Metro 2033

Metro 2033 Dmitry Glukhovsky...




Resenhas - Metro 2033


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Siegfrito 03/05/2021

Questões Filosóficas no Apocalipse
O livro em si é excepcional, gostei bastante de todo o volume e do detalhamento quase tolkieniano com que o Autor descreve os ambientes, a miséria e a barbárie em que se meteu a espécie humana após um holocausto nuclear do qual ninguém se lembra com exatidão.

Artyom é um protagonista a princípio meio insosso. Não é exatamente o herói que esperávamos, mas ao longo do livro, sua jornada mostra que ele é o que o metrô precisava. Educado, gentil, corajoso, impulsivo, meio burro e teimoso às vezes, mas também, quem nunca fez uma ou duas burradas ao longo da vida?

Vale destacar que o autor sempre surpreende o leitor com passagens diferentes de tempo e descrição de cada estação e é impressionante como ele consegue dar sentido a uma aventura quase toda passada num espaço confinado.

Bem, eu gostei de todo o apanhado da coisa e estou ansioso para ler a sequência.
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Dri 20/03/2022

Distopia com Terror
Até onde vai a capacidade da mente humana? Cientificamente falando, não usamos nem 10% dela. Do que, de fato, seríamos capazes, é um mistério alvo das ficções científicas da vida. Até que ponto nossa capacidade inata de lutar pela sobrevivência, não influencia na perspectiva dos fatos? Até que ponto a crença em fantasmas, espíritos, anjos, demônios, não estão correlacionados a nosso próprio instinto?

A psiquê dribla constantemente a realidade, para nos proteger, nos motivar ou nos deprimir. Está sujeita a tantos aspectos, que se torna imensurável o seu real alcance. Até que ponto as fantasias e as crenças vividas são mera imaginação ou experiências verídicas? Ou tudo será apenas ilusão?

Mesclando culturas, nacionalidades diferentes, a história perspassa pelo mundo pós-apocalíptico, onde o homem finalmente se destruiu, a superfície terrestre tornou-se inabitável, obrigando os sobreviventes a refugiarem-se nas linhas de metrô subterrâneo.

Conhecedores de um pouco de História e Filosofia, vão estabelecer algumas conexões. A trama tem uma construção de mundo pormenorizada, que lentifica o ritmo narrativo, principalmente nos primeiros capítulos, trazendo mais movimento por volta da metade do mesmo. Não foi um livro escrito para ser lido corrido.

Desfruta-se a jornada, aos conflitos existencialista, ou simplesmente a vontade humana ensandecida de continuar vivendo, sejam lá quais sejam as condições para tal. Tudo depende da forma como se vê, abrindo margem interpretativa para a maioria das situações.

É uma ficção científica, mais precisamente, uma distopia, com toques de realismo mágico voltado para o terror, onde observa-se a clássica jornada do herói, um tanto quanto ingênuo, cujo amadurecimento ocorre bem devagar. Não percebi um real avanço, é algo que poderia ter sido mais trabalhado, aproveitando o rico contexto. Confesso que acabei cansando, mesmo gostando bastante. É algo pra se levar com uma leitura paralela totalmente oposta.

O livro é bem escrito e significativo de várias formas, PORÉM, um ponto forte negativo, que me incomodou, me perturbou, é a incapacidade do autor de construir personagens femininos, de imaginar uma realidade menos machista, menos degradante e cruel com o gênero.

Um livro contemporâneo, sobre uma história no futuro, com uma visão tão desprezível, em alguns momentos, indiferente em outros, das mulheres, é angustiante e mostra o quão distantes ainda estamos da igualdade tão arduamente defendida pelo verdadeiro feminismo. Nem ao menos ficou claro na trama o porquê do número diminuto de mulheres, nem o porquê as que restaram, foram submetidas a costumes tão arcaicos e pequenos.
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sagonTHX 21/04/2011

VOCÊ NUNCA MAIS VAI QUERER ANDAR DE METRÔ DEPOIS DE LER ESSE LIVRO
Comprei o livro por causa do game Metrô 2033, desenvolvido pela A4 Games (a mesma do maravilhoso S.T.A.L.K.E.R.) e distribuido pela THQ. A história do game é basicamente a mesma do livro, recriando com exatidão os cenários subterrâneos do metrô e da cidade devastada, com um enfoque maior no terror e na ação. Ler o livro e jogar o game foi uma experiência única. Para os que puderem fazê-lo, recomendo.


