Marjory.Vargas 16/11/2021“Marcando seu itinerário glorioso com as sepulturas dos companheiros que tombavam no caminho.”
O sexto volume traz, logo no início, o encerramento da Revolução de 1923. A coluna formada por Licurgo consegue tomar a Intendência, porém, em um ataque a uma estância, Licurgo acaba sendo ferido e nos despedimos desse personagem.
O período de paz pós-Revolução de 1923 foi curto. As guarnições militares das Missões se rebelam e Toríbio, irmão de Rodrigo, se junta a tropa na formação de uma coluna revolucionária liderada por Luiz Carlos Prestes.
No plano pessoal, continuamos acompanhando a derrocada moral do Dr. Rodrigo Terra Cambará. Ele se afasta cada vez mais dos filhos e da esposa. Rodrigo já nem tenta mais esconder suas escapulidas, e Flora está cada vez mais fria e distante com ele. Quando a história retorna à 1945, esse distanciamento entre o casal fica claro, quando, com Rodrigo morrendo, Flora mal aparece para vê-lo.
Conhecemos um pouco melhor Floriano, o filho mais velho de Rodrigo, que tem um acerto de contas pendente com o pai. Apesar de ser fisicamente uma cópia do pai, os dois não poderiam ser mais diferentes ideologicamente. Porém, Floriano tem um segredo: é apaixonado pela cunhada Sílvia, e esse sentimento pode incendiar ainda mais os ânimos já em polvorosa da família em conflito.
Tem bastante coisa para ser resolvida no último volume, e eu confesso que já estou com saudades dessa família. Apesar das raivas que o dr. Rodrigo me faz passar, ele é um dos personagens mais icônicos da literatura.