Queda de Gigantes

Queda de Gigantes Ken Follett
Ken Follett




Resenhas - Queda de Gigantes


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Helder 05/11/2010

Aula de história em ritmo de romance!
Ken Follett é realmente incrivel. E acho que entre os atuais Best Sellers é o melhor de todos. Pois haja criatividade e empolgação. Queda de Gigantes são 910 paginas que não te cansam. É pena nao ter tempo para se dedicar somente a esta leitura, pois ficamos sempre com aquele gosto de quero mais, mas com a vida atribulada, foi necessário quase um mês para chegar ao fim da primeira parte desta saga. Mas valeu a pena cada pagina. Uma lição de história sempre cercada com as caracteristicas de romances americanos, que vão misturando vidas e mostrando realidades que não sabemos se aconteceram realmente ou se foram criadas pelo autor. NO começo da leitura, não havia como não fazer comparações com os Pilares da Terra e MUndo sem Fim, e eu tinha a impressão que este novo não era tão bom. Na verdade, a época medieval dos outros livros me agrada mais, mas não há como diminuir Queda de Gigantes, pois até hoje não tinha lido nenhum relato tão interessante sobre este periodo retratado neste livro : Antes, durante e logo após a 1a Guerra Mundial. E normalmente, livros que falam das Guerras, mostram um unico ponto de vista, porém Ken Follett é abusado, e resolveu mostrar o periodo sob diversos pontos, de vista, de diversos paises envolvidos no conflito. E assim rola a sua estoria, começando na Inglaterra, com a familia Willians, Da, o pai, um sindicalista, Billy, o filho começando a trabalhar na mina e depois virando um soldado e Ethel, a filha inteligente que consegue se sobressair na casa do nobre Lorde Fitzherberts, um rico aristocrata casado com Bea, uma princesa russa e irmão de Maud, uma aristocrata feminista e sufragista, a frente de seu tempo, que se apaixona por Walter, um alemão aristocrata que está sempre envolvido nas tramitações do poder, pois seu pai Otto é um dos homens de confiança do Kaiser Alemão. Achou bastante? Para Ken Follett é pouco. Ele ainda nos traz o ponto de vista da Rússia, tanto pela aristocracia como pelo povo oprimido. O primeiro grupo é representado por Fitz e Bea, que não se conformam com a divisão das propriedades e queda do Czarismo, que toma a herança de seus filhos (eles são ingleses ricos, mas devido a Bea, teriam direito a herança na RÚSSIA também, já que seu tio homem não teve nenhum herdeiro). O segundo grupo é representado por Grigori, que nasceu pobre e sofreu nas mãos do Czar, e de repente vê o surgimento do partido Bolchevique e da Revolução Russa, convivendo lado a lado com Trotsky e Lenin. E para completar o quadro temos ainda o ponto de vista americano, pelos olhos de Gus, um jovem e bem sucedido diplomata assessor do presidente americano e que também participa da guerra e Lev, russo, irmão de Grigori que chega aos Estados Unidos e acaba se envolvendo com a família de um gangster Russo nos EUA e se transformando ele mesmo em um gangster devido a Lei Seca americana.
E assim as estórias vão rolando e se encontrando, e vamos conhecendo a realidade do mundo antes, durante e depois da 1ª guerra mundial. Os interesses de cada país, as diferenças sociais entre monarcas e plebeus, a realidade trabalhista dos países, a realidade das mulheres nessa época, os conflitos políticos internos e externos dos países, a realidade cruel da guerra em campo, a diferença e dificuldades de cada governo e seus exércitos, a criação do Comunismo, o crescimento dos EUA como uma potência, a ascensão e queda da Alemanha, o pós guerra alemão a preparando para os conflitos internos que lhes levaram a segunda guerra mundial, o surgimento da idéia da ONU e muito mais.
E através destas estórias vamos conhecendo fatos importantes e criando nossos questionamentos. Czarismo X Comunismo, quem é mais cruel? Aristocracia européia e seu sentimento de superioridade. Como manter este padrão de vida? Mentiras contadas aos governantes para o povo. Como que o homem não aprendeu com a 1ª guerra e ainda foi capaz de se envolver em algo pior ainda? Diferenças da ascensão do povo ao poder Russia com comunismo e Inglaterra com o partido trabalhista.
Um painel incrível e detalhado do inicio do século XX, com todas as mesquinharias e grandiosidades do ser humano. E são tantos detalhes que dá vontade de ir a internet checar o que é verdadeiro ou ficção.
Podia ser usado como livro didático para aulas de historia deste período em escolas.
Uma pena ter que esperar tanto tempo pelos próximos livros.
Bruno T. 06/11/2010minha estante
Por estar no (ainda pequeno) grupo dos que já leram o livro, avalio sua resenha como muito boa.


Lis 13/01/2011minha estante
Muito boa sua resenha! extremamente fiel ao livro!


ROJANE 04/05/2011minha estante
MUITO BOA RESENHA ...... É ISSO AI... IDEM PELA ESPERA DOS PRÓXIMOS LIVROS....


JAIR 22/09/2011minha estante
Cara...que resenha é esta?...depois fala que tá sem tempo!!!Mararavilha, parabéns.


Rose 30/03/2012minha estante
Depois de ler a tua maravilhosa resenha, não tenho duvidas de acrescenta-lo a minha lista de leituras futuras. :)


Helder 02/04/2012minha estante
Obrigado a todos os que disseram que curtiram a resenha. O livro é realmente muito bom. Daqui a pouco deve estar chegando mais um episodio!


