As três Marias

As três Marias Rachel de Queiroz




Resenhas - As Três Marias


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Ri :) 22/02/2020

Apesar das notícias sobre Rachel não abraçar o feminismo, as três Marias, cada uma à sua maneira, despontam como mulheres fortes e que dão vez ao seu destino. Uma leiturinha agradável, injetando temas delicados (para 1939) de maneira sutil.
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Lavinia Teodoro 16/07/2020

Ótimo livro
Uma graça! Primeiro contato com a autora.
Adorei a narrativa da Guta no livro, contando sua história de vida, que começa quando dá entrada num internato feminino, aos 14 anos.
Guta - Maria Augusta - acaba fazendo amizade com duas meninas: Maria José e Maria da Glória, e juntas são apelidadas As Três Marias, que dividem entre si confidências, sonhos e frustrações. A história continua até depois que saem do internato e crescem, e nota-se a diferença da fala da Guta enquanto criança e enquanto adulta, sua mentalidade nas diversas experiências que passa ao lado das amigas e sua percepção do que ocorre também na vida delas. É uma leitura fluida e a Rachel é sucinta e direta. Li o livro rapidinho.
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PJ 15/09/2020

Para o bem ou para o mal, dizem que essa obra de Rachel de Queiroz seria, em matéria de estilo, o seu romance mais diferente daqueles que ela havia escrito ou que ainda iria escrever. Para mim, esse livro quase auto biográfico, beira à perfeição! A escrita é melodiosa. É um livro pra se dançar enquanto se lê porque as palavras soam como música!
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Pandora 07/03/2021

Li "As três Marias" em busca de reencontro, então, como explicar minha satisfação ao me vê diante de um livro tão autobiografico como esse?

Rachel de Queiroz foi uma das autoras marcantes da minha adolescência de leitora de biblioteca pública e escolar. O primeiro livro dela que li foi "O Quinze", mas meu coração foi arrebatado mesmo pelo "Memorial de Maria Moura", um livro preferido mesmo agora.

Me sinto em casa na companhia da Raquel, ainda mais quando ela ficciona em cima de sua própria vida de menina, de jovem, de mulher no Brasil do início do século XX, no nordeste. Do isolamento do colégio interno para a vida na cidade, os amores, os desenganos a presencia constante da amizade.

Como a Heloísa Buarque bem disse, esse é um livro de escrita sóbria, rigorosa, avessa a demagogia. Lendo isso entendo de onde vem meu amor a autoras como Michele Ginsburg, Elena Ferrante, Buchi Emecheta, Herta Muller, afinal meu olhar foi educado por esse tipo de narrativa feminina poderosa por ser capaz de narrar as minuncias íntimas das nossas complexas, castrativas e silenciosamente violentas experiências no mundo.

E sim, não passa despercebido a mim que a Raquel não fala da camada sociail nordestina a qual pertenço como neta de retirantes/pessoas faveladas. A vida das Três Marias se comparada com as das minhas avós. Jesus! São madames, apesar de não serem privadas de sofrimentos. No entanto, foi maravilhoso reencontrar essa narrativa atrozmente concisa, lúcida, implacável e, de bônus, conhecer um pouco mais sobre essa voz que me fez tanta companhia.
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Luís Henrique 16/07/2011

Almas Femininas
Quem entende a alma das mulheres? Raquel de Queiroz, mais uma vez, mostra que ela sabe, pelo menos, falar sobre este assunto tão "obscuro". Três amigas, três Marias, que se conhecem num internato na infância, vêem suas vidas seguirem o seu curso, cada qual por uma trilha, mas sempre ao lado uma das outras. A introspecção da narradora e a suas "decepções e pequenas derrotas" fazem da obra uma bússola na tentativa de desvendar estes mistério.
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Ingrid249 31/08/2020

Um livro ou um diário?
As Três Marias acompanha a história de três amigas: Maria Augusta, Maria José e Maria da Glória, desde a época do colégio. A história é contada na visão de Guta, e na primeira parte da narrativa, temos lembranças dispersas da época do colégio, sem seguir uma linearidade. Eu senti uma ambiguidade nessa parte, uma relação de amor e ódio com o colégio. Viver naquele pequeno mundo, cercada das amigas, era bom, mas ao mesmo tempo, não era. Da pra sentir a angústia de ficar preso ali, anos e anos, sem ver o mundo o real, tendo a infância prolongada, sem crescer de verdade. Essa parte carrega uma crítica ao sistema educacional da época também.
Depois disso, acompanhamos Guta se adaptando ao mundo real, crescendo, caindo na realidade de uma forma que o colégio não pôde prepará-la. Tenho a impressão de que ela passa a história inteira perdida, tentando se encontrar, que seus amores são frutos da sua imaginação, que todos aqueles anos em que ela foi obrigada a viver apenas de sonhos no colégio deixaram uma marca permanente, pois agora as experiências continuam sendo mais parte da cabeça dela. Falando em amores, muito difícil para mim situar que na época um namorado mal pegava na mão! Tem um certo encanto, talvez, mas essa repressão é triste. Em certos momentos de reflexão da personagem, me peguei perguntando quanto daquilo ali era Guta e quanto era Rachel.
Eu me senti melancólica a maior do livro. É como ler as memórias de alguém, como ler um diário, e a vida e a morte são tratadas com uma delicadeza simples. Eu estou angustiada até agora, pensando no relato daquela vida que parou ali, mas a história continua e a gente não sabe o que aconteceu.
Gostei muito de conhecer essa escritora, pretendo ler outras obras dela! Sua prosa poética atemporal ainda encantará inúmeras gerações, tenho certeza.
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Denise Ximenes 06/11/2020