Quanto ao livro, posso dizer que Dmitry é excepcional. E não sou somente eu quem pensa assim. Há uma legião de fãs se formando lá fora – e até mesmo aqui no Brasil -, admirando essa obra notável. Tanto que Dmitry já fez a continuação - Metrô 2034 (ainda inédito aqui no Brasil) -, e já se encontra em negociação com os estúdios de Hollywood para uma produção cinematográfica do livro. E não é para menos. Metrô 2033 é um daqueles livros que nasceram para marcar época. A obra, como um todo, fascina, empolga, apavora, sensibiliza, emociona e nos faz refletir. Dmitry reflete sobre o mundo, as pessoas, a vida, o cotidiano, a política, a religião, o misticismo, as fantasias, os amores perdidos, a família… e com ele nós refletimos, também.

Em Metrô 2033 os trilhos da malha viária de Moscou servem a outro propósito. As estações de trem foram transformadas em pequenas cidades onde o que sobrou da humanidade – é o que se supõem -, busca manter nos subterrâneos a civilização que, na superfície, se desintregara com o colápso nuclear. Nesse universo asfixiante, tenebroso, último reduto da espécie humana, o autor nos desnuda um terror psicológico, trazendo à tona um dos medos mais antigos da humanidade, tanto da infância dos tempos ancestrais quanto da nossa própria infância. O medo do escuro. Neste quisito, Dmitry soube explorar com perfeição os meandros da escuridão. No livro, as trevas assumem formas monstruosas, quase demoníacas; os túneis parecem ter vida própria; vozes e sussurros podem ser ouvidos enquanto se caminha em meio ao negrume absoluto; os nossos pensamentos podem ser desviados de nossos propósitos, confundidos, aliciados e até aniquilados ante o horror que as trevas escondem. E no breu absoluto, onde a claridade das lâmpadas e das fogueiras parecem insignificantes ilhas solitárias, você jamais deve ficar sozinho. Essa é a regra básica para sobreviver nesse mundo subterrâneo, dominado por seitas, clãs, guerrilheiros, nazistas, comunistas, assassinos, militares, mercadores inescrupulosos, onde pessoas comuns se desgastam numa tortura constante pela sobrevivência.


Os sobreviventes não são mais do que rebotalhos de formas de vida que ainda se parecem com seres humanos, porém marginalizados, zumbificados, fantasmagóricas formas humanas vagando pelos túneis, arrastando consigo sua decadência e suas esperanças descarnadas, vivendo cada dia sempre acuados, receosos de tudo e desconfiados de todos. Lendas e mitos são criados a cada nova caravana que passa. Histórias fantásticas alimentando as conversas dos camaradas ao redor das fogueiras, bebericando bebida fermentada e onde se discute de tudo: política, filosofia, religião, sexo, drogas, armas, contrabando, mutantes, luzes misterioras no Kremlim e a invasão do metrô por formas de vida monstruosas. De uma dessas rodas de amigos, ao redor de uma fogueira, surge nosso protagonistas: Ayrton. Um jovem de 20 anos, órfão – sua mãe foi morta por um bando de ratos mutantes quando era bem menino, e ele foi salvo por um estranho -, que nos conduzirá pelos túneis do metrô para cumprir uma missão que lhe foi incumbida por Hunter, um caçador de mutantes e amigo do seu padrasto.


E ao longo de sua jornada, para cumprir sua missão e chegar à estação Polis, Ayrton encontrará pelo caminho pessoas interessantes, com personalidades inusitadas, quase ao acaso, enquanto outras aparecerão por causa de suas ações, e todas elas terão uma participação preponderante em sua vida, revelando-lhe particularidades do metrô que ele não conhece, enriquecendo a trama e tornando-a densa e profunda como as trevas que permeia tudo e esconde um mundo sombrio e sufocado em si mesmo. É impossível não abraçar a riqueza de detalhes que transbordam de cada página do livro. E quando chegamos à última págima, sentimos um imenso vazio dominar a nossa alma, apavorada diante do témino. O fim resume com maestria todo o contexto da obra.


As criaturas, os mutantes, os monstros, apresentados por Dmitry em sua obra, não são excepcionalmente diferentes dos muitos que já vimos em outros livros, ou mesmo no cinema. Porém são dígnos de medo, ódio e pena, conforme as circunstências se apresentam. De fato, o livro não se limita apenas a contar uma história de terror. Dmitry não quer apenas causar medo. O terror existe, mas não é a essência da obra. Metrô 2033 vai além. O autor nos conta uma história de vidas humanas, sustentando o pouco de humanidade que ainda lhes restam. E mesmo diante da própria extinção, o homem prova que pode ser tão egoista, arrogante, tirano, perverso e malígno como era antes do caos.


Metrô 2033 - ao lado de CRIANÇA 44 de Tom Rob Smith (Editora Record) -, é o melhor livro que li em 2010. Dmitry Glukhovsky demonstra que tem potencial literário e que acertou na dose, construindo um dos melhores cenários pós-apocalípse que já tive a oportunidade de ler.

