duda medeiros 08/09/2020
Desde que testemunhou a morte do marido durante as Guerras Napoleônicas, Imogen, lady Barclay, se isolou em Hardford Hall, na Cornualha. O novo dono da propriedade ainda não apareceu para reivindicá-la, e ela torce desesperadamente para que ele nunca venha acabar com sua frágil paz.
Percival Hayes, o novo conde de Hardford, não tem nenhum interesse na região distante da Cornualha, tanto que, desde que recebeu o título, nunca quis conhecer o lugar. Mas em seu aniversário de 30 anos ele está tão entediado que decide impulsivamente fazer uma visita às suas terras.
Ao chegar lá, fica chocado ao descobrir que Hardford não é o monte de ruínas que imaginou. Fica perplexo também ao constatar que a viúva do filho de seu predecessor é a mulher mais linda que já viu!
Em pouco tempo, Imogen desperta em Percy uma paixão que ele jamais pensou ser capaz de sentir. Mas será que ele conseguirá resgatá-la da infelicidade
e convencê-la a voltar a vida ? (...)
no momento, é claro que eu, emotiva e entregue a escrita de Mary, como sou, me encontro coberta de lágrimas e tentando superar o final desse livro.
Imogen é uma personagem que vive a sombra das dores provocadas pela tortura e morte do marido, ocasionadas durante a guerra, e seus segredos são de uma natureza MUITO sombria.
Percy é um homem que sempre fugiu de responsabilidades, preferindo envolvimentos superficiais em toda as esferas de sua vida.
Achei esse livro incrível! Até o momento, li três da série, e esse me tocou muito. Houve um romance construído sem pressa e com muita sensibilidade, ambos personagens haviam construído uma barreira que os servia de empecilho para viver e amar com liberdade, e a relação dos dois, de forma alguma, foi capaz de fazê-los esquecer de todo sofrimento passado (principalmente o de Imogen) mas não permitiram que seus traumas fossem protagonistas de suas vidas. Percy me surpreendeu muito, tão corajoso! De início se mostrou raso e fútil, mas ao decorrer se entregou aos seus sentimentos por Imogen, que se manteve reclusa durante tanto tempo, suas barreiras sentimentais não a deixavam permitir-se luz, até que ambos desenvolveram-se para deixar algumas brechas nessa passagem.
Enfim, eu recomendo muito! É uma história bem arquitetada, bem escrita, e traduzida. Mary Balogh é muito detalhista (detalhista até dms, as vezes se tornava até cansativo pq eu me via ansiosa pra saber sobre o casal, e não sobre a aparência das coisas...) e deixa o leitor adentro de todo aspecto da vida dos personagens, que nos faz desenvolver uma empatia enorme para com eles, e em consequência, chorei, me animei, passei raiva e fiquei tão contente juntamente com Percy e Imogen.
Espero reler outra vez, mas, por hora, estou ansiosa para os próximos livros dos sobreviventes.
Ps: Esse é um dos últimos livros da série! O livro seis. Eu posso ter pulado pq me confundi com os números, mas não atrapalhou em nada :)