David Copperfield

David Copperfield Charles Dickens




Resenhas - David Copperfield


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Renata1004 25/04/2024

O Dickens sabe o que faz
David Copperfield é o livro favorito de Dickens, e não é a toa. Os elementos da era vitoriana mesclados com a narrativa envolvente, fazem desse livro uma tapeçaria de vida, sendo semelhante ao realismo/naturalismo brasileiro.

O que me chamou atenção particularmente foi a construção individual de cada personagem, sendo habilmente desenvolvidos e desempenhando bem o seu papel. A trama é uma tragicomédia que gira em torno da complexidade humana, o que cria personagens interessantes e realistas.

Super bom, recomendo ?
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Karina Vidal 21/04/2024

Amor e ódio
Não achei que conseguiria concluir a leitura, pois considerei a primeira metade aborrecida. Todavia, do meio em diante, o livro ganha uma nova energia, a trama se desenrola de forma cativante e terminar é uma urgência. Não é uma leitura fluída em razão da forma da escrita, mas as aventuras e a torcida pelo protagonista acabam por de fato tornar a leitura uma experiência única! Ah, e é o misto de amor e ódio é porque o livro é bacana mas a narrativa às vezes enche o saco, então às vezes amamos, às vezes odiamos! ?
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Naty Alves 11/04/2024

David copperfield e a honra pela memória
Fico me perguntando se tivéssemos a oportunidade de escrever nossas memórias quais seriam as lembranças mais marcantes o que relatariamos sobre nós mesmos? Essa é a premissa de David copperfield e não, não é o magico. E sim, apenas David, o filho favorito do Dickens um garotinho que foi expulso de seu próprio lar, tendo que passar pelas agruras da vida, pelos altos e baixos do viver.

Como todo bom romance de formação Dickens explora os sentimentos, e as difíceis decisões tomadas por seu protagonista, e sua construção da infância a maturidade, em uma conversa com si mesmo, voltando no tempo para que o leitor sinta suas angústias, alegrias.
Assim como dando vida a outras figuras igualmente interessantes, amores amizades, desde personagens irritantes, engraçados, mesquinhos, frivulos, e puros até intrigas, e dramas familiares, e luto, reencontro do passado com o presente sendo pincelado num quadro.

A narrativa é construída de maneira imersiva, como se víssemos a infância a adolescência e maturidade sob os olhos do escritor como se ele voltasse as suas versões anteriores para nos contar aquela parte dá estória como só ele viu, porque viveu.

O autor como sempre faz críticas sócias e aponta diferentes comportamentos abusos físicos e verbais, e a condição das crianças e mulheres naquele período.
Por vezes o protagonista pôde ser visto como ingênuo ou passivo demais não fazendo bom julgamento das pessoas a sua volta demorando a perceber suas reias intenções.

De todo modo muito interessante e divertido acompanhar.
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Miguel Freire 08/04/2024

A Odisseia da vida comum
David Cooperfield é (literalmente) um colosso da literatura ocidental, tanto em tamanho, quanto em relevância. Esse livro, o preferido do próprio Dickens, até hoje é uma fonte deliciosa de prazer de ler. Nele se alternam boas risadas, reflexões e lágrimas; tudo isso em um ritmo fluido e corrente.
Não é à toa que o livro seja tão grande: é a história de um homem desde o momento do seu nascimento até a maturidade, acompanhando cada fase detalhadamente, com dezenas, senão centenas de personagens secundários que desempenham papéis importantes ao longo da vida do protagonista, e a extensão gigantesca do livro mostra como Dickens queria espaço para poder desenvolver o máximo possível cada uma de suas criações.
Dickens possui uma qualidade muito interessante: ele consegue unir fantasia à realidade. David Copperfield é basicamente um conto de fadas ambientado no mundo real: fadas madrinhas, deuses providentes, cinderelas, princesas, anjos, dragões e demônios se manifestam nas figuras de Betsey, Pegotty, Emily, Dora, Agnes, Uriah, Steerforth e nos outros personagens dessa verdadeira mitologia.
Ainda fazendo um paralelo com a “mitologia”, eu ousaria chamar “David Cooperfield” de epopéia; uma epopéia, em prosa, da vida comum. Uma verdadeira jornada épica através da vida de um homem simples. Uma das causas de tamanha empatia para com o livro é a alta improbabilidade de que alguém não se identifique com qualquer acontecimento dele: todo mundo já perdeu algum parente muito querido, ou passou pela miséria, ou se apaixonou, ou se decepcionou profundamente com alguém, ou foi ajudado por pessoas maravilhosas ou desprezado por gente extremamente cruel. É um livro muito emocional, onde, graças ao estilo melodramático dickensiano, você realmente é tocado pelo ambiente da história, seja ele alegre ou melancólico. Porém, parando para pensar, nada no livro é muito “emocionante” no sentido de anormal, aventuresco. É uma vida comum, existem vidas reais muito mais interessantes que a de David. E mesmo assim, cada pequeno acontecimento é realmente “épico”: a conquista de um emprego é tão emocionante quanto a vitória de uma guerra, a perda de uma pessoa próxima importa tanto quanto a morte de um rei, e o amor doméstico é tão belo quanto o amor que salva donzelas de dragões.
Com relação à edição: excelente, 10/10, além de muito bonita por fora, as notas de rodapé são essenciais e as ilustrações são maravilhosas.
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Jhoni 06/04/2024