Adriana 12/04/2012minha estante
Concordo com vc, o livro deveria mesmo ser usado nas escolas, aprendi muito com ele, e o mais interessante é que quando aprendemos dessa forma nunca mais esquecemos.


Ladyce 12/01/2013minha estante
Helder, comecei a ler esse livro hoje. Sua resenha me ajudou na decisão de enfrentar as 900+ páginas, fora os dois volumes seguintes... Vejamos. Volto aqui para dizer o que achei.


Claudia 24/01/2013minha estante
Grigori foi meu personagem favorito.


Alê 23/02/2013minha estante
Ok! Você me convenceu a iniciar a leitura!


04/03/2013minha estante
certamente entrou pro top da minha lista!!!!
muito boa sua resenha!!!!


Lenita 03/04/2013minha estante
Gostei de sua resenha, bem completa. Estou terminando de ler "Inverno do Mundo" Além do óbvio horror da 2ª Guerra Mundial, as injustiças e insanidades da real história, Ken Follett realmente sabe construir uma trama. Todo o elo criado, as famílias que se desenvolvem a partir do 1º livro é o que prende e leva a gente a concluir a leitura. Muito bom, mas prefiro o 1º livro.


Marct 13/10/2013minha estante
Muito boa resenha.


Hester1 05/01/2014minha estante
Excelente resenha. Se no comeco o nr. de páginas me assustou um pouco, após ler sua resenha mergulhei na leitura. Que foi muito prazerosa. Há muito nao lia Ken Follet. Vou me atualizar (ler os Pilares) e reler os antigos, que sao também excelentes.


Erika 15/02/2014minha estante
Belíssima resenha! Estou terminando o livro, e você o resumiu com louvor! Estou com a sua frase na cabeça: depois de todo o horror da Primeira Guerra, como o ser humano foi capaz de mergulhar numa segunda? Os homens são realmente uma raça desprezivel!


Paulo 02/09/2016minha estante
Realmente resenha muito boa! Ja li e gostei do livro, e vim ver o que os outros acharam, e me surpreendi com sua resenha, muito boa e completa, parabens!!


Raquel.Mesquita 15/04/2020minha estante
Ótima resenha. Concordo com suas palavras..


Dessa 16/04/2020minha estante
PERFEITO. Esse livro te prende da primeira página até a última e você sempre quer mais e mais. LEIAM


Helder 22/06/2020minha estante
Faz 10 anos que escrevi esta resenha e é muito bom saber que ainda tem muita gente lendo e se apaixonando por este livro até hoje. Com certeza tornou-se um classico!


Fernando 13/11/2020minha estante
Ótima resenha!...também fiquei com curiosidade para ler sobre os acontecimentos citados no livro


Lucianoarantes 12/06/2021minha estante
Estou começando a ler , vamos ver se vai me cativar como conquistou vários aqui , e olha que abandonei recentemente os miseráveis ?


Vifs 13/01/2022minha estante
Arrasou nessa resenha!!!!!!! Estou no final da leitura do livro e é simplesmente tudo isso que vc falou!!!! Parabéns por conseguir expor em palavras a grandiosidade dessa obra!


Helder 13/01/2022minha estante
Obrigado Vifs, e que bom que vc curtiu a leitura




Rosangela Max 11/09/2021

Nunca uma luta entre classes foi tão fascinante!
Os romances históricos de Ken Follet são inacreditáveis de tão perfeitos!
Ele consegue reunir todos os ingredientes que compõe uma boa trama histórica (política, romance, fatos históricos, drama, religião) e entregar uma obra magnífica, sem pesar em nenhum dos pontos.
No começo desse primeiro volume, por haver a necessidade de passar ao leitor o contexto da trama e a apresentação dos personagens, a leitura ficou um pouquinho mais arrastada, mas logo pega ritmo e toda a magia do autor aparece.
Animada para começar o segundo volume!
CPF1964 11/09/2021minha estante
Parabéns pela linda resenha. Minha jornada está apenas no início.


Rosangela Max 11/09/2021minha estante
Obrigada!! Curiosa para saber suas impressões finais sobre essa leitura. ??


CPF1964 11/09/2021minha estante
15 estrelas. 5 para cada livro.


Rosangela Max 11/09/2021minha estante
Em se tratando de Ken Follet, não me surpreenderia com essa nota.




Bookster Pedro Pacifico 01/03/2020

Queda de gigantes, Ken Follett - Nota: 9/10
Ken Follett é, sem dúvidas, um dos maiores autores de romances históricos. Essa obra é a primeira de uma trilogia chamada O Século, que narra a história de 5 famílias de nacionalidades distintas ao longo dos maiores acontecimentos do século XX. O mais impressionante na obra é como o autor consegue unir fatos históricos verídicos com a vida dessas famílias e, acima de tudo, como ele consegue entrelaçar todas as histórias ao longo das gerações. Também gostei muito das diferenças entre a cultura e tradições de cada nacionalidade narrada. O livro é grande, mas é uma aula de história e muito fácil de ler (apesar dos muitos nomes)! Recomendo MUITO a leitura e, principalmente, o autor.

site: https://www.instagram.com/book.ster
Renata Gutierrez 01/03/2020minha estante
Amo esse livro ??


DeLCB 05/03/2020minha estante
Ele é um de meus autores favoritos. Li a trilogia e adorei (o último livro me emocionou muito), mas Pilares da Terra tem um lugar especial no meu coração.


