Anie G. Mars 21/06/2021
Me surpreendeu
Confesso que não esperava gostar de um livro com um plot tão simples que li só porque não queria começar um mais difícil.
Para Sempre começa tipo filme da Barbie contando história pra irmãzinha num dia de chuva, só que em Curitiba (de onde acho que viria a Barbie brasileira). Tinha tudo pra ser um livro “he was a boy she was a girl” só pra distrair e depois esquecer, mas terminei chorando.
O livro gira em torno, não unicamente, do casal Sara e Antônio em 1994. Nisso, então, temos três acontecimentos incríveis, e um deles resultou na autora que nos contou essa história. E sim, chorei quando percebi que era real. Principalmente porque a maioria dos acontecimentos se desenrolam em cidades que conheço, então me fez imaginar quantos fuscas que já vi carregavam um “para sempre” dentro.
Porém, nem tudo são copos de leite no jantar romântico. A narração é um pouco infantil, o que segura muito a história nos momentos água morna, mas que acaba se perdendo quando a autora se mistura com os personagens e quebra o ritmo. Claro que sendo uma obra tão autoral assim, é esperado, mas me cocei inteira quando aconteceu.
Finalmente um livro em que os personagens tem histórias próprias e não giram só em torno dos protagonistas! Comemore leitor que, assim como eu, gosta mais dos coadjuvantes. Essa história tem pessoas interessantes o suficiente pra todas merecerem amor. Em nome do fusquinha, todas receberam! Abençoado fusca orai por nós!
Quando terminei, me sobraram duas sensações: inveja — porque nunca vou ver um eclipse lunar dentro de um fusca emperrado enquanto toca a melhor playlist do mundo —; e derretimento — fiquei tão soft que nem sabia como falar sobre o livro sem encher de coraçãozinho ao redor.