Marina.Beatriz 18/03/2024
Uau
O primeiro histórico de leitura que fiz sobre esse conto foi algo como "hm, acho que não vou gostar...". Falei isso ainda na primeira página, sem nem dar chance direito à história. O motivo: narrativa muito sequencial (não sei se esse é nome certo que se dá); o narrador é em terceira pessoa e narra majoritariamente no tempo presente, então no início senti como se tivesse lendo um roteiro.
MAS, PORÉM, ENTRETANTO, E TODAVIA, fico feliz em não ter largado logo de cara. A história me surpreendeu e não demorei pra me acostumar com o estilo narrativo. Na verdade, sinto até que ele fez o conto fluir mais rápido e me manteve presa nos acontecimentos.
O que mais gostei na história foi ver o quanto eu me identifiquei com Murilo e com a situação em que ele se encontrou. Até com a gata da família, a Matilda, eu me identifiquei. Infelizmente não posso falar muito mais sobre isso sem estragar a experiência alheia com o conto dando spoilers e sem expor minha vida pessoal e familiar assim gratuitamente. No entanto, posso dizer que, se "Mumu" fosse uma pessoa real, eu queria ter a chance de dar um abraço bem apertado nele.
Eu fiz várias marcações ao longo da história, mas este trecho foi o que mais me pegou: "Não existe meio de passar por esta terra sem errar, sem causar dor ou incômodo em algum nível às pessoas ao nosso redor, por mais que se tente. O que podemos fazer é aceitar as coisas que não podem ser mudadas e trabalhar naquilo que pode ser melhorado, como reconhecer os próprios erros e pedir perdão."
Eu queria poder pensar sempre assim, e estar rodeada de pessoas com esse mesmo pensamento...
Mas enfim, digressões à parte, adorei "adivinha quem não voltou pra casa?"! Indico bastante pra quem quer ler algo rápido e envolvente, com direito à abertura a reflexões, talvez, profundas hahah