Helo Cestaro 24/03/2020minha estante
Estou lendo Pilares da Terra, e fiquei maravilhada com a escrita dele.


Elisama.Godinho 12/04/2020minha estante
Amei esse livro e a trilogia todo. Uma obra prima!


liviaapa 19/04/2020minha estante
Eu comecei a ler esse primeiro livro da trilogia quando tinha 16 anos, mas acabou não vingando. Acredito que após 7 anos, com outra visão de mundo e outros interesses, o livro se tornará mais atraente :) espero!




Clio0 15/02/2021

Ken Follet já era conhecido por escrever livros sobre a Guerra Fria, mas ultimamente ele tem preferido se voltar para a Idade Média, e com esse livro inaugurou sua fase de Primeira Guerra Mundial e Revolução Russa.

Para os que já eram fãs, há uma certa expectativa de encontrar os jogos de espiões pelo qual era conhecido. Mas Queda de Gigantes foca mais em táticas militares e descrições de batalhas.

O livro segue a vida de cinco famílias que se intercalam. Infelizmente, essa é a parte que põe em evidência os pontos fracos do autor. As personagens são pouco mais que estereótipos da época.

Ainda assim, a narrativa é coesa e fluída. O tamanho do livro pode assustar alguns, mas a leitura é muito boa e vale a pena o esforço.
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LucAlio.CAmara 08/06/2023

Queda de gigantes
Esse romance histórico é contado desde 1914 a 1923. Ele aborda a primeira guerra mundial com Alemanha, França, Britânicos, Russos. O enredo tem várias reviravolta e tem um período de paz . Contudo, também além da história falar de guerras, aborda romances e bastante política. Os personagens apesar de serem cada um deles de outros países inimigos e aliados, eles se interligam na narrativa da história, inclusive nos romances incluídos. Esse livro é o primeiro volume de uma trilogia chamado ( O século). É um calhamaço de 912 páginas. Pra quem gosta do tema envolvido a leitura é bastante interessante e envolvente, além de fluída.
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Neto Murracho 30/05/2022

Um pouco mais de história
Esse é o tipo de livro que eu gosto.
Aprendendo um pouco mais de história.
Os Personagens principais até podem ser fictícios, mas o cenário e o enredo são totalmente verdadeiros.

Poderia ter falado um pouco mais sobre a queda do Czar e do Kaiser, mas esses fatos já são outras histórias !!!
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Erilane.Rocha 26/07/2022

Enfim, terminei, depois de quase 4 meses. Nunca demorei tanto pra ler um livro (pelo menos não que eu me lembre), mas a demora não foi pelo livro ser grande ou por ser ruim, pelo contrário o livro é maravilhoso, eu que estava sem tempo e infelizmente prolonguei a leitura. Mas por um lado até foi bom por que eu não queria que ele terminasse.

Mais uma vez o Ken não me decepcionou, a escrita é sensacional. Eu fiquei com medo de não compreender as partes da guerra mas ele narra de uma forma muito fluída que até eu que não sabia muito sobre a história da primeira guerra, entendi tudo.

Mas não é só isso. O livro narra a história de cinco famílias e cinco países que de diferentes formar foram marcados pela guerra. O autor mistura os fatos históricos que realmente aconteceram com a ficção e assim a leitura fica cada vez mais envolvente.

Não sei como vou fazer pra continuar a ler a trilogia mas já estou ansiosa pra saber o que vai acontecer nos próximos livros.
Emilia.Reis 26/07/2022minha estante
Amo esse livro, e acompanhar o desenrolar da guerra a partir das famílias de cada país... o 2 é muito bom também


Drica do Biscuit 26/07/2022minha estante
A trilogia é incrível! Pra mim, o top de tudo que Ken ja escreveu! Amo! ?




Diego 04/09/2021

Queda de gigantes é a aula de história que deveríamos ter tido no ensino médio.
Pouquíssimo conheço sobre o século passado e todas as suas mudanças políticas e sociais. Embora a temática da Primeira Guerra me chame a atenção, por pura preguiça nunca gastei meu tempo estudando a respeito. Também sou um analfabeto político que costuma ouvir as discussões neste âmbito e pouco contribuo para tais. Um dos resultados disto é que pouco posso contrariar as opiniões criadas em minha cabeça por este livro, mas de qualquer forma ele me explicou muito bem o cenário que levou a Europa à Primeira Guerra Mundial e as principais mudanças que permaneceram ao fim dela. Embora eu deva ter deixado passar diversos dos detalhes históricos, principalmente por não ser europeu e não ter ouvido falar em nenhum dos personagens reais do livro - com exceção de Churchill, Trotsky e Lenin - tenho certeza de que essa aula de história irá ficar em minha memória por longo tempo. Prepare-se para entender os motivos que levaram as principais nações do mundo à época às trincheiras, a importância dos sindicatos, a revolução russa e o cenário alemão que levou ao nascimento do nazismo... Tudo isso em um livro de ficção que vai te prender do começo ao fim de suas quase 1000 páginas.

Entretanto, o aspecto político - militar é apenas um dos tantos tratados no livro, que aborda a luta de classes e a luta pelos direitos das mulheres de uma forma bastante lúdica. Neste livro, Ken Follett irá transformar a sua ideia sobre os mocinhos e bandidos da Primeira Guerra e mostrar que a forma tradicional e retrógrada de pensar pode sim ser o único vilão em um livro.

