, o misticismo, as fantasias, os amores, e outras conspirações que prefiro não estragar a surpresa de futuros leitores... Jogar o game e ler o livro é uma viajem para uma atmosfera maravilhosa criada por Dmitry, para os que puderem fazê-lo, recomendo.
O clima de chacina, tortura e miséria tornam essa obra única, o clima de insanidade que rodeia os habitantes é incrível.

Se você gosta de Vodka, Fuzil AK, Vladimir Putin, Cheeki Breeky, Mendigo com cajado de plástico falando que é a encarnação de imperador mongol, Satanismo, Dark Ones e protagonista se fodendo, esse livro é pra você Мой друг!!

Obs: Fall Out tem livro? Acho que não, só destacando que a série da betesha é mó histórinha de segunda.
Victor ScB 14/10/2018minha estante
Recomenda ler antes de jogar ou jogar primeiro?rs


Vinícius 25/01/2019minha estante
Jogar primeiro, depois durante a leitura tudo o que tu viu durante o jogo vai ganhar muito mais vida.




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Thomás 12/07/2016

Incrível
Comecei o livro com um certo receio, por ser uma edição de português de Portugal. Me arrastei um pouco no começo mas a leitura depois engatou. Não é um simples livro, é uma experiência totalmente imersiva, com direito a tudo: comunistas, fascistas, satanistas, dentre outros (para não dar spoiler), com bastante filosofia. Destaque ao personagem mais significativo para mim: Gengis Khan, ou a sua auto intitulada reincarnação.

O livro até a metade é, de certa forma, previsível, pois ao nosso protagonista é dada uma missão. Pelos títulos dos capítulos é possível ter uma noção do desenrolar. Depois, continuei a história com uma surpresa atrás da outra, até o incrível desfecho, que para mim foi inesperado.

Conheci o livro pelo jogo de mesmo nome, e desde o começo acreditava que a história teria um desenrolar totalmente diferente. Mas que surpresa boa: o texto embora rebuscado acabou se mostrando muito rico e denso. Diferente de todos os romances atuais, que são na sua grande maioria rasos, sem muitas explicações e conteúdo.

Enfim, se o livro te interessar, não se incomode com o texto rebuscado. Só insistir que depois fluir melhor. Tem umas passagens meio lentas, mas nada que incomode muito. É um livro muito rico e muito criativo. E leia sempre com o mapa ao lado, irá ajudar muito a entender toda a história. Boa sorte nos tuneis do metro!
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Davenir - Diário de Anarres 06/07/2016

Microcosmo no Metrô
[SEM SPOILERS]
Metro 2033 é mais conhecido por sua adaptação aos games, mas a origem é este livro escrito pelo jornalista russo Dmitry Glukhovsky. Trata-se de uma distopia que aglutina vários elementos de apelo ao publico jovem (mundo pós-apocalíptico, "zumbis", seres paranormais) num rico mundo multicultural espremido num microcosmo do metrô de Moscou. Diferente do jogo que é um FPS claustrofóbico, o foco da narrativa do livro é a jornada do protagonista e como ele muda a cada pessoa e local que conhece.

A Estória se passa em Moscou, duas décadas após uma guerra nuclear, que obrigou os poucos sobreviventes a se abrigarem no metrô da cidade. O ar contaminado por radiação e criaturas oriundas da catástrofe impedem o ser humano de retornar a superfície. Nesse mundo seguimos a jornada de Artyom. Um jovem que sempre viveu nesse mundo claustrofóbico na periférica estação VNDKh ameaçada pelas criaturas da superfície. Um caçador chamado Hunter pede que Artyom siga até um estação, controlada pela Pólis, enviar um relato da ameaça.

