O avesso da pele

O avesso da pele Jeferson Tenório




Resenhas - O avesso da pele


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Any 29/07/2022

Favorito da vida
"No sul do país, um corpo negro é sempre um corpo em risco."

É um livro forte, mas é muito necessário e precisa ser lido por todos. Ele é bastante comovente, muito impactante e tem uma escrita impecável. Tudo que está dentro dele são coisas que acontecem TODOS OS DIAS e a maioria dos casos só não são noticiados mesmo. A história dele mexeu comigo de todas as formas possíveis, me prendeu do início ao fim, me deixou de coração partido. Vou planfletar esse livro até o fim de minha existência. Aliás, VÃO LER O AVESSO DA PELE!
Neila Porto 29/07/2022minha estante
Já incluir em quero ler, só por ler sua resenha.


Robson68 29/07/2022minha estante
Cruelmente necessário!


Any 29/07/2022minha estante
É bastante mesmo, Robson.


DANILÃO1505 29/07/2022minha estante
Parabéns, ótimo livro

Livro de Artista

Resenha de Artista!


Any 29/07/2022minha estante
Danilo, muito obrigada!


Matheus Oliveira 30/07/2022minha estante
Obrigado pela resenha viu! Já tinha ouvido falar bem desse livro, mas agora foi endossado! ???


Any 30/07/2022minha estante
Disponha! ?


Calie 30/07/2022minha estante
Tive a oportunidade de ter uma aula com ele sobre o livro!!! Foi incrível!!


Any 30/07/2022minha estante
Que legal! Queria muito ter tido essa experiência também.


Cleber 31/07/2022minha estante
Já coloquei na lista ?


Any 31/07/2022minha estante
Espero que você goste também ?


Sávio Guimarães 03/08/2022minha estante
Já está na minha lista pra ler.


Any 03/08/2022minha estante
?


Guilherme 06/08/2022minha estante
Livros que me fazem chorar >>>>>>>


Any 06/08/2022minha estante
Eu fiquei bem assim também. Super te entendo.?


Ludmila 23/09/2022minha estante
Inpecavelmente perfeito e cruelmente necessário como alguns comentários cita acima. Acabei de ler agora a pouco no ônibus... e que está do meu lado não está entendo nada a emoção que passa aqui dentro e que não estou conseguindo esconder


Simone 08/10/2022minha estante
Oi Any,

Vi que me seguiu e agradeço. Olhei sua resenha e estou com vontade de ler esse livro.
Vou até divulgar no meu insta.
Obrigada pela dica.



Mah 05/04/2023minha estante
Oi Any!! eu terminei de ler.. e estou sem palavras! Que livro, meu deus!! abriu demais a minha mente.. ainda mais depois da minha última leitura... que aliás esse tb estou recomendando para todos !! totalmente necessário!! "para meu amigo branco" do Manoel Soares. recomendo!!!


Anderson730 27/12/2023minha estante
Comecei a ler ontem ?


Any 27/12/2023minha estante
Espero que esteja gostando dele.?


Anderson730 27/12/2023minha estante
É muito bom


Ana Cris 31/03/2024minha estante
Um livro emocionante e que precisa ser lido!!


Rafael Pedrollo de Paes 25/04/2024minha estante
Às vezes você fazia um pensamento e morava nele"




Paulo.Ratz 13/10/2022

SOCORRO!
Eu tinha esquecido de colocar esse livro aqui! E ele foi apenas um dos meus livros favoritos da VIDAA!! Que sensacional! Eu nunca tinha tido acesso a uma narrativa que me abrisse tanto a cabeça sobre questões que eu realmente nunca vivenciei, mas que achava que já tivesse pensado tudo sobre! Que loucura! Esse livro merece todos os prêmios mesmo, que absurdo.
Karol.Andrade 16/10/2022minha estante
aaaaaaaaaaaaa vou ter q ler agora


Any 07/11/2022minha estante
Amo esseeee


Monik Natachy 12/11/2022minha estante
Se o Paulo diz que é bom, eu já adiciono na minha lista ?




umbookaholic 07/04/2021

uma das melhores leituras do ano.

essa foi mais uma leitura do Clubinho dos Inscríveis e eu não poderia estar mais feliz com esse livro. a história é sensível, profunda e trata de temas e traz discussões bastante delicadas. a escrita do Jeferson é incrível e mal posso esperar pra ler mais coisas dele.

não sei nem o que dizer, de verdade, pq esse livro me fez Pensar Pensamentos e tô meio aéreo até agora. incrível e EXTREMAMENTE recomendado.
profa_ana_paula 26/05/2022minha estante
Olá, o que é Clubinho dos Incríveis?




