Raízes do Brasil

Raízes do Brasil Sérgio Buarque de Holanda




Resenhas - Raízes do Brasil


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Jan 03/01/2024

Um tratado sobre o processo de formação do Brasil
A obra de Holanda nos apresenta a ideia de formação do conceito de cultura em nosso país, mas diferente de Gilberto Freyre que fica no processo de miscibilidade, Holanda coloca em debate a importância maior ou menor daquilo que é público e do que é privado, focando na propriedade/patrimônio como motivador.
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MarcosQz 31/12/2023

Mais do que uma obra sociológica, vejo Raízes do Brasil como uma obra histórica do nosso país.
Partindo da origem de nosso país até os momentos atuais de 1947, edição lida, já que o livro foi lançado em 1936 e o próprio autor fez algumas alterações.
Sérgio Buarque de Holanda parte do princípio da fundação do país, da tentativa de instalação de culturas, técnicas e vivências europeias em um país tropical e como muito disso caiu por terra.
Nossa herança portuguesa se modificou durante anos, se ajeitando no jeitinho brasileiro, se ajeitando em privilégios.
Uma obra histórica, sociológica e política para entendermos um pouco mais sobre o nascimento de nosso país, que ainda vive as dores de sua fundação, ainda caminhando em privilégios da elite e discriminando seu próprio povo.
Creio que vale uma releitura em algum momento futuro e próximo, é uma obra para ser lida e relida.
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Anne 16/08/2023

Há algum tempo, eu desejava ler algumas obras de Sérgio Buarque de Holanda, e finalmente decidir parar para ler-lo. Essa obra que foi tão mencionada e recomendada, tornou-se uma das minhas favoritas. Já estava familiarizada com o conceito do "homem cordial" através das minhas leituras anteriores, e adentrar o universo de "Raízes do Brasil" revelou-se uma experiência marcante.

O processo de análise de Sérgio Buarque de Holanda me permitiu apreciar a amplitude e profundidade da sociedade brasileira. A importância de entender essas raízes não pode ser subestimada, especialmente em nosso contexto atual. A medida que lia cada página, não pude deixar de refletir sobre como as sementes plantadas nas páginas de "Raízes do Brasil" lançam sombras sobre nossa sociedade contemporânea.

O olhar crítico e perspicaz de Buarque de Holanda nos convida a desvendar não apenas o que somos como brasileiros, mas também o que podemos ser. Suas observações sobre o "homem cordial" continuam a ecoar, um convite para uma reflexão profunda sobre nossa identidade nacional.
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Amós 28/07/2023