A forma: Nessa viagem-jornada-odisseia é que consiste basicamente todo o livro. Como um jovem camponês que vai para a cidade grande, Artyom desbrava esse mundo onde cada estação é como uma cidade e algumas delas se juntaram como países ao longo do tempo, com sua curiosidade, ingenuidade, medo e anseios muito bem trabalhados pelo autor. O narrador onisciente na verdade segue apenas Artyom, ouvindo apenas seus pensamentos, seguindo-o inclusive nos seus sonhos.

Microcosmo no Metrô
Tão bem trabalhado como Artyom, é o mundo do metrô. As divisões políticas entre estações capitalistas, comunistas, nazi-fascistas e a Pólis é construída sem pressa. Também estão lá estações controladas por crime organizado, entre outras estranhezas encontradas no caminho. Os nomes delas, no geral, são de difícil pronuncia, mas que são imensamente facilitadas com o mapa que vem na contracapa da edição brasileira - ainda que algumas estações estejam escritas de forma diferente.

Além das divisões políticas, Artyom encontra com todo tipo de habitantes do metrô com as mais diferentes visões de mundo em que se questiona sempre o motivo de estarem todos ali. Isso ocupa muito mais páginas que os momentos claustrofóbicos que tem a função narrativa de alimentar as dúvidas de Artyom.

Artyom é um personagem bem construído ao longo do livro, assim como o mundo onde vive. Existem excelentes cenas de ação, mas se a expectativa for por grandes doses disso (como encontra-se no jogo) o leitor se decepcionará, porém se o leitor conseguir mergulhar na parte filosófica da viagem, vai conseguir aproveitar até o final.

site: http://wilburdcontos.blogspot.com.br/2016/07/resenha-metro-2033-dmitry-glukhovsky.html
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Ricardo.Vibranovski 26/04/2016

Melhor no início do que no fim.
Apesar de muitas boas sacadas, o livro vai aos poucos se tornando repetitivo e menos criativo em direção ao final, que não é nada surpreendente, nem novidade nenhuma para quem gosta e lê ficção científica. Acho que eu não indicaria...
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joabe.lins 13/04/2016

Um bela descrição de um mundo destruído e (pra variar ) uma humanidade indo ladeira abaixo. OBS: Os nomes das estações são impronunciáveis.
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Cássio Ulisses 03/10/2014

Um tanto, diferente.
Editora Planeta; 2010; 416 paginas
É um livro futurista, como da pra notar pelo título rs. A história é sobre um mundo que foi devastado pelas ações humanas e se passa no metro (lógico rs). O personagem é Artyon (nem me pergunte por que, mas lia Airton toda vez), um rapaz que tem que ajudar a sua estação (sim, estação de metro, tem várias, é tipo estados dentro do país). O livro é de um autor russo, nunca tinha lido um livro daquela região, mas posso falar que é um bom livro. Claro que dificulta às vezes os nomes russos, embora de pra se acostumar com o desenrolar da história. Peguei pra ler um livro em português de Portugal, o que não dificulta, mas é de se estranhar algumas palavras dos portugueses (cobarde, rapariga etc). Uma salada de frutas, um brasileiro lendo um livro da literatura russa, com o idioma de Portugal. Resumindo, o livro é bom, não é excelente, entretanto tem uma boa história e bons personagens, onde um é o principal e os outros são adjacentes, não há outro personagem que se aprofunde tanto como Artyon. E tem um detalhe, ele tem até um jogo a respeito do livro, dizem que é bom, pra quem se interessar em games...
Boa leitura.
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Guilherme Amaro 15/09/2014

Metro 2033
Livro russo de Dmitry Gkukhivsky, publicado editora Planeta, 2010, contém 416 páginas.

O que dizer de um livro que vendeu 400 mil cópias só na Rússia, e no resto do mundo atingiu a marca de 3 milhões?

