As três Marias

As três Marias Rachel de Queiroz




Resenhas - As Três Marias


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Nado 20/05/2021

As Três Marias é uma das obras mais conhecidas dessa autora brasileira e que foi adaptado em formato de telenovela na década de 80.
A trama é narrada por Maria Augusta, conhecida por todos como Guta e que foi enviada para um internato. Lá ela conheceu Maria José e Maria da Glória, e rapidamente ficaram conhecidas no colégio como As Três Marias, uma por conta de seus nomes e outra porque elas ficaram inseparáveis desde a chegada de Guta.
No decorrer da trama o leitor vai acompanhar as descobertas vividas pelas personagens sob o ponto de vista de Guta. O tempo passa, elas ficam adultas e cada uma delas tem um destino diferente, mas nada abala a amizade que elas construíram no orfanato e que foi tão importante para elas passarem por alguns momentos tão difíceis e cheios de dúvidas.
O fato de Rachel de Queiroz colocar três mulheres protagonizando um romance nos anos 30, quando os romances eram dominados por protagonistas masculinos, é um dos pontos altos da obra e um diferencial na literatura brasileira. A escolha do nome Maria, o nome mais popular do país, principalmente naquela época, é algo a ser considerado também. A autora pôde dar voz às tantas ?Marias? do Brasil que em um período arcaico tinham tantos questionamentos e sede de viver, mas eram barradas pelo patriarcado que era muito mais presente do que ainda é.
Por mais que a obra tenha sua relevada importância e tantas mensagens primorosas na história das três protagonistas, não foi uma leitura que me prendeu tanto. A leitura é superfluida e pode ser lido rapidamente sem cansar, a escrita de Rachel de Queiroz é fantástica e ela se prova mais uma vez como uma excelente contadora de histórias.
A leitura de As Três Marias faz parte do projeto ?Lendo Mulheres Nacionais? do @eu_rafaprado. Grupo formado por amigos leitores que promovem os mais enriquecidos debates.
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Ana 02/08/2020

Ei literatura brasileira, pq tu humilha tanto todas as outras, ein?
Devo dizer que terminei essa leitura há algum tempo, mas acho incrível como ela sempre volta à minha mente. Não deveria ficar tão surpresa, afinal, literatura nacional costuma ter esse impacto na gente mesmo.

As Três Marias envelheceu tão bem no meu coração e na minha mente, sabe? Eu amo lembrar dos momentos da Maria no Rio, em tudo que ela viveu, em sua relação com as outras Marias. Foi uma leitura muito marcante e especial para mim, além de sua escrita tão bela, característica dos nossos maiores autores. Mais um livro que eu gostaria de apagar da mente só para ter o prazer de ler de novo pela primeira vez.

site: https://www.instagram.com/_literariana/
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dani2vi 28/06/2023

Primeira obra que li da Rachel. Ô leitura massa! Demorei um pouco mas consegui. Lógico que não entendi tudo e preciso reler, mas mesmo assim gostei.
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spoiler visualizar
Arsenio Meira 29/04/2014minha estante
kkk, Dirce, que começo bacana: "Ora( direis) ouvir estrelas ! Certo Perdeste o censo ! "
Não. Não perdi o censo(ainda não).Apenas acabei de ler o romance "As Três- Marias " da Raquel da Queiroz, e consequentemente "ouvi" as histórias da Maria Augusta (a Guta), da Maria José e da Maria da Glória, alunas de um colégio interno, que receberam o apelido As Três - Marias porque se tornaram amigas inseparáveis a ponto de fazerem uma pseudo tatuagem."

Olavo Bilac e Rachel de Queiroz.
Bela e divertida resenha. Divertida no sentido mais límpido e puro da expressão. Ou seja, diverte, e não perde o prumo da seriedade.
Abraços
Arsenio


DIRCE 30/04/2014minha estante
Oi Arsenio,
Achei que precisava dar uma leveza na resenha, pois a leitura me deixou "depre". E também porque a simples menção as Estrelas me reporta ao Poema Via Láctea, me reporta a época que eu declamava o Poema para minha filhota e ela me dizia: melô do maluco, mãe (risos)


Arsenio Meira 30/04/2014minha estante
KKKKKK,
é o que Gonzaguinha cantou: "eu fico com pureza da resposta das crianças..." Eu também! Se ela falou, é o que vale. (Mas não achei spoiler em sua resenha.)
Abs


DIRCE 01/05/2014minha estante
Então, Arsenio, eu fiquei na dúvida se estava revelando dados importantes, na dúvida, optei em assinalar como spoiler.