Ele vai se tornar o seu amigo durante a leitura.
David Copperfield é um livro que flui perfeitamente, não deve intimidar o leitor pela quantidade de páginas. Como ele é escrito em folhetins, dá a sensação que você está acompanhando uma longa novela de televisão ou um seriado longo, dá para ler sem pressa, um capítulo por dia.

O personagem é cativante desde a primeira frase do livro, é muito difícil não se apegar ao David Copperfield. Li esse livro em idas e vindas de metrô, ele foi meu amigo, meu companheiro de viagem enquanto eu acompanhava as suas próprias viagens.

Meu único incômodo é que o livro começa muito bom, depois surgi uma barriga onde as coisas ficam monótonas demais, porém como já estamos apegados a trajetória do menino, a gente segue junto, depois a história volta a subir mais a temperatura.

É ótimo ler esse romance e observar os valores da sociedade inglesa na época em que ele foi escrito. Diferente dos Russos escritos nessa mesma época, eu sinto que esse romance inglês, de formação, tem fortes características do cristianismo. Os valores dos personagens são baseados nesse poder da igreja. A influência religiosa é muito forte.

É um livro agradável, vale muito conhecer e experimentar o texto do Charles Dickens. É uma escrita para aquecer o coração.
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Nandsland 31/03/2024

Levou 1 mês mas consegui
Eu nunca tive a pretensão de ler esse livro em particular, mas tinha muito interesse em me aventurar pela escrita do Dickens. Então, vi esse livro na promoção ano passado e acabei adquirindo. Não tinha expectativa sobre e nem sabia do que se tratava.
Foi uma leitura muito neutra para mim, a gente acompanha o David Copperfield desde criança até a vida adulta. Ele passa por muita coisa e para além dele, a gente acaba acompanhando por consequência a vida de muitos outros personagens o que foi um ponto muito legal para mim, porque o livro tem o nome do protagonista, mas também é sobre todas essas pessoas que participaram de toda a vida dele.
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Quincas Borba 31/03/2024

"Mas, assim como muitos pais afetuosos, tenho no fundo...
Do meu coração um filho predileto. E seu nome é David Copperfield."



"David Copperfield" é um romance escrito por Charles Dickens, publicado em formato de folhetins entre 1849 e 1850 (mesmo ano em que foi publicado como livro). Aqui, acompanhamos a formação do protagonista titular, desde o começo literal de sua vida até a sua maturidade. No caminho, também acompanhamos as jornadas de outros personagens, que vão permeando a trama.

