Os reis

Os reis Julio Cortázar




Resenhas - Os Reis


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Ighor5 30/03/2024

Uma subversão de papéis atribuídos na mitologia e uma reflexão muito interessante, além do prefácio do livro ser muito bom.
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MF (Blog Terminei de Ler) 15/10/2023

Mitos como representações da personalidade
“Os reis” de Julio Cortázar. Nesta obra, o argentino revisita o mito de Teseu e Minotauro e, por meio da interação entra os dois, inverte seus papéis, sendo retratados como aspectos opostos de uma mesma identidade, refletindo a complexidade e as contradições humanas. O vilão e o herói podem não ser as representações fidedignas da realidade. O tom intimista é um desafio interessante, mas é uma obra que não me cativou e, talvez, em outro momento, mereça uma revisitada.

site: https://mftermineideler.wordpress.com/2022/01/11/os-reis-julio-cortazar/
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Fabio Shiva 01/07/2023

Quem é o herói e quem é o monstro? Cortázar recria o mito do Minotauro
Às vezes precisamos do olhar do outro para enxergar melhor a nós mesmos. Tive meu primeiro contato com Julio Cortázar em 2019, através de suas “Aulas de Literatura” (https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2019/05/aulas-de-literatura-julio-cortazar.html), que me fizeram perceber a minha vocação para a Literatura Fantástica. Pois até então eu acreditava estar escrevendo romances policiais como “O Sincronicídio” (http://youtu.be/Vr9Ez7fZMVA), ou de terror e ficção científica como “Favela Gótica” (https://youtu.be/FjoydccxJGA). Contudo sempre me sentia desconfortável com esses rótulos, porque tinha consciência de que as minhas histórias apresentavam um elemento a mais, um elemento “bizarro”, que não condizia com histórias policiais, de terror ou de ficção científica. Mas depois de acompanhar com muita atenção essas “Aulas de Literatura” do professor Cortázar, percebi com grande felicidade que esse elemento desconhecido não era “bizarro”, e sim “fantástico”!

Ainda no mesmo ano de 2019, tive a chance de ler no original em espanhol as “Historias de Cronopios y de Famas” (https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2019/05/historias-de-cronopios-y-de-famas-julio.html), em que Julio Cortázar põe em excelente prática suas teorias sobre Literatura Fantástica, o que só confirmou que esse é um lugar onde me sinto em casa. Desde então, aguardo em feliz expectativa a oportunidade de ler “O Jogo da Amarelinha”, considerado a obra-prima de Cortázar. Mas recentemente vieram me parar às mãos três outros livros dele, dentre os quais já fui logo pegando esse “Os Reis” para ler.

E que surpresa descobrir que esse é o primeiro livro publicado sob o nome de Julio Cortázar, em 1949, depois de um livro de poesias (“Presencia”) no qual adotou o pseudônimo de Julio Denis. Como afirma Ari Roitman no excelente prefácio:

“Os Reis é, na verdade, um Cortázar quase pré-cortazariano (...) e dá a impressão de constituir uma espécie de ‘ensaio geral’ para tudo o que brotaria a seguir de sua pena e criatividade fervilhantes.”

O texto é de fato bem diferente do que já li de Cortázar, primando por construções eruditas e poéticas. Algumas imagens que ele cria perduram na memória, como na comparação do labirinto do Minotauro com as “entranhas sem saída” de um gigantesco e inominável caracol!

Outra curiosidade a respeito desse texto é a curiosa semelhança temática com o conto “La casa de Asterión”, de Jorge Luis Borges, publicado em 1947. Retorno ao prefácio de Ari Roitman:

“Misteriosamente, dois gigantes da literatura de seu século, ambos profundamente argentinos, talvez até mesmo vizinhos de bairro ou convivas de café, produzem versões similares de um mesmo mito clássico: nelas, o Minotauro deixa de ser o monstro devorador de virgens e mancebos e se transmuta de vilão a herói. Mais do que isso: entrega-se à morte como redenção libertadora. Ao não se defender do ataque de Teseu, ele aceita altivamente, sem hesitar, o seu destino trágico.”

Finalizo com uma fala do próprio Cortázar, citada no prefácio, sobre o que percebi ser a essência temática de “Os Reis”:

“Teseu, o herói, é um indivíduo sem imaginação, que está ali com uma espada na mão para matar os monstros que são a exceção ao convencional. O Minotauro é o poeta, o ser diferente dos outros. Por isso o encerraram, porque representa um perigo para a ordem estabelecida.”