Resenha da obra “Raízes do Brasil” do Sérgio Buarque de Holanda; 6º edição, editora Jose Olympio, com atualizações até 1971; Leitura finalizada em 07 de Julho de 2023
A obra Raízes do Brasil, escrita por Sérgio Buarque de Holanda e publicada pela primeira vez em 1936, é inescapável a qualquer um que se dê ao desafio de entender a formação do país. Seu autor é filho de elites paulistas mas que em sua infância mudaram-se para o Rio de Janeiro, onde cresceu, formando-se em Direito e Ciências Sociais, época que teve contato com o movimento modernista. Atuou como jornalista e professor universitário, tendo vasta produção acadêmica, a qual foi inaugurada por seu magnum opus. Sérgio Buarque de Holanda iniciou a produção do livro enquanto morava na Alemanha da República de Weimar e foi muito influenciado pela sociologia alemã weberiana e pelo contexto que vivia de grande ebulição social.
A obra passou por diversas reedições, mas sempre manteve seu foco na formação da identidade e sociabilidade do brasileiro, partindo da colonização como marco fundamental para interpretar o Brasil e indo até a era Vargas. Sua estrutura se divide em sete capítulos em que o autor abordou e construiu vários conceitos que nos orientam no entendimento da sociedade brasileira. O autor usa amplamente os “tipos ideais” de Weber para desenvolver seus argumentos, por exemplo, o Campo e a Cidade, Trabalhador e Aventureiro e assim por diante. A partir da comparação desses tipos, Sérgio irá desvendar a brasilidade, passando por diversos aspectos da nossa formação histórica, política, econômica e social.
O livro se inicia com uma descrição das sociedades ibéricas, em que a partir de diversas fontes o autor percebe a grande diferença que havia entre essas e as sociedade europeias ocidentais. Muito devido à dominação árabe e também ao espaço fronteiriço com o norte da África e o próprio espaço atlântico. Se formou em Portugal particularmente, uma sociedade avessa às rígidas hierarquias medievais europeias pautadas pela consanguinidade, em que o destaque social se liga mais ao mérito pessoal de cada um que propriamente de sua origem nobre. Disso também deriva o culto ao ócio, muito presente nas sociedades greco-romanas e herdadas em grande medida pelo português, em que a “ética do trabalho” descrita por Max Weber, teve pouquíssima penetração e a idéia de trabalho como punição pelo Pecado Original se manteve mais presente.
Seguindo adiante, o segundo capítulo trata dos Aventureiros e Trabalhadores, tipos ideais weberianos que o autor localiza como frutos da socialidade ibérica, em particular, a portuguesa. O tipo Trabalhador é tido como mais apegado ao trabalho monótono e contínuo, recompensado sempre de forma previsível e herdeiro da lógica dos pré-históricos coletores de frutos. Já o tipo Aventureiro herda o espírito dos caçadores pré-históricos, em que o trabalho monótono é mal visto e menosprezado, enquanto se põe em alta conta o talento individual e a conquista de recompensas através do mérito, do espírito explorador e da sagacidade. É a partir desse segundo tipo ideal que se forma a sociedade colonial brasileira, com portugueses de espírito aventureiro que se lançam na empreitada americana em busca de riquezas e glórias, mas sem que para isso seja necessário o trabalho enfadonho, como fica claro no seguinte trecho: “O português vinha buscar riqueza, mas não a que era fruto de trabalho, mas a que era fruto de ousadia.” Para tal, os colonizadores irão recorrer à escravidão. Contudo, tal lógica resulta numa baixa produtividade do trabalho, pois não há preocupação alguma na melhoria técnica, mas somente uma dedicação exclusiva na exploração de recursos naturais, que uma vez esgotados em determinada região, irão em busca de novas matas virgens para explorar. Isso também se faz valer na organização do trabalho colonial como um todo, que jamais contou com organizações coletivas sólidas , como guildas e escritórios.
Sérgio Buarque então aborda um tema polêmico quando visto com olhar crítico contemporâneo, quando trata a questão racial ibérica e brasileira a partir de uma ótica positiva. Justifica tal argumento a partir da grande mestiçagem que ocorreu no Brasil e atribui isso ao espaço ibérico que era fronteiriço à África e que por isso tinha um contato com povos não-brancos mais frequente. Dessa forma, o autor argumenta que o racismo a qual é vítima os negros no país é muito mais devido a associação desses aos “trabalhos precários e degradantes” a quais esses eram submetidos no periodo da escravidão. Tais trabalhadores eram mal vistos, seguindo a lógica da Antiguidade Clássica e do catolicismo, em que valoroso é o cidadão ocioso e o Trabalho é a punição pelo Pecado Original. Em comparação, o autor aborda a empreitada colonizadora dos holandeses e atribui seu fracasso ao seu espírito protestante calvinista e na sua inabilidade de promover a mestiçagem com os povos locais.