Antes de falar do bom, falarei do ruim. Embora eu tenha amado a história, e principalmente a escrita de Dickens, é impossível ignorar os retratos caricatos, situações que você encontraria em uma típica comédia pastelona, encontros impossíveis numa obra realista, personagens que às vezes são superficiais e vários outros aspectos. Aspectos, porém, que são tão espaçosos entre si e não tão abundantes como alguns acadêmicos gostam de pintar que não comprometem com o lado maravilhoso dessa história.
Chegou à minha atenção que esses seriam os maiores defeitos das histórias de Dickens, e não pude deixar de notar que são críticas bem elitistas que focam mais nesse pequenos absurdos do que nas maravilhosas descrições sentimentais e das críticas sociais presentes nos textos. Pode ser uma ideia de minha cabeça, a qual não darei pernas longas, mas me parece que Charles Dickens ainda é vista por alguns acadêmicos nojentos com certa hostilidade e elitismo, justamente por ter voltado sua produção literária à classe pobre.

Depois dessa pequena defesa em nome de Dickens, vamos falar de coisas boas.
Os personagens, até mesmo os de caráter unidimensional, são todos muito bons e cumprem bem o seu papel. Seja o próprio sr. Copperfield, na sua jornada para o amadurecimento, ou a simplória Rosa Dartle, cujo único traço que parece mostrar, principalmente nos últimos capítulos, é o desdém que possui pelos outros, algo que desculpo. Entretanto, todos essas pessoas são tão memoráveis justamente por toda a quantidade de páginas que David conversa, criando uma amizade com eles que, consequentemente, passa ao leitor.
Peggotty, a babá leal de David; o sr. Peggotty, irmão de Peggotty, sempre determinado; a pequena Em'ly e o falso Steerforth; o inabalável Ham; a resmungona, mas gentil por dentro, sra. Gummidge; a srta. Betsey Trotwood, sempre decepcionada com a afilhada que nunca nasceu; o sr. Dick enfrentando o fantasma de Charles I; o sr e a sra Strong e seu casamento; a realmente pequena anã Srta. Mowcher; a culpada Martha; o bondoso Traddles; a doce e boba Dora, a "filhesposa"; a venerável e gentil Agnes; os desprezíveis Murdstones; o frágil dr. Chillip; a suave e carinhosa Clara Copperfield; o adorável sr. Barkis, que está sempre disposto; Wilkins Micawber e sua esposa Emma, com seus esquemas, sempre humildes (de verdade); além de outros personagens menores, como o sr. Omer, Joram, Minnie, e tantos, mas tantos outros, todos esses personagens produziram uma impressão em mim, seja positiva e negativa, e me lembrarei com carinho deles. Confesso aqui que chorei muito, tanto na morte de vários quanto na despedida de alguns.
Talvez nenhum outro personagem além do protagonista tenha produzido uma impressão tão marcante quanto Uriah Heep, que acompanhamos desde o começo quando pequeno, e que vai se desenvolvendo como um dos grandes vilões de toda a literatura, na minha nada humilde opinião, que se esconde por trás de uma cortina de falsa humildade para manipular os outros e conseguir o que quer. É incrível o contraste entre Copperfield e Heep, ambos de origens semelhantes e humildes, e o desfecho de cada um.

Grande parte do apelo desses personagens vem da escrita de Charles Dickens, que não é tão sofisticada quanto outros autores, é bem simples na verdade, mas ainda assim consegue traduzir e expressar sentimentos que nenhum outro autor com dicionários de palavras obscuras conseguiria expressar. Mesmo com as falhas já apontadas anteriormente, isso adiciona mais ao caráter e a singularidade dickensiana. Afinal, temos que levar em conta que Dickens não escrevia apenas para sujeitos tão elitizados, como Henry James ou Virginia Woolf (que execravam a obra de Dickens, menos, surpreendentemente, por essa história em específico); Charles Dickens era o autor do povo e escrevia para todos; é por isso que encontrou grande destaque no mundo literário de sua época, desde Tolstói e Dostoievski até algumas décadas mais tarde com Kafka.
A maneira que Dickens escreve sobre a passagem dos tempos e das memórias mostra, como disse Sandra Guardini Vasconcelos em um dos três excelentes ensaios presentes nessa edição, que "David Copperfield" é, em sua essência, um romance sobre a memória e o tempo, algo que ecoará mais tarde na literatura mundial com o advento de Proust. David enxerga o passado e as situações como fantasmas, que chegam e vem; parece até um elemento sobrenatural como em vários momentos Copperfield observa as expressões e ações de personagens como se estivesse vivenciando aquilo na sua frente. De alguma forma ou outra, ele recupera o tempo perdido, seja o tempo ruim ou o tempo bom.
A grande habilidade de Dickens como escritor é principalmente nítida em capítulos dramáticos. Particularmente, no capítulo "Tempestade", que Tolstói considerava uma obra-prima. Qualquer dúvidas sobre as habilidades de Dickens e sua competência como romancista desaparecem durante essas 16 páginas (curtas comparadas à média de 25 páginas por capítulo).

