O arquipélago

O arquipélago Erico Verissimo




Resenhas - O Arquipélago - Vol. 1


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Rosangela Max 16/01/2021

Iniciando a última fase.
Até agora, de todos os volumes da série, este é onde mais estão presentes a política e os devaneios filosóficos. Acho que houve um excesso aqui, mas nada que comprometa o encanto dos Cambará.
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Carolina.Gomes 13/09/2023

A última parte
Concluindo a 1ª parte de o arquipélago e, até aqui, continuo empolgada e envolvida com a leitura.

Nesse ponto da saga vamos conhecer o nosso narrador e eu amei a escolha de Érico, as referências ao pai e , talvez , a si mesmo.

As discussões sobre política, formas de governo, ética, moral, relações entre irmãos são sempre profícuas.

O final da terceira parte relata um pouco da Guerra Civil Gaúcha ocorrida em 1923. Aspectos históricos que eu não lembro de ter estudado.

Nunca quis tanto conhecer mais sobre a história do Brasil. Érico me despertou um desejo enorme de me aprofundar um pouco mais sobre a nossa história.

Tem sido uma aventura deliciosa acompanhar os Terra Cambará.

Agora é começar o segundo volume da reta final.

Muito amor por essa leitura. ??
Michela Wakami 13/09/2023minha estante
Comprei essa série recentemente, só ouço elogios.




Everton Vidal 14/06/2021

Começa com a reunião da Família Terra Cambará em 1945, com o fim do Estado Novo. Rodrigo Cambará agoniza, Flora vive entre o amor e o ódio ao marido, os filhos divididos retratam posturas sociais diversas: Bibi, deslocada e algo hedonista, esperando a herança pra voltar pro Rio. Eduardo, comunista, militando contra a classe que o pai representa. Jango, estancieiro simples, ligado à terra, de pensamento conservador. Floriano, intelectual passivo, escritor, apaixonado pela mulher do irmão e a longeva Maria Valéria Terra, a única personagem presente nos três volumes, memória vivente da família.

Os dois capítulos sobre a reunião acontecem no presente do livro e se destacam principalmente pelos diálogos entre Floriano e outras personagens, em especial tio Bicho e o primo Zeca, irmão marista filho bastardo de Toríbio. "O deputado" faz um passeio histórico pela primeira grande guerra e a revolução russa, entre outros eventos, pelo crivo variado dos habitantes de Santa Fé. No "Caderno de Pauta Simples" Floriano revisita o passado fazendo revelações intrigantes. "Lenço Encarnado" retrata a revolta armada entre republicanos e federalistas, onde os Cambarás organizaram a campanha oposicionista.

Esse volume deixa muito claro que "O Tempo e o Vento", além de pintar uma história social e política do Brasil, desde um ponto de vista cultural riograndense, é também uma história quase pessoal do autor, que faz uma espécie de reconciliação com as suas raízes e transfere para alguns personagens suas próprias experiências.
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Ebenézer 25/07/2020