Agora a expectativa está em Inverno do Mundo, onde espero ver a consequências das mudanças causas no mundo nos personagens já adorados de Queda de Gigantes. Este livro é nota 6 no Skoob.
Murilo Lorençoni 04/09/2021minha estante
Está na minha lista há anos e eu fico enrolando para começar


Diego 04/09/2021minha estante
Eu também esperei muito pra começar, mas após ler Os Pilares da Terra e ver tanta gente dizendo que a trilogia do século era a grande obra do autor, eu resolvi parar de enrolar. Foi uma boa escolha.


Aline 09/09/2021minha estante
Compartilho das mesmas impressões!!! Amei o livro, estou terminando o segundo que consegue ser melhor....tem duas séries que contribuem muito para visualizar o cenário da época retratada no livro - Downton Abbey e Peaky Blinders. Fica a dica!




Tiago.Boaventura 12/10/2020

O primeiro de muitos!
Primeiro livro lido de Ken Follet e acredito que eu não poderia ter começado a ler esse autor com melhor obra. Queda de gigantes é daqueles livros que a gente não quer que acabe, seja pelo carisma das personagens, seja pela imersão que o autor nos proporciona, inserindo aqueles que leem nos eventos históricos de que trata a trilogia o Século. O livro cobre o período da pré 1ª guerra mundial até o pós guerra que se seguiu, trazendo eventos e personagens históricos mesclados com os personagens originais da trama de Follet. Com uma narrativa brilhante e, na minha opinião, nada prolixa, o autor conta a história de 5 famílias e todos os seus dissabores e alegrias, que nos fazem torcer, vibrar e lamentar. As histórias que começam paralelas e vão se encontrando, com os personagens assumindo protagonismos relevantes. Leia, torça e se emocione.
Bianca 12/10/2020minha estante
Quero muitoo!


Tiago.Boaventura 12/10/2020minha estante
Vou dar um tempo para começar a ler a continuação. Quero me despedir ainda dos personagens. Até lá pretendo ler outras coisas mas é certo que voltarei para terminar essa trilogia maravilhosa.


Nanda 19/10/2020minha estante
Eu achei esse livro incrível (tb foi meu primeiro e até agora o único do autor rs) e fico tão tentada a ler os outros dois, mas deixei passar tanto tempo que já não lembro quase nada do primeiro. Enfim, ainda pretendo continuar mesmo assim algum dia haha


Tiago.Boaventura 20/10/2020minha estante
Nanda eu resumi esse livro todinho nos meus históricos de leitura. Só entrar no meu perfil e ler que vc vai conseguir se lembrar dessa história magnífica. De outra forma você também pode fazer uma releitura e tenho certeza de que não vai se arrepender.




Gláucia 15/10/2012

Queda de Gigantes - Ken Follett
Esse livro me foi exaustivamente indicado por um amigo apaixonado por romances históricos. Dizia ele que é bom ler e aprender alguma coisa. Comecei a leitura com a expectativa de entretenimento e aprendizado.
Esse é o primeiro volume da trilogia O Século e retrata a primeira guerra mundial (o segundo volume tem como pano de fundo a segunda e o terceiro a guerra fria). Os personagens são representados por 5 famílias: galesa, russa, inglesa, alemã e americana. Começa bem, descrevendo a vida miserável de mineradores de carvão de forma aparentemente realista. Com o desenrolar da leitura você passa a perceber a fragilidade do romance: os personagens são extremamente mal construídos, sem a mínima coerência. Parecem tirados de romances como Júlia, Sabrina, etc. Não vejo problema nesse tipo de leitura, apenas não condiz com personagens envolvidas com personalidades históricas que de alguma forma influenciaram o desencadeamento dos fatos que precederam o conflito mundial. Eles agiam e pensavam como colegiais. Inverossímel demais.
Porém, o que mais me incomodou foi a parcialidade escandalosa do autor: nada de bom provem da Rússia. O país é um lixo, as mulheres são fúteis, os homens são corruptos ou bêbados e todos sonham em ir para os EUA, um verdadeiro paraíso na Terra onde todos são honestos, fraternos, trabalhadores, inteligentes. Meu Deus!
Os alemães também são malhados, porém de forma mais sutil. Eles induziram os EUA a participar do conflito, os pobrezinhos entraram na guerra apenas porque os submarinos alemães estavam destruindo seus navios. Não dá né? E essa teoria no livro é defendida por um personagem alemão!
Nem vou falar sobre a parte que retrata a revolução bolchevique, melhor esquecer que Lênin só fez e revolução após receber suborno da Alemanha @.@
Em resumo, após 910 páginas tive a sensação de perda de tempo total, vou utilizar um paradoxo para qualificar o livro como profundamente superficial.
Kelly 21/06/2013minha estante
Estava comum leve interesse nesse livro , mas após essa resenha , acho que não vou ler não. Já estava meu indecisa pelo fato de ser "histórico" de mais . Agora que li a sua opinião acho que não quero mais


Gláucia 21/06/2013minha estante
Kelly, não queria de desestimular, a intenção não foi essa. A maioria adora esse livro e se ele te desperta o interesse vc devia tentar lê-lo, sua impressão pode ser diferente da minha. Pex eu vi que vc deu 5 estrelas e favoritou o livro do Zafón e eu dei 2 estrelas, fiquei boiando e acabei não gostando.


Sharon 30/09/2013minha estante
Bom, eu não sei porque as personagens não agiriam como colegiais, já que são colegiais... (risos). No início da história, praticamente todos, menos Grigori, têm em torno de 16 a 18 anos...


