Resenhas_da_isa 19/04/2023
Finalmente Lizzie está realizando o sonho de preparar seu próprio casamento, com o quase príncipe encantado Luke, mas nem tudo está acontecendo conforme o que ela imaginava... Seus amigos, Chaz e Shari, não estão muito animados com essa união, a família dela praticamente não conhece o noivo e a dele parece querer afastar Luke de Nova York, de volta para seu antigo trabalho como investidor financeiro.
O lado profissional está indo muito bem, as restaurações de vestidos de noivas são um sonho, mas administrar e trabalhar na loja não é tão fácil quanto parece e Lizzie se vê sem tempo para preparar o próprio vestido, ou para cuidar dos detalhes do seu casamento. Em meio a mil tarefas ela começa a se questionar se está no momento certo para se casar e se está pronta para mais uma grande mudança em sua vida.
Lizzie melhorou muito no final do segundo livro: ela passou de uma mocinha sonhadora e extremamente romântica para uma competente mulher de negócios, com controle sobre sua vida. O problema é que depois do pedido de casamento muitas de suas inseguranças voltaram, principalmente quando ela pensa na cerimônia. A partir daí já dá para perceber que o livro não segue bem o caminho esperado no início da trilogia.
Luke também está bem diferente do mocinho do primeiro livro, essa mudança radical no personagem me irritou um pouco, mas como a escrita da Meg é maravilhosa, acreditei em cada palavra. rChaz continua um fofo, apesar de ficar afastado durante boa parte da história, o mesmo que acontece com Shari. Uma outra personagem que continua chamando atenção é a avó de Lizzie, não tem como não se divertir com as maluquices dela.
"Sua ingrata - resmunga minha avó. - Afinal, pra que você quer ficar noiva Lizzie? Maridos não servem para nada além de atrapalhar. Pode acreditar, eu fiquei atrelada a um desses por quarenta e cinco anos. Sei do que estou falando. Caia fora enquanto é possível."
O enredo continua leve e divertido, assim como nos melhores chick-lits, e não faltam reviravoltas. Algumas coisas ficam claras logo no início desse último livro, mas outras me surpreenderam. No final a minha simpatia com a Lizzie voltou, suas atitudes no lado profissional e também no pessoal amadureceram bastante, mas sem perder seu lado divertido.
A narrativa em primeira pessoa, sob o ponto de vista da Lizzie, é muito fluida e, mesmo quando eu me irritava com a protagonista, conseguia entender seu ponto de vista. Como acontece na maioria dos livros que são escritos assim, senti falta de conhecer melhor alguns personagens e seus sentimentos, mas isso não é nada que tenha me incomodado, só acho que seria melhor se o leitor pudesse ter outro ponto de vista.