O terceiro capítulo irá tratar das profundas heranças rurais na nossa sociedade, o que é fruto das relações econômicas de todo o período colonial, que se baseia grandemente na experiência latifundiária da Casa Grande, onde o senhor de terras é o “pather familia” de toda a propriedade, administrando e gerindo recursos e pessoas ao seu bem entender. Isso inclui não só a própria família do dono da propriedade, mas também funcionários, cativos e agregados. Esse sistema porém sofre duro golpe com a paulatina abolição da escravidão e por fim com a Proclamação da República, visto que o sistema tradicional de latifúndios começa a se fragmentar em pequenas propriedades e as cidades passam a ter maior importância no cenário nacional. Porém, essa influência será transportada às nascentes cidades, que passam a ser controladas pelas elites regionais tradicionais e que irão atuar na administração pública da recém proclamada República como se essas fossem uma extensão de suas propriedades. As cidades então tornam-se “apêndices do campo”, sem produção industrial apreciável e com forte controle político das elites rurais. Não se forma uma elite burguesa urbana, que normalmente é associada ao capital comercial e industrial. Assim, o personalismo e a confusão entre o público e privado se instalam então na gênese das cidades do país e os postos de poder serão sempre ocupados pelos “amigos do Rei”. O autor também irá atribuir o culto aos títulos e diplomas a esse contexto, visto que os cargos de maior importância serão ocupados por bacharéis que estudaram fora do país e ao voltar irão exercer poder político e administrativo nas cidades, por mais que muitas vezes tais formações não guardem relação com as suas ocupações.
O capítulo quatro tratará das grandes diferenças entre os processos coloniais espanhóis e portugueses na América do Sul e de seus reflexos no desenvolvimento das sociedades coloniais e das suas cidades. Para explicar o caso espanhol, o autor pensa a própria história da formação do reino de Castella, que surge a partir da guerra e consequente submissão de outros reinados a um poder centralizado. Nas colônias, isso se reflete com uma preocupação na formação de cidades bem estruturadas e defendidas que serviam como pólos de colonização, centralizando os poderes espanhóis e passando a administrar vastos territórios. Nessas cidades se viu a formação de escolas, universidades, indústrias e jornais, facilitando no posterior desenvolvimento do espírito nacional dessas localidades. Já o caso português muito se difere, visto que esses se unificaram já no século XIII e de forma menos beligerante que os espanhóis. Aqui também, nunca houve grande preocupação na ocupação e controle sistemático do território. A única preocupação dos aventureiros colonizadores lusos era somente a de escoar a riqueza que aqui era encontrada (o que se altera em alguma medida a partir da descoberta do Ouro em Minas Gerais). Assim, formaram-se cidades somente próximas ao mar e sempre de forma desorganizada e sem grande planejamento. Assim, formou-se um país em que a maior parte da população se concentra na área costeira e que até hoje sofre em alguma medida por sua falta de integração entre interior e litoral.
O mais famoso e enigmático capítulo do livro é o quinto, o Homem Cordial, em que se explana sobre a formação social dos indivíduos do Brasil. Para dar luz a sua visão, o autor inicia seu argumento primeiro pensando a diferença entre o Estado e a Família, combatendo a ideia de que o Estado é a natural extensão da Família, mas que pelo contrário, é o seu contrário, uma vez que idealmente as relações de Estado são impessoais e pautadas pela Lei, em especial a partir do desenvolvimento do capitalismo. Porém, pensando o caso brasileiro e retomando argumentos previamente apresentados na obra, Sérgio Buarque correlaciona a formação das cidades a partir de uma lógica personalista e patrimonialista com a própria formação social dos brasileiros, vez que confundem as esferas pública e privada. Dessa forma, desenvolve-se o Homem Cordial típico, que é definido da seguinte forma numa passagem: “o desconhecimento de qualquer forma de convívio que não seja ditado por uma ética de fundo emotivo representa um aspecto da vida brasileira que raros estrangeiros conseguiram desvendar.”(pg 109) Isso se faz sentir inclusive na vida religiosa brasileira, em que de diversas maneiras trata os santos católicos como alguém afim. O mais simbólico disso é a prática de mergulhar Santo Antônio num copo d’água para lhe pedir por casamentos, vez que Santo Antônio é um mártir que foi morto afogado. O autor entende que essa prática é como uma forma de coagir o santo a agir como lhe é exigido.
