O menino na ponte

O menino na ponte M. R. Carey




Resenhas - O menino da ponte


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Luiza Helena (@balaiodebabados) 21/10/2020

Originalmente postada em https://www.balaiodebabados.com.br/
Um fundo chamado Cordyceps foi o fim de praticamente toda a civilização humana. As pessoas infectadas por ele são chamadas de Famintos e, bem... o próprio nome já diz. Em meio a devastação, temos um grupo diverso de pessoas a bordo de um laboratório-tanque ambulante chamando Rosalinde Franklin, uma das poucas esperanças de encontrar uma cura para esse fungo.

No meio disso tudo temos Stephen Graves, um jovem prodígio de apenas 15 anos e que foi responsável pela criação de um produto que repele os famintos. A presença do jovem divide opiniões dentro do grupo, mas logo eles vão descobrir Stephen pode vir a ser uma grande vantagem ou prejuízo para a equipe.

O Menino na Ponte se passa no mesmo universo do livro A Menina que Tinha Dons. Eu não li o livro anterior e nem assisti sua adaptação (sim, existe uma mas foi flopada a coitada), e por isso me senti bastante perdida no início da história. Demorei a me conectar com a história justamente por sentir que faltava informações importantes como, por exemplo, a questão do mundo e como se tornou daquele jeito, a origem do fundo entre outras.

No entanto essas informações vão aparecendo ao longo do desenvolver do livro, e aí que a história começou a fluir melhor. Outro ponto de destaque é o fato que, apesar do título aparentar Stephen ser o foco, cada um ali na equipe de Rosie tem sua importância. A narração feita em terceira pessoa e alternando de personagem dá uma ampla visão do que está acontecendo dentro e fora do laboratório-tanque.

A ambientação da história não deixa a desejar. Apesar da sensação inicial de estar perdida, consegui visualizar bem a questão do mundo pós-apocalíptico dominado por mortos-vivos. Você consegue sentir toda a tensão e medo quando os personagens estão em campos, atrás de material para estudar e tentar chegar a uma cura. Também consegue sentir a tensão dentro do próprio tanque, com espaço limitado e um grupo que já está "aprisionado" ali por quase um ano. Nesse quesito das relações internas entre os participantes da expedição não deixou a desejar.

O livro tem um ritmo um pouco lento, principalmente no início. Os termos e explicações científicas podem ser um ponto negativo para algumas pessoas. Eu mesma fiquei meio perdida em alguns momentos. Um pouco depois da metade do livro se iniciam tanto conflitos internos quanto externos, o que faz com que a leitura seja bem mais fluída. Destaco aqui o final e seu epílogo, já que foram situação que muito me surpreenderam e achei que casou bastante com o que foi apresentado ao longo do livro.

No fim das contas, O Menino na Ponte possui uma premissa interessante, porém a leitura será mais agradável e aproveitada caso tenha lido anteriormente A Menina Que Tinha Dons.

site: https://www.balaiodebabados.com.br/2020/10/resenha-596-o-menino-na-ponte.html
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Maisa @porqueleio 12/12/2020

Para quem gosta de ficção científica, apocalipses zumbis, biologia e, por que não, para quem gosta de finais sobre esperança!
Nessa ficção apocalíptica, um fungo foi o responsável pela quase eliminação da civilização humana. As pessoas que são infectadas pelo Cordyceps perdem o controle do sistema nervoso, e consequentemente perdem o controle total de suas ações - é quando são chamadas de famintos, pois sua única atividade passa ser transmitir as estruturas reprodutivas para outros seres humanos através de fluidos corporais – bem zumbis...

Alguns sobreviventes criaram um refúgio no interior da Inglaterra, onde pesquisadores tentam encontrar uma vacina para a doença. E, para poder pesquisar em campo, constroem um blindado gigantesco – o Rosalind Franklin, equipado com um laboratório, tripulado por pesquisadores e soldados que terão em mãos o futuro da humanidade.

Um dos pesquisadores é Stephen Graves, um jovem prodígio de apenas 15 anos e que foi responsável pela criação de um produto que encobre o cheiro das pessoas, e é esse cheiro que atrai os famintos. Mas a tripulação não está confortável com o jovem, que parece estar no espectro autista.