Foram quase três mil páginas caminhando, cavalgando, guerreando, amando, sofrendo e, por que não, morrendo com as aventuras das famílias Terra e Cambará.
(Tentarei rascunhar apenas uma página em uma pobre homenagem a Érico Veríssimo.)
Guerra e Paz de Tólstoi é uma excelente narrativa e disso poucos duvidam.
O Tempo e o Vento de Veríssimo também é uma aventura ainda mais longa, e tão excelente quanto à de Tólstoi, só que melhor....
Leitor dessas duas longas narrativas, a russa e a brasileira, me sinto à vontade para gostar de ambas e até mesmo preferir a nacional.
Dito assim de forma apressada, 'O Tempo e o Vento' pode parecer algo simples. Mas não é...
O Tempo e o Vento tece um feixe narrativo em sete volumes formando um todo único e indivisível:
- O Continente I, 415 páginas
- O Continente II, 495 páginas
- O Retrato I, 413 páginas
- O Retrato II, 368 páginas
- O Arquipélago I, 384 páginas
- O Arquipélago II, 376 páginas
- O Arquipélago III, 488 páginas
Um universo de muita ação, muita história política, muita filosofia, muita reflexão e muita vivência humana em sua mais dura e crua realidade.
Veríssimo tem um jeito bastante peculiar de narrar a saga das famílias Terra e Cambará na formação do povo gaúcho riograndense com reflexos importantes que se espraiam no contexto nacional.
A narrativa de Veríssimo não é uma trajetória linear e progressiva na qual o leitor possa se sentir seguro na sucessão dos fatos, como se isso fosse natural esperar. Veríssimo transgride essa expectativa.
Fica evidente na obra que o autor prioriza o foco narrativo num movimento bastante dinâmico que se assemelha às ondas do mar, ou como o vento, já que o tempo parece um vetor inamovível.
Como as ondas e o vento são indomáveis, a narrativa, num vai-e-vem constante, vai influenciando a percepção do leitor fazendo-o experienciar a vitalidade das personagens em episódios atemporais.
Nenhum leitor fica incólume às asperezas do tempo, tampouco do vento, que sopram em cada personagem, e cujas agruras saltam das páginas de Veríssimo para fazer parte das nossas próprias experiências.
Como negar que das peripécias na política pouco evoluímos? Como negligenciar os ainda modestos avanços do espaço feminino? Seria irrelevante constatar que o patriarcado ainda encontra fortes vínculos na cultura nacional? Ou não reconhecemos ainda em versão sofisticada as chinocas, as Laurindas e os Bentos? Quem não conhece ou vivenciou grandes paixões frustradas?
O Tempo e o Vento proporciona ao leitor infindáveis momentos de pura reflexão sobre a vida em sua plenitude que abrange aspectos da nossa intimidade que preferimos deixar às sombras em sua quietude, mas que estão lá, aguardando que as enfrentemos com coragem e serenidade.
Como o passar de uma grande lanterna o autor vai iluminando subterrâneos das personagens que são também os nossos como leitor.
Como esquecer personagens fortes como Rodrigo e Toríbio Cambará, Floriano, Jango, Roque Bandeira, Maria Valéria, Silvia e Flora?
Para sempre os teremos conosco porque sobre eles nem O Tempo nem o Vento apagarão do nosso imaginário.
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16/06/2021

Me pergunto como alguém consegue escrever uma saga superando a qualidade a cada livro! É de impressionar. O leitor atento consegue, inclusive, notar um certo amadurecimento na redação do autor. Lindo de acompanhar.
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Ediane.Siqueira 27/03/2021

O livro é cansativo muitas vezes em função dos longos diálogos sobre política nas reuniões do sobrado, mas segue mais fluído que o Retrato..
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Ana Caroline 14/08/2020

Histórico
Um romance histórico, pra mim que sou gaúcha, viajo nessas histórias e imagino como seria viver naquela época. Entender mais sobre o que acontecia naquela época no meu Rio Grande
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Peter.Molina 13/04/2024

Fim de uma saga
Esse livro monumental de Érico Veríssimo, relata o final da trilogia que narra a trajetória da família Cambará ,entremeada com a história do Rio Grande do Sul. Um livro de fôlego, são quase 1000 páginas em fonte pequena, tem que se preparar para essa leitura. O livro tem passagens emocionantes, seja falando sobre as guerras e revoluções, o sentimento que une pai e filho, bem como também da solidão e do tempo que passa. O único senão para mim foram as discussões políticas entre alguns personagens ,que se arrastam por várias páginas e a meu ver não acrescentam muito a narrativa. Uma leitura necessária para entender uma parte da nossa história e como as relações familiares vão impactar em sentimentos e decisões.
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Dem 16/09/2021

A saga continua...
Mais um livro em que não gosto de Rodrigo! kkkk
Mas começou a revolução, e lá vem sangue de novo...
Bem triste em algumas partes; Em outras bem filosóficas...
Mostra as mudanças que ocorrem com o tempo e a influência estrangeira em nosso país mesmo que seja no Rio Grande.
Não é um livro pra qualquer um, é mais parado que os dois primeiros (O Continente).
Enfim, vou começar o penúltimo livro da saga e ver o que vai ocorrer nessa revolução, que me deixou muito curioso!
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Andrea.Rodrigues 18/09/2023

Floriano nos explica o título do livro
"O diabo é que cada um de nós é mesmo uma ilha, e nessa solidão, nessa separação, na dificuldade de comunicação e verdadeira comunhão com os outros, reside quase toda a angústia de existir.
Estou chegando à conclusão de que um dos principais objetivos do romancista é o de criar, na medida de suas possibilidades, meios de comunicação entre as ilhas de seu arquipélago... construir pontes... inventar uma linguagem, tudo isto sem esquecer que é um artista, e não um propagandista político, um profeta religioso ou um mero amanuense".