Um livro que o autor Dmitry utiliza da criatividade e induz a nossa imaginação em cada cena do desenrolar da história, um detalhe interessante é que a todo momento temos a oportunidade de olhar na contracapa do livro o mapa do metro de Moscou "verdadeiro", e suas legendas.
Ele utiliza o cenário de verdade do metro de Moscou mais conhecido como "Palácio Subterrâneo" o maior em densidade de passageiros do mundo. Sua rede é composta de 192 estações, distribuídas por 12 linhas através de 320,9 km. Imagina só um moscovita ou um turista que leu o livro nas estações de metro de Moscou?.

O personagem principal um dos sobreviventes; Artyom morador da estação independente de 200 pessoas " VDNKh", defende os tuneis do metrô contra qualquer ameaça.
Hunter "caçador " atravessa várias estações do sistema do metrô até encontrar Artyom e lhe dar uma missão.

Sasha o padrinho de Artyom um cara pessimista com o futuro da humanidade e que possivelmente sofre os efeitos do medo .
As estações de trem foram transformadas em pequenas cidades onde é o que sobrou da humanidade, busca manter nos subterrâneos a civilização, na superfície se desintegrara com o colapso nuclear.

Enfim nesse mundo subterrâneo, dominado por seitas, clãs, guerrilheiros, nazistas, comunistas, assassinos, militares, mercadores inescrupulosos, onde pessoas comuns se desgastam numa tortura constante pela sobrevivência.

Agora só falta descobrirmos como a humanidade correu para o metro para se salvar.
Como e o por quê da guerra ter acontecido.
Espero com muita ansiedade lançamento do Metro 2034 inédito ainda no Brasil.

Uma breve entrevista com Dmitry Glukhovsky autor do livro metro 2033:

1 - De onde você tirou a inspiração para o protagonista Artyom?
R: No livro, ele sou eu: o não-combatente, não-militante. O típico não-herói. Além disso, eu tinha vinte e poucos anos quando escrevi a maior parte do livro, e essa era a idade do personagem. As principais preocupações de Artyom são o seu padrasto, fazer sua primeira viagem através do Metrô e confrontar suas ideologias conflitantes. Ele está preocupado em ser lembrado e conquistar seu espaço. É algo muito pessoal.

2 - Como foi imaginar os cenários de Metro?
R: Ah, foi muito fácil, porque eu passei metade da minha infância nos metrôs de Moscou. Minha escola era longe da minha casa e o metrô é a maneira mais acessível de transporte. Ao contrário do metrô de Nova York, ele é a maneira mais limpa e mais segura também. As estações são como palácios construídos no subsolo. Eles foram construídos durante o governo de Stalin, no ápice do império soviético, e eles foram feitos para impressionar. Eram a promessa de um futuro melhor.

Mas um dia eu li um relatório dizendo que havia uma segunda rede de metrôs para oficiais do governo e agentes secretos, e que as estações das duas redes se encontram várias vezes nas estações de metrô comuns. E que os túneis do Metrô-2 se entrelaçam com os túneis do metrô comum. E que isso foi feito para salvar a vida da elite governante no caso de uma guerra nuclear. Assim, abaixo dos edifícios dos grandes ministérios o Kremlin, Universidade Estadual de Moscou, o prédio da KGB, Lubyanka haviam estações de metrô privadas. E depois que elas foram abandonadas quando a União Soviética entrou em colapso, eu sei que as pessoas encontraram alguns desses túneis. Ouvi relatos de que as pessoas andam semanas sem chegar ao fim desses túneis, e que eles precisam voltar porque estão sem comida ou água.

"Estava insuportavelmente abafado, Artyom pegou sua máscara de gás, arrancou- Se, loucamente, respirou fundo o ar amargo e gelado.Então, enxugou se as lágrimas do rosto e , sem dar atenção aos gritos, começou a descer a escada. Ia voltar para o metrô. Ia voltar pra casa."
Guilherme Amaro 18/09/2014minha estante
As lendas do Metro de Moscou:

Muitas cidades europeias usaram metrôs e túneis para abrigar a população durante a segunda guerra mundial, como Londres e Berlin. Nessas cidades haviam também, túneis e esconderijos secretos destinado ao uso por parte da cúpula política e militar. Após a guerra muitas dessas construções, agora sem uso, se tornaram públicas e abertas a visitação. Então por que os russos não admitem a existência do Metrô 2?

