Resenhas - Escola de Mulheres

13marcioricardo 05/02/2022

Triste é o homem que não sabe do seu valor.
Escola de Mulheres é um texto da dramaturgia francesa que nos fala sobre um homem que tem medo de ser superado por mulheres e que além disso receia ser c*rn*. Para evitar tais destinos ele compra uma menina a uma mulher sem condições de a sustentar e assim a prepara e a educa num mosteiro pra ser sua futura esposa. Mas suas intenções estão longe de ser as melhores e seu egoísmo e seus medos o levam a cercear a liberdade, o crescimento, a educação e o potencial da moça, mantendo-a ignorante. Ou, pelo menos, esforçando-se pra isso. Como homem fraco e covarde que é tem o destino que merece.

Bruna 30/04/2021

Me surpreendi com este livro. Curto mas com diversos temas da atualidade, bem como: relacionamento abusivo, submissão, etc. Gostei.

Renata 26/05/2021

Escola de mulheres
Uma leitura fácil e rápida.Fiquei indignada com o domínio masculino sobre as mulheres.Arnolfo fez de tudo para prendê-la,e seu plano deu errado.E o final é sensacional!Super recomendo esta leitura.

Ana 07/06/2021

Muito bom e crítico.
Apesar de conseguir ver e identificar elementos da comédia, não achei que se encaixa tanto no gênero quanto as outras que li do autor (Tartufo e O Doente Imaginário). Entretanto, isso não prejudicou a denúncia sobre costumes e personagens da época.

Kaio 26/09/2010

Escola de Mulheres (resenha) [ponte com o Barroco]
Por ser uma peça teatral, o livro é uma ótima referência. De acordo com o estilo barroco (facilmente visível em seu aspecto amoroso-platônico e carnal), o livro retrata as duas visões do homem daquela época. Uma delas é a inflexibilidade quanto à mulher e seus sentimentos e a outra seria a devoção de uma paixão arrebatadora.
Num aspecto geral, o personagem Arnolfo representa o homem clássico, centrado aos pensamentos carnais e que relaciona sua honra ao formato da testa (honestidade). Prefere uma "mulher ignorante do que uma burguesa da sociedade". Ao passo que Crisaldo é o amigo contrário a esses pensamentos. Inês remete à ideia da mulher angelical e do pecado. Mas é Horácio, um completo intruso que a faz verdadeiramente feliz.
O fim mostrou-se surpreendente, no meu ponto de vista. É uma leitura agradável para se devorar em dias tranquilos, com o acompanhamento de um bom abajur molhado a chá quente.

Divina Comedia Humana 02/01/2021

Questionário sobre ?A escola de Mulheres?.
1) O que você achou da obra? Apresente resumidamente as suas impressões.

2) Caracterize as seguintes personagens:

a) Arnolfo ou Senhor de Vendaval
b) Crisaldo
c) Os criados Alain e Georgete
d) Inês
e) Horácio

3) Para manter Inês na inocência, Arnolfo deixou-a aos cuidados de dois criados simplórios. Como esses ?aliados? contribuíram para o ?sucesso? de seu empreendimento?

4) Qual a função na trama do apelido pomposo que Arnolfo deu para si?

5) Há ambiguidade na seguinte fala de Inês: "Ele me tirou a fita que você me deu. Mas lhe digo a verdade: eu não pude evitar."? O que você entendeu?

6) Toda inteligência e experiência de Arnolfo não foram suficientes para impedir o desfecho das coisas; mesmo sendo ele informado de tudo por Inês e por Horácio. Analise a ironia disso.

7) Explore alguns elementos temáticos a partir de algumas expressões metafóricas do próprio texto:

a) Ciúmes e a dominação masculina (?A mulher é o mingau do homem?).

b) Casamento e manipulação psicológica (?É um pedaço de cera em minhas mãos: darei a ela a forma que eu quiser.?

c) Amor e esclarecimento (?Felizmente, o amor já começou a levantar o véu da ignorância?).

8) ?A sátira tem as suas reviravoltas, e nesse terreno inseguro não devemos jurar que isto nós fazemos e aquilo nunca.? Este é o alerta de partida de Crisaldo a Arnolfo. Esse alerta procede ao longo da trama?

9) "Para quem acha os chifres a suprema vergonha, não casar é a única maneira de estar bem seguro." Esta é uma "moral da história". Quais outras você encontrou? Qual lição foi mais significativa para você?

Camilla Tavares 01/04/2021

Escola de mulheres
Não faria a resenha se não fosse pelo desafio do skoob. Li a peça pra um trabalho escolar com uma amiga, gostei da experiência e da reviravolta do final.

cestmavie 26/04/2023

Quem ri o que quer é rido o que não quer
Essa peça satírica de Molière foi meu primeiro contato com o autor, deixando opiniões positivas. Super fluido, rápido e fácil de ler. Quando as coisas começam a desandar para Arnolfo, a trama fica cena após cena mais engraçada.

Uma crítica e denúncia de costumes da época, o autor cria uma obra atemporal, que mesmo no mundo contemporâneo se faz similar, afinal, sabemos que mesmo depois de 360 anos (a peça foi apresentada pela primeira vez em 1662) muito do pensamento descrito na trama se mantém. Avançamos, mas não findamos...

É uma excelente leitura pra quem quer algo rápido e interessante. Ah! E o final é muito bom!