Vamos acompanhar os desdobramentos da viagem do blindado, imersos no que está acontecendo porque a situação é bastante humana e atual – um microrganismo sendo o responsável pela possível queda da civilização...

Claro que um tema recorrente em estórias de zumbis é a perda da humanidade, e em como ela vai se desintegrando ao mesmo tempo que a própria civilização. Percebemos como isso acontece mesmo dentro do Rosalind, como as relações humanas se deterioram, e que depois é transposto para o próprio refúgio de Beacon.

Recomendo para quem gosta de ficção científica, de estórias de apocalipses zumbis, de biologia e, por que não, para quem gosta de finais sobre esperança!

Resenha completa em http://www.coisasdemineira.com/o-menino-na-ponte-m-r-carey-resenha/

site: https://www.instagram.com/p/CH07-gYD3aG/
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Rê Lima 30/08/2020

Gostei tanto quanto do primeiro, mas queria um algo a mais, sabe?
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Gramatura Alta 07/09/2020

http://gramaturaalta.com.br/2020/08/28/o-menino-na-ponte/
O livro O MENINO NA PONTE é uma ficção-científica que se passa no mesmo ambiente de A MENINA QUE TINHA DONS. É uma história sobre cientistas e militares que iniciam uma jornada a bordo do Rosalind Franklin em busca da cura para um fungo, o Ophiocordyceps unilateralis, que se difundiu pelo mundo, criando um novo modo de vida, em que os não infectados tentam de todo modo se proteger para não acabarem como zumbis.


Uma característica muito interessante é que o autor tenta sempre trazer os aspéctos científicos com uma lógica que realmente parece bem “possível” de acontecer. As justificativas sobre como o fungo se comporta, os efeitos que causa no corpo, as medidas que conseguiram para ter um mínimo de controle, todos são cientificamente, na medida do possível, coerentes. A tripulação do Rosalind Franklin é dividida basicamente em dois grupos, mas que sempre atuam em conjunto: os cientistas e a parte de defesa e controle. Eles possuem dois comandantes, um civil e outro militar, que nem sempre estão em acordo sobre as decisões tomadas. Além deles, há Stephen Greaves, um jovem que foi resgatado pela epidemiologista Samrina Khan em um ataque e, desde então, também faz parte da tripulação.

É complicado definir Greaves como o único personagem principal, primeiro porque é uma história com uma quantidade limitada de personagens além da tripulação. O segundo motivo é que os capítulos, sempre narrados em terceira pessoa, variam o foco a depender do momento, permitindo que se costure a história de uma forma mais compreensível. Ainda assim, Greaves se mostra como uma das maiores promessas na busca pela cura para o fungo, primeiro por ter desenvolvido um gel bloqueador que permite uma espécie de camuflagem, e segundo por sua percepção “fora da caixa” sobre o problema.

A questão é que o resto da tripulação não enxerga esse potencial em Greaves. Na realidade, acabam tomando-o até mesmo como atraso. Isso complica, não só em suas pesquisas, mas em como contar para os outros sobre seus avanços, já que são realizados de forma extraoficial. Essas situações nos fazem ter aquela ansiedade em chegar nos trechos que ele é o foco, porque são os trechos em que as descobertas realmente acontecem, mas também nos deixam com certa angustia para saber como ele enfrentará o problema.

Acredito que quem ler O MENINO NA PONTE no momento atual, ou até mesmo depois de 2020, correlacionará a história do livro com a pandemia que estamos passando. Isso pode ser bom ou ruim, a depender do leitor, pois para alguns pode ser um momento de reflexão (mais abstrata) sobre o que temos vivenciado. Por outro lado, também pode ser motivo de ansiedade para algumas pessoas, então é muito importante avaliar se você está em busca de distração da realidade ou de tentativa de compreensão sobre ela.

