Fogo Morto

Fogo Morto José Lins do Rego
José Lins do Rego




Resenhas - Fogo Morto


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Maíra Marques | @literamai 17/12/2021

Leia a resenha completa no instagram: @literamai
"Fogo Morto" é o livro que finaliza o ciclo da Cana-de-Açúcar, iniciado com "Menino de Engenho" e seguido por "Doidinho", "Banguê" e "Usina". São obras independentes e que podem ser lidas fora de ordem, inclusive, li "Fogo Morto" após ler "Menino de Engenho" e tudo certo. ? Os livros mostram o declínio dos engenhos de cana-de-açúcar nordestinos e nos dá uma visão clara de como funcionava a economia da época.
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Que experiência maravilhosa foi mergulhar em mais esse clássico da nossa literatura! O livro é dividido em três partes: Primeira "O Mestre José Amaro", segunda "O Engenho do Seu Lula" e terceiro "O Capitão Vitorino", e as histórias estão interligadas.
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?? Gatilh0: Suicídi0.
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Mestre José Amaro mora na beira de estrada, nas terras que pertencem ao Seu Lula, junto com Marta- sua filha que enloqueceu, e a esposa. É uma figura que chega a ser até mesmo cômica, devido ao fato do povo espalhar boatos de que ele seja um lobisomem. No entanto, seu fim acaba sendo trágico, quando o acusam de estar envolvido com o Capitão Antônio Silvino na invasão do engenho Santa Rosa.
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Seu Lula é o dono do engenho Santa Rosa, herdou as terras do pai da esposa, o qual conhecemos na segunda parte desta narrativa. Infelizmente, Lula coloca tudo a perder com seu jeito autoritário e preguiçoso, que acabou espantando os escravos após a abolição e tornando o engenho abandonado. Falido, Seu Lula se apega a religião, principalmente após o ataque do Capitão Antônio Silvino, momento em que quase perdeu sua vida... Foi um personagem difícil de lidar, a posição de autoridade que exige possuir é irritante. Senti compaixão por sua esposa que não tinha para onde ir, afinal, naquela época os casamentos eram *para sempre*.
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Capitão Vitorino é o "Dom Quixote" da região, o herói que acaba salvando a vida de Seu Lula quando o engenho de Santa Rosa é invadido. Ele é- de fato- o personagem mais divertido da história, e o autor fez bem em deixá-lo para ter destaque ao fim da narrativa.
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Fabiana.Amorim 11/09/2021

Vale a pena demais
O conselho que eu dou é que comece José Lins por Menino de Engenho até chegar em Fogo Morto, como conclusão do seu Ciclo da Cana de Açúcar. É uma leitura gostosa demais para quem gosta de mato, de gente, de Nordeste.
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Maria 10/08/2021

que descoberta!!
A história desse livro é incrível e faz você se apegar a cada personagem. O início é um pouco confuso, pois narra histórias de quem passa na casa do mestre José amaro. Mas a narrativa vai tomando forma, e os personagens mostram suas várias camadas. Muito interessante a ascensão e decadência do engenho Santa Fé , os acontecimentos na cidade do Pilar, com a dominação das oligarquias e os ataques constantes do cangaço. Excelente obra, leitura muito prazerosa.
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Leonardo.Moura 09/08/2021

Dom Quixote Sertanejo
Capitão Vitorino foi responsável por incontáveis risadas no decorrer da leitura, o nosso ?Dom Quixote Sertanejo?.
almeidalewis 10/08/2021minha estante
Achei a resenha ??????


Leonardo.Moura 11/08/2021minha estante
Almeida, se não leu, leia ???? Fica a dica. Este, finalizei com tristeza, fantástico ??????




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@livrosdeanna 14/07/2021

Resenha livros de Anna
Fogo morto- José Lins.
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Gente esse livro e simples incrível, maravilhoso e completo.
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Ele vai retratar a decadência dos engenhos de cana de açúcar, e ai que vem o nome fogo morto que faz referência aos engenhos que não moem mais.
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O livro é dividido em três partes que contam a história dos personagens principais em cada uma, cada um desses personagens faz referência uma classe social da sociedade.
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A primeira parte conta a história do mestre José Amaro que trabalha fazendo sela, ele é bem amargurado, mal humorado, tem uma filha com problemas psicológicos e acha que é batendo nela que irá resolver o problema criando desavenças com sua mulher.
A segunda parte conta a historia do coronel Lula de Holanda que herda do seu sogro um engenho mas acaba levando o engenho a decadência.
A terceira parte conta a história do capitão Vitorino, um figurão que se mete em várias enrascadas e encrencas e por incrível pareça consegue se safar de todas, ele é meu personagem preferido, aquele que você ri muito das peripécias que ele arruma.
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Fogo morto encerra o ciclo da cana de açúcar escrito por José Lins onde tem Menino do engenho, Doidinho, Banguê e Usina. Todos retratando o nordeste, Paraíba, com vocabulários e expressões próprias. Retrata bem as diferenças de classes sociais, como funciona a política naquela época, além da relação de escravos com o senhores de engenho e a família.
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Cheirinhodelivro 12/07/2021