Bookster Pedro Pacifico 11/04/2022

O avesso da pele, de Jeferson Tenório
Começar o #DesafioBookster2022 com uma leitura tão impactante como essa é com certeza um sinal de quanto a literatura nacional contemporânea pode ser surpreendente!

Pedro, o protagonista da narrativa é um homem negro que vive em Porto Alegre. Por viver em um país racista e desigual, Pedro sofre diariamente com agressões motivadas unicamente pela sua cor de pele. Pedro vive em um sistema agressor, mas o que fica claro ao longo do livro é que as vítimas desse preconceito são infindáveis, inclusive os seus próprios antepassados. E é justamente com um deles que Pedro vai conversando ao longo da obra: Henrique, seu Pai, morto recentemente.

Escrito em segunda pessoa, o protagonista vai reconstruindo a sua memória e a daqueles que vieram antes dele. É difícil atravessar essa leitura sem sentir momentos de aperto pelo sofrimento cotidiano de tantos que sobrevivem a uma realidade que os considera inferiores. Esse livro deixa muito claro o poder que a literatura tem de nos ensinar sobre a realidade do outro, sobre o que nos é diferente. Não há como terminar “O avesso da pele” e ainda assim defender que a ficção é perda de tempo!

Ao mesmo tempo que desperta reflexões tão importantes sobre o racismo estrutural em nossa sociedade, o autor também consegue adentrar nos nós e embaraços que constituem a relação de pai e filho. São as memórias usadas como ferramenta de enfrentamento do luto, da perda.

A escrita de Jeferson Tenório é gostosa de ler, flui bem e a forma com que optou por fazer Pedro dirigir as palavras ao próprio pai com certeza deu um aspecto único para o livro. Para quem quiser saber mais, o autor participou de um episódio do @dariaumlivropodcast. É só correr no Spotify para conferir!

Nota 10/10

site: http://instagram.com/book.ster
Beto | @beto_anderson 11/04/2022minha estante
Maravilhoso!


Sylvia.Soares 12/05/2022minha estante
Um autor que consegue surpreender com uma narrativa sensível e ao mesmo tempo angustiante sobre a realidade. Que nos faz refletir sobre o racismo a partir da ótica de um homem negro de meia idade.
De fato é um livro maravilhoso e merece os prêmios que recebeu m


Aline Sulzbach 05/11/2022minha estante
Concluí agora a leitura. Como moradora de Porto Alegre me vi com os protagonistas percorrendo as ruas e espaços. Impactada pela leitura.




Rosangela Max 16/07/2022

Uma maneira primorosa de contar uma história dolorida.
O autor fez um trabalho incrível!
Ele conseguiu, em um livro com poucas páginas, retratar a vida dos personagens, expondo todos os conflitos (tanto os existenciais como os de vida em sociedade) de uma forma nua e crua. Aqui não tem espaço para deixar nada subentendido.
Mostra situações de medo, desespero, solidão, abandono, injustiça, violência, intolerância, abuso, desesperança? Enfim, tudo que exemplifica uma realidade dura e sofrida de muitas pessoas e como isso os machuca das mais variadas formas. Também me machucou ao ler.
É uma história espetacular que merece ser lida e reconhecida.
A crítica que tenho é em relação ao fato da escrita não apresentar uma ordem cronológica. Achei que Isso, as vezes, atrapalhou um pouco. Mas não é nada que desabone a experiência de leitura.
Livro super recomendado.
Souza.Barbosa 08/03/2024minha estante
Oie e realmente tem uma escrita vulgar




Ana Sá 10/02/2022

Racismo, casamento e sala de aula
[Se você tem preguiça de textão mas está interessada neste livro, leia pelo menos a "Observação"* que fecha a resenha, pois, na minha humilde opinião, ali tem uma sugestão "prática" que pode fazer muita diferença na sua experiência de leitura]

Há livros que nos calam. E "O avesso da pele" (2020), ganhador do Jabuti 2021, me calou. Foi daquelas leituras que paralisam, que nos fazem pensar que precisamos pensar sobre o que acabamos de ler. E já aceitei que seguirei assim por um bom tempo.

