O Baú de Nelson Rodrigues

O Baú de Nelson Rodrigues Nelson Rodrigues




Resenhas - o baú de nelson rodrigues


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Filino 27/03/2020

O pendor para a polêmica e para a tragédia - desde cedo
Ao lermos "O baú de Nelson Rodrigues", perguntamo-nos se houve uma sensível queda no nível geral de escrita desses profissionais (daqueles tempos até os dias de hoje) ou, então, se estamos diante de um gênio precoce. Talvez a resposta esteja um pouco em cada uma dessas possibilidades.

A obra é um apanhado de textos escritos por Nelson desde cedo - dos 15 até os vinte e poucos anos. Obviamente não está, ali, o texto escorreito e marcante que o caracterizará, por exemplo, nas "Confissões". Deve-se levar em conta, ainda, o estilo ainda impregnado de impessoalidade que caracteriza um texto jornalístico, mas aqui e ali é possível vislumbrar a veia polemista e os temas e tragédias que caracterizarão sua obra posterior. Sim, desde cedo Nelson já alimentava algumas discussões, como ao sustentar que Rui Barbosa não é um gênio (posto que lhe faltaria um livro, uma obra definitiva e original) e ao escrever sobre Zola e Euclides da Cunha  ("o único gênio do Brasil"). O interesse por tragédias regadas a traição, suicídio e conflitos familiares também já são visíveis.

É uma oportunidade maravilhosa para conhecermos, desde pouca idade, o gênio de Nelson Rodrigues. Indispensável.
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