Perfeito!
Uma obra que retrata a amizade entre três colegas em um colégio de freiras. Se a princípio, me pareceu uma narrativa despretensiosa, ela se torna autobiográfica no melhor estilo, no entanto.

Partindo de fatos corriqueiros e de histórias comuns, Rachel de Queiroz nos leva a uma seara mais profunda: reflexões sobre a importância da independência da mulher, sobre a influência da religião na nossa formação e sobre a (in)constância nos relacionamentos familiares/amorosos.

Com sutileza, a autora expõe seu ateísmo e sua dificuldade de aceitar as relações humanas como, convencionalmente, lhes são apresentadas.

A quinta estrela vai para o trabalho maravilhoso com a linguagem! O tom quase poético e as digressões me encantaram.

Raquel de Queiroz é, de fato, uma imortal.
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Maira Giosa 05/09/2021

Nunca antes tinha lido um livro de Rachel de Queiróz e fiquei muito feliz de ter começado com este As Três Marias. Embora não seja o livro de maior sucesso da autora, sua escrita é de uma leveza e simplicidade brutais. Mas não é por ser simples que deixa de ser extremamente cativante e bonita. É, aliás, justamente por ser tão direta e sem rodeios que o enredo seja tão eficaz. Muito mais difícil do que escrever complicado é escrever de maneira simples e suscinta. Tanto é assim que essa característica foi elogiada por ninguém menos do que Mario de Andrade, que assina uma crítica do livro nesta bela edição da Tag.

Como já dizem os bons escritores, "menos é mais" e aqui é muito mais. Rachel nos transporta ao internato, à vida pacata no interior do Ceará, e à agitação da cidade grande (Rio de Janeiro). E vai além, nos transporta ao corpo e ao coração de uma jovem das décadas de 30 e 40. Pude imaginar minha avó e minha mãe, que moraram em Minas Gerais durante bom tempo.

Simples e bonito, sim. Quem dera eu ser capaz de passar tantos sentimentos e ideias com tão poucas palavras. Um talento, de fato.

site: https://www.instagram.com/livrosdamaira/
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Let 11/06/2020

Intimidade
Meu primeiro livro de Rachel. Queria ler fazia já muito tempo. Esse romance é um que dói de saudade, de desejo, de solidão, de tudo. Rachel descreve a intimidade de Guta tão perfeitamente que parecia às vezes que eu e Guta éramos uma (e talvez sejamos, também). Se fosse descrever este livro em uma só palavra, seria íntimo. É extremamente íntimo.
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Yuririn 12/06/2022

achei a história legal, a construção/desenvolvimento da protagonista através das coisas pelas quais ela passa é interessante de ver, apesar de não ter gostado muito dela sempre ter insatisfações, no estilo fiz aquilo, mas na vdd sinto isso, e pela forma como, as vezes, ela põe a culpa das coisas nos outros ao invés dela tbm fazer algo. Embora entenda que isso compõe sua personalidade, ainda assim não gosto muito de ler esse tipo de personagem, pq no geral elas tendem a me irritar um pouco hahaha. Este é o segundo livro que leio da Raquel de Queiroz, ainda gosto mais de "Dôra, Doralina", principalmente por causa da protagonista e achei a história com mais conteúdo, porém o "as três Marias" não deixou de ser bacana de ler, pois a escrita é boa, clara e traça bem as marcas de cada personagem.
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Robson 09/09/2020

De uma beleza sem igual

Rachel é conhecidíssima por seu romance, 'O Quinze', publicado em 1930, quando tinha apenas 19 de anos de idade. Desde então, a escritora nordestina se tornou um importante nome na nossa literatura. Ao ler 'As três Marias' não há como negar o grandioso talento de Rachel. Escrito de forma quase autobiográfica, acompanhamos através dos escritos de Maria Augusta, quase como um diário, sua vida desde a entrada no colégio interno de freiras, até o início de sua vida adulta, quando vemos se acentuarem as suas reflexões sobre a vida.

No colégio de freiras, Guta conhece quem viriam a ser as ''duas outras Marias'', Maria José e Maria da Glória, que tal como a constelação de Órion, se tornariam, a partir daí, inseparáveis. É interessante ver como, ao longo do romance, Rachel traça o destino de cada uma das personagens a partir dos desdobramentos iniciais de suas vidas e, principalmente, de Maria Augusta.