Andrêas 11/03/2014minha estante
Depois das 150 primeiras páginas comecei a perceber a superficialidade das personagens, principalmente através dos diálogos inverossímeis. Vou ler um pouco mais para poder falar algo sobre a parcialidade.


Gabi 16/03/2014minha estante
Acho interessante seu ponto de vista e o respeito também. Cada um tem uma opinião. Mas acho que você deveria saber que muitas coisas das quais você criticou são REAIS. Os EUA realmente foram à Guerra devido a um navio afundado pelos alemães. Isso foi um pretexto, entenda. Os EUA usaram como desculpa para entrar na Guerra. Quanto a Rússia, ela realmente foi da maneira como o autor retratou.
Em relação ao suborno de Lênin, não há provas, mas há historiadores que cogitam, sim, a possibilidade.
Respeito seu ponto de vista quanto às atitudes dos personagens, mas antes de criticar assiduamente um fato, procure saber primeiro se ele é realmente histórico ou invenção do autor.
Termino dizendo que só gostam de "Queda de Gigantes" aquelas pessoas que entendem e gostam de História. Então, digo: se você é uma pessoa que não gosta de estudar o passado, não leia e não critique o que não sabe sobre.


Gláucia 16/03/2014minha estante
Gabrielle, obrigada pelo seu comentário e principalmente pela extraordinária aula. Eu realmente entendo muito pouco de História mas, até onde aprendi, ela não é tão exata quanto a matemática, sofre muita influência do tempo e principalmente varia muito segundo o ponto de vista de quem a escreve. Um mesmo fato tem tantos pontos de vista quanto historiadores. Por isso costumo sempre encarar as teorias com um certo cuidado. Se vc prestar bem atenção, em meu comentário não tomei o partido de ninguém, apenas me posicionei contra o fato do autor ter tomado e muito a defesa de um lados. Acredito que isso tenha ficado bem claro no modo como ele retratou "sua" História.
Quanto aos EUA, por mais que eles tenham um REAL motivo de um motivo afundado e bla bla bla, sempre acreditei que seus interesses eram outros, inconfessáveis, como acontece em toda guerra que eles resolvem entrar.
Mas é claro que é apenas MINHA opinião. Muito obrigada por respeitá-la. Como diriam o pessoal do telemarketing: "sua opinião é muito importante para mim".
Quanto a você me dizer o que eu devo ou não ler, desculpe, mas isso cabe apenas a mim decidir.
Abraços!


Andrêas 17/03/2014minha estante
Fiquei com a impressão de que eu não gosto e/ou não entendo história depois desse post esclarecedor da Gabrielle.

Desde o começo entendi que a Gláucia tinha questionado a forma como a história foi abordada, e concordo com esse questionamento. Alguns trechos do livro são como uma "aula" de história ideologizada com diálogos que parecem ter saído de um programa do telecurso 2000. É como se o autor quisesse forçar, através de um personagem, sua ideia simplória de história para o leitor. Se é simples má fé ou falta de estilo (escrita ruim) eu não sei.

Mas discordo das duas quanto ao caso específico de Lenin. A cena não me parece suborno, embora o personagem assim o tenha visto. Lenin talvez realmente aceitasse o dinheiro e isso pra mim não descaracteriza de forma alguma o personagem histórico. Suborno seria pagá-lo por algo que ele não faria normalmente.

Falta, sim, um pouco de imparcialidade saudável em Queda de Gigantes.


Beth 09/08/2014minha estante
Excelente resenha. Concordo com todos os comentários.


Pedro 14/08/2014minha estante
Obrigado pela resenha, me fez desistir da leitura. Estava mesmo temendo que a Rússia e sua revolução seria tratada de um típico modo propagandístico.


Gláucia 14/08/2014minha estante
Obrigada Beth.
Pedro, vc chegou a começa a leitura? Se sim, até onde chegou e o que estava achando?


NatGil 11/01/2015minha estante
Concordo plenamente. Esse livro foi uma grande decepção e uma grande perda de tempo também, porque quase 1000 páginas não se lê de uma hora para a outra. Os personagens são extremamente superficiais e previsíveis. Todos reagem da mesma forma com relação aos acontecimentos e as suas histórias se repetem, parecem que todos os personagens são um só, não consigo ver distinção praticamente nenhuma entre suas personalidades (salvo algumas exceções). Com relação aos acontecimentos históricos, não sei dizer com certeza se eles estão 100% corretos ou não, gosto de História e por isso decidi ler o livro, mas a parte de ficção realmente deixou muito a desejar.


Arthur 23/04/2015minha estante
Cara me desculpe, mas seu comentário poderia ser evitado com um pouco de pesquisa. Sobre como ele retrata as personagens e suas nacionalidades é óbvio que é uma ficção, sabemos que os russos não são como ele trata no livro assim como também os americanos. Porém a parte das revoluções e a entrada dos EUA na guerra que você citou e não satisfeito com a versão do autor, não significa que ele desconheça as verdadeiras intenções, ou tenha pendido para um dos lados. Pra você que achou que ele puxou sardinha pros EUA ai vai: os EUA bancaram a guerra para os ingleses e franceses, com mercadorias e $$$, assim quando a Rússia saiu da guerra por causa da revolução os alemães ganharam vantagem. E se a Alemanha tivesse a vitória quem iria pagar os americanos? Bem, nesse caso entrar na guerra seria a melhor opção para não perder todo o investimento! Eu acho que antes de falar que um livro profundamente superficial você precisa ao menos saber criticar de forma sensata e no caso de uma historia "real" ter um pouquinho de paciência pra se aprofundar mais fora do livro, falar mal de como esse livro retrata a historia é que é uma superficialidade absurda. Tem que saber dosar, versões sobre como aconteceu temos muitas dela. RECOMENDO!!!


