Memórias Desmortas de Brás Cubas

Memórias Desmortas de Brás Cubas Pedro Vieira




Resenhas - Memórias Desmortas de Brás Cubas


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JotaFF 26/08/2010


Podemos dizer que tudo começou com o filme de George A. Romero de 1968 Night of the Living Dead, (A noite dos mortos vivos), onde os Zumbis levantam de seus túmulos e espalham o terror e a carnificina por onde passam. De lá para cá foram jogos, quadrinhos, mais filmes, livros, passeatas e convenções invadidas pelos devoradores de cérebro. Recentemente foi lançado no Brasil, o livro Orgulho e Preconceito e Zumbis, um mashup literário onde o autor, alterando mais ou menos uns 20% da obra original, encaixou os terríveis Zumbis na trama.

Pedro Vieira oferece outra alternativa em Memórias Desmortas de Brás Cubas. Diferente do que fizeram com o clássico de Jane Austen, o que temos aqui é uma continuação da obra de Machado de Assis.

Partindo da premissa clássica de um morto voltando a vida, temos um Brás Cubas saindo de seu caixão com força sobre humana, graças a sua zumbificação, com o conhecido apetite por Miolos, quando Prudêncio profana seu túmulo atrás do emplastro contra hipocondria. Esse é apenas o pontapé para uma madrugada de carnificina e zumbis.

O autor se apropria de outros personagens das obras machadianas, que acabam se tornando vítimas nas mãos, ou dentadas, de zumbis famintos por miolos. Com linguagem renovada, e várias citações do mundo pop, ele emula a fórmula narrativa do Memórias Póstumas, com muito humor e ironia contra os estudos acadêmicos sobre literatura.

O propósito da obra é alcançar aqueles que se afastaram da literatura graças as aulas enfadonhas do colegial, quando éramos obrigados a ler e a responder questões de interpretação de texto de caráter duvidoso. Na medida do possível, também tenta deixar a obra atraente para aqueles que já gostavam da obra clássica. O humor ácido é dado na medida certa, mas as vezes exagera na quantidade de referências. Quem não for iniciado no mundo nerd e de tecnologia, pode não gostar. A não há pretensões de se aprofundar na trama, e isso funciona para nos deixar envolver pelo narrador.

Para quem gosta de ficção alternativa, zumbis e uma boa dose de humor e leitura recomendada. Memórias Desmortas de Brás Cubas foi lançado em 2010 pela Tarja Editorial.

(postado também em http//tocajota.blogspot.com)
Luci Eclipsada 26/10/2010minha estante
Resenha bem escrita, aguçou minha curiosidade em ler ao livro, uma vez que nunca terminei de ler a obra original de Machado de Assis.




Leonardo T. 18/11/2010

Rapsódia-Thriller-Comédia-Relato-Desmorta-Fantástica
Quando dei por mim já estava com esta obra em mãos! E as letras contidas no tomo anacrônico a devorar meu cérebro como famintos e, diga-se de passagem, impulsivos redivivos, não, melhor, desmortos! Sim! Estou falando de Memórias Desmortas de Brás Cubas, um dos lançamentos mais recentes da Tarja Editorial. Livro de Pedro Vieira @nerdquest.

O carioca que cursa letras na UERJ nos brinda com uma obra que eu rotularia como algo próximo a uma Rapsódia-Thriller-Comédia-Relato-Desmorta-Fantástica continuação do Clássico Machadiano Memórias Póstumas de Brás Cubas!

Bem, sem mais palavras. Só digo uma coisa mais: Pobre de quem ainda não leu Memórias Desmortas de Brás Cubas!
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Coruja 08/08/2013

Um ano atrás eu estava no aeroporto em Lisboa, esperando o vôo para Paris (metida, eu? Imagina...), fazendo de conta que não tinha ninguém me olhando estranho depois de ver de relance a capa do livro com que eu estava abraçada.

Eram as Memórias Desmortas de Brás Cubas e não tenho bem certeza, mas acho que o ‘gajo’ sentado ao meu lado achou que eu era algum tipo de sociopata ou coisa do tipo pela combinação de escolha de leitura e risadas. Ou então que a qualquer momento eu me levantaria babando e dizendo ‘miolos...’