A editora Planeta acertou em cheio com esse lançamento. Parabéns! E que nos brinde, em 2011, com Metrô 2034… pelo amor de Deus!

Esta e outras resenhas e notícias sobre o mundo literário você confere no blog da minha filha, Livia Mayara, "No Mundo dos Livros", neste endereço:

http://nomundodoslivros.blogspot.com/p/resenhas.html
Jac Miranda 26/06/2015minha estante
Olá, Cláudio!

Onde comprou o livro? Não encontro, apenas em e-book e não me interessa assim.




Flavio Assunção 20/09/2011

No ano de 2033 o mundo não é mais o mesmo. Após uma guerra nuclear ocorrida em 2013, vários países deixaram de existir. A radiação tomou conta de boa parte da terra e novas formas de vida passaram a dominar o planeta. Na Rússia, alguns milhares de sobreviventes resolveram se refugiar nas estações de Metrô, que passam a ser cada uma delas uma espécie de cidade, cada qual com seu próprio "exército", incumbidos de evitar que ameaças da superfície entrem no metrô e estabelecer a ordem de um modo geral. Já as pessoas comuns simplesmente vivem para sobreviver, convivendo com a escassez de água e comida e sem uma qualidade de vida adequada. Além disso, os túneis concentram ameaças das mais variadas possíveis, tão crueis como na superfície. São pessoas que enlouquecem, desaparecem ou simplesmente são mortas por forças ocultas. Nesse panorama, o jovem Artyon, combatente da estação VDNKh, conhece um caçador chamado Hunter, que afirma que demônios (mutantes da superfície) estão conseguindo penetrar na estação. O caçador conta então, que está partindo para uma missão de forma a conter essa invasão e dá a Artyon uma tarefa caso não volte em dois dias: ir até Polis, o maior complexo do metrô, e alertar sobre a iminência de um contra-ataque. Hunter, de fato, não volta, e Artyon parte para sua jornada, cruzando todos os perigos do metrô para ajudar na salvação da população.

Um ponto interessante de "Metro 2033", é que logo na Capa 2 do livro nos deparamos com um mapa de todo o metrô, o que ajuda o leitor a se situar na jornada de Artyon. Vale destacar que é impossível acompanhar todo o trajeto do rapaz sem consultar esse mapa, pois são inúmeras as referências de locais (a maioria deles com nomes super complicados. De qualquer forma, olhar o mapa não cansa e é até bem agradável acompanhar os passos do protagonista. E não adianta o leitor querer decorar, pois é algo bem extenso e exige ser compreendido aos poucos.

Sobre a trama em si, o ponto alto são as descrições que Dimitry faz de todo o sistema de metrô. As dificuldades dos moradores, as medidas de segurança, as leis existentes, a cultura e estilo de vida de cada estação por qual Artyon passa e uma infinidade de coisas interessantes que faz o leitor se sentir dentro da obra. Dimitry sem dúvida criou um "mundo" soberbo.

A verdade, é que a jornada de Artyon foca basicamente nas pessoas as quais encontra (que não são poucas) e, dentre uma coisa e outra, nos perigos existentes nos túneis e até mesmo nas estações. Realmente algumas passagens são bem tensas, mas infelizmente o lado terror não se demonstrou tanto quanto poderia. Esse lado terror se demonstrou em um único momento, que pra mim foi o ápice do livro, que é quando Artyon precisa ir até a superfície. É lá que dá-se início a um dos momentos mais assustadores e mais intensos da obra. O problema é que tal situação não dura mais que 20 páginas, frustrando completamente o leitor em todos os sentidos. E o pior: após isso, o livro se encaminha para um final muito ruim, forçado e confuso.

"Metro 2033" é um bom livro. O mundo criado pelo autor nas linhas de metrô da Rússia é simplesmente fantástico. A jornada de Artyon é também muito interessante. Infelizmente, o autor poderia ter explorado mais o lado sombrio do lugar e ter utilizado um pouco mais do terror da superfície. De qualquer forma, vale a pena ler. É uma obra original e que sem dúvida vai agradar aos amantes de livros que tratam de um cenário pós-apocalíptico. Recomendo!
Silvia 02/07/2012minha estante
Eu Amei este livro, eu praticamente me vi dentro do METRO naquela escuridão, tomando chá de cogumelos.


Vick 31/01/2015minha estante
Para mim os momentos mais tensos eram as caminhadas entre uma estação e outra, onde as "vozes" apareciam. Não sou a pessoa mais corajosa do mundo (fico apavorada com corredor vazio em filme de terror, mais do que com capirotos aparecendo), mas na minha experiência essa obra foi intensa do começo ao fim, tanto que a li em pouco mais de dois dias, sendo que no segundo, nem dormi.