Jacialva Arouck 18/11/2015minha estante
Discordo em tudo com vc.
O s personagens são absolutamente bem construidos e alinhavados muito bem com o pensamento e os anseios da época. O autor aborda os vários olhares de um mesmo fato. Por ser inglês o autor poderia ter parcialidade com a Inglaterra, mas ele não poupou suas criticas. Quanto a violência da Rússia naqueles episódios ela é absolutamente real.


Silvia 17/03/2016minha estante
Arrasou Gabrielle, ainda não li este livro mas tenho todos. Creio que Ken jamais iria escrever um romance histórico se não tivesse uma boa base de estudo e pesquisa. E sim a maioria das Guerras começaram por motivos torpes e ridículos.


Kelvin 23/05/2019minha estante
O povo embaixo ficou com raiva, rsrs

Não li Queda de Gigantes ainda, mas tentei ler um livro mais curto do Ken Follet, antes de perder tempo com esse. Analisando O Voo da Vespa, percebi que Ken Follet é autor de livro clichê voltado ao mero entretenimento, com toques hollywoodianos na trama. É óbvio que são leituras que te pegam mais fácil (livros mais rasos são mais fáceis de ser lidos, via de regra), mas você nunca experimenta o "ar da graça". O Voo da Vespa não recomendo para ninguém que me pergunte se é bom, pois o final não compensa em quase nada.

Se vocês gostam de romances históricos procurem ler O Homem que Amava os Cachorros, do escritor cubano Leonardo Padura, que conta a história do homem que assassinou o Trotsky; ou Um Pilar de Ferro, escrito por Taylor Caldwell, que conta a trajetória de Marco Túlio Cícero no Império Romano.

São livros com personagens muito mais profundos, escritores do mesmo nível de um Dostoiévski ou de um Tostói. Não obstante, a maioria dos que comentaram aqui parecem gostar de romances adolescentes.




Gabriel1994 22/05/2022

Favorito
Com toda certeza, Queda de Gigantes é um dos melhores livros que eu li na vida até agora e um dos meus favoritos também. Toda construção da ficção com o real, me leva a pensar se a imaginação de Ken Follett talvez tenha criado algo muito mais próximo da realidade do que parece.

O que foram aqueles anos no início do século XX? O quão duro e derradeiro não foi a realidade de muitos naquele tempo na Europa?

Um livro que nos leva para dentro da perspectiva de cada personagem e nos faz morada dentro das páginas viradas, nos entregando personagens cativantes e odiáveis, interessantes, intrigantes e indesejáveis. Tudo no mesmo pote e com excelência. Queda de Gigantes, sem dúvida é um livraço muito além do tamanho. Um calhamaço que vale cada página e que merece ser lido e respeitado como uma obra prima da literatura de Ficção Histórica.
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lightweaver 18/05/2021

Resenha da trilogia e não desse livro, comecei em 1911 e terminei em 2008.
~BREAKING DOWN DA TRILOGIA O SÉCULO~

PROPÓSITO & PROPOSTA: Vamos começar pelo mais peculiar de todos, o propósito, sem propósito nós não existimos. Fomos criados pelo propósito. Propósito que nos conecta. Propósito que nos motiva, que nos orienta e que nos faz agir. Propósito que define. Propósito que nos une. A proposta do autor da vez, mais conhecido como Ken Follett, é bastante ousada, o comprometimento de contar um século de história no decorrer e três volumes, mas eu mesmo não vejo essa separação de três volumes, para mim tudo é uma história só, os três volumes contam a história de cinco famílias, as mesmas do primeiro volume ao último, temos aqui os pontos de vista de oprimidos e opressores da cadeia alimentar, mais conhecida como pirâmide social. É complicado falar sobre esse livro porque falar deles abertamente não é spoiler, os fatos aqui são históricos mas os livros são extremamente educativos, eu não tenho a mínima vergonha de falar que eu aprendi muito na leitura deles, mesmo que eu já devesse saber tudo o que há para se saber sobre isso. O primeiro volume narra a primeira guerra mundial, o segundo narra a segunda guerra mundial e o terceiro narra a guerra fria. A coisa toda é extremamente educacional e conscientizante em várias pautas, pautas essas que ainda são abordadas e consideradas bem vivas na nossa sociedade atual, pautas que foram abordadas antigamente e que podem ou não possuir algum tipo de impacto nos dias de hoje. Se preparem para fortes emoções.

WORLD BUILDING: Não existe muito o que se falar sobre isso aqui, estamos em um mundo perfeitamente normal, humano e não em uma alta fantasia incrivelmente versátil e inovadora com muitos componentes interessantes e fascinante, Oi, Brandon Sundayson, tudo bem? Enfim, vou tentar sumarizar como que é esse mundo. Eu estou com medo de vocês acharem que eu estou falando da nossa realidade, não é esse o caso!1!11! Esse mundo é cheio de corrupção e podridão, ele é cheio de opressores e oprimidos, cheio de minorias e maiorias, as maiorias pregam que as minorias têm que se curvar para as maiorias. Existe preconceito, ativismo e propagandas políticas não confiáveis, desinformação e fake news, essa me lembra demais a nossa realidade, deve ser impressão minha, enfim, temos também um mundo onde não existe tecnologia e armas nucleares, vemos esses aparecendo na medida que a história avança. Eu sou uma das pessoas que acham que o único motivo de não termos mais guerras assim é porque não existe mais conflito de território no ocidente e, é claro, armas nucleares.