Esta, como certamente todas as outras obras de Rachel, tem uma importância significativa na nossa literatura, ainda mais quando pensamos nas protagonistas femininas e na própria história de vida de Rachel.
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LER ETERNO PRAZER 29/03/2022

"As três Marias" é o segundo livro que leio de Rachel de Queiroz e pela segunda vez, uma leitura maravilhosa! Esse é seu quarto romance e aqui ela se aprofunda bastante em um tema bastante presente em sua obra que é o papel da mulher na sociedade.
O livro se inicia nos pátios e salas de aula de um colégio interno dirigido por freiras. Vamos acompanhar Maria Augusta, María da Glória e Maria José partindo da pré adolescência das três. As três seguem suas vidas dentro do internato, cada uma com personalidades diferentes, com passar dos anos transformam-se em mulheres adultas com suas particularidades. Maria da Glória se transforma em uma dedicada mãe de família, Maria José se entrega completamente a religião. Já Maria Augusta, não se sente capaz de acompanhar os passos de nenhuma de suas velhas amigas. Apesar de sua formação conservadora e rígida, ela sempre desejou ir muito além dos portões e muros daquele internato. Sua personalidade a levava a buscar novos horizontes, novos sentimentos, assim, ao finalizar o colégio corre em busca de sua liberdade, sua independência. Busca um lugar seu, seguir seu próprio caminho.
Mesmo com título de "As três Marias, basicamente vamos acompanhar em sua maior parte a vida de Maria Augusta e vamos acompanhar tudo pelos olhos da própria, temos uma narração em primeira pessoa, na voz de Maria Augusta.
Rachel de Queiroz construiu a personagem de uma forma muito real e ao mesmo tempo muito delicada. Não é o tipo de livro no qual a narração em primeira pessoa serve para ver o personagem obcecado consigo mesmo e com seus pensamentos esquizofrênicos. Guta é extraordinariamente sincera consigo mesma e é capaz de enxergar as situações alheias com um certo distanciamento, de narrá-los sem que haja aquela ideia da possibilidade de distorção.
Podemos notar, em uma leitura mais atenta,que a autora quis nos proporcionar detalhes íntimos de sua vida através desse livro, e até mesmo honrar e homenagear suas amigas devotas, que permanecerem junto a si até que a morte as separasse. Outro fator que te enlaça ao livro é a presença de uma linguagem simples, mas não menos bonita, e até mesmo poética, além de capítulos curtos, com finais que te deixam com aquela horrível pulga atrás da orelha para saber qual o próximo passo dado pelas protagonistas. Uma forma bem interessante de levar o enredo, com isso a leitura não se torna enfadonha, mesmo sendo um livro onde a ação não é um ponto primordial, aqui nos vamos navegar por pensamentos e palavras. Diria meio psicológica.
Bom, para finalizar, diria a todos os leitores (as) que "As três Marias é uma obra imprescindível para qualquer leitor!
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Felps / @felpssevero 31/08/2018

Romance de formação surpreendente
As três Marias, romance de formação com uma forte pegada autobiográfica de Raquel de Queiroz, foi uma das leituras mais surpreendentes deste ano. Por saber que se tratava de um livro da década de 30 que contava a história de três amigas que se conhecem num internato, esperava uma leitura mais leve e ingênua (como o gostosinho Anarquistas graças a Deus, da Zélia Gatai), mas encontrei um livro que amadurece com suas personagens e que traz vários temas que até hoje ainda são tratados como tabus. O livro é fluido, rápido e cheio de momentos bonitos e melancólicos.

Raquel Queiroz foi a primeira mulher a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras, apenas em 1977, e foi uma coincidência interessante concluir a leitura desse livro no mesmo dia em que Conceição Evaristo (que poderia ser a primeira mulher negra a ser imortalizada) perdeu a disputa pela cadeira para o cineasta Cacá Diegues, apesar do forte apoio popular que recebeu. A falta de pluralidade na ABL (40 cadeiras, em que somente 7 são ocupadas por mulheres e 1 por um homem negro) diz muito sobre nossas elites culturais. Ou talvez eu esteja dando importância demais a esses senhores e seus rituais.

@felpssevero

site: instagram.com/felpssevero
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Biblioteca Álvaro Guerra 06/07/2022

O romance é narrado por Maria Augusta (Guta), uma das protagonistas da história e começa quando esta vai para um internato em Fortaleza no Ceará aos 27 anos, lá ela conhece Maria José e Maria da Glória, e se inicia uma amizade profunda entre as três. Ficaram conhecidas como As Três Marias porque uma freira que assim as chamou, por conta dos seus nomes: Maria Augusta, Maria José e Maria da Glória e por viverem sempre juntinhas, como a constelação de Órion. Juntas, ajudavam as outras amigas a solucionar seus problemas. O tempo passa e o estudo no internato acaba, agora já adultas cada uma segue um rumo, mas a amizade prevalece.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788503013239
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