Muito bom
Pra quem gosta de ler sobre o nordeste brasileiro, cangaceiros e engenhos esse livro é perfeito. Fogo morto encerra o ciclo de cana de açúcar, série composta por 5 livros, podendo ler de forma independente. Dividido em três partes, na primeira conta-se as desventuras de José Amaro, um seleiro rude que vive à margem da estrada confeccionando selas e que vive reclamando da esposa e filha solteirona, e por querer sair de casa de madrugada pra pensar um pouco, se vê diante de uma grande fofoca a qual é vítima, onde todos passam a teme-lo pois acham que o cara é lobisomem. A segunda parte fala sobre o grande senhor de engenho da Santa Fé, na época de escravatura ainda, que tem gosto em cuidar das terras e prospera bastante por isso. Mas quando sua filha se casa com Lula da Holanda, um jovem de maneiras finas e nenhuma habilidade para as terras, passa a se preocupar com tudo o que construiu. Quando o jovem finalmente herda as terras de seu sogro após a morte do mesmo, acaba se mostrando um senhor de engenho diferente do anterior, impiedoso e cruel, mas com a abolição da escravidão, não há mais mão de obra pra lavrar as terras e a decadência os consomem. A terceira parte trata uma parte mais política do local, tendo como figura importante o Sr.Vitorino, um homem meio doido, mas de grande honra, nos brinda com atos heróicos e fecha a história de maneira interessante. É um livro que me tirou totalmente da minha zona de conforto, e como primeiro contato com a escrita de "Zé Lins", estou bastante satisfeita. Inclusive, instigou minha curiosidade para ler as outras obras que compõem a série.
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Carol Grayshadow 10/07/2021

Uma grata surpresa
"Obra-prima de José Lins do Rego, esse romance regionalista mostra o declínio dos engenhos de cana-de-açúcar nordestinos e traça amplo perfil das figuras decadentes que giravam em torno dessa atividade econômica."

Fogo morto foi uma grata surpresa para mim, pois estava esperando por uma escrita arrastada e cansativa, porém ao iniciar a LC (leitura em conjunto) me deparei com personagens muito bem estruturados e uma escrita fluída e muito regional que enriqueceu a obra, além de nos proporcionar a oportunidade de conhecer mais da cultura de um povo.
O livro é dividido em 3 partes contando a história de 3 personagens distintos que se cruzam ao decorrer de suas vidas: José Amaro, Lula de Holanda e Vitorino Carneiro da Cunha.
José Amaro, seleiro de profissão e homem de sua família vive nas terras de Lula de Holanda, dono do Engenho Santa Fé, que anda em grande decadência, já com seu fogo morto.
Vitorino, que podemos identificar traços de um Dom Quixote, sempre com a "força e conhecimento político" tenta salvar os desfavorecidos, mas acaba sendo alvo de muita chacota pelo povo.
Há também uma personagem de grande ascenção ao decorrer da história que é Antônio Silvino, líder do cangaço e visto como O Salvador desse povo sofrido e explorado pelos grandes senhores dos engenhos.
José Lins do Rego descreve com perfeição a vida dessas personagens e como suas histórias se misturam e se tornam essenciais.
O autor também dá força as mulheres do livro: Dona sinhá (mulher de Amaro), Dona Amélia (mulher de Lula) e Adriana (mulher de Vitorino).
Essas três foram de uma força sem igual durante toda a história junto com outras personagens que fizeram de Fogo Morto uma obra sem igual.
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Ana 24/06/2021

Demorei a engatar na leitura, mas depois me apeguei a história. Os livros de Zé Lins são fluídos, fáceis de ler. Adoro o regionalismo, a linguagem, o enredo enveredado no chamado ?ciclo da cana?. Sempre me transporto para o sertão.
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dormiodiatodo 29/05/2021

Que leitura difícil, meu pai. Eu até me assustei quando bateu a vontade de desistir do livro (mais uma vez) pq a gente ja falando de ze lins do rego: Um dos meus autores favoritos. Mas é isso, dei três estrelas por respeito ao Zé é pq nos últimos capítulos o livro fica mais ?leve?. Esse entrou pra lista de livros que não leria de novo (acabei de criar essa lista)
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Maria 27/05/2021

Amarrador
Foi surpreendente e surreal como a os laços das palavras me amarraram aos personagens e no grande pequeno engenho de seu Lulu, mestre José Amaro deixara lembranças e seu Vitorino com sua bravura deixa uma vontade ainda maior de conhecer esse "antigo" Brasil escravocrata, agropecuário e político.
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regifreitas 24/05/2021

FOGO MORTO (1943), de José Lins do Rego.