CHARACTER WORK: O Homem é o único animal que mata seus semelhantes aos milhões e que transformava a natureza em um deserto de crateras de arame farpado. Talvez a raça humana acabasse se extinguindo por completo, deixando o mundo para os pássaros e árvores. Talvez fosse melhor assim. Será que é tudo tão simples assim? Talvez esse tópico aqui seja aquele onde as pessoas mais conhecedoras da história encontrem algum problema, eu não sou um desses, enquanto que as realidades históricas ditam tudo que acontece nesses livrinhos, o autor encheu ela de personagens e uma boa quantidade de dramas sofridos por esses, dramas que podem ou não refletir sobre a realidade histórica do tempo em que eles vivem. Esses personagens estão sempre próximos de grandes acontecimentos históricos, fazendo parte ou os influenciando, estão sempre lá quando grandes decisões com grande impacto global são tomadas, Ken Follett soube fazer isso muito bem mas eu compreendo também que algumas pessoas podem ter problemas com isso, principalmente no primeiro livro porque em ordem de se certificar que os leitores entendam o quanto que a primeira guerra foi complicada e difícil de se entender, que ela não começou no estopim de 1914 e que essa data foi meramente o disparo da largada, ele coloca vários núcleos que estão bem espalhados para discutir as mesmas coisas mas com visões diferentes, no começo pode ser interessante mas depois fica um pouco sobrecarregado, eu só me senti sobrecarregado com isso no primeiro volume. Também me senti muito atraído pelos personagens e seus dramas, eu não tenho a mínima vergonha em admitir que comecei a ler por causa da Ficção Histórica, mas foram os personagens, suas imperfeições e seus dramas, que garantiram que eu ficasse ligado nessa história do começo ao fim, ninguém aqui é perfeito, somos todos falhos e isso faz com que seja muito fácil para os leitores se relacionarem e se apegarem a eles piamente, foi o meu caso em muitas circunstâncias. O maior erro deles é serem humanos, como é do seu feitio.

HISTORY LINE: Não tem muita coisa para falar sobre isso, temos aqui uma história que começa em 1911 e termina em 2008, sabemos muito bem que tipo de linha ela vai seguir e onde ela vai terminar mas também ficamos um pouco cientes, na medida que avançamos, que cobrir um século com três livros é uma proposta ousada e algumas coisas vão precisar ficar de fora ou serem comentadas brevemente através dos personagens e muitas coisas vão ser narradas com uma minúcia fantástica. Uma das únicas ansiedades dessa trilogia é não saber que eventos vão receber tempo de tela e quais deles vão acontecer off screen.

WRITING STYLE: Não existe nada de muito inovador nessa parte aqui, apesar do Ken Follett ser um incrível narrador de eventos, muitas vezes você se pega vendo um filme com a sequência de narrações dele, um livro bem escrito deveria ser capaz de tampar suas falhas e não enfatizar elas, tudo aqui é bem didático e linear, Ken Follet esta claramente escrevendo o seu livro para uma plateia que não faz a mínima ideia do que vai acontecer em seguida, eu não vou ser um idiota em falar que esse tipo de conhecimento deveria ser conhecido por todos, eu mesmo aprendi muitas coisas nesses livrinhos, mas ele não faz muito esforço para esconder isso, e, tem algumas consequências peculiares, principalmente em alguns diálogos e algumas quotes que costumam deixar você se perguntando quem é que fala assim e se expressa desse modo.

THE WRONG SIDE: Como sempre, essa sessão aqui é inteiramente subjetiva, o que eu posso achar um problema, outras pessoas não. Os meus principais problemas com essa história foram HISTORY LINE e WRITING STYLE, uma pessoa que pega esses livros inteiramente pelo fator histórico e não pega nenhum amor pelos personagens enquanto a leitura vai progredindo, possuem chances de ter uma experiência não tão positiva assim mas quem conta a história são os personagens, não tem como fugir desse fato não importa o quanto você tente. Eu queria muito que o fator histórico tivesse me atraído tanto quanto os personagens, muito mais na verdade, mas eu acho que não tem muito para onde correr, contar um século de história em uma trilogia é extremamente difícil então não me irritou tanto assim, eu continuei lendo e devorando como se não houvesse amanhã. Ken Follett me manteve entretido, esse é o tipo de efeito que os autores esperam que os seus livros tenham, os livros podem possuir cinco mil páginas mas desde o momento que você foi fisgado, todas as outras coisas se tornam irrelevantes, tudo que você conhece é o surto, o surto nunca para ou termina. Outra coisa que me deixou extremamente chateado é que a ásia oriental e o antigo oriente, ou oriente médio, não receberam Pontos de Vista, eu adoraria ter visto qual que era a realidade deles mas compreendo que essa deve ter sido uma decisão difícil de tomar, principalmente no segundo volume, de um lado eu fico triste por não ter tido a oportunidade de ler núcleos assim e por outro lado eu entendo o motivo dele não ter feito isso, em algum momento nessa minha cruzada de ficção histórica eu terei que pegar um livro desses dois núcleos, tenho certeza que deve ter vários para eu escolher.