Também achei nesse romance, que se encaixa no arquétipo de "romance de formação", lições valorosas sobre a maturidade e as relações entre as pessoas, que com certeza valorizarei, dado que estou dando meus passos tímidos na vida adulta, cujo sistema estarei integrado até o fim desse ano, com muito alívio (e pesar) acabando o ensino médio com 18 anos completos, pronto para entrar num mundo perigoso e incompreensível, mas já com referências para me ajudar.

Enfim, "David Copperfield" é maravilhoso.
Obrigado por ter lido até aqui.
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LadyDeMi 15/03/2024

Cativante!
Primeiro livro do Charles Dickens que eu li e achei sua escrita agradável, detalhista na medida certa e não transformou as dificuldades em dramalhões.

Dickens dosa muito bem os fatos e as emoções e me conquistou do início ao fim. Achei a narrativa um tanto lenta, mas não desanimei em nenhum momento das quase 1300 páginas.

O autor usa sua própria história para narrar a vida do protagonista, David Copperfield, um menino doce e órfão de pai que vive feliz com sua mãe e sua babá, até a chegada de seu padrasto, que chega com a irmã para infernizar a todos.

Ao longo das páginas acompanhamos a trajetória da vida de David, as pessoas em seu entorno e suas histórias cotidianas. 

São apresentados personagens complexos e cativantes, em uma narrativa envolvente e rica em detalhes com temas como: amizade, amor, erros, perdas, oportunidades e conquistas.

Lançado em 1850, David Copperfield não é apenas um clássico, é uma obra-prima da literatura! 

Uma leitura imperdível para todas as idades!
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Mariana 15/03/2024

Virtuoso
Essa leitura foi uma das melhores da minha vida. Uma LC com amigos muito preciosos: Fabio e Vanessa??? obrigada!!

Meu primeiro contato inteiro com a obra do autor, já havia lido trechos soltos. Fiquei interessada pela obra por saber que era a mais autobiográfica do autor, logo a curiosidade aguçou para mergulhar na vida desse mestre da literatura.

Com muitos personagens estonteantes, e outros repugnantes,a história é narrada pelo próprio David em vários momentos de sua vida. Totalmente atemporal, mas de uma sincronia perfeita.

Vamos nos tornar íntimos da vida de David Copperfield e caminhar em seus picos e vales, adentrar cada quarto surdo e obscuro, cada dia tempestuoso, cada abalo sórdido, mas vamos abrir as cortinas dos dias ensolarados, sentir a essência do despertar das belas flores, a ascendência da bondade e o amor em seu estado invulgar.

Um menino que já nasce órfão de pai, porém com uma situação financeira razoável à época 1820 na Inglaterra. Contando apenas com a sua doce mãe, Clara, e uma babá que se tornará a sua âncora, Sra.Peggotty. Uma senhora simples, de costumes bons e de um coração incomum, cuida de David como se fosse sua mãe. Tenso também sua tia Betsey Trotwood, uma figura exótica, que adentra um pouco depois em sua vida, mas de forma necessária, uma vez que sua jovem e belíssima, casa-se novamente após alguns anos com o Sr. Murdstone. Um parasita, que juntamente com sua irmã, a Sra. Jane Murdstone, maléfica, mudaram o destino do menino David, após a morte de sua mãe. David se vê em uma contínua guerra com muitos inimigos e intempéries que vão além do extraordinário, submergindo esse menino em águas turvas, fétidas, mas que vão formando seu íntegro caráter.

Em suas etapas importantes, dolorosas, virtuosas e vitoriosas da vida: Blunderstone, a escola, o trabalho, a vila, a rua, Londres; ele encontra pessoas que se tornariam amigos, inimigos, amores, de uma vida, como: Steerforth, Traddles, Sr Peggotty, Emily, Ham, Sra Gummidge, Srs. Micawbers, esses são sensacionais e cômicos, Dora, Agnes, Wickfield... com certeza deixei alguém importante pra trás, perdoem-me por isso e deixei alguns ascos de propósito!