Em linhas gerais, acompanhamos um narrador que nos apresenta a infância, a adolescência e a vida adulta de seus pais negros em uma Porto Alegre marcada pela desigualdade social e racial (sim, temos um romance urbano contemporâneo com recorte racial, o que não é tão comum de se ver!). E assim vamos percebendo as nuances do racismo cotidiano, que começa antes mesmo da própria criança se perceber negra.

Cabe ressaltar que o foco narrativo está na figura do pai, o protagonista Henrique, professor de Português. Mas a própria constituição do filho-narrador é um elemento interessantíssimo e importante do livro. A partir do olhar que Pedro tem da trajetória do pai, somos colocados diante de muitas questões relativas à subjetividade e à identidade do homem negro que vive na região Sul-Sudeste do Brasil. Contudo, longe de optar por uma visão essencialista, Jeferson Tenório trata da negritude em sua pluralidade, razão pela qual o colorismo pode ser apontado como um dos elementos recordados pelo autor, o que aproxima ainda mais seu romance dos debates contemporâneos sobre identidade racial.

"O avesso da pele" explora muito, e muito bem, as graves implicações psicológicas do racismo diário, com destaque aos efeitos da violência racial praticada e perpetuada pelo próprio Estado, que faz das rotineiras abordagens policiais uma máquina de tortura e humilhação de jovens negros. Vendo sua identidade ser socialmente reduzida à sua cor, Henrique vai descobrindo o "ser negro" como um perverso limitador do "ser", daí a importância que a obra dá aos efeitos psicológicos e subjetivos da discriminação:

"Pessoas brancas nunca pensam que um menino negro e pobre possa ter outros problemas além da fome e das drogas [...] E essa é a perversidade do racismo. Porque ele simplesmente te impede de visitar seus próprios infernos".

Como é possível notar, sim, o livro trata sobretudo do preconceito racial, mas vale registrar também que a narrativa não deixa de ser profunda e rica em detalhes nos demais temas que decide explorar. E este é um aspecto que impressiona: a capacidade do autor de conjugar a complexidade de diferentes temas atuais sem deixar nenhum fio solto, oscilando entre abordagens locais e universais de diversos conflitos sociais e humanos. Nesse sentido, eu destacaria uma tríade temática: o racismo (já mencionado), o casamento e a sala de aula.

Na minha leitura, em "O avesso da pele" o retrato do casamento fracassado e da precariedade da sala de aula, ambos brilhantemente tecidos, surgem numa dança incessante de aproximação e de deslocamento da questão racial na medida em que parecem servir a muitos contextos. Fazendo aquilo que se espera de um bom escritor, Tenório confere certa universalidade ao que ocorre a suas personagens, pois, o casamento falido de Henrique e Martha pode ser o casamento de muita gente, assim como a sala de aula de Henrique é, infelizmente, a sala de aula de muitos educadores no Brasil. E isso eu realmente gostei no livro: há uma desromantização das duas situações, de forma muito natural e coerente. Mostra-se que, às vezes, o casamento é apenas um erro, que lecionar numa escola pública pode ser apenas um tormento, tudo sem cair num pessimismo gratuito, mas desenhando uma justa e autoral representação artística do "é o que é". A existência de um professor que "falava de Shakespeare e de Ogum com a mesma intensidade e beleza" mora ao lado da carteira na qual um aluno viciado enrola um baseado. Pois, no romance, as coisas são como são.

Não vou deixar de insistir que gostei demais da construção-destruição do relacionamento do casal protagonista, pois adoro textos que exploram bem o desamor ou a impossibilidade desse amor que todo mundo quer, mas que ninguém nunca viu. São de uma visceralidade poética tamanha diversas passagens que envolvem Henrique e Martha, esse casal de desequilibristas: "Vocês não eram equilibrados o suficiente. Vocês eram equilibristas. A corda bamba como terreno dos afetos".

Eu diria que Jeferson Tenório serve um banquete literário neste romance, ainda que um banquete indigesto. Por isso, ao terminar "O avesso da pele", me lembrei de Conceição Evaristo quando ela diz que já foi o tempo no qual os negros contavam histórias de ninar para os da Casa Grande. E assim, livros como o de Tenório vêm precisamente incomodar esse sono injusto.