Regina 25/05/2014minha estante
Dirce, mais uma vez gostei muito da sua resenha. E para se aprofundar em Rachel de Queiroz indico Dora, Doralina, um dos meus livros preferidos!


DIRCE 26/05/2014minha estante
Com certeza será uma das minhas próximas leituras, Regina. E, obrigada.


Eder.Santos 07/08/2018minha estante
dieta programa das Três marias funciona mesmo



Sarah.Romain 15/09/2020minha estante

É uma experiência incrível
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Ennio 20/12/2020

Ora, direis ouvir estrelas?
Rachel de Queiroz apareceu para mim pela primeira vez nos meus longínquos 16 anos, acredito. Li O Quinze, e como havia acontecido com A hora da estrela, a leitura foi bem mecânica. Tava mais voltada ao vestibular, embora não fosse obrigatória na época. Eu não tinha a dimensão da escrita e autora.
Bom, esses dias comecei outro livro dela, As três Marias. A princípio achei que se tratasse de uma história mais pueril, voltada ao público infanto-juvenil. Ledo engano, embora o enredo traga como personagens principais três pré-adolescentes - Maria da Glória, Maria Augusta (Guta) e Maria José -, não há aqui uma simplificação, estática temporal ou banalização da faixa etária. Mais do que isso, vemos o retrato, a transitoriedade e os ritos de passagem de cada uma. O livro é narrado em primeira pessoa, pela personagem-narradora Guta (alter ego de Queiroz). Se usa de uma linguagem clara, direta e por vezes questionadora. Vale a pena!
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Dri 19/02/2023

As três marias
Foi um livro bom, personagem que não se contenta com os padrões impostos a ela, que busca sempre o que acha ser melhor para si. Mas ainda achei a escrita da autora e a narrativa melhor em O quinze.
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Paula 13/02/2011

Uma crônica de saudades
Esse é o primeiro romance de Rachel de Queiroz que leio e fiquei encantada. É realmente uma crônica de saudades, como diz no livro, uma espécie de quase memórias, como se fosse um diário íntimo, narrado em primeira pessoa, que tenta salvar as lembranças da infância e da vida de três amigas em um colégio interno católico e depois quando deixam a escola e seguem pela vida.

Personagens femininas tão marcantes e reais que possibilitam uma identificação muito grande do leitor. Engana-se quem pensa que a presença da vida nordestina limita o texto de Rachel. Pelo contrário, ela apresenta com maestria sentimentos, situações e questionamentos universais, que vão muito além do espaço físico que recria em suas histórias. E o melhor de tudo é a vida e a energia que o texto tem, sua escrita leve faz a gente sentir como se estivesse em uma conversa, como se de fato fosse um contar de história.

Lamentei muito o tempo que passei sem ler Rachel de Queiroz, As Três Marias entrou para os meus favoritos, como um daqueles livros que guardamos com carinho para serem relidos para reavivar a saudade.
Manuella_3 21/08/2012minha estante
Estou louca pra ler esse... minha conterrânea, adorei o "Dora, Doralina". Quero mais Rachel.


alineaimee 27/11/2017minha estante
Paula, lê O Quinze! É ótimo também! Adorei a protagonista!




Evy 14/11/2020

Neste romance autobiográfico escrito em 1939, Rachel nos presenteia com a trajetória de três garotas: Maria Augusta (Guta e a nossa narradora), Maria Glória e Maria José, as Três Marias como são chamadas no internato.