NOTAS: Chegando ao final dessa resenha eu percebi que talvez eu devesse ter escrito uma resenha separadamente para cada livro mas não foi esse o sentimento que eu tive quando terminei de ler a trilogia, eu não consigo ver essa história separadamente, para mim é tudo uma grande história mas com tomos. Talvez eu tenha ficado com essa sensação porque eu li os três livros em sequência, eu adoraria saber se vocês tiveram a mesma sensação que eu. Mas mesmo depois de eu ter escrito essa resenha eu ainda sinto os dedos coçando nervosamente quando eu considero escrever uma coisa mais minuciosa e específica sobre os volumes dois e três e vai ser por isso que essa resenha vai ficar no volume um e não nos outros, se eu for abatido por uma outra epifania de sensações sensacionais, eu devo escrever algo para eles, quem sabe. Eu posso estar errado sobre o que eu escrevi, tudo isso que eu digitei aqui pode estar errado e por favor se sintam livres para descordar de qualquer coisa que seja, a minha opinião é menos que irrelevante.
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Caroline Gurgel 26/09/2014

Um aprendizado espetacular
Sempre paquerava com Queda de Gigantes nas livrarias, mas nunca tomava coragem para levá-lo. Era, afinal, uma trilogia gigante e, na época, inacabada e é um pouco frustrante esperar continuações. Até que, finalmente, após comentários elogiosos de amigos, iniciei a leitura e, Wow!, ficou acima das minhas expectativas. Não que eu esperasse pouco, mas pensava que seria uma leitura lenta, e foi o oposto.

O primeiro livro da trilogia O Século cobre toda a Primeira Guerra Mundial - e, claro, um pouco do pré e pós guerra - de maneira espetacular. Acompanhamos o desenrolar da guerra pelos olhos de cinco famílias distintas, entre mineradores, condes, princesas, operários, comerciantes e políticos. Ken Follett misturou com maestria personagens fictícios aos históricos.

Assim que abrimos o livro nos deparamos com uma lista enorme e "assustadora" de personagens, à qual pensei que voltaria diversas vezes, mas não foi preciso. As famílias nos são tão bem apresentadas que não me vi confusa em nenhum momento sequer. Cada cidadão citado torna-se rapidamente memorável e, mesmo que passemos alguns capítulos (que seriam alguns meses ou anos) sem saber aonde estavam e o que faziam, eles não se perdem na história.

Gosto de ficção histórica pois sempre aprendo mais com ela do que em qualquer livro de História, e com Queda de Gigantes não foi diferente. Livros de História são secos e cheios de datas que jamais se fixarão em nossas cabeças. Em 1862 Fulano de Tal foi decapitado por traição ao Rei Sicrano de Tal. Pronto. Acabou-se! Sem graça, sem atrativos, completamente "esquecível". Eu quero saber quem era Fulano de Tal, seus amigos, o que fazia, como pensava, e é justamente isso que Ken Follett nos traz.

Sempre tive um pouco de dificuldade de entender a Primeira Guerra, até porque ela aconteceu sem motivo plausível! Acredite, depois de 912 páginas cheias de romance e fatos reais incrivelmente bem apresentados e mixados não há como não aprender e compreender bem tudo sobre ela.

Pontos negativos? Falta poesia e magia na escrita. As frases são curtas, diretas e sem muita adjetivação, mas talvez seja justamente isso que faz com que a leitura seja tão rápida e nada cansativa. Se recomendo? Depois de tanto aprendizado, não tenha dúvidas disso!


4/5 Corações
5/5 Estrelas



site: www.historiasdepapel.com.br
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Gabriel 05/02/2022

Decidi reler esta obra em janeiro/2022 e gostaria de promover algumas considerações à respeito.

Primeiramente, acho que a "empreitada" do Ken Follett não foi nada fácil, pois o "boom" do caótico século XX foi extremamente complexo, com vários acontecimentos históricos importantes, nos mais diversos países. Condensar boa parte desses acontecimentos em um romance de 900 páginas, realmente, não é brincadeira.

Desta forma, em sua natureza histórica, o romance funciona muito bem. Aqui acompanhamos 5 famílias de diferentes nacionalidades: ingleses, alemães, galeses, russos, americanos. Todas essas famílias irão vivenciar os contextos sociais e políticos da época local, além de estarem relacionadas por um fator em comum: a primeira guerra mundial.

O romance apresenta muitos fatores históricos interessantes: desde os acontecimentos preliminares que resultaram no conflito da 1ª guerra até as principais batalhas propriamente ditas; lutas políticas sufragistas por parte das mulheres inglesas; máfia nos Estados Unidos; a Rússia czarista, revolução bolchevique e posterior guerra civil; tratado de Versalhes e a decadência da Alemanha pós guerra; etc. Vemos, portanto, que é muito conteúdo para ser colocado em um livro, portanto, não espere uma profundidade histórica dos acontecimentos narrados (é absolutamente compressível isso não acontecer).

Como "romance" em si, infelizmente, deixou um pouco a desejar: diálogos clichês, sem profundidade, situações muito "novelescas".

Ou seja, no fundo, eu estava pouco me importando com os personagens (o que não ocorreu em outro livro dele, Mundo sem Fim), só queria mesmo era visualizar os acontecimentos históricos.

Ás vezes, a intenção do autor era esta mesmo.

De toda forma, consegui bons aprendizados e um bom divertimento. Vejamos como será o livro 2.
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