Sarmentox 26/05/2020

Bem melhor que o jogo
Não é que eu não goste do jogo, vendo as diferenças que eles têm dá para entender que o jogo foi adaptado da melhor maneira possível, mas seria legal ter um tipo de experiência parecida com a do livro, em que quando você entra em algum túnel com breu total, esse medo primitivo do escuro com sons estranhos, em que o protagonista não sabe se é tudo da cabeça dele ou não.

O que acho mais interessante no livro é a diferença entre as estações, a mais rica, a mais militarizada, a que as pessoas evitam, a que usa relogio, etc. É muito legal como o autor descreve a estação por completo, da infraestrutura aos hábitos das pessoas, e fazendo sentido no contexto do mundo.

Além disso, tem um final maravilhoso.
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Marcos.Wagner 14/10/2020

Metrô 2033
Típica jornada do herói leitura um pouco cadenciada até a metade mas depois você fica triste quando acaba pois vai muito rápido
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Alice.Drakan 23/02/2022

Muito bom e sombrio
Um dos meus livros favoritos, quase tão bom qnto o jogo... traz um mundo bastante sombrio e perigoso, e a leitura é tão profunda qe vcê se sente dentro dele.
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Bruno G. Guimarães 15/03/2020

Um livro com uma leitura pesada, um pouco cansativo às vezes, mas uma história riquíssima, com detalhes que te vazem se sentir no local. Desanima um pouco ver a densidade dos blocos de texto. O cara consegue escrever uma folha inteira com um único parágrafo! Mas vale a pena, recomendo bastante a leitura!
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spoiler visualizar
Guilherme 06/04/2011minha estante
Acessem a resenha completa em: http://cinefilosetc.blogspot.com/2011/03/nao-foi-dessa-vez.html




Brauns 10/02/2011

Esperança embaixo da terra
A ideia de um mundo pós-apocalíptico exerce um enorme fascínio no imaginário do ser humano, seja nas linhas de um livro ou nas imagens de algum filme.

Parece que todo ano algum material novo sobre o tema é lançado, tamanha a curiosidade do público. Até o momento não existe uma obra definitiva. Quem mais chega perto é Cormac McCarthy com o maravilhoso A Estrada.

Dmitry Glukhovsky pode não ter criado algo com tamanha qualidade, mas o seu Metro 2033 é, sem dúvida, uma ótima pedida para quem se interessa sobre o assunto.

Tudo se passa na Rússia. Após algum evento catastrófico, a população se refugia nos trilhos e estações do metrô. O personagem principal é Artyom, um jovem de 20 e poucos anos, que como os demais, quer apenas sobreviver com dignidade.

Ele mal se lembra do mundo lá em cima, pois com 5 anos já vivia na escuridão do metrô. A vida é difícil, os prazeres são pequenos e as preocupações são imensas.

As estações são descritas com muita qualidade por Dmitry, que concebe um mundo claustrofóbico e perigoso. Parece que ninguém está a salvo e que quase tudo é permitido.

A história realmente começa quando Artyom conversa com um homem misterioso, conhecido apenas como Hunter, que lhe oferece uma missão.

Seria seu destino aceitar essa missão? Para onde tudo isso vai levá-lo?

O caminho é sombrio, mas é fascinante percorre-lo. Como Artyom, vamos aos poucos descobrindo muitas coisas sobre o metrô e seus habitantes. São várias sociedades que habitam seus redutos, como os fascitas, os amantes de Che Guevera, os religiosos, os bibliotecários e muitos outros.

Não faltam reflexões sobre os motivos que leveram a sociedade a ter que viver desse jeito, além de momentos de nostalgia, em que personagens de mais idade relebram os bons tempos de antigamente.

Um dos melhores momentos do livro está na ida de Artyom para a superfície. Assustador, para dizer o mínimo.

Infelizmente, algumas pontas soltas, a insistência do autor em descrever os sonhos de Artyom e um final um tanto abrupto não deixam Metro 2033 tornar-se algo realmente marcante, mas é uma experiência que vale cada minuto.
luizeba 30/12/2010minha estante
Ótimo livro! Li e dou 10/10 pra ele!