Eu demorei um pouco mais para ler O MENINO NA PONTE, devido a um ou outro detalhe mais científico, que me tomava alguns instantes para reflexão, mas no geral a história é bastante instigante. Os capítulos não são curtinhos, mas também não são muito extensos, e o famoso “só mais um capítulo” me acompanhou durante toda a leitura. Os livros de ficção científica não são minha primeira escolha, mas confesso que me apaixonei por esse.

Resenha escrita pela Ana Lu para o blog.
http://gramaturaalta.com.br/2020/08/28/o-menino-na-ponte/

site: http://gramaturaalta.com.br/2020/08/28/o-menino-na-ponte/
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Amanda @litera.pura 19/09/2020

Mais resenhas em @litera.pura
O menino na ponte - M. R. Carey
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O mundo não é mais o mesmo desde que as pessoas começaram a ser infectadas pelo Cordyceps. Em uma onda de mortes, destruição e pânico, a humanidade foi quase extinta e a sociedade entrou em colapso. Os sobreviventes precisam se virar em um ambiente devastado onde os recursos são limitados e a preocupação é constante, afinal, os Famintos podem aparecer a qualquer momento.
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A bordo de Rosalind Franklin, um tanque blindado que agora faz as vezes de laboratório e abrigo, um grupo de cientistas e militares sai em uma missão em busca da cura. Outros já tentaram e fracassaram, mas ainda há esperança. Dentro de Rosalind, entretanto, o clima não é muito amigável. Entre segredos, conspirações e objetivos muito diferentes, existe uma tensão no ar que pode ser tão perigosa quanto os zumbis que espreitam do lado de fora.
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Preciso começar dizendo que foi uma surpresa enorme descobrir que essa era uma história sobre mortos-vivos, um tema que me agrada muito. No entanto, a grande questão do livro são as relações humanas e todos os problemas que surgem a partir daí. Dentro daquele espaço pequeno, os personagens tentam passar por cima de suas diferenças em nome do grande objetivo, que é a salvação da raça humana, mas nem todos conseguem. No meio de muitas intrigas e batalhas de ego, aquele mundo apocalíptico e perigoso é o plano de fundo que torna as coisas ainda piores.
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Stephen Greaves é o nosso personagem mais controverso, um garoto de 15 anos extremamente inteligente, mas que desperta sentimentos variados entre os tripulantes: alguns acreditam em seu potencial e querem protegê-lo, outros acham que ele é apenas um esquisitão e desejam que ele seja logo devorado pelos Famintos.
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Muita coisa acontece a bordo de Rosalind Franklin, MUITA MESMO! Logo nas primeiras páginas eu já estava chocada em cristo. Temos personagens para amar e odiar, personagens que nos surpreendem com suas decisões (ruins) e muitos momentos de aflição e tristeza. Como uma pessoa que já leu/assistiu muita coisa com esse tema, a originalidade da história me surpreendeu. Eu achei o final BEM DOIDO, diferente de tudo que eu imaginava e bem emocionante. Gostei muito!

site: https://www.instagram.com/litera.pura/
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Bruna 20/03/2023

"todas as viagens são a mesma viagem, quer saiba disso ou não, quer esteja em movimento ou não. As coisas que parecem fins são apenas paradas no caminho."
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@biaentreleituras 25/08/2020

O Menino na Ponte possui uma premissa completamente interessante, assim que comecei a leitura eu me vi envolvida com a trama e intrigada pelo que iria acontecer. O que eu mais gostei nesse livro foi o fato de o autor ter inserido uma história para o começo do vírus e colocar um personagem que o explora cientificamente, mostrando como ele age no cérebro humano e levantando hipóteses para uma possível cura.

*Resenha completa no blog

site: http://vocedebemcomaleitura.blogspot.com.br/
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Coisas de Mineira 30/10/2020

O Menino na Ponte se passa no mesmo mundo de A menina que tinha dons, do autor M. R. Carey, um dos roteiristas de X-Men e Hellblazer, publicado no Brasil pela editora Rocco, através do selo Fábrica231.