* Observação: se você está interessada em ler este romance, fuja da resenha da Amazon, da resenha da Companhia das Letras, ou de qualquer resenha comercial/oficial. Como uma amiga bem destacou, eles colocam já nas primeiras linhas um spoiler que pode transformar significativamente a experiência de leitura. Sei disso porque fui ao livro sem ter lido essas resenhas, e, com certeza, eu teria ficado irritada (como a minha amiga ficou), caso esses textos tivessem me privado de ser surpreendida na reta final. Faço essa advertência porque, a meu ver, o trabalho estético do autor passa por uma descoberta lenta do acontecimento-chave. Considero até desrespeitosa a resenha comercial do livro, pois ela pode ofuscar os pormenores do rico tecido narrativo delicadamente costurado por Jeferson Tenório. Enfim, fujam dos textos de divulgação!
Isadora1232 10/02/2022minha estante
Ana, que resenha incrível!! Tô com muitas expectativas pra ler esse livro, vou fugir da resenha comercial. Obrigada pela dica!


Stella F.. 10/02/2022minha estante
???


Joao 10/02/2022minha estante
Ana, que resenha maravilhosa!! Não conhecia a obra mas agora quero muito ler.


JurúMontalvao 10/02/2022minha estante
??
Ótimas resenha e observação, Ana!


Kiki 10/02/2022minha estante
Vou ler esse ano e fugirei das resenhas comerciais. Obrigada pela dica


Kênia 10/02/2022minha estante
PERFEITA sua resenha. Desde que li estava muito ansiosa pela sua leitura ??


Kênia 10/02/2022minha estante
FUJAM PARA AS COLINAS E NÃO LEIAM NADINHA SOBRE O LIVRO ANTES!


Alê | @alexandrejjr 10/02/2022minha estante
Ana, banquete é essa tua resenha maravilhosa! Parabéns!


Cleber 11/02/2022minha estante
Adorei a resenha! Obrigado pelas dicas :)


Brenda.Podanosqui 12/02/2022minha estante
Excelente resenha ???


Daniel 17/04/2023minha estante
Eu queria mais resenhas como as suas aqui no skoob


DIRCE 02/02/2024minha estante
Terminei a leitura deste livro. Depois de ler sua resenha, estou em dúvida se tecerei algum comentário. Que resenha incrível! Só pode partir de uma escritora que entende da estética que um escritor pode lançar mão.




-Koraline 08/04/2023

É inacreditável que esse livro tenha menos de 200 páginas. Ele tem uma carga emocional e uma quantidade de conteúdo necessário que a sensação é que tem o dobro do tamanho. O Avesso da Pele é uma história importantíssima sobre racismo e ensino público, que deve ser lido por todas as pessoas. É fantástico os autores nacionais que estão surgindo e é uma honra poder prestigiar uma pessoa com tanto talento. Como professora, sei exatamento o desafio de tentar obter a atenção de alunos para um conteúdo do qual eles não se importam por viverem em realidades que colocam a educação em segundo plano, e a junção disso com o relato da vida de um professor negro foi feita de forma tão crua e poética que é impossível não se emocionar, ao mesmo tempo que o autor faz com que nós, leitores, sintamos raiva por tanta injustiça por parte da sociedade e dos policias. Só espero que mais livros necessários assim tenham tanto reconhecimento e sejam lidos por todos.
Carlos Bennoda 08/04/2023minha estante
Eu simplemente respiro esse livro desde o começo do ano