Paco 28/12/2011

Muito Ruim
Quando joguei Metro 2033, nem imaginava que foi baseado em algum livro e assim um dia fui na livraria e vi que tinha sido traduzido o livro que foi base para o jogo. Na hroa sem perder tempo comprei e pensei que jogaria com a mente nesse livro. O que aconteceu foi o inverso, esse livreo me deixou com muita raiva e sono, pois é um livro extremamente parado e confuso, fazendo com que o leitor não entenda nada da estória e perca todos os sentidos no que realmente esteja acontecendo.
Não recomendo.
Silvia 10/06/2012minha estante
olha que engraçado eu amei, marquei como preferido :-)


Jonmrgd 25/06/2012minha estante
O livro pode ter vários defeitos, mas lhe garanto uma coisa: É MIL VEZES MELHOR QUE O GAME, e esta não é somente a minha opinião, mas também a de muitos críticos da indústria dos games. Não que o game seja ruim, mas sim pela adaptação do enredo. O Metro: Last Light é bastante promissor, já que o próprio autor do livro (Dmitry Glukhovsky) está ligado à produção.


Alice 31/07/2013minha estante
Não é um livro pra qualquer pessoa, existe muita filosofia no meio que poucos entendem.


Vick 31/01/2015minha estante
Nossa, que droga cara :( Eu sei como é isso, ter sua expectativa frustrada por esperar uma coisa e ser outra (eu senti isso em Metro 2034, mas aí é outro assunto...). Acho que aconteceu com você o mesmo que acontece com qualquer gamer: Imersão profunda durante o jogo. Jogos são uma mídia muito interessante pois te colocam no papel do protagonista e você tem que de fato executar a ação. Não existe Artyom, existe Paco, tomando as decisões, escolhendo os caminhos.

No livro, você é mero expectador do protagonista. Não existe tanta ação, logo você não sente a mesma adrenalina, afinal, a história precisa ser contada com diálogos e explicações. Outra coisa importante é consultar o mapa do metro. Eu li em e-book e por isso tive que salvar uma imagem da internet e toda hora ficar consultando, caçando onde a história estava.

De qualquer forma, resta esperar pelo filme.


Mari 23/08/2016minha estante
Li esse livro na adolescência e adorei sem nem saber q tinha o jogo, na época fiquei super empolgada com o jogo mas não sou muito boa em games hahaha enfim deu vontade de ler e jogar de novo.


Kevin 06/12/2017minha estante
Poxa, Paco... Será que não faltou se desprender um pouquinho mais do game na hora da leitura? Mídias diferentes merecem olhares diferentes.
De qualquer forma, estou lendo o livro agora. O conceito é interessante, adoro cenários pós-apocalípticos, mas o que tá valendo até aqui são diálogos filosóficos bastante interessante, pois a trama é morna e há detalhes que faz o leitor exigir certa suspensão de descrença.

Lembrando que eu não joguei o game.


Silvia 14/12/2017minha estante
Eu amei esse livro recomendo! É o que vai acontecer num futuro apocalíptico




Renan Barcelos 27/06/2012

Um mundo dentro de um metrô
Em Metrô 2033 (Editora Planeta; 2010; 416 paginas; R$ 39,90) o autor e jornalista russo Dmitry Glukhovsky apresenta para o leitor uma Rússia devastada para uma guerra nuclear. Com a superfície tomada por radiação e criaturas mutantes que surgiram para preencher o vazio no ecossistema, a única forma que os moscovitas encontraram para sobreviver ao ambiente hostil foi refugiando-se na vasta rede de túneis que descansa abaixo da capital russa.

O livro, de ficção-científica e tema pós-apocalíptico, foi lançado pela primeira vez em 2002, pela internet, sendo apresentado na integra no site do autor. Mais tarde, conforme o sucesso e as visualizações aumentavam, foi transformado em uma experiência imersiva e em 2009 já havia sido traduzido para mais de 20 países. Com o crescente sucesso, logo foi transportado para o mundo dos jogos pela 4A Games, que conseguiu tirar da história do livro um jogo de tiro em primeira pessoa bem competente.

O cenário da obra é bem trabalhado e coeso, apresentando um ambiente sujo, onde a humanidade decaiu ao ponto da quase extinção e vive confinada ao subsolo, dividindo seu espaço com criação de porcos, galinhas, cogumelos e também com outras criaturas bizarras. O metrô já não funciona neste mundo pós apocalíptico, seus trilhos são utilizados como estradas e as estações servem de morada para ao homem, sendo na maioria das vezes, o único local seguro em meio ao caos e ao bizarros segredos do lugar. Nos resquícios da nação russa, reina a escuridão e o medo, um lugar onde o ser humano luta para sub-existir, resistindo com pedaços da tecnologia passada e constantemente tendo que patrulhar as linhas de trem, um lugar de sons estranhos e perigo constante, apenas para defender sombras pálidas de sua civilização.