David, tem muitas perdas, muitas caixas de Pandora, muitos aprendizados e com uma grandeza de espírito de um guerreiro, ele se permite chorar, crescer, viver, cair, levantar e escrever cada capítulo de sua brava história de forma afetuosa e encantadora.

Um romance extenso e completo em várias faces, com muitas histórias maravilhosas, entrou no rol dos favoritos da minha vida. O autor desvelou com tanta beleza cada capítulo que até os enormes e lentos foram se adequando ao fim da história muito bem amarrada. E o que mais encantou meu coração e me aqueceu os sentimentos, foi a bondade do início ao fim impressa no caráter do Copperfield ou seria no do Dickens?
Fabio 15/03/2024minha estante
Mari, só tenho uma coisa a dizer....
Perfeito, minha amiga!!!!!???
Texto, claro, gracioso, belo e sutil
Adorei cada analogia, o jeito que discorreu e como mesclou suas impressões, as nuances da obra e os seus próprios devaneios líricos!
Uma preciosidade!!!
Parabéns por essa escrita elegante e precisa, minha amiga querida!!!???
Sobre a LC, que eu agradeço a ti e a Vanessa pela paciência, pela companhia e principalmente pela amizade!
Essa Leitura Conjunta foi um marco na minha vida como leitor!!!!???
Obrigado!
É assim que eu enxergo seu texto...
eu enxergo seu texto como um riacho, claro e cristalino que desce por uma montanha toda arborizada e florida, que por vezes, vaza em um pequeno lago cheio de peixes coloridos, ornamentais, e volta a correr , suavemente ... sem muitos ruidos, calmamente, como numa dança, lenta, cheia de graciosidade e acaba encontrando com o mar, sem alardes, numa perfeita harmonia


Mariana 15/03/2024minha estante
Meu amigo... você me deixa sem palavras... não sei o que dizer além de agradecer com todo meu carinho!!! Meu Deus, que preciosidade de palavras, vou guarda-las com carinho. Muito obrigada de todo meu coração, foi uma leitura incrível, um livro que vou guardar com muito carinho, e uma experiência pra lá de especial. Obrigada meu amigo, obrigada e obrigada ??????????????????


Núbia Cortinhas 17/03/2024minha estante
Mariana, minha amiga, que resenha emocionante e linda!!! Aqueceu meu coração!!


Mariana 17/03/2024minha estante
Ô amiga, obrigadaaaa. Fico felicíssima??? Esse livro é um alento de verdade e muito mais do que minhas palavras narraram.


Vanessa.Castilhos 28/03/2024minha estante
Minha amiga, lendo sua resenha... me emocionei aqui... Ameiii!!! ?? E como disse o nosso amigo querido Fabio, essa LC foi um marco na tbm minha vida de leitora!!! Que história, que encantamento!! E a companhia de vcs foi um presente dos mais preciosos!! Gratidão amigos queridos!! ??????




Lisa 14/03/2024

Um história com muitas vidas
Sobre Dickens há sempre muito a ser dito, desde sua prosa única até o debate entre separar ou não o autor de sua arte. Pai de muitos filhos (tantos livros, quanto biológicos), tem em David Copperfield seu predileto, como nunca deixou de expressá-lo. Este que é um dos seus livros em que é tanto romance de formação quanto uma memorabilia de seu protagonista como do próprio autor.

Os paralelos autobiográficos são nítidos aqui, seja pelo trabalho infantil ao qual ambos David e o pequeno Charles foram forçados e do qual o autor nunca superou ou perdoou por tal. Já adulto, Dickens ainda se referia a esse episódio como "são igualmente indescritíveis as sensações que ainda guardo na memória: a mais completa desesperança em que vivia; a vergonha que o trabalho me causava; e a tristeza que esmagava meu jovem coração... mesmo hoje, famoso e amado e feliz, eu muitas vezes me esqueço, em meus sonhos, de que tenho mulher e filhos queridos; ou de que sou um homem; e caminho, desolado e sem destino, por aqueles tempos de minha vida." palavras que seu personagem irá repetir ao longo de sua narração.