Algumas lendas tentam responder a pergunta acima. Uma dela diz que o governo russo não utilizou o local apenas como possível trota de fuga em caso de um ataque nuclear americano durante a guerra fria, mas os túneis abrigariam também laboratórios da KGB, destinados a estudos relacionados a armas biológicas, venenos, elementos radioativos, entre outros tipos de estudos.As lendas acima não são as mais fabulosas relacionadas com o local. Há quem afirme que o metrô 2 abrigaria desde fantasmas até ratos gigantes. Muitos chegam a afirmar que o local é caminho para uma câmara secreta, onde o próprio Stalin estaria congelado criogenicamente,lguns grupos de exploradores urbanos realizaram algumas explorações, mesmo que isso não fosse permitido pelas autoridades, a partir dos túneis encontrados após a demolição do hotel Rossiya, como descrito acima. Alguns desses exploradores relatam a existência de portas de ferro soldadas, o que aumenta ainda mais a curiosidade e o mistério em volta desses locais.




Joe de Lima 24/02/2014

Depois que uma guerra nuclear devastou a superfície e os níveis de radiação elevaram-se, restou aos sobreviventes buscar refúgio no subterrâneo, erguendo uma nova sociedade que nas linhas dos metrôs. Décadas mais tarde, quando apenas os mais velhos ainda se lembram como eram as antigas as cidades, surge no metrô de Moscou uma nova ameaça que pode colocar a humanidade em perigo de extinção.

É nesse cenário pós-apocalíptico que se passa o fascinante Metrô 2033, um ilustre desconhecido em nossas livrarias.

Publicado originalmente no site do autor russo Dmitry Glukhovsky em 2002, Metrô 2033 ganhou uma versão impressa em 2005, sendo um grande sucesso na Rússia, e em 2010 foi publicado nos Estados Unidos.

A história acompanha a odisséia de Artyom, um jovem soldado dono de uma mente analítica que vive em VDNKh, uma estação do metrô de Moscou assolada pelo surgimento de estranhos seres humanóides cobertos de pelos pretos e dotados de poderes mentais. Artyom acaba recebendo de um misterioso individuo chamado Caçador a missão de viajar até Pólis, a estação mais moderna do metrô, levando consigo uma mensagem que pode ser a única esperança da raça humana contra as misteriosas criaturas. Ao longo do caminho, ele irá se deparar com perigos sobrenaturais, grupos fascistas, comunistas e nazistas, seitas religiosas, profetas e monstros mutantes criados pela radiação.

Em termos de gênero, Metrô 2033 pode ser definido como uma história de viagem, mas também de filosofia. Cada estação é um microcosmo. De estações modernas e progressistas à locais pobres e miseráveis, passando por estações militarizadas e tudo mais que há no meio disso.

O livro ainda apresenta elementos de horror de sobrevivência (termo bem conhecido pelos gamers), um gênero onde os personagens são confrontados com seres monstruosos, quase sempre, em ambientes claustrofóbicos. De fato, algumas passagens remetem a jogos como Resident Evil e Silent Hill. O próprio Metrô 2033 já foi parar no mundo dos games em uma adaptação homônima, que mais tarde ganhou uma continuação chamada Metro: Last Light.

Pode-se dizer que a narrativa não é em primeira e nem em terceira pessoa. Explicando, embora a história seja contada por um narrador onisciente, acompanhamos tudo pelo ponto de vista de Artyom. Além disso, ele é o único personagem cujos pensamentos podemos ouvir.