gabe 15/03/2024

É daquelas leituras que paralisam e nos fazem pensar. Pedro, o protagonista é um homem negro que vive em Porto Alegre, marcada pela desigualdade social e racial, ele sofre diariamente com agressões motivadas unicamente pela sua cor de pele. E assim vamos percebendo as nuances do racismo cotidiano, que começa antes mesmo da própria criança se perceber negra. Durante a narrativa, Pedro vai conversando com Henrique, seu pai, morto recentemente. A partir do olhar que Pedro tem da trajetória do pai, somos colocados diante de muitas questões relativas à subjetividade e à identidade do homem negro. Contudo, Jeferson Tenório trata da negritude em sua pluralidade, o que aproxima ainda mais seu romance dos debates contemporâneos sobre identidade racial. É difícil atravessar essa leitura sem sentir momentos de aperto pelo sofrimento cotidiano de tantos que sobrevivem a uma realidade que os considera inferiores.
O autor explora muito bem as graves implicações psicológicas do racismo diário, com destaque aos efeitos da violência racial praticada e perpetuada pelo próprio Estado, que faz das rotineiras abordagens policiais uma máquina de tortura e humilhação de jovens negros. Vendo sua identidade ser socialmente reduzida à sua cor, Henrique vai descobrindo o "ser negro" como um perverso limitador do "ser", daí a importância que a obra dá aos efeitos psicológicos e subjetivos da discriminação: "Pessoas brancas nunca pensam que um menino negro e pobre possa ter outros problemas além da fome e das drogas [...] E essa é a perversidade do racismo. Porque ele simplesmente te impede de visitar seus próprios infernos".
Além de falar sobre o preconceito racial, a narrativa não deixa de ser profunda e rica em detalhes nos outros temas que também explora. A capacidade do autor de conjugar a complexidade de diferentes temas atuais sem deixar nenhum fio solto, oscilando entre abordagens locais e universais de diversos conflitos sociais e humanos. O retrato do casamento fracassado e da precariedade da sala de aula, ambos brilhantemente tecidos, surgem numa dança incessante de aproximação e de deslocamento da questão racial na medida em que parecem servir a muitos contextos.
E isso eu realmente gostei no livro: há uma desromantização das duas situações, de forma muito natural e coerente. Mostra-se que, às vezes, o casamento é apenas um erro, que lecionar numa escola pública pode ser apenas um tormento, tudo sem cair num pessimismo gratuito, mas desenhando uma justa e autoral representação artística do "é o que é". A existência de um professor que "falava de Shakespeare e de Ogum com a mesma intensidade e beleza" mora ao lado da carteira na qual um aluno viciado enrola um baseado. Pois, no romance, as coisas são como são. E são as memórias e os percalços que constituem a relação de pai e filho que são usadas como ferramenta de enfrentamento do luto, da perda.
zxsaturno 16/03/2024minha estante
Esse livro é magnifico! Um dos meus favoritos.


lucaismaia 16/03/2024minha estante
Esse livro é maravilhoso, forte e potente. Me assusta o fato de uma escola e, principalmente, uma diretora (que esteve na votação da escolha dos livros paradidáticos a serem inclusos na escola) ter escolhido censurar um livro e impedí-lo de ser lido por estudantes, sendo que, em todo livro, há possibilidades e possibilidades de leitura, debate e construções de pensamentos, que incluem o crítico. Dito isso, leiam "o avesso da pele", é um livro pesado e doloroso tbm, mas real sobre nosso Brasil e sobre práticas como essas de violência cotidiana que calam e silenciam sujeitos. #emdefesadoslivros




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Ingrid_mayara 15/08/2022

Um livro sensível e brutal
Minha motivação para ler esse livro foi o fato de que o protagonista é um professor de língua portuguesa (eu também sou). Além disso, essa obra ganhou o Prêmio Jabuti 2021, na categoria Romance literário.

“O avesso da pele” é narrado por Pedro, que está em busca de resgatar o passado de sua família, e por meio de uma narrativa não linear, conta a história de Henrique, seu pai. A narrativa divide-se em quatro capítulos, evidenciando os vários aspectos que compõem a identidade negra do pai, diante de uma sociedade racista.

Embora o protagonista seja Henrique, Pedro também relata partes da vida de sua mãe, Martha, e assim o narrador demonstra também o racismo sofrido por mulheres negras.

Durante a narrativa, também acompanhamos o trabalho de Henrique como professor de língua portuguesa e literatura numa escola pública da periferia de Porto Alegre. Pedro nos conta o quanto seu pai se dedicava para chamar a atenção dos alunos, e assim ele se transformou numa máquina de “ei, já pedi silêncio”, sendo paciente para não espancar os estudantes que não querem saber nada de oração subordinada. Nesse ínterim, há uma crítica ao sistema educacional brasileiro, cuja narração me fez refletir sobre a minha profissão.


site: Se quiser me seguir no instagram: @ingrid.allebrandt
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Venus.cna 23/04/2024

Impactante
Esse livro foi uma das leituras mais impactantes que já fiz. No início você lê na segunda pessoa, então fica muito mais fácil se pôr no lugar do personagem. A história toma um rumo muito conhecido no contexto social em que vivemos e isso somado ao fato de ter sido uma obra que foi banida das escolas, já demonstra a magnitude dessa narrativa.
Aqui você entende o porquê da censura. E não é só pelo conteúdo sexual, mas sim porque toca num assunto que devia ser discutido dentro das salas de aula. O preconceito, a desigualdade, o racismo, a injustiça...
Tenório foi grandioso em trazer uma obra tão importante e poder ter acesso a ela é um privilégio, por esse motivo se torna uma leitura necessária.
Isabella1982 23/04/2024minha estante
Um livro maravilhoso! Quando nós olhamos a nossa volta, vemos um retrato fiél da sociedade.