Jenni_airiel 08/10/2021

"Escola de Mulheres"
Gostei bastante do livro, senti q era p ser um livro mais cômico mas na vdd só passei raiva com a visão daquele homem sobre como devia ser uma mulher. Gostei do plot do fim, já esperava algo daquele tipo mas o escritor amarrou bem todos os personagens. Apesar do livro ser uma crítica e ter sido escrito a muito tempo a opinião do Arnolfo infelizmente ainda é a de muitos por aí...

anacasagrande 14/08/2021

frases marcadas
"tão só aspirações dos gozos materiais, em vex de elevar-se as auras espirituais"

"tão pouco tem que ver com o que me encanta em voz; de vosso olhar o brilho, a música da voz, vossa graça e beleza, é tudo isto o tesouro; a que minha alma vota um fogo imordedouro, são os únicos bens que com fervor adora"

Amanda 11/06/2021

Jamais subestime a inteligência feminina
Em escola de mulheres Molière faz uma crítica à sociedade da época quanto ao tratamento dado às mulheres. A construção social era de que a mulher deveria ser criada para ser ignorante, burra e, assim poder ser subjugada por seus maridos que não temeriam ser por elas manipulados. Vejamos como o ideal de relacionamento abusivo, submissão da mulher e subestimação da mesma estão tão intrínsecos no imaginário popular que, até os dias de hoje, temos que lidar com esse mesmo dilema?

Na trama, Arnolfo, Sr. de Vendaval (uma pequena propriedade recém adquirida), é um personagem que está decidido a se casar, após haver julgado todos os seus amigos casados como tolos e chifrudos (traídos). A solução para Arnolfo é simples: caso com uma tola para não bancar o tolo. E, aduz: Mulher que escreve sabe mais do que é preciso! Pretendo que a minha seja bastante opaca para não saber nem mesmo o que é uma rima.

Assim, esta feliz que encontrou sua - futura - esposa, essa que ele mandou que crescesse: -?Num pequeno convento, afastado do mundo, fiz com que ela fosse educada sob regras estritas; ou seja, que só lhe ensinassem aquilo que pudesse torná-la o mais estúpida possível. Graças a Deus, meus esforços foram coroados de êxito; agora, crescida, eu a achei de tal modo inocente, que só tenho a agradecer aos céus por me darem exatamente a mulher que eu desejo.

Mas, veremos o tipo sair pela culatra e o maior dos temores de Vendaval ser realizado! Kkkkkkk

O autor é tão satírico em sua escrita que rende passagens hilárias! A escrita é fluida (em formato de peça) e muito divertida e a crítica por trás de tudo isso dá um sentido riquíssimo a obra! Não é à toa que é um clássico né, mores?

Helen 15/10/2018

LEITURA NECESSÁRIA!
Jean-Baptiste Poquelin, mais conhecido como Molière, é considerado um dos mestres da comédia satírica. Foi muito criticado por usar suas obras para criticar, de forma que mais ridiculariza, os costumes da época (por volta dos anos 40 a 70). Em Escola de Mulheres ele faz uma sátira crítica social ao domínio masculino sobre as mulheres e das façanhas femininas para driblar e até sobreviver a este poder e, dissimuladamente dar vazão as suas vontades e paixões. Molière traz a essa história o pensamento de que casamento e adultério são interdependentes em uma sociedade que mascara os jogos de poder através desse domínio que cria um ideal de mulher submissa e pouco informada. Quase como se a solução para os problemas do homem fossem o desconhecimento dos desejos femininos, quaisquer que sejam.

Acesse o link abaixo para ler a minha resenha completa.

site: http://resenhandosonhos.com/escola-de-mulheres-moliere/

_Fer 15/11/2020

Com fina ironia penetrou profundamente nos sentimentos da alma e expôs as imperfeições inerentes à natureza humana, a sociedade e seus valores. ( texto da contra capa)
Recomendo.

Léo 02/12/2020

Irônico, trágico e sarcástico, eis a minha primeira impressão de Molière.
O meu primeiro contato com o autor, a partir de "Escola de Mulheres", levou-me a querer conhecer mais sobre este dramaturgo.
O enredo gira em torno de uma personagem muito marcante, Arnolfo, um homem pertencente ao alto escalão social, muito rico, que pretende casar-se com uma jovem chamada Inês, cuja vida foi "tomada" por Arnolfo, que teme imensamente ser corno.
Fugindo de detalhes da história, Molière, descreve o machismo de um homem inseguro e extremamente frágil com muito requinte de humor.
Outro elemento que chama atenção é a participação do destino, já que o autor (novamente, sem entrar em detalhes) brinca constantemente com a relação do amor e do destino.

Uma leitura essencial, sem sombra de dúvidas!!

Beatriz.Linhales 02/04/2021

Comédia satírica e seus representantes
Molière era o cara. Uma história louca de vida talvez tenha sido a razão de tantas criações bizarras.
Eu amo Escola de Mulheres e esses dias li de novo e lembrei que nem tinha feito resenha sobre...
Acho que o ponto principal que faz com que seja um clássico, é a inversão de valores. No final das contas, todos os problemas apresentados na história se viram contra quem os cria... Arnolfo é um paranóico e é delicioso poder achar esse personagem ridículo com licença do autor.
Sinto que a construção de personagem de Molière, tão certeira, não bloqueia o lado criativo de fantasiar personalidades pra cada papel, mas sim expande nossos olhares pra essas criaturas tão cheias de meias verdades sobre o mundo.
Cada um com seu problema, e cada leitor/expectador com TODOS os problemas. Eu amo me ver completamente vulnerável e me identificar com personagens tão ridículos e inseguros.
Foi a minha primeira de Molière, mas Tartufo já está na minha lista... vamos ver o que mais esse francês ácido nos guarda ;)