Tanto o jogo quanto o livro mostram a história de Artyon, um jovem morador da estação de VDNKh, que se vê diante de uma ameaça quase alienígena, onde criaturas demoníacas, diferentes dos mutantes por sua inteligência superior e capacidade de incutir pesadelos, assolam os túneis próximos à prospera estação, entrando no complexo lacrado do metrô à partir de velhas passagens que levariam até o jardim botânico. Recrutado por Hunter, um dos caçadores do metrô – pessoas de grande coragem e competência militar – Artyon acaba embarcando em uma viagem até o complexo de Polis, lugar em que ainda se preserva algo da cultura e dos velhos conhecimentos, onde ele deveria avisar os outros caçadores do novo inimigo que ameaça o que restou dos moscovitas.

No entanto, as semelhanças entre as duas mídias acabam por aí.

Um leitor que tenha primeiro encarado os sombrios labirintos digitalizados de Metrô 2033 talvez comece a leitura procurando pela ação, terror e adrenalina que são passados durante o jogo, no entanto, não os encontrará em grande quantidade na versão original do título.

Apesar da história ser essencialmente a mesma, o livro não se foca em tiros, lutas e perseguições. A viagem de Artyon através do complexo do metrô é quase uma jornada espiritual, como se cada encontro e dificuldade o fossem preparando para um destino que lhe estaria reservado. Em suas andanças, o jovem de VDNKh encontra diversos personagens, cada um com suas visões e filosofias acerca tanto o passado quanto o futuro. No centro de todas os debates que existem no livro, que mesmo em pedaços parece ser uma única grande discussão filosófica, esta o destino do ser humano, seu papel no mundo e próprio metrô.

A ambientação e a cultura são coisas muito trabalhadas na obra. Em cada estação visitada por Artyon, em cada pessoa que cruza seu caminho, é possível encontrar uma crença completamente diferente. Por mais que a distancia de viagem seja pouca e o tamanho seja diminuto, cada estação parece ter encontrado uma maneira própria de sobreviver, adaptando costumes antigos para a nova realidade brutal, fazendo o mesmo com a religião e com a filosofia. Apesar da constante escuridão, aquela região do metrô de Moscou é colorida com a diversidade de valores e idéias, formando algo como um ecossistema que aos poucos vai se equilibrando. Muitas vezes a impressão que se tem é que o Metrô é um imenso monstro, mutável e vivo, que engloba todo o resquício da civilização humana e que, de forma consciente, interage com os habitantes á partir de sons, idéias e acontecimentos estranhos. O sobrenatural parece habitar os túneis estranhos, alguns deles inclusive sendo presenciados por Artyon, mas a dúvida sobre se seriam realmente ocorrências sem explicação científica, ou simplesmente rumores e fenômenos plausíveis, persiste até o fim.

Os diálogos presentes no livro são muito bem construídos, trazendo sempre uma nova informação ou alguma discussão sobre os diversos valores que povoam o metrô. Contudo, salve Khan, os personagens que figuram a obra não têm muita personalidade. Não que eles sejam todos iguais ou irreconhecíveis, é possível criar certa imagem de cada um deles, no entanto, não existe nada marcante, são apenas plausíveis para suas funções e crenças, sem apresentar nada que os torne cativantes. No fim das contas, o próprio Metrô é o personagem mais bem construído, vivo e com identidade própria.

A trama do livro segue bem estruturada, sempre se mantendo na premissa original, mas sempre trazendo conflitos que fazem com que Artyon se desvie de seu caminho e conheça mais alguma particularidade ou perigo da sua casa. É possível identificar na história toda a estrutura da “Jornada do Herói” de Campbell, tanto a personalidade do jovem protagonista quanto o desenrolar de seus passos montam um desenrolar quase grego, com as roupagens de um cenário russo pós-apocalíptico; é possível ver em Artyon a imagem de Perseu. Essa abordagem atrapalha e ao mesmo tempo acrescenta à história – fez com que as partes posteriores à Polis soassem um pouco perdidas, por exemplo –, mas certamente contribui para o ar de “jornada filosófica” que o personagem principal parece seguir.

O mundo de Metrô 2033 trará ao leitor uma verdadeira salada cultural. É possível encontrar sociedades e personagens de diversas crenças e religiões. Dentro do complexo de túneis se encontram comunistas, neo-nazistas, socialistas, capitalistas, cristãos, satanistas, pagãos e uma gama de outros “istas”, além de diversas outras idéias e pensamentos. No entanto, essa grande diversidade não é simplesmente jogada no livro. A maior parte das culturas e filosofias do metrô parece encontrar o seu papel e seu sentido, casando com a história de uma civilização que tenta se reconstruir a partir de fragmentos do passado. Passagens como a da criatura mutante abaixo do Kremlin trazem metáforas para com o mundo presente e indícios de uma crítica social que pode permear a fundação dos túneis escuros. Talvez, no fim das contas, o Metrô seja um monstro que parodia os tempos atuais.