Vislumbramos também facetas de sua vida com a família Micawber e seu eterno drama perdulário, vida em prisão e etc, como uma representação de sua própria família que passara pelo mesmo. O identificamos também nas ocupações de David em se tornar estudante do Commons e então sua dedicação em aprender a estenografia, virar jornalista e então escritor famoso de artigos, romances e peças tal como seu autor. As próprias personagens femininas aqui também se remetem a suas esposas. Dora é uma face de seu primeiro e frustrado amor, Mary Beadnell (a quem anos após ao reencontrar sentiu imensa ojeriza por seu agora corpo gordo) e sua ex-esposa, Catherine Hogarth, cuja história, precisamos esquecer em prol de seguir gostando de Dickens, este que ojerizado por sua companhia, por seu constante ganho de peso, dividiu o quarto e parte da casa com estantes para ficar impedido que sua esposa tivesse contato com ele, se divorciando da mesma após após conhecer a atriz Ellen Turner e iniciar um caso com ela; não sem antes tentar internar sua esposa como louca em um manicômio, difamando-a nos jornais como má esposa e má mãe. Embora tal comportamento não tenha recebido apoio da sociedade, também não o foi rechaçado, afinal era Charles Dickens, já o nome mais influente da literatura, com todo seu rigor, humor e encanto.
Nesse sentido é preciso falar das mulheres em David Copperfield, essas que são as raízes centrais da história ao mesmo tempo as que recebem os piores destinos. A Sra. Copperfield sendo a primeira de todas a sofrer, tendo um fim de vida cruel nas mãos de um marido abusivo. Peggoty com seu poço de devoção fiel e força, pilar essencial durante toda a narrativa. Sra. Micawber com seus ataques histéricos de uma mãe de muitos filhos sem condições de criar e a ilusão de grandeza que nunca chega; a Sra. Trotwood, maltratada pelo ex-marido e amargurada por esse, e seu caráter rígido e decente. E então temos Dora, que paga um preço alto por sua frivolidade, por falhar em ser mulher, em ser dona de casa, que paga por ser um rosto apenas bonito. Seguida por Emily e sua imensa beleza que coloca em risco não somente a sua vida, mas a vida de todo o seu núcleo. Gostaria ainda de falar sobre Martha, outra boa mulher sofrida pelas mãos de homens inconsequentes. E por fim, Agnes, aquela escolhida como o anjo de toda história. mas que mesmo jogando luz sobre todos, não escapa de uma vida de martírio e penalidade.

A frase inicial desse livro, que é o primeiro do autor a ser narrado em primeira pessoa é a de "Se terei me revelado ou não o herói de minha própria vida, ou se tal posição, será ocupada por outra pessoa, caberá a estas páginas demonstrar". Não acho que David seja um herói, é digno e notável que cresceu e ultrapassou suas adversidades e as sustentou como muita dignidade desde a mais tenra infância, a contraposto, não foi ativo sobre nada que poderia sê-lo, não lutou por Emily, por sua tia, por Agnes, nunca se propôs a ajudar Traddles ou os Micawber, mas sendo apoiado constantemente por todos esses. Não se impôs sobre Urias quando poderia, sempre se reservando a dar poucas palavras de apoio e muitas de esquivas, nada além disso. Nunca sendo força motriz, mas coadjuvante.

Por fim, é preciso falar sobre dois dos aspectos que mais me agradaram nesse romance. O primeiro deles sendo a capacidade acurada e intrépida de Dickens de ler o seu tempo e suas nuances politico-econômicas, não deixando passar ileso os joguetes e as hipocrisias sociais, as meritocracias e os melindres envolvidos nesses processos. Nisso David é também um herói diferente, ele não exige recuperar um fortuna, mas construi-la do zero, representando a pluralidade da "midlle class" em que nada é dado, mas galgado, nada é garantido, mas constantemente moldado. Em segundo, justamente a pluralidade de vidas; David Copperfield transborda de personagens vibrantes, cada qual rico a sua maneira, com histórias, motivações e personalidades únicas. Não existe nada dual aqui, nada tomado e garantido como certo e bom (salvo Agnes), nada totalmente moral e imoral, mas facetas que se esquilibram entre esses polos, porque afinal é assim a vida.