O autor segue construindo o que entende por identidade brasileira no capítulo seguinte, o sexto, em que abordará o surgimento das classes intelectuais do Brasil a partir da Cordialidade previamente descrita. Seguindo ainda a lógica lusa, o trabalho ordinário será mal visto e as classes intelectuais, em especial os bacharéis em Direito, serão os mais valorizados profissionais na formação nacional. Pois a partir das suas “palavras rígidas, monótonas, lapidares e inflexíveis” lhe concederão autoridade e frente às classes populares, se ligando também aos conceitos previamente construídos no capítulo três. Porém, com a formação da República, esse “bacharelismo” será agregado pelos positivistas que primeiro formaram a República e as Forças Armadas, e que por sua vez construíram a imagem oficial do que é o Brasil. Nosso hino, bandeira e instituições carregam até hoje essas marcas do positivismo brasileiro, inclusive o movimento romancista, que em grande medida compôs a identidade nacional. Mas cabe frisar que em grande medida tudo isso foi um movimento de elite, tendo pouca ou nenhuma relação às classes populares, daí a formação do que o autor define como “republicanismo envergonhada”, visto que apesar das leis oficiais, o próprio funcionamento do Estado Brasileiro passa muito longe do que se espera de uma república pautada pelo positivismo.
O sétimo e último capítulo é o mais extenso e propositivo do livro. Intitulado Nossa Revolução, o autor inicia os argumentos tratando sobre a Abolição da Escravidão em 1888, a utilizando como marco inicial do que entendo como “uma revolução brasileira de longa duração” (grifo meu). O fim da escravidão iniciou a transição do campo para a cidade, espaço entendido como Moderno, e que apesar das heranças rurais que permanecem nas cidades, tornaram o espaço do Campo meros abastecedores dos núcleos urbanos e que as próprias elites rurais já não mais viviam necessariamente em suas fazendas. Agora ocupantes de cargos públicos, os grandes latifundiários passaram a administração de suas terras a profissionais dedicados somente a isso. Paralelamente a esse contexto, temos a expansão da infraestrutura brasileira de transporte e comunicação, que encurtará as distâncias entre espaço rural e urbano e do interior com as capitais litorâneas. O desenvolvimento disso fez surgir uma pequena mas importante elite urbana, que fragiliza em alguma medida o poder político, econômico e social das antigas elites rurais. Porém, a gestão desse Estado, permanecerá numa lógica cordial de não separação entre o público e o privado, que também se faz notar na dificuldade em obediência a leis e códigos legais de maneira gera e que somente reformas estruturais profundas conseguem alterar determinados comportamentos. O maior exemplo disso foi a própria abolição do tráfico negreiro, que necessitou de duas leis e forte intervenção armada para dar fim a tal prática. Essa realidade não é exclusiva do Brasil, sendo presente - mas com particularidades locais - em outros países latinos. Esse estado de coisas compõe uma rejeição natural ao liberalismo de tipo europeu, pautado por sólidas instituições e demarcação clara entre a esfera pública e a privada; também entendendo que o Fascimo é a manifestação de características caudilhas em países europeus, como o personalismo, o patrimonialismo, etc.
Seguindo para a conclusão e trecho propositivo do capítulo, Sérgio Buarque defende que tal condição só será superada pelo Brasil e outros países latinos, com a derrota da mentalidade liberal-positivista que aqui se instala nas elites econômicas e políticas. que claro, fazem e farão dura oposição a esse projeto político. Porém, os “caudilhos positivos” podem nos dar auxílio nessa luta e que figuras como Perón na Argentina e Vargas no Brasil são representantes do gênero. A luta no caso brasileiro será ainda mais acirrada, vista nossa formação histórica, em que as elites são profundamente conservadoras, reacionárias e que passam longe de serem afeitas a mudanças que lhe tomem privilégios. Movimentos como os Integralistas (contemporâneos à época da escrita do livro) são sintoma claro dessa característica. Finalizando o livro o autor faz uma defesa de uma Revolução Brasileira que transforme o Estado em tal medida que dê conta de servir verdadeiramente às massas e que seja verdadeiramente democrático.
Bem, finalizada a leitura da obra, fui ler outras resenhas e consumir material relacionado ao livro e ao autor. O fato é que é um livro inescapável para entrar no debate sobre o Brasil, sendo um verdadeiro clássico do pensamento social brasileiro. Seus argumentos ajudam a compreender a sociedade brasileira e suas nuances. Creio que os trechos mais importantes para isso sejam os capítulos Três, Quatro e Cinco, onde o autor se debruça em maior medida para nossa formação social. Porém, cabe destacar que a obra está ultrapassada em alguma medida. A visão idílica da colonização, do processo de miscigenação e o debate sobre o patriarcalismo talvez sejam os elementos que mais depõe contra a obra. Porém, ciente do contexto em que foi escrito, Raízes do Brasil segue como um cânone da sociologia brasileira, conversando com nossa realidade e vivência. Enfim, livrão brabo!
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O_Cabano 09/07/2023