Por fim, nas palavras do próprio Artyon sobre o Grande Verme que escavou o mundo):

“– Sabe, já vi muitas coisas no metrô. Em uma estação acreditam que se cavar bem fundo, é possível chegar até o inferno. Em outra, que já estamos vivendo no limiar do paraíso, porque acabou a batalha entre o bem e o mal e os que sobreviveram foram escolhidos para entrar no Reino Celestial. Depois disso tudo, essa sua história sobre o Grande Verme de alguma forma, não soa convincente. Você, pelo menos, acredita no que diz?”

Então, ao ler o livro, prepare-se para encontrar de tudo nos túneis moscovitas.

Publicado originalmente em: https://eoutroscenarios.wordpress.com
Jess 13/05/2013minha estante
Parabéns, a melhor avaliação que já vi sobre essa obra, conseguiu perceber bem o que seria expectativa x realidade. Além de conseguir perceber elementos filosóficos que podem ficar perdidos quando se está lendo procurando a ação.


André Prado 22/07/2013minha estante
Sua profunda resenha me fez interessar ainda mais no livro. Parabéns!




Guilherme Amaro 15/09/2014

Metro 2033
Livro russo de Dmitry Gkukhivsky, publicado editora Planeta, 2010, contém 416 páginas.

O que dizer de um livro que vendeu 400 mil cópias só na Rússia, e no resto do mundo atingiu a marca de 3 milhões?

Um livro que o autor Dmitry utiliza da criatividade e induz a nossa imaginação em cada cena do desenrolar da história, um detalhe interessante é que a todo momento temos a oportunidade de olhar na contracapa do livro o mapa do metro de Moscou "verdadeiro", e suas legendas.
Ele utiliza o cenário de verdade do metro de Moscou mais conhecido como "Palácio Subterrâneo" o maior em densidade de passageiros do mundo. Sua rede é composta de 192 estações, distribuídas por 12 linhas através de 320,9 km. Imagina só um moscovita ou um turista que leu o livro nas estações de metro de Moscou?.

O personagem principal um dos sobreviventes; Artyom morador da estação independente de 200 pessoas " VDNKh", defende os tuneis do metrô contra qualquer ameaça.
Hunter "caçador " atravessa várias estações do sistema do metrô até encontrar Artyom e lhe dar uma missão.

Sasha o padrinho de Artyom um cara pessimista com o futuro da humanidade e que possivelmente sofre os efeitos do medo .
As estações de trem foram transformadas em pequenas cidades onde é o que sobrou da humanidade, busca manter nos subterrâneos a civilização, na superfície se desintegrara com o colapso nuclear.

Enfim nesse mundo subterrâneo, dominado por seitas, clãs, guerrilheiros, nazistas, comunistas, assassinos, militares, mercadores inescrupulosos, onde pessoas comuns se desgastam numa tortura constante pela sobrevivência.

Agora só falta descobrirmos como a humanidade correu para o metro para se salvar.
Como e o por quê da guerra ter acontecido.
Espero com muita ansiedade lançamento do Metro 2034 inédito ainda no Brasil.

Uma breve entrevista com Dmitry Glukhovsky autor do livro metro 2033:

1 - De onde você tirou a inspiração para o protagonista Artyom?
R: No livro, ele sou eu: o não-combatente, não-militante. O típico não-herói. Além disso, eu tinha vinte e poucos anos quando escrevi a maior parte do livro, e essa era a idade do personagem. As principais preocupações de Artyom são o seu padrasto, fazer sua primeira viagem através do Metrô e confrontar suas ideologias conflitantes. Ele está preocupado em ser lembrado e conquistar seu espaço. É algo muito pessoal.

2 - Como foi imaginar os cenários de Metro?
R: Ah, foi muito fácil, porque eu passei metade da minha infância nos metrôs de Moscou. Minha escola era longe da minha casa e o metrô é a maneira mais acessível de transporte. Ao contrário do metrô de Nova York, ele é a maneira mais limpa e mais segura também. As estações são como palácios construídos no subsolo. Eles foram construídos durante o governo de Stalin, no ápice do império soviético, e eles foram feitos para impressionar. Eram a promessa de um futuro melhor.