O estilo de Glukhovsky é detalhista e a trama evolui sem pressa. É notável como o autor consegue alternar bem entre os momentos reflexivos, apresentando diferentes teorias sobre a natureza humana, e sequências de terror e suspense capazes de deixar o leitor com o coração na mão. O grande senão do livro é ausência quase total de personagens femininas, que não apenas são raras, como tem pouca relevância na história, deixando tudo impregnado com a ótica masculina.

Pouco para ofuscar as qualidades do livro, que ainda traz um final forte e surpreendente. Com uma história instigante, Metrô 2033 é uma obra que vale uma conferida. Recomendada!

site: http://joedelima.blogspot.com.br/2014/02/resenha-metro-2033-de-dmitry-glukhovsky.html
Joe de Lima 11/03/2014minha estante
Que eu saiba, Metrô 2034 é uma antologia de contos ambientados no mesmo universo do 2033. Não sei se vai sair em português.


Guilherme Amaro 12/09/2014minha estante
Puts mano entao metro 2034 esquece?




andwarf2004 04/06/2013

Um livro difícil de ler, intrigante e com um final fraco!
Metro 2033 relata a história de Ayrton. A história se passa na Rússia, no ano 2033 onde uma catástrofe nuclear fez com que tudo e todos que estavam na superfície fugissem para os metrôs de Moscou a fim de buscar refúgio. Agora eles vivem lá, e na superfície vivem criaturas transformadas pela radiação e ninguém pode ir até lá.
O primeiro ponto importante a ressaltar aqui é que a história tem uma boa carga de suspense. Constantemente somos apresentados a "monstros" ou situações sobrenaturais e o autor consegue transcrever estas sensações muito bem.
Por ser um livro onde a história se passa na Rússia, os nomes dos personagens - com exceção do protagonista - e das estações são todos russos (óbvio) e é muito complicado de ler. Some-se a isso o fato de que Ayrton passa por várias estações e que a localização delas também é importante para a história e você se verá tendo que anotar os nomes das estações num papel para conseguir acompanhar a história.
A trama toda é bem construída, somos apresentados a personagens interessantes. O próprio protagonista é bem peculiar.
O que estraga um pouco a história, na minha opinião, é o seu desfecho, muito simplista perto do que nos foi apresentado. Ou não.
Edson 16/01/2020minha estante
O nome do personagem é Artyom. Ou mudaram na tradução em português?


andwarf2004 23/02/2020minha estante
Opa, mudaram...


Edson 07/04/2020minha estante
Hm, isso pode ser na sua edição. Estava vendo no Google Books e está escrito "Artyom".


andwarf2004 03/05/2020minha estante
Você está certo. O nome é "Artyom" sim. Quando eu li, eu li "Ayrton" durante todo o livro... kkkkkk


Edson 03/05/2020minha estante
Kkkkk Artyom é um nome estranho mesmo, dá para confundir




Stephanie 26/03/2013

Tema o futuro!
Os russos tem uma capacidade incrível para escrever livros trágicos. A mistura do clima frio com a sua história depressiva resulta nos escritores com os contos mais sombrios para relatar, e o pós apocalíptico Metro 2033 não foge disso.

Metro 2033, o livro, é tão famoso na Rússia que, além da continuação, aptamente nomeada Metro 2034, ganhou vários spin-offs escritos por diversos autores. Já no resto do mundo, ficou mais conhecido com o jogo de tiro em primeira pessoa da THQ, que já está recebendo sua continuação, Metro: Last Light, com direito a todos os monstros e zumbis que não existem no livro.

Quer saber mais sobre o livro, com direito ao mapa do metrô e a um curta de 4 minutos? Visite o blog!

http://www.fantasticaficcao.com.br/metro-2033/
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Renan Barcelos 27/06/2012

Um mundo dentro de um metrô
Em Metrô 2033 (Editora Planeta; 2010; 416 paginas; R$ 39,90) o autor e jornalista russo Dmitry Glukhovsky apresenta para o leitor uma Rússia devastada para uma guerra nuclear. Com a superfície tomada por radiação e criaturas mutantes que surgiram para preencher o vazio no ecossistema, a única forma que os moscovitas encontraram para sobreviver ao ambiente hostil foi refugiando-se na vasta rede de túneis que descansa abaixo da capital russa.