Há ainda um elemento que retorno, pois me foi inescapável de acompanhar. Dickens e suas representações de individuos atípicos e PCDs. Temos Dowcher, uma mulher com nanismo, é desprezada, quase não reconhecida como mulher e como ser humano e a quem Dickens dedica inicialmente uma visão de ojeriza e separação e que retorna revelando nossa hipocrisia e julgamento. É Dowcher e Martha que com toda sua rejeição quem fazem as melhores boas ações. É também Dick, com seus "miolos" moles quem possui o melhor coração e leitura de ambiente.

Amei esta história, amei também a todos seus personagens, mesmo os que odiei. Esse é o predileto do autor e faz sentido que o seja, é o melhor do seu melhor. Há tanto sentimento tranbordando de suas páginas do começo ao fim. Queremos o melhor e este nunca chega. Preciso ressaltar minha indgnação com o final. sofri imensamente por Ham, que merecia melhor e não consigo aceitar o final de Murdstone, embora entenda que a mensagem seja a de que alguns males cessaram, outros serão contidos, uns remediados e outros permaneceram livres para danação e assim o aceito. E nem mesmo um grande autor está incólume de ser também fã e tiete de outros grandes artistas; David Copperfield é sem dúvidas o livro com a maior quantidade de referências a Shakespeare que ja tive acesso, são mais de 15 delas espalhadas ao longo de todo livro. Para enceraro, escolho as palavras da grandiosa Virginia Woolf: “Com tamanha força nas mãos, Dickens fez seus livros se inflamarem, não apertando a trama ou afiando a fala, mas atirando mais um punhado de gente no fogo”.
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Leonardy.Negrini 12/03/2024

Uma Obra para a Vida
Charles John Huffam Dickens nasceu no dia 07 de Fevereiro de 1812, na cidade de Portsmouth e faleceu na cidade de Higham, Inglaterra, em 09 de Junho de 1870, aos 58 anos. Casou-se aos 24 anos e teve impressionantes dez filhos !!!
É considerado o mais popular dos romancistas ingleses da era vitoriana (período de Reinado da Rainha Vitória, 1837-1901). Diferentemente de outros autores, gozou da celebridade como escritor ainda vivo, sendo as suas obras lidas até os dias de hoje.
Considera-se que as suas obras, apesar da ausência do Realismo, introduzem fortes críticas sociais na literatura ficcional inglesa. Deixou 15 livros escritos, cinco livros curtos, dezenas de contos e artigos, entre outras atividades como ativista em campanhas em defesa de direitos infantis, educação e outras reformas sociais.
Em 1850 lançaria o seu romance mais conhecido, "David Copperfield". Uma singela obra com mais de mil e duzentas páginas e 63 capítulos. As suas dificuldades pessoais, o pai preso por dívidas, o trabalho em fábricas, o sistema educacional perverso e caótico são temas amplamente trabalhados na obra.
É uma obra que percorre a vida de David Copperfield desde o seu nascimento até a sua maturidade, com uma figura paterna ausente. Depois de um tempo sua mãe irá deixá-lo, logo após um segundo casamento, quando do nascimento de seu irmão, que também morrerá adoentado. Seguem-se inúmeras dificuldades, o trabalho infantil, a fome, o encontrar uma tia que o rejeitara anteriormente (mas que será sua principal apoiadora a posteriori), os criados, amigos da escola e pessoais, os amores, as frustrações, os óbitos de pessoas próximas, entre outras narrativas. É uma leitura extremamente potente, que nos arranca lágrimas, tristeza, alegrias insondáveis e que nos faz repensar nossa própria história. É como se acompanhássemos uma "Vida de Truman" da era vitoriana. Foi extasiante lê-la e, ao mesmo tempo, capaz de provocar muitas reflexões.
Quem tiver coragem para tal empreitada deve passar por ela sem dúvidas.
#leitura #lerévida #50obrasparalerantesdemorrer #davidcopperfield #charlesdickens
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Alicia 10/03/2024