Nessa história, um fungo foi o condutor pela quase eliminação da civilização humana – o Cordyceps. Bem legal que esse fungo realmente existe, e é o responsável por tornar algumas espécies de formigas verdadeiros zumbis ao liberar substâncias que, depois de um tempo, alteram o sistema nervoso delas, controlando suas ações. Carey imaginou esses fungos infectando os seres humanos!

“Na metade das vezes, eles não parecem perceber que estão mortos”

As pessoas que são infectadas pelo fungo perdem o controle do sistema nervoso, e consequentemente perdem o controle total de suas ações – é quando são chamadas de famintos, pois sua única atividade passa ser transmitir as estruturas reprodutivas para outros seres humanos através de fluidos corporais – bem zumbis…

Um grupo de sobreviventes montou um refúgio – em Beacon, Inglaterra, onde pesquisadores tentam encontrar uma vacina para a doença. E, para poder pesquisar em campo, constroem um blindado gigantesco – o Rosalind Franklin, equipado com um laboratório, com um grupo de pesquisadores e um de soldados que terão em mãos o futuro da humanidade.

Um dos pesquisadores é Stephen Graves, um jovem prodígio de apenas 15 anos e que foi responsável pela criação de um produto que repele os famintos. Mesmo tendo sucesso na criação do repelente, a equipe não está confortável com o menino, que parece estar no espectro autista – ao menos, foi assim que o percebi, já que isso não é discutido no enredo. Stephen mantem um laço afetivo com a epidemiologista Samrina Khan, que o resgatou em um ataque, no qual seus pais se jogaram sobre ele enquanto eram devorados por famintos – o que também poderia explicar o afastamento que Stephen tem de todos.

“O jeito como Greaves age, as coisas que faz… são extraordinários. Mas isso apenas é outro jeito de dizer que ele tem seus próprios mecanismos para lidar com as coisas. Não é prova de nada (de que ele é um gênio).”

Mas o restante da tripulação não enxerga o potencial no pesquisador, e acabam vendo-o mais como um estorvo, de tal forma que ele só consegue utilizar o laboratório do Rosalind quando nenhum outro pesquisador está trabalhando. Além disso, uma tripulação dividida em civil e militar, com seus respectivos comandantes, vivendo em um espaço confinado e à mercê das condições ambientais, acabam por entrar em choque, e o futuro da humanidade pode custar mais do que eles esperavam.

Eu havia iniciado a leitura de A menina que tinha dons anteriormente, e acho que, mesmo que os dois livros tenham personagens distintos, acredito ser melhor começar pelo primeiro. E, como sou bióloga, achei deliciosas todas as descrições tanto do fungo quanto da forma de infecção. Mas, não se preocupe, o autor traz as explicações científicas de uma forma bem simples, mas que pode deixar a leitura um pouco devagar.

O menino na ponte pode parecer apenas uma história diferente de zumbis, mas acaba sendo muito mais que um livro de ficção cientifica. Conhecemos bem a fundo a maioria dos tripulantes, mesmo que o foco seja no Stephen. Dentro do Rosalind, as interações entre eles tratam de amor, amizade, lealdade, ambição, subserviência, dever… É aquela leitura em que vamos ficando muito conectados ao que está acontecendo porque a situação é bastante humana e atual – um microrganismo sendo o responsável pela possível queda da civilização…


“O objetivo da história, sua própria essência como campo de estudo, é encontrar correspondências. Você olha para o passado para poder entendê-lo e, por meio disso, chegar a uma compreensão melhor de seu próprio tempo.”

Claro que um tema recorrente em histórias de zumbis é a perda da humanidade, e em como ela vai se desintegrando ao mesmo tempo que a própria civilização. Percebemos como isso acontece mesmo dentro do Rosalind, como as relações humanas se deterioram, e que depois é transposto para o próprio refúgio de Beacon. Mas, além da capacidade do personagem em buscar soluções, temos a presença da Doutora Khan, que é incansável na defesa do garoto, e coloca nele toda sua fé.

Eu gostei muito da escrita de O menino na ponte, e do teor, porque é sobre esperança, também. E achei interessante a reflexão sobre a ponte: dizem que

“A ponte mais difícil de cruzar é aquela que separa as palavras das atitudes.”