O livro, de ficção-científica e tema pós-apocalíptico, foi lançado pela primeira vez em 2002, pela internet, sendo apresentado na integra no site do autor. Mais tarde, conforme o sucesso e as visualizações aumentavam, foi transformado em uma experiência imersiva e em 2009 já havia sido traduzido para mais de 20 países. Com o crescente sucesso, logo foi transportado para o mundo dos jogos pela 4A Games, que conseguiu tirar da história do livro um jogo de tiro em primeira pessoa bem competente.

O cenário da obra é bem trabalhado e coeso, apresentando um ambiente sujo, onde a humanidade decaiu ao ponto da quase extinção e vive confinada ao subsolo, dividindo seu espaço com criação de porcos, galinhas, cogumelos e também com outras criaturas bizarras. O metrô já não funciona neste mundo pós apocalíptico, seus trilhos são utilizados como estradas e as estações servem de morada para ao homem, sendo na maioria das vezes, o único local seguro em meio ao caos e ao bizarros segredos do lugar. Nos resquícios da nação russa, reina a escuridão e o medo, um lugar onde o ser humano luta para sub-existir, resistindo com pedaços da tecnologia passada e constantemente tendo que patrulhar as linhas de trem, um lugar de sons estranhos e perigo constante, apenas para defender sombras pálidas de sua civilização.

Tanto o jogo quanto o livro mostram a história de Artyon, um jovem morador da estação de VDNKh, que se vê diante de uma ameaça quase alienígena, onde criaturas demoníacas, diferentes dos mutantes por sua inteligência superior e capacidade de incutir pesadelos, assolam os túneis próximos à prospera estação, entrando no complexo lacrado do metrô à partir de velhas passagens que levariam até o jardim botânico. Recrutado por Hunter, um dos caçadores do metrô – pessoas de grande coragem e competência militar – Artyon acaba embarcando em uma viagem até o complexo de Polis, lugar em que ainda se preserva algo da cultura e dos velhos conhecimentos, onde ele deveria avisar os outros caçadores do novo inimigo que ameaça o que restou dos moscovitas.

No entanto, as semelhanças entre as duas mídias acabam por aí.

Um leitor que tenha primeiro encarado os sombrios labirintos digitalizados de Metrô 2033 talvez comece a leitura procurando pela ação, terror e adrenalina que são passados durante o jogo, no entanto, não os encontrará em grande quantidade na versão original do título.

Apesar da história ser essencialmente a mesma, o livro não se foca em tiros, lutas e perseguições. A viagem de Artyon através do complexo do metrô é quase uma jornada espiritual, como se cada encontro e dificuldade o fossem preparando para um destino que lhe estaria reservado. Em suas andanças, o jovem de VDNKh encontra diversos personagens, cada um com suas visões e filosofias acerca tanto o passado quanto o futuro. No centro de todas os debates que existem no livro, que mesmo em pedaços parece ser uma única grande discussão filosófica, esta o destino do ser humano, seu papel no mundo e próprio metrô.

