Lorde Jim

Lorde Jim Joseph Conrad




Resenhas - Lorde Jim


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Francisco 13/04/2021

Tuan Jim: A busca pela redenção
Essa é a história de Jim, que estando destinado ao presbitério eclesiástico decide tornar-se um marinheiro mercante ainda jovem. Contudo, sofre um acidente durante um naufrágio de um navio de peregrinos com destino a Meca, não ajuda ninguém da tripulação de seu navio, mas se salva e enfrenta um processo judicial.

O salvamento de Jim do naufrágio o torna um proscrito, de sobrenome e nacionalidade desconhecidos trabalhando em portos do Oriente. Quando descobrem algo sobre sua vida particular, parte para outro porto abandonando o seu trabalho sem fornecer explicações.

O protagonista busca redenção de várias formas, vem a habitar as selvas com os malaios que o chamam de "Tuan Jim"- equivalente a "Lorde Jim" e depois habita uma pequena aldeia de um rajá que lhe inveja a estima por parte das pessoas da aldeia.

A leitura não é nada fácil, pois a escrita é muito rebuscada e quase não há diálogos, mas há uma grande quantidade de divagações sobre a natureza antrópica. É irrefutável que "Lorde Jim" é um clássico da literatura universal, mas com certeza é uma leitura que eu não recomendaria ou faria um releitura em hipótese alguma.
Flavio.Vinicius 30/01/2024minha estante
Estou quase terminando a leitura e também estou com a sensação de que jamais vou reler nem recomendar esse livro.




Fernando.Cunha 12/10/2015

Profundo e indispensável
Tenho a edição da coleção Abril “Os Imortais da Literatura Universal”, de 1971, que adquiri num sebo em São Paulo, por simbólicos R$ 4. A tradução aqui é primorosa, de ninguém menos que Mário Quintana, e é uma republicação do original da editora Globo de Porto Alegre, de 1939.

Ler Joseph Conrad é mergulhar na alma do personagem, em suas impressões profundas. Conrad escreve com o coração. Não há uma só linha em que não se note o aspecto moral e psicológico do protagonista (ainda que narrado por um terceiro). É um romance didático, de certa forma.

O jovem Jim, após um ato de banal covardia e omissão encontra – com a ajuda de um velho companheiro de viagem – sua honra perdida, uma segunda chance.

Joseph Conrad traz uma narrativa deliciosa, com reflexões excelentes. O Lorde Jim de Conrad, mais que um personagem em particular, pode ser todos os homens. E o homem de hoje precisa ler esta obra. Daí a obra mesma ser um clássico: por permanecer sempre atual.

De resto, não é exatamente uma leitura “fácil”. Mas para quem deseja entrar no universo das obras clássicas, o desafio é compensador.

Recomendadíssimo.
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GustoPratt 21/09/2009

Lorde Jim
Nossa um excelente livro no qual quando eu comecei não consegui mais largá-lo mesmo. Esse eu recomendo a todos os fãs de aventura e ação.
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Pedro Costa 31/12/2022

Força e Honra
Para encerrar as atividades de 2022, “Lorde Jim”, de Joseph Conrad, foi meu 54º livro lido no ano; o método adotado na organização do cronograma de leitura não obedeceu nenhuma lógica complexa, pelo que credito unicamente à boa sorte o fato de ter sido esta obra prima a derradeira peça em minha preparação para o desafio que me reservei para o ano que já bate à porta... ou, quem sabe, apenas as teias tão indeléveis quanto invisíveis, amiúde presentes na lei da causalidade, a conectar os resultados alcançados com suas sempre necessárias causas pregressas!

Em 2021 eu escrevi um romance em que narro a saga do veleiro Khronos, culminada em seu naufrágio no meio de uma reserva paradisíaca do Atlântico, a 70 Km da tropical costa baiana. Talvez por tê-lo escrito ainda sob efeito do choque, da perda sobretudo emocional, conquanto também material, o trabalho parecia-me extremamente insatisfatório, embora eu não conseguisse determinar o que lhe faltava... até ler este livro, que me abriu um imenso leque de dicas valiosíssimas!

Joseph Conrad soma-se à minha lista de favoritos ombreando com Ernest Hemingway, Gabrielle Colette e James Joyce, guardando todos eles em comum uma impressionante capacidade de perscrutar a alma do personagem, em suas impressões mais profundas, cada um a seu modo... e nesse aspecto em particular, todos muito didáticos, por assim dizer, o que no momento vem a ser o que mais me interessa.

Mais que um mero duelo entre honra e covardia, o livro aborda o problema da identificação confiável das fronteiras entre esses valores, tão abstratos e de intangíveis limites dentro da capacidade crítica de cada ser humano, cada qual com sua noção muito particular de dignidade... percebe-se as nuances morais e psicológicas do personagem central em cada parágrafo dessa deliciosa narrativa, repleta de profundas reflexões, todas muito úteis nessa eterna busca de si mesmo que nos aflige a todos.

A exemplo dos outros autores que mencionei acima, a meu ver Conrad também projeta seu alter ego nesta obra, eventualmente expiando aqui sua angústia de polonês que se naturalizou inglês para poder rever os parentes sem o risco de ser preso durante o período em que sua terra natal foi invadida pelos russos... e que a partir daí consome sua vida numa infindável busca por redenção, inalcançável absolvição de uma prisão perpétua auto infligida e cuja execução o acompanha onde quer que vá.

Eu entendo a identificação desse confronto com a própria consciência – nosso mais cruel juiz – como a grande sacada desta obra... a percepção de que somos mortais, sujeitos a falhas, e em quem, portanto, em algum momento, alguma fraqueza irá fatalmente se manifestar. É esta a lição prática de que pretendo agora me servir.

Não é leitura para qualquer um; trata-se de um desafio, mas vale muito a pena!

Pedro Costa.

site: “Pensando Bem...” (https://pedrolcosta.blogspot.com/)
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Marília 02/12/2023

Não há como fugir do passado e do destino. Não adianta se esconder no fundo dos rios e florestas da Polinésia.
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Flavio.Vinicius 04/02/2024

Lorde Jim
O livro tem passagens bonitas e uma reflexão aprofundada sobre a vida. É uma obra complexa, escrita na virada do século XIX para o XX, e, portanto, reflete muito da mentalidade da época.

O autor, Joseph Conrad, escreveu um dos meus livros prediletos, No Coração das Trevas, e é considerado um dos maiores escritores da língua inglesa.

Porém, nesse livro aqui, Joseph Conrad deixou muito a desejar.

O livro emaranha uma série de relatos: chegou um momento em que eu já não sabia quem contava o quê, em qual época da narrativa, nem em qual lugar. A história passou a ficar um pouco sem pé nem cabeça, as poucas personagens femininas não eram desenvolvidas, a narrativa padecia de um orientalismo muito forte, e até mesmo certa visão racista do mundo. Não digo que o autor concordasse com a visão racista, creio até que ele tentava combatê-la, mesmo que ele estivese limitado pela visão da época. O que mais me incomodou foi mesmo a forma como a história foi montada, de depoimentos dentro de depoimentos.

Enfim, é um livro que não pretendo reler. Não parece ser do mesmo autor de No Coração das Trevas.
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Clau 28/05/2019minha estante
bela resenha :-)




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