Sendo assim, a obra, já no final, a difícil decisão que coube ao protagonista, e como ele fez uma escolha que não foi fácil, já que significou abrir mão de coisas importantes em prol de um bem maior. Ainda, depois do final, temos uma passagem de 20 anos, quando a personagem do primeiro livro faz uma aparição… achei poético!

Recomendo para quem gosta de ficção científica, de estórias de apocalipses zumbis, de biologia e, por que não, para quem gosta de finais sobre esperança!

Por: Maísa Carvalho
Site: www.coisasdemineira.com/o-menino-na-ponte-m-r-carey-resenha/
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Rod 08/09/2020

Mais do mesmo
Tem livros que o título é autoexplicativo, mas há aqueles que utilizam a sutiliza poética para agregar mais valor na obra. O Menino na Ponte parece fazer uso da segunda opção, porém é tão sutil que fica difícil entender a conexão do título com a narrativa. Mas o leitor consegue criar uma se estiver disposto.

A escolha por um mundo apocalíptico, ainda mais sendo a causa zumbi, já apresenta um leve cansaço ao iniciar a leitura, pois é um assunto tão comentado e já visto na mídia que é impossível alguém ter predisposição empolgada para isso. Só quem gosta muito de zumbi.

Histórias de zumbi sempre apontam para o mesmo alvo: o homem. E deve. Realmente é o alvo de todo livro, e as temáticas nesse universo maximizam essa tática. Contudo isso traz a mesma discussão em todas as obras do gênero: a perda da humanidade, como ela vai se desintegrando junto com o mundo criado por ela.

Continue lendo a resenha no site Cabana do Leitor

site: https://cabanadoleitor.com.br/o-menino-na-ponte/
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Monique Nóbrega 25/10/2020

O Menino na Ponte (M. R. Carey)
"Tudo é uma lição. Esta é sobre não julgar pelas aparências. (...) Todo mundo é especial, certo?" p.189
Um fungo chamado Codyceps tomou conta do sistema nervoso dos seres humanos e transformou-os em zumbis cuja única vontade é se alimentar e infectar outros indivíduos. A grande maioria das pessoas sucumbiu a ele e as restantes se escondem em pequenas cidades-refúgio. O governo dessas cidades está dividido entre civis e militares num tênue equilíbrio.
Os cientistas sobreviventes estão trabalhando há mais de uma década em busca de uma cura. Expedições são enviadas na tentativa de encontrar alguma solução para o problema. Desta vez, um tanque bem grande e adaptado carrega 12 pessoas (6 cientistas e 6 militares) que levam consigo a esperança da cidade de Beacon. Dentre os cientistas, estão a doutora Khan e seu protegido de 15 anos e autista Stephen.
A grande maioria da narrativa é feita por ela. Conhecemos a história das personagens mais relevantes através da visão dela. No entanto, estes têm sua própria voz também.
Khan tem seus próprios problemas, mas tem que se preocupar e defender a presença de Stephen na expedição e faz isso de forma bem maternal.
A expedição segue aparentemente tranquila. No entanto, o confinamento que segue por meses vai deixando os ânimos exaltados, abalando o equilíbrio de poder.
Stephen tem seu próprio jeito de trabalhar e, geralmente, é ignorado pela maioria da tripulação do Rosie, com uma mistura de ódio e desdém que ninguém faz questão de esconder. Suas descobertas são impressionantes. Apesar de não aparentar, está empenhado em achar uma cura e salvar a HUMANIDADE em todos os sentidos.
O livro tem um plot ótimo, personagens cativantes e ritmo bem construído. E, apesar dos tiros, lança-chamas e miolos escorrendo, não é raso.
Há pouquíssimos problemas de revisão e alguns de concordância. Recomendo para quem gosta de Sci-fi e distopias apocalípticas. Nota 5.
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Euflauzino 21/12/2020

A reconstrução do mundo

Desde a infecção maciça da humanidade pelo fungo Cordyceps, os sobreviventes que conseguiram se organizar buscam a cura. Aqui vale um corte para explicar o universo distópico pós-apocalíptico criado por M.R.Carey. A ideia tem início em seu livro anterior "A menina que tinha dons". Crianças são mantidas presas em uma base militar a fim de serem estudadas para uma possível cura dos males causados pelo fungo. Por que crianças? Porque algumas delas mesmo infectadas não agem como zumbis, usam a inteligência e podem ser um indicativo de que seu corpo carregue o antídoto para este mal.