A ambientação e a cultura são coisas muito trabalhadas na obra. Em cada estação visitada por Artyon, em cada pessoa que cruza seu caminho, é possível encontrar uma crença completamente diferente. Por mais que a distancia de viagem seja pouca e o tamanho seja diminuto, cada estação parece ter encontrado uma maneira própria de sobreviver, adaptando costumes antigos para a nova realidade brutal, fazendo o mesmo com a religião e com a filosofia. Apesar da constante escuridão, aquela região do metrô de Moscou é colorida com a diversidade de valores e idéias, formando algo como um ecossistema que aos poucos vai se equilibrando. Muitas vezes a impressão que se tem é que o Metrô é um imenso monstro, mutável e vivo, que engloba todo o resquício da civilização humana e que, de forma consciente, interage com os habitantes á partir de sons, idéias e acontecimentos estranhos. O sobrenatural parece habitar os túneis estranhos, alguns deles inclusive sendo presenciados por Artyon, mas a dúvida sobre se seriam realmente ocorrências sem explicação científica, ou simplesmente rumores e fenômenos plausíveis, persiste até o fim.

Os diálogos presentes no livro são muito bem construídos, trazendo sempre uma nova informação ou alguma discussão sobre os diversos valores que povoam o metrô. Contudo, salve Khan, os personagens que figuram a obra não têm muita personalidade. Não que eles sejam todos iguais ou irreconhecíveis, é possível criar certa imagem de cada um deles, no entanto, não existe nada marcante, são apenas plausíveis para suas funções e crenças, sem apresentar nada que os torne cativantes. No fim das contas, o próprio Metrô é o personagem mais bem construído, vivo e com identidade própria.

A trama do livro segue bem estruturada, sempre se mantendo na premissa original, mas sempre trazendo conflitos que fazem com que Artyon se desvie de seu caminho e conheça mais alguma particularidade ou perigo da sua casa. É possível identificar na história toda a estrutura da “Jornada do Herói” de Campbell, tanto a personalidade do jovem protagonista quanto o desenrolar de seus passos montam um desenrolar quase grego, com as roupagens de um cenário russo pós-apocalíptico; é possível ver em Artyon a imagem de Perseu. Essa abordagem atrapalha e ao mesmo tempo acrescenta à história – fez com que as partes posteriores à Polis soassem um pouco perdidas, por exemplo –, mas certamente contribui para o ar de “jornada filosófica” que o personagem principal parece seguir.

O mundo de Metrô 2033 trará ao leitor uma verdadeira salada cultural. É possível encontrar sociedades e personagens de diversas crenças e religiões. Dentro do complexo de túneis se encontram comunistas, neo-nazistas, socialistas, capitalistas, cristãos, satanistas, pagãos e uma gama de outros “istas”, além de diversas outras idéias e pensamentos. No entanto, essa grande diversidade não é simplesmente jogada no livro. A maior parte das culturas e filosofias do metrô parece encontrar o seu papel e seu sentido, casando com a história de uma civilização que tenta se reconstruir a partir de fragmentos do passado. Passagens como a da criatura mutante abaixo do Kremlin trazem metáforas para com o mundo presente e indícios de uma crítica social que pode permear a fundação dos túneis escuros. Talvez, no fim das contas, o Metrô seja um monstro que parodia os tempos atuais.

Por fim, nas palavras do próprio Artyon sobre o Grande Verme que escavou o mundo):

“– Sabe, já vi muitas coisas no metrô. Em uma estação acreditam que se cavar bem fundo, é possível chegar até o inferno. Em outra, que já estamos vivendo no limiar do paraíso, porque acabou a batalha entre o bem e o mal e os que sobreviveram foram escolhidos para entrar no Reino Celestial. Depois disso tudo, essa sua história sobre o Grande Verme de alguma forma, não soa convincente. Você, pelo menos, acredita no que diz?”

Então, ao ler o livro, prepare-se para encontrar de tudo nos túneis moscovitas.

Publicado originalmente em: https://eoutroscenarios.wordpress.com
Jess 13/05/2013minha estante
Parabéns, a melhor avaliação que já vi sobre essa obra, conseguiu perceber bem o que seria expectativa x realidade. Além de conseguir perceber elementos filosóficos que podem ficar perdidos quando se está lendo procurando a ação.


André Prado 22/07/2013minha estante
Sua profunda resenha me fez interessar ainda mais no livro. Parabéns!




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