O romance FOGO MORTO faz parte de um período de sua produção ao qual o próprio Lins do Rego denominou de Ciclo da cana-de-açúcar, no qual ele descreve a decadência dos engenhos e da aristocracia açucareira nordestina. O ciclo é constituído por: MENINO DE ENGENHO (1932), DOIDINHO (1933), BANGUÊ (1934) e USINA (1936). FOGO MORTO, o romance que fecha o ciclo, é considerado por muitos como a obra-prima do autor.

Narrado em terceira pessoa, o romance é constituído por três partes, sendo cada uma delas apresentada pela perspectiva de um personagem principal: mestre José Amaro, o coronel Lula de Holanda e o capitão Vitorino Carneiro da Cunha, respectivamente. Porém todos os personagens transitam pelas três partes.

Através desses três homens, de classes sociais diferentes, Lins do Rego traça o retrato de uma região e de uma realidade histórica. Os antigos engenhos foram sendo substituídos gradativamente pelas usinas, e a modernização imposta pelo capitalismo trouxe a morte e a decadência das antigas estruturas econômicas e sociais. Os três personagens representam o apego nostálgico a um passado que já não existe mais, a inadequação a um presente do qual se sentem excluídos, e vislumbram um futuro sem esperanças e perspectivas.

É um trabalho excepcional, centrado na subjetividade e na análise psicológica dessas três pessoas. As mulheres, mesmo ocupando um espaço secundário ao longo da narrativa, exercem um papel importante e igualmente dramático na história. É uma obra triste, com personagens trágicos, cujo fim parece inexorável e inevitável.
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Hiago 15/05/2021

Uma história sobre pessoas

Fogo Morto é mais um daqueles clássicos brasileiros que são ambientados em um Brasil pós abolição da escravidão. A história, dividida em três partes, nos apresenta três personagens que a primeira vista são bem diferentes, mas analisando a personalidade acabam sendo mais parecidos do que se imagina.

Sendo eles José Amaro, um seleiro estressado e orgulhoso, seu Lula, um engenho cruel e agressivo, e Capitão Vitorino, um justiceiro alá Robin Hood que está tentando ingressar na política. Acompanhamos esse trio extremamente caricato ao longo das páginas, nos deparando com seus conflitos intrapessoais e seu papel naquela sociedade.

A ambientação é bem descritiva e direta, com diversos trechos destacando as paisagens arenosas, os engenhos de cana de açúcar e a as residências que ladeiam a cidade. Entretanto, é a psique e dilemas desses três personagens que são aprofundados, mesmo que em algumas partes, de forma redundante e exaustiva, sobretudo na primeira parte. É impossível se afeiçoar ou se conectar com eles, pois além da carga excessiva de orgulho que os três carregam, o racismo (sobretudo de José e Lula) é muito escancarado e explicito. Obviamente o contexto da época que a narrativa é ambientada não teria outro caminho a se seguir, mas não deixa de ser algo incômodo.

O livro não tem um direcionamento nem uma situação conflitante para os protagonistas, além de seus próprios dramas pessoais. Não vou ser hipócrita e aclamar o livro apenas por ser um clássico. Ele erra a mão no ritmo da história. A leitura simplesmente não rende, a primeira parte chega a ser tão redundante na fórmula do roteiro que realmente dá vontade de abandonar a a história.

Eu gostei da analogia a depressão. Não sei se foi intencional do autor, dado a época, mas deu pra notar que todo o orgulho que rodeia José Amaro parece ser fruto de uma depressão severa, que não só acarreta nele, como em sua filha e sua esposa também. No geral, esses adoecimentos mentais são bem frequentes entre quase todos os personagens.

A reta final do livro parece querer ir para algum lugar, e ser algo grandioso, mas conforme a narrativa se segue ele fica morno. O que deveria ser o clímax da história acaba ficando extremamente corrido e sem graça.

Fogo Morto tem uma grande carga histórica, e como referência para se ambientar na época ele é nota dez, sem sombra de dúvidas. Entretanto, a leitura desnecessariamente arrastada e redundante acaba dando a mesma sensação de ler um artigo cientifico. Agrega muito conhecimento, mas não é nada prazeroso.

site: @flop.literario
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Yago 02/05/2021

Brilhante
A narrativa dessa história é incrível.
Após ler "Torto arado", apareceu no meu radar esse livro que seguia a mesma premissa. Por que não?
E que sorte a minha! Não é excepcional com o outro, mas "Fogo morto" narrado por diversos personagens, retratada a dor, a alegria e a coragem do povo do sertão na época do cangaço.
Uma das melhores narrativas que já li.
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