A história tem início na infância dessas meninas e caminhamos ao lado das três até a fase adulta quando cada uma vai seguir o melhor caminho para si. As Três Marias faz referência também à constelação e a própria narradora caracteriza cada uma das personagens conforme a característica dos astros:

“Glória era a primeira, rutilante e próxima. Maria José escolheu a da outra ponta, pequenina e tremente. E a mim coube a do meio, a melhor delas, talvez; uma estrela serena de luz azulada, que seria decerto algum tranquilo sol aquecendo mundos distantes, mundos felizes, que eu só imaginava noturnos e lunares.”

A proximidade das amigas se deu não somente pela afinidade, mas também por suas dores. As Três Marias são marcadas por perdas e sofrimentos que nenhuma criança deveria passar. Ao longo da história vamos conhecendo o passado de cada uma dessas meninas e seus desejos para o futuro, acompanhando suas traquinagens no internato, suas paixões e suas esperanças.

Mas é Guta quem acabamos conhecendo mais profundamente e que nos mostra uma alma atormentada e suas reflexões acerca do amor e da vida. Me remeteu às personagens de Clarice, embora com as características literárias tão únicas de Rachel. E é interessante notar que a autora nos revela muito de sua própria vida íntima neste livro.

A narrativa é especialmente deliciosa, simples, porém não menos bonita, cativante e fluída. Quando você se dá conta terminou o livro e está com um sorriso nos lábios, pois é daquelas leituras leves que aquecem o coração. Fecho minha resenha com uma citação final que também remete às estrelas:

"Olho as Três-Marias, juntas, brilhando. Glória reluz, impassível, num raio seguro e azul. Maria José, pequenina, fulge tremendo, modesta e inquieta como sempre. E eu, ai de mim, brilho também, hei de brilhar ainda por muito tempo - e parece que a minha luz tem um fulgor molhado e ardente de olhos chorando".

Adorei esse livro e com certeza recomendo a leitura!
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Felipe 30/06/2020

Rachel de Queiroz
Foi meu primeiro contato com a autora e ouso dizer que talvez seja o último. Primeiramente, antes de falar do livro, falar da autora é essencial.
Rachel de Queiroz foi uma escritora cearense e muito elogiada em sua época pela suas obras, mas uma pessoa controversa. Uma autora que se dizia contra o feminismo e também participou do Golpe Militar de 64 e alegou em entrevistas, não ter se arrependido de ter ajudado nesse processo. Juro que tento entender como essa autora poderia ser contra o feminismo e ao mesmo tempo colocar em seus livros, mulheres protagonistas fortes e contestadoras dos valores daquelas décadas de 30 e 40. Confesso que fico ligeiramente decepcionado, acho uma contradição e talvez se soubéssemos mais sobre a vida de Rachel de Queiroz, entenderíamos seus motivos.
No livro "As Três Marias", temos Guta, que muitos especialistas dizem ser como uma representação da própria Rachel quando jovem. A personagem estudou em colégio de freiras e contesta todo o ensinamento dentro dessa Escola como a hipocrisia das Irmãs em realizar ajudas que não ajudavam em nada os mais pobres e os valores de como uma mulher deve ou não se comportar em sociedade. Essa protagonista também vai questionar sobre o sexo antes do casamento, sobre o amor, sobre a independência financeira da mulher. Como falar que esse livro não é feminista?! Isso que eu não consigo entender, o porquê da autora não gostar dessa definição sobre seus livros. A protagonista, repito, é questionadora, uma mulher a frente de seu tempo e por essas questões vale a pena ler o livro para entendermos sobre o machismo impregnado na sociedade da época.
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Rodrigo 04/06/2021

A escrita da Rachel de Queiroz é muito boa. Mas a narrativa desse livro foi bastante confusa, não foi uma leitura fácil. Os assuntos vão se embaralhando, e por vezes fica difícil saber pq o caminho escolhido foi aquele, e também onde se quer chegar. Ainda assim, há trechos muito bons, que fazem valer a pena a leitura, ainda mais levando-se em conta o seu valor histórico.
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Paula 16/12/2022

Será?
Será normal se identificar com as experiências de vida de uma mulher de quase 100 anos atrás?
Acho que toda mulher passa por essas experiências nos relacionamentos durante a vida (o Raul e o Isaac). Todo mundo precisa de um Raul pra cair na real.
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Henrique 29/12/2023

Meninas de convento
A história se passa entre três amigas que vivem num convento. Ali elas compartilham uma intensa amizade, dividindo seus sonhos, medos e desejos umas com as outras.

