Luiza Helena (@balaiodebabados) 30/06/2020Originalmente postada em https://www.balaiodebabados.com.br/A Tentação de Juliana com certeza entrou para o rol de romances de época favoritos e queridinhos desta pessoa que vos fala.
Juliana e James são duas pessoas com uma alma generosa e estão sempre dispostos a ajudar a quem precisa. Enquanto Juliana ajuda meio que se intrometendo na vida das pessoas, James é um conde que não deixou de lado a profissão de médico e atende voluntariamente pobres em um hospital.
De início, eu achei que teria muito problema com Juliana. Não gosto de pessoas intrometidas e que sempre acham que sabem o que é melhor para os outros. Por mais que Juliana seja assim com seus planos, percebe-se que ela o faz visando a felicidade das pessoas que lhes são queridas mesmo que ela tenha que sacrificar sua própria felicidade. A moça é uma personalidade alegre e radiante, então difícil não ser conquistado pela jovem.
James chegou de fininho e tomou o top 2 de crushes de época no meu coração. (Harry, não se preocupe que o primeiro lugar ainda é seu, mas aqui é coração de mãe e sempre cabe mais um, mais dois, mais três...) O médico se releva mais que um homem gentil e fiel; James é um homem carinhoso e apaixonante, e uma pessoa que se entrega completamente ao sentimento quando se vê dominado por ele. Ele não desiste de conquistar Juliana, mas também não ultrapassa linhas que vão contra sua honra e senso de moral.
James sofre pela perda da esposa e do filho e crê que se apaixonar novamente é uma traição à sua memória. Porém quando se vê apaixonado por Juliana, ele chega à conclusão que o seu novo amor não vai apagar ou diminuir o amor que ele sempre terá em relação à esposa falecida e sua memória. E também gostei do fato de Juliana também respeitar esse passado do médico, não querendo substituir a falecida esposa.
O amor entre Juliana e James vai nascendo de forma gradual e um tanto engraçada. Juliana decide "ensinar" James a cortejar e entre encontros que seriam lições, o cortejo sim acontece mas entre os dois. O engraçado é o fato que ambos não percebem essa situação até se darem conta que estão apaixonados. Os dois são bem fofos juntos, do tipo de casal que você sente o sentimento irradiar pelas páginas.
Paralelo a essa história e os planos de cupido de Juliana, continuamos a ver o desenvolvimento entre Griffin e Rachael. Apesar de aparecerem pouco desde Irremediável Tentação, o casal me conquistou e estou super ansiosa para conferir mais dos dois futuramente.
Um ponto que gostei muito e achei bastante interessante foi o fato de James SEMPRE pedir permissão a Juliana em algo que envolvia mais que simples toques. Consentimento no século 19, a gente vê por aqui. Não que em outros romances os homens se forçavam em cima das suas amadas; linguagem corporal sempre falou mais que mil palavras.
Entretanto pelo fato de James estar disposto a seduzir Juliana, mas sempre perguntar a ela se poderia tocá-la/beijá-la foi um gesto bem diferenciado do que estou acostumada a esperar dos mocinhos de época. Não é como se ele quisesse jogar a responsabilidade do fato de Juliana ser culpada caso fossem flagrados; o fato dela ter a última palavra e dar a permissão era um modo dele ter certeza que ela também sentia o mesmo que ele.
Na reta final ocorre um plot twist meio nível novela mexicana mas muito engraçado, o que achei que combinou bastante com o clima da história. Mais uma vez Lauren me surpreendeu com uma história divertida, romântica e envolvente. Com certeza irei conferir mais e mais trabalhos dela, mas no momento estou super ansiosa por A Arte da Tentação, que contará a história de Corinna e dará um ponto final nessa dança entre Griffin e Rachael.
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