Memórias Desmortas de Brás Cubas continua de onde o clássico machadiano parou: após rememorar sua existência, Brás Cubas passa a contar como despertou no túmulo por obra e graça de seu magnífico emplasto; foi desenterrado por seu ex-escravo Prudência, que estava atrás da fórmula do mesmo e prontamente atacou o camarada e devorou seu cérebro.

Em morte, Cubas continua obcecado pelas mesmas coisas que dominavam sua vida: o emplasto ‘panacéia universal’ e Virgínia – e no caminho para chegar aos dois ele cruza com outros ícones do Bruxo do Cosme Velho (impagável seu encontro com o Alienista), produz uma horda de zumbis e um rastro de destruição bastante sangrento.

O livro é divertido e bem mais inteligente em seus trocadilhos, encontros e desencontros que Orgulho e Preconceito e Zumbis – que me parece ter sido o primeiro do gênero dos mash-ups. Isso porque não existe apenas um recontar da história original com o acréscimo de qualquer que seja a criatura sobrenatural de escolha, mas existe um enredo novo e Brás Cubas, conversando diretamente com o leitor, critica como suas memórias originais foram apropriadas por academicistas que tiram todo o prazer da leitura ao mesmo tempo em que forçam adolescentes sem maturidade a ler um texto denso e decorar fórmulas, traumatizando a criatura pelo resto da vida.

É, enfim, um volume bem divertido, que dá algo no que pensar, com um sem número de referências curiosas e marcantes. Só tenha cuidado para não escorregar no sangue e vísceras deixados pelo caminho...

site: http://www.owlsroof.blogspot.com.br/2013/08/para-ler-memorias-desmortas-de-bras.html
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ArenaFantástica 10/03/2011

ARENA FANTÀSTICA - Resenha: Memórias Desmortas de Brás Cubas
A começar pelo titulo, esse livro me remete aos tempos idos do colegial, onde a maioria de nós preferia morrer a ter de ler esse tipo de livro. No caso, acredito que o autor realmente levou a sério essa idéia e não só morreu, mas também matou todo mundo… Matou todo mundo de rir. Escrevendo como o próprio Brás Cubas, Pedro Vieira nos trás as memórias de tudo aquilo que aconteceu depois do primeiro livro e ninguém nunca ficou sabendo...

LEIA MAIS EM:
http://arenafantastica.com/2010/11/13/resenha-memorias-desmortas-de-bras-cubas/

OU

arenafantastica.com
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Tauan 23/09/2015

O original é melhor
Há tempos eu estava à procura deste livro para finalizar o que chamei de "série de clássicos revistos", como Dom Casmurro e os Discos Voadores, Senhora, a Bruxa e O Alienista Caçador de Mutantes. Foi muito bom tê-lo encontrado no Livros em Pauta, pois pude comprá-lo por um preço muito baixo. Do contrário seria uma lástima.
Decepcionante, é o primeiro adjetivo que associo ao livro. Na sequência, penso em enfadonho, mal escrito, clichê e outras palavrinhas menos educadas...
Para começar, diferentemente das outras revisões (citadas acima), este livro não se propõe a recontar a história original, mas a dar uma continuidade.
Não entendo isso como uma paródia...
O estilo do autor é pobre e imaturo; suas frases são mal construídas e repetitivas; enfim, ele envergonharia Machado!
Um exemplos do que ele considera boa escrita:
"Mencionei, nas Memórias anteriores, que antes de morrer trabalhei arduamente em meu emplasto [...] irei finalmente dar mais detalhes de como essa maravilha funciona [aqui ele se enrola, faz uma confusão e não diz nada, depois continua]. Ou seja, eu disse que iria finalmente dar detalhes, mas não dei. Menti. Isso que dá confiar tanto assim em um morto..."
Vieira também mistura personagens de outras obras machadianas (como A Cartomante e O Alienista). Talvez possam interpretar que isso cria a sugestão de que os personagens conviviam na imaginação do Imortal, mas, para mim, isso soa caótico e cheira a "forçação de barra".


site: http://pausaparaaleitura.blogspot.com.br/
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Tábata Kotowiski 04/10/2019

No geral é bastante divertido, embora tenha algumas partes um tanto maçantes.
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