Simplesmente fantástico e esclarecedor
Li a versão acadêmica - que continha a argumentação equivocada de Cassiano Ricardo - de 1963, da Universidade de Brasília que, como de se esperar, continha definições e apontamentos voltados para o público mais leigo, com todas as obras que serviram de fonte para o autor.

O livro contém explicações históricas voltadas para a estrutura da cultura e da economia brasileira, desde a união ibérica do século XIV. Nele, o leitor poderá desbravar, de fato, a pontualidade do brasileiro quanto ao ato de ser cordial.

Simplesmente Incrível.
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lu 26/06/2023

Incrível! Não é um livro rápido de ler, é realmente pra você ler aos poucos e ir digerindo as informações que o livro passa... ir estudando, mesmo que o livro não tenha um tom didático queria ter lido ele ainda no ensino médio (ano passado kkkkkkk). Recomendo muito para quem quer entender o Brasil que tá em nossa volta, entender o comportamento das pessoas que estão a nossa volta, será mesmo que a gente é tão único assim? Esse livro me tirou VÁRIAS DÚVIDAS e vale muito a pena.
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vino2 29/05/2023

Resenha ?Raízes do Brasil?, Vinícius.
Li primeiramente o capítulo 5 ?O homem cordial?, indicado pelo professor de antropologia e pensamento criminológico, Bruno Azevedo, da faculdade onde curso direito. Após fazer a leitura do capítulo supracitado, despertei curiosidade pela obra e amei do início ao fim, mesmo em algumas partes tendo dificuldades na compreensão, por ser um livro com um vocabulário mais avançado do que estava acostumado a ler. Enfim, achei maravilhoso. 10/10!!!
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Guilherme.Fernandes 29/05/2023

Um clássico
Logo de início, nota-se a forma que Sérgio Buarque de Holanda sofre influência da sociologia alemã, algo que provavelmente ocorreu por conta de seu tempo de estadia no país europeu. Trata-se de uma leitura bastante conceitual, caso não tenha tanta familiaridade com a escrita acadêmica, recomendo que a leitura seja feita sem pressa, focando nos pontos que não foram compreendidos. Nesses casos, persistência é um fator essencial para a conclusão da leitura. Ademais, ressalta-se a genialidade das análises do autor, fator que pode ser percebido, principalmente, nos capítulos 5 e 6. O capítulo 5 aborda sobre a teoria do "Homem Cordial", umas das concepções mais famosas da sociologia brasileira e, com certeza, merece esse título, tendo em conta o quão brilhante é!
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Daniel1906 27/04/2023

Raízes
Sérgio Buarque de Holanda não deixa dúvidas sobre o enorme conhecimento adquirido por ele para poder compor esse livro. Certamente a obra foi um marco de nossa literatura na época em que foi escrita e até muitos anos depois.
Mas sinceramente, com todo respeito do mundo ao clássico, devo dizer que fiquei desapontado (pra dizer o mínimo). As primeiras 60 a 70 páginas são carregadas de opiniões desacertadas a respeito de nossa formação social, a respeito dos escravos africanos e também a respeito dos povos originários. Fiquei impressionado negativamente.
A partir do capítulo do "Homem Cordial", o livro melhora muito e traz ideias bem interessantes. A análise da forma de colonização da Espanha comparada a de Portugal, por exemplo, é bem interessante.
Há de se considerar que a produção autoral é fruto de seu tempo. Mas não tem como avaliar bem uma obra dessa, mesmo reconhecendo sua enorme relevância.
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Giordano.Sereno 20/04/2023

Um clássico da literatura brasileira, mas que não foi fácil de ler
O livro é uma análise crítica da formação histórica, social e cultural do Brasil, desde a chegada dos portugueses até a época contemporânea. O autor argumenta que a cultura brasileira é influenciada por uma série de fatores, como a herança ibérica, a escravidão, o catolicismo e a miscigenação racial. Ele também discute a influência de conceitos como o patrimonialismo e o personalismo na formação das instituições brasileiras.
Não vou dizer que entendi tudo, mas foi um leitura enriquecedora. É importante lembrar que se trata de uma obra de 1936. Portanto, espere um reconhecimento patente da influência africana e indígena na formação da identidade nacional. O que para um leitor do século XXI, faz falta.
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Arthur254 03/03/2023

Pensamento atual redigido há décadas
Apesar de caracterizar uma leitura do Brasil do século passado, o pensamento aqui presente permanece atual até a atualidade, merecendo uma leitura aos interessados pela história social do nosso país.
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Leticia.Pereira 25/02/2023

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Me senti muito burra mas o q entendi gostei muitooo!! Vale a leitura para qualquer estudante da área de humanas
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MWBenincasa 23/02/2023

Tem mais título pelo autor do que pela obra.
Naturalmente o livro é bem quisto pelo sobrenome do autor e sua família mais que pelo conteúdo. O livro não traz nem de perto e nem para a época de fato a história do país, simplesmente aborda pontos isolados do ponto de vista marxista o nosso país e tenta explicar a geração da época os movimentos políticos, a falência do liberalismo e a estratificação social que nos atinge segundo o próprio prefácio do livro.
Assim nota-se que o deleite maior vem do autor do que da obra em si.
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