E Floriano seria inspirado no próprio Érico Veríssimo. Bem interessante de acompanhar.
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Kakashi_Richardy 18/01/2023

Comecei errado, felizmente, isto e bom.
Ao terminar este volume, fiquei sabendo da ordem cronológica correta desta obra "O Tempo e o vento".
Não, posso opinar, ainda, entretanto, posso informar que vou começar na ordem correta. Gostando das histórias dos dois personagens principais, o pai e o filho.
Obrigado.
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Fernanda Sleiman 10/04/2020

Érico consegue se superar a cada livro dessa saga
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JanaAna90 29/10/2023

O último livro da trilogia do tempo e o vento, denominado de o arquipélago, trás um sabor doce de finalização de um longo ciclo vivido e ao mesmo tempo um sabor chamado saudade. Sentirei falta dos personagens, das histórias de vida e luta de cada um deles, sentirei falta da escrita de Erico, do seu humor, do seu relato histórico do Brasil (mesmo que em alguns momentos pareciam cansativos e chatos), sentirei falta até do Dr. Rodrigo Cambará, personagem que tive muita raiva ao longo do livro.
Assim como nas demais obras, vemos a história da família Terra e Cambará, agora na sua derrocada, como também a continuação da história do Rio Grande do Sul. Percebo que o autor nos mostra a vida social, política e cultural da época, a partir da família dos Terra Cambará.
É interessante perceber que o título - O Arquipélago - faz referência à ideia de que o tempo e nós, seres humanos, somos como um arquipélago, com diversas ilhas isoladas que representam momentos distintos na história. Cada capítulo do livro é um fragmento desse arquipélago, proporcionando uma visão panorâmica da história do Rio Grande do Sul e da evolução dos personagens da família Terra Cambará.
Através dos personagens, conseguimos nos identificar com suas histórias de lutas, suas paixões, amores, intrigas e conflitos pessoas, tão comuns na vida real. O que Erico faz é transformar os personagens fictícios em pessoas da vida real, de tão bem escrita é a obra.
Em alguns trechos da obra, as longas conversas sobre política, a insistência do autor em explorar algumas questões políticas e sociais às vezes chegava a ser cansativo (pra mim), porém nada que tirasse o brilho da maravilha que é a construção dos personagens e toda a obra. Sentirei falta desses diálogos, no final de tarde ou as noites no Sobrado de Santa Fé.
Realmente o livro é tudo o que ouvi falar e um pouco mais. Um verdadeiro calhamaço que vale a pena ser devassado.
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Dany 31/08/2020

Mais um romance incrível dessa saga familiar MARAVILHOSA *.*
O Arquipélago é o terceiro livro da trilogia O Tempo e o Vento, foi escrito pelo brasileiro Erico Verissimo nos anos 50 e 60 e conta a história do Rio Grande do Sul através da saga da família Terra-Cambará. O livro é protagonizado por Rodrigo e Floriano Cambará, pai e primogênito da última geração da família, e a história é contada em 2 tempos, em 1922 e 1945.

Nos capítulos de 1922 Rodrigo Cambará está no auge de sua vida, com família formada (Floriano tem cerca de 10 anos e pouco aparece), carreira estabelecida, como médico de Santa Fé e deputado estadual pelo RS, e goza de muito prestígio, sendo um dos maiores formadores de opinião da cidade, junto com seu pai Licurgo e o irmão Toríbio. Esses personagens têm muito ativismo político e passam boa parte do tempo tentando promover mudanças no statuo quo do Rio Grande do Sul por meio de comícios e campanhas publicitárias até o dia das eleições, que é um grande evento na cidade. No Sobrado, seus habitantes promovem jantares e festas regadas a muitos debates, cujo tema principal é sempre a política. As mulheres têm pouco espaço nessa parte do romance, acabam sendo relegadas às funções domésticas e de cuidado com os filhos, enquanto os homens movimentam toda a ação.

Na sequência de 1945, Floriano já está adulto e relembrando passagens dos anos anteriores, sem se aprofundar muito. Rodrigo está com a saúde muito debilitada e não tem o vigor físico de antes, embora ainda protagonize conversas ricas com seus amigos e parentes no Sobrado e seja o grande imã que une vários habitantes de Santa Fé.

O volume 1 de O Arquipélago funciona como uma introdução para os próximos capítulos, nos quais Rodrigo irá com a família para o Rio de Janeiro expandir sua influência política junto ao governo de Getúlio Vargas. Todos os volumes da saga O Tempo e o Vento são romances históricos incríveis, riquíssimos e repletos de cenas e personagens bem construídos. Dá gosto acompanhar a história dessa família, que é intrinsicamente relacionada com a história do Brasil. Mal posso esperar para voltar ao Sobrado.
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