Uma questão de conveniência

Uma questão de conveniência Sayaka Murata




Resenhas - Uma questão de conveniência


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lilaceblue 04/01/2024

O que nos faz bem é, justamente, o que nos torna humanos
Da edição brasileira ?Querida Konbini?

Esse foi um livro que me fez muito refletir, acima de tudo, sobre a sociedade de forma geral. A verdade é que, independente de onde nos situamos no planeta, convivemos baseando, mesmo que involuntariamente, com padrões, julgamentos e pressões impostas por tudo e todos, seja sobre o trabalho, os relacionamentos, os comportamentos, as escolhas que fazemos e até formas de se comunicar. E o quanto estarmos inseridos nisso nos torna dignos de sermos considerados humanos decentes?

De história e narrativa leve mas que traz muitos pensamentos sobre essas cobranças rotineiras, as próprias pessoas que nisso vivem imersas e suas hipocrisias. O livro conta com personagens singulares em suas vivências escolhidas e extremamente sinceros. Instiga pensar na busca do que nos torna realmente humanos e o que nos resulta no sentimento de pertencimento ao mundo que nos rodeia.
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2105s 12/01/2024

Razoável
É um livro meio esquisito, mas acho que essa é justamente a proposta dele: causar um certo desconforto ao elucidar os padrões - profissionais e amorosos - que encontramos na sociedade e como tentamos nos encaixar neles.

Esse livro tem uma leitura bem fluida mas, apesar de ter me feito refletir muito sobre as questões da vida, acho que não gostei muito. Tava esperando muito mais e, na verdade, tava esperando outra abordagem. Mas, de toda forma, não foi uma leitura arrastada e nem pesarosa, então tô no lucro.
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cat 26/01/2024

Uma questão de conveniência
Não vou mentir, é um livro bastante desconfortável. Fez-me refletir sobre diversos aspetos da minha vida quotidiana, sobre as minhas relações, sobre a minha personalidade... Então estejam prontos para refletir.
Algo que me deixou bastante desconfortável é a clara doença mental da protagonista que não é diagnosticada em momento algum.
Pode parecer fictício, mas a verdade é que imensas pessoas vivem assim, inclusive, se pensarmos um pouco, conseguimos ver que todos nós vivemos assim ? sempre desesperados por pertencer à sociedade.
Identifico-me um pouco com a protagonista, assim que termino o meu horário de escrava do capitalismo, questiono-me sobre quando poderei ser outra vez escrava do mesmo. E o mais engraçado? Fico sempre animada por pensar que no dia seguinte poderei fazer outra vez a mesma coisa.
Quando descrito é assustador, mas a verdade é que também estamos todos desesperados para sermos escravos do capitalismo e por escravizarmos os outros.
Do ponto de vista relacional, às vezes ficamos tão desesperados por sentirmos que pertencemos à sociedade, por cumprir as expectativas que os outros têm para nós, que nos sujeitamos a relações que claramente não são para nós.
Então, talvez no fim do dia, o nosso único desejo seja ceder ao controlo social e ser sempre escravos de alguma coisa. E lamento informar, mas nenhum de nós é exceção.

Quote: "E foi assim, sempre com a ideia de que precisava de me curar de alguma coisa, que me fui tornando adulta."
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