Mas um dia eu li um relatório dizendo que havia uma segunda rede de metrôs para oficiais do governo e agentes secretos, e que as estações das duas redes se encontram várias vezes nas estações de metrô comuns. E que os túneis do Metrô-2 se entrelaçam com os túneis do metrô comum. E que isso foi feito para salvar a vida da elite governante no caso de uma guerra nuclear. Assim, abaixo dos edifícios dos grandes ministérios o Kremlin, Universidade Estadual de Moscou, o prédio da KGB, Lubyanka haviam estações de metrô privadas. E depois que elas foram abandonadas quando a União Soviética entrou em colapso, eu sei que as pessoas encontraram alguns desses túneis. Ouvi relatos de que as pessoas andam semanas sem chegar ao fim desses túneis, e que eles precisam voltar porque estão sem comida ou água.

"Estava insuportavelmente abafado, Artyom pegou sua máscara de gás, arrancou- Se, loucamente, respirou fundo o ar amargo e gelado.Então, enxugou se as lágrimas do rosto e , sem dar atenção aos gritos, começou a descer a escada. Ia voltar para o metrô. Ia voltar pra casa."
Guilherme Amaro 18/09/2014minha estante
As lendas do Metro de Moscou:

Muitas cidades europeias usaram metrôs e túneis para abrigar a população durante a segunda guerra mundial, como Londres e Berlin. Nessas cidades haviam também, túneis e esconderijos secretos destinado ao uso por parte da cúpula política e militar. Após a guerra muitas dessas construções, agora sem uso, se tornaram públicas e abertas a visitação. Então por que os russos não admitem a existência do Metrô 2?

Algumas lendas tentam responder a pergunta acima. Uma dela diz que o governo russo não utilizou o local apenas como possível trota de fuga em caso de um ataque nuclear americano durante a guerra fria, mas os túneis abrigariam também laboratórios da KGB, destinados a estudos relacionados a armas biológicas, venenos, elementos radioativos, entre outros tipos de estudos.As lendas acima não são as mais fabulosas relacionadas com o local. Há quem afirme que o metrô 2 abrigaria desde fantasmas até ratos gigantes. Muitos chegam a afirmar que o local é caminho para uma câmara secreta, onde o próprio Stalin estaria congelado criogenicamente,lguns grupos de exploradores urbanos realizaram algumas explorações, mesmo que isso não fosse permitido pelas autoridades, a partir dos túneis encontrados após a demolição do hotel Rossiya, como descrito acima. Alguns desses exploradores relatam a existência de portas de ferro soldadas, o que aumenta ainda mais a curiosidade e o mistério em volta desses locais.




Adriel.Macedo 09/08/2021

A vida é a morte são apenas estações de um mesmo metrô
O livro acaba sendo uma alegoria sobre a vida e como a percebemos; no metrô vemos difere res pessoas, com religiões, crenças e formas de viver diferentes, o autor se vale desse plano de fundo para criticar alguns sistemas econômicos e religiosos.
Existe toda uma trama que conduz a história, mas o escritor deixa bem claro a sua visão de mundo.
O livro não é ruim, mas particularmente, gosto quando o autor deixa certos pensamentos mais em abertos
comentários(0)comente



Vinícius 11/11/2016

Que livrão da porra
A história de Artyon do livro e o Artyon do game Metrô 2033 são completamente distintas, os lugares por onde Artyon passa e suas atitudes e missões são completamente diferentes das mostradas no jogo, porém a "Main Quest" se mantém a mesma, pode-se dizer que o jogo e o livro são duas imaginações da mesma aventura (apesar do fato que no jogo Artyon é um genocida que resolve tudo dizimando tropas inteiras e no livro ele basicamente não resolve nada e praticamente só se fode.), no jogo temos um enfoque maior no terror e na ação e no livro temos um enfoque na atmosfera e nas diversas culturas e as "civilizações" que lá dentro vivem, o cotidiano, a política, suas crenças, o misticismo, as fantasias, os amores, e outras conspirações que prefiro não estragar a surpresa de futuros leitores... Jogar o game e ler o livro é uma viajem para uma atmosfera maravilhosa criada por Dmitry, para os que puderem fazê-lo, recomendo.
O clima de chacina, tortura e miséria tornam essa obra única, o clima de insanidade que rodeia os habitantes é incrível.

Se você gosta de Vodka, Fuzil AK, Vladimir Putin, Cheeki Breeky, Mendigo com cajado de plástico falando que é a encarnação de imperador mongol, Satanismo, Dark Ones e protagonista se fodendo, esse livro é pra você Мой друг!!

Obs: Fall Out tem livro? Acho que não, só destacando que a série da betesha é mó histórinha de segunda.
Victor ScB 14/10/2018minha estante
Recomenda ler antes de jogar ou jogar primeiro?rs


Vinícius 25/01/2019minha estante
Jogar primeiro, depois durante a leitura tudo o que tu viu durante o jogo vai ganhar muito mais vida.




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