E pensar que depois desse primeiro livro, Cortázar só fez melhorar!

https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2023/07/quem-e-o-heroi-e-quem-e-o-monstro.html



site: https://www.facebook.com/sincronicidio
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Clauber 26/01/2023

Uma maravilhosa releitura do mito grego. Em pouco mais de 80 páginas, Cortázar reconta a história de Teseu e do Minotauro, invertendo-lhes os papéis e apresentando uma poderosa reflexão sobre a criação de "monstros sociais" e o que são liberdade e prisão.
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taynna cavalcanti 01/08/2021

a introdução é bem boa
livro curtinho, dá pra ler em menos de 2h. a introdução é na minha opinião, o melhor do livro haha. explica muito bem as referências que o Cortazar colocou no texto e faz o paralelo entre ele e o Borges, como as obras de ambos acabam se conectando e ainda assim são tão singulares, etc. é massa pra ter uma visão diferente do Cortazar.
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André 02/12/2020

A morte do Minotauro é o retorno à lógica dos comuns.

Para ser uma das primeiras obras de Cortázar, não parece algo de principiante. Sensacional!
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Sara @desanuvie 09/09/2020

Como é singular o sentir e o ressentir-se.
Como podemos espelhar nossa dor e temer aquilo que nos reflete.
O engano, seja vindo do outro ou de nosso falho pensar, sempre nos ofusca, arde aos olhos com as chamas da cólera e nos cega.
Agimos como o ente ordinário que somos e atingimos limites que não eram esperados.
Mas como corrigir o que teve seu parto do ventre do erro?

A ambiguidade da história nos mostra como a visão única é nevoada por enganos, como compreender a complexidade do existir pode transformar herói em vilão, monstro em redentor.
Ah, e como não mencionar o perigo da não compreensão?! Os pormenores tem seu peso, caso contrário não existiriam, e são justamente eles que podem causar a ruptura, a imensa cisão que se abre em cratera para se transformar no abismo que servirá de morada eterna para aquele que não pode compreendê-los.
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Carla 13/07/2019

O que faz de uma criatura um monstro?
Nessa primeira obra de Júlio Cortazar, autor argentino aclamado, vamos encontrar uma pequena peça teatral que faz um releitura do mito de Teseu e o Minotauro.
De forma poética e quase cruel, Cortázar provoca no leitor uma desacomodação, invertendo o lugar do herói e do monstro e redefinindo o conceito de liberdade e prisão.
Um livro pequeno em tamanho, mas que diz nas entrelinhas coisas que não conseguiríamos reproduzir em 1000 páginas.
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Hilton Neves 29/11/2017

Um touro inteligente, ¿eh?
Bastantes diálogos bons, reforça nossa proximidade da mitologia, satiriza nossas falhas ou traços gerais. Um texto impressionante descrevendo um pouco da expectativa que os moradores da Ilha de Creta tinham naqueles tempos.
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Rafaele Albanezi 24/01/2017

O Minotauro de Cortázar
Cortázar recria o conto do Minotauro nessa pequena peça, com 82 páginas, e aborda os aspectos mais intrínsecos da natureza humana na construção de seus personagens.

Relembrando a história tradicional, o Rei Minos foi punido por Poseidon, que fez com que a esposa do Rei se apaixonasse e engravidasse de um touro, dando à luz a criatura conhecida como Minotauro. Na mitologia e na releitura de Cortázar, Minos oferece jovens atenienses para alimentar a besta. E num certo momento, o herói Teseu se apresenta voluntariamente para eliminar o monstro. Até esse ponto, o conto guarda semelhanças com a narrativa original, mas o diferencial fica com os diálogos entre os personagens.

Você pode conferir minha resenha na íntegra no meu blog.

site: https://menupop.wordpress.com/2017/01/24/no-menu-os-reis/
@kauelivros - kaue_leonardo 11/07/2018minha estante
Qual é o seu blog?
Tenho um instagram de livros caso vc goste @kauelivros


Rafaele Albanezi 12/07/2018minha estante
Oi Kaue! Vou dar uma olhada no insta! ? meu blog é menuliterario.com




Paola 23/08/2010

Resenha aqui http://uma-leitora.blogspot.com/2010/08/os-reis.html.

:)
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