Voltemos agora para O menino na ponte (Fábrica231, 384 páginas). O problema persiste e as cidades fantasmas vão se tornando comuns. Não há como caminhar livremente pelas ruas tomadas pela vegetação. O mundo se tornou selvagem e perigoso, cheio de famintos (zumbis infectados pelo fungo) e lixeiros (grupo de humanos saqueadores não infectados que seguem em comboios roubando tudo aquilo que possa lhes garantir a sobrevivência, nem que para isso tenham que matar).

“No entanto, as cidades grandes e pequenas mudaram de forma indescritível. Eram construídas para pessoas e, sem pessoas, não têm identidade nem propósito. Perderam a memória. Há vegetação por toda parte, suavizando os megálitos construídos pelo homem em formas novas e irreconhecíveis. Prédios comerciais se transformaram aos poucos em platôs, praças públicas se metamorfosearam em bosques ou lagos esvaziadas do passado que as definia, elas se entregaram sem protesto, deixando de ser assombradas por significados humanos.”

Partindo de uma fortificação militar em Beacon - Inglaterra, dois blindados saíram em expedição na busca de uma cura. Os laboratórios blindados Charles Darwin (Charlie), que está desaparecido, e Rosalind Franklin (Rosie). O espaço dentro de Rosie é limitado e leva duas equipes, uma científica liderada pelo Dr.Alan Fournier e sua escolta liderada pelo coronel Isaac Carlisle, um veterano que ainda não quer se curvar ao sistema, mas que fez escolhas duvidosas no passado. Ao todo 12 passageiros, num espaço reduzido. Na equipe civil há um garoto de 15 anos chamado Greaves, um pequeno geniozinho com espectro autista, que odeia ser tocado. Ele inventou um gel que bloqueia o cheiro possibilitando-os andar entre os famintos sem serem notados.

“Deve ser ao calor que os famintos respondem, não à luz. Greaves acha que o que está vendo é um efeito colateral do mecanismo que lhes permite caçar presas vivas à noite apenas pelo calor corporal. Eles estão seguindo o sol como se o achassem apetitoso.”

A maioria dos tripulantes não acredita que Greaves possa ser a chave que dará à humanidade uma possibilidade de cura. Aliás, alguns sentem antipatia a ele, menos a epidemiologista Samrina Khan, que o tem sob sua proteção e que praticamente obrigou sua presença.

Em uma de suas saídas do laboratório blindado para coleta de material para pesquisa, a equipe se depara com crianças, porém Greaves observa que uma das crianças parece ser diferente, os famintos não a atacam.

site: Leia mais em: http://www.lerparadivertir.com/2020/12/o-menino-da-ponte-m-r-carey.html
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Acquila.Freire 16/02/2021

Esse EPÍLOGO foi bom demais
Se você leu o primeiro livro "a menina que tinha dons", e então decidiu ler este, muita coisa começa a fazer sentido. Uma das coisas que eu mais gosto nestes livros são as informações técnicas, e o fato de todos os personagens narrarem, mostrando o modo de pensar e de agir de cada um. Sobre a leitura, deste livro, eu demorei um pouco para finalizar por motivos de ressaca literária mesmo, mas terminei e eu preciso ressaltar aqui o EPÍLOGO, foi foda demais ver o desenrolar dos personagens do primeiro livro junto com alguns deste segundo, e no que, no final das contas, a humanidade se transformou.
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Min 01/04/2022

Comecei ele sem expectativa nenhuma e acabei me surpreendendo. Uma leitura fluída com vários momentos de suspense de tirar o fôlego, no começo fiquei um pouco perdida pq não tinha lido o anterior mas logo entendi o ponto central da história, o final me surpreendeu bastante com certeza um livro q vale a leitura
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