Rachel tem uma escrita agradável de ler, traz reflexões interessantes ao longo da narrativa. Muitos acreditam que a personagem principal não seria a própria Rachel, em uma obra quase autobiográfica.

Gostei bastante, recomendo a quem busca uma leitura entre autoras femininas clássicas nacionais.
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Thamara 04/08/2020

Muito bom
Um livro muito leve de ser lido, porém é uma história forte, que nos prende e nos ensina a respeito de várias questões!
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Manuella_3 11/02/2014

Saudade e gratidão (pela vida)
A leitura de um livro da minha conterrânea Rachel de Queiroz é sempre uma promessa de acalanto, para mim. As descrições me são familiares, coisas que vivemos aqui, no Ceará. As impressões da autora, sempre ricas em sentimentos, encantam o leitor logo na primeira página. Rachel escreve fácil, para uma compreensão rápida, e ainda assim estampa lirismo em suas construções.

As Marias da estória são: a narradora Maria Augusta (também conhecida como Guta) e suas amigas Maria José e Maria da Glória. Da amizade entre as três, no internato onde estudaram, nasceu a ideia de serem como as três estrelas do céu, juntas e cúmplices. Dividindo medos e tristezas, alimentando sonhos de meninas, as amigas crescem entre provas e freiras, solidão e descobertas, enquanto Guta nos confidencia como cada uma amadureceu e seguiu seu caminho.

Guta é a mais ousada e destemida, vai em busca de liberdade para viver seus amores e aceita as decepções como parte das escolhas que fez. Glória realiza o casamento que sonhou. Maria José é escrava da sua crença católica, obediente e resignada, mais pela covardia de enfrentar seus desejos que por certeza íntima.

Rachel de Queiroz, mulher moderna e à frente de seu tempo, conduz o leitor numa narrativa realista, carregada do que a vida apresentava às mulheres da sua época, os preconceitos e as dificuldades que enfrentaram. Escolhendo entre os dois caminhos possíveis: casar-se e criar os filhos ou rebelar-se e seguir as próprias convicções, as Marias vão se diferenciando e apaixonando o leitor, que se identifica mais com uma ou com outra.

Sem se limitar ao espaço onde acontece a ficção (a capital cearense), a autora vai além e mostra que a alma feminina é única, embora com matizes mais suaves ou mais intensos. É um texto que, em tom de conversa, faz do leitor um confidente, numa recriação do que foi vivido, das possibilidades da vida, das consequências dos caminhos escolhidos.

A leitura despertou em mim uma saudade de outros tempos (que não vivi), pelo romantismo da espera. É um livro que desperta um olhar interior, para nossas escolhas, nosso aprendizado de vida. Parece aquele ‘olhar para trás’, para a estrada percorrida na vida, para as dores superadas e as que ainda estão ardentes. Ao mesmo tempo, também me fez sentir grata por viver o tempo atual, com todas as conquistas que mulheres como as três Marias trouxeram para nós.

A autora publicou seu primeiro romance, ‘O Quinze’, aos dezenove anos de idade. Foi primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras. Em 1993, foi a primeira mulher a receber o Prêmio Camões, equivalente ao Nobel, na língua portuguesa.
DIRCE 01/04/2014minha estante
Já intencionava ler esse livro, mas depois de ler esta sua resenha, urge tomar providencias para eu poder lê-lo brevemente.
Abraços, querida Manu.


tal 30/03/2023minha estante
Que resenha mais linda ?




ToniBooks 22/07/2023

Alta autoficção.
"As três Marias" de Rachel de Queiroz é claramente autobiográfico, mostra um momento decisivo da vida dela, que foi sair de casa e ficar anos num internato. Momento de passagem da adolescência para a idade adulta, quando ela mostrava seu perfil e relatava também várias perspectivas sobre as mulheres, a amizade e o amor.
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