Um clássico maravilhoso
Uma leitura gostosa e fácil, eu amei acompanhar trajetória de David e achei toda a narrativa bem construída, contextualizada e elaborada.
De modo geral, a ideia do livro, nos traz a vida de David desde seu nascimento até a vida adulta. Se formos pensar é algo simples e não parece ser nada de mais? porém sua narrativa é tão fluída e temos uma característica, que eu chamo, de novelão que eu adoro!
Temos muitos personagens que perpassam a sua vida e cada um deles tem papel importante e impacta na sua trajetória de vida.
Para além disso, o livro é baseado, em partes, na vida do próprio autor, o que torna interessante cada passagem.
O livro é grande, porém eu me envolvi bastante na leitura, e isso fez com que eu nem pareceu ser tão grande assim.
Acho que vale a pena, é um clássico e ele me ganhou na simplicidade da história que, a meu ver, torna ele excelente e faz jus ao reconhecimento de clássico!!
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Fabio 12/03/2024minha estante
Adorei a resenha, Alicia!!!




Roberto.Vasconcelos 06/03/2024

Fantástico!!!
Aqui conhecemos a história de David Copperfield, desde seu nascimento até sua idade avançada, relembrando junto com ele os momentos mais significativos de sua vida.

O livro é muito envolvente com vários personagens marcantes e nos leva desde a infância sofrida , à adolescência e a maturidade do protagonista.

Uma trajetória humana de crescimento , sofrimento, medo, esperança e felicidade , podemos acompanhar tudo isso durante a obra.
A história de David não vai ser uma leitura rápida, mas cada momento é precioso, e as descrições tornam tudo muito imersivo.

Um livro muito bom mesmo que vou carregar pra vida.
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Grégori Borges 04/03/2024

Deixe-se envolver pela magia de David Copperfield
Uma grande novela! Discussões, momentos de muita tensão, desenvolvimento de vários núcleos de personagens, grandes paixões, passagens um tanto quanto monótonas, vilões e um final muito satisfatório para uma obra complexa.

A jornada de David foi, para mim, bem mais interessante do que alguns outros núcleos narrativos, embora todos fossem necessários para a construção da história. Confesso que a infância dele, com seu tom pesado, me prendeu muito. A angústia e a curiosidade sobre o futuro desse menino cheio de problemas, que precisava se virar desde cedo, superando dificuldades que seriam difíceis até para adultos, me marcaram. Apesar de alguns trechos menos empolgantes, a experiência de leitura não se prejudicou. Tudo se entrelaçou e ganhou sentido no momento certo, facilitando o prosseguimento do texto a ser lido.

Inicialmente, receei não conseguir terminar o livro devido ao tamanho. Encarei-o como um desafio, estabelecendo uma meta mínima diária de leitura, sem me preocupar com a velocidade. Sabia que levaria meses e que estava tranquilo com isso. Porém, a escrita de Charles Dickens é sensacional. A perfeição e profundidade de suas descrições enriqueceram a obra, proporcionando maior compreensão das sensações, imaginação das cenas e antecipação dos acontecimentos . Sua habilidade de transitar entre tantos personagens, garantindo o bom desenvolvimento geral, é surpreendente e digna de grandes autores. Essa qualidade me fez ler incansavelmente e terminar o livro bem antes do planejado. O que me causou receio inicialmente, tornou-se um grande companheiro e deixou saudade ao final.

Recomendo fortemente a criação de uma lista com todos os personagens e suas respectivas descrições ("Traddles - amigo de escola do Davy", por exemplo). Isso facilitaria a leitura, pois são muitos participantes, e alguns desaparecem por alguns capítulos para reaparecerem depois.

Por fim, sem antecipar acontecimentos e interferir na experiência da leitura, indico este livro para todo os tipos de leitores, desde aqueles que querem se aventurar nos clássicos e buscam uma obra bem trabalhada e atemporal, até aos leitores mais experientes que desejam adicionar á sua lista mais uma grande história para guardar com carinho.

Recebi a indicação de uma pessoa que considero uma referência em clássicos e cuja opinião tenho grande apreço. Agora, é minha vez de fazer o mesmo, tentando convencer todos meus amigos a darem uma chance a essa linda obra de arte.
marianascariot 04/03/2024minha estante
Me convenceu a continuar lendo :)




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