Letícia 06/01/2023

?(...) um corpo negro será sempre um corpo em risco?
?O Avesso da Pele? é um livro de memórias. Pedro conta a história do pai, Henrique, morto a tiros em uma abordagem policial em Porto Alegre.

Henrique era professor, e o racismo esteve sempre em presente na sua vida. Desde a infância, quando já era abordado por viaturas policiais, passando pela juventude até a vida adulta, onde trabalhou como professor tentando chamar a atenção de seus alunos para a literatura.

Ao longo da história também conhecemos Martha, a mãe de Pedro, e entendemos seu casamento com Henrique e tudo o que deu e o que não deu certo em suas vidas. A raça também sempre esteve ali, cada um deles entendendo-a de formas diferentes.

Pedro vai construindo os fatos em uma narrativa forte e até rápida, alguns trechos eu lia até ficar sem fôlego.

E ainda há quem diga que o racismo é coisa da nossa cabeça. Como eu queria viver em um mundo onde não me odiassem pela cor da minha pele.

?Quero dizer também que o professor Henrique Nunes não morreu por mera circunstância da vida, morreu porque era alvo de uma política de Estado. Uma política que persegue e mata homens negros e mulheres negras há séculos.?
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Júlia.Henn 17/03/2024

É um absurdo quererem censurar este livro!
Mesmo sendo uma menina branca que nunca foi parada pela policia e que nunca recebeu olhares desconfiados, me emocionei com a história de Henrique e me deparei com outra perspectiva de como é morar num país racista como o Brasil, numa cidade racista como Porto Alegre (moro aqui também). Fazia anos que não chorava com um livro. Tudo que acontece com os peraonagens é tão absurdo que nem parece real, mas infelizmente é. O livro é rápido e me prendeu bastante. Autores como Jeferson são importantíssimos para entender a sociedade brasileira e o racismo nela presente. Simplesmente NECESSÁRIO!
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Pam 15/01/2022

Forte e inesquecível.
Decidi ler O Avesso da Pele porque vi que muita gente colocou nos favoritos de 2021, e nossa, entendi o motivo. Emocionante, real e impecável do início ao fim.

A gente acompanha um filho, o Pedro, narrando toda a vida de seus pais, desde a infância até os tempos atuais. O livro é narrado em segunda pessoa e eu adorei isso, gosto muito quando os autores fazem essas coisinhas fora do usual. Os personagens principais nasceram e viveram no Rio Grande do Sul (se não me engano, em Porto Alegre, pelo menos boa parte do livro se passa lá). Grande parte da literatura nacional QUE EU consumo se passa sempre no Sudeste ou Nordeste, foi interessante ver aqui uma perspectiva que eu não estou familiarizada e como é a vida desses personagens lá.

As histórias desses personagens são tão reais que se alguém me dissesse que isso é uma espécie de biografia eu acreditaria. Ver o crescimento dos pais do protagonista, como eles foram se formando e se relacionando é tão real que dói. O Pedro e seus pais são negros e o tempo todo o livro mostra como isso define a vida deles, principalmente pelo racismo. Desde criança a mãe sendo tratada diferente das outras meninas, o pai que sempre era enquadrado pela polícia, além de várias outras vivências. É aquele livro que a gente fica querendo mudar o final, mas não tem como, porque o Brasil (e o mundo) continua sendo racista. O Henrique, pai do Pedro, teve a jornada que eu mais gostei de acompanhar. A gente o vê "descobrindo" o racismo, aprendendo sobre sua negritude, como ele passa a querer lutar por um mundo e relações melhores, e como, por fim, ele vai vendo que nem tudo é simples ou fácil como gostaríamos. Além disso, os sentimentos de todos personagens são reais em todos os outros aspectos. O livro aborda várias outras questões delicadas, como vida sexual, relacionamentos inter-raciais, violência policial, maternidade, separação, vida profissional, etc. Acredito que todo mundo vai encontrar alguma dor pra se identificar aqui.

O Avesso da Pele é um livro curto, rápido, e profundo. Muito mais impactante que várias obras de 600 páginas. A leitura é fácil no sentido de que é simples e bem fluída, mas pode ser pesada por abordar temas bem delicados, porém que acredito que sejam úteis e importantes para todos nós refletirmos e aprendermos. Tenho certeza que esse livro vai se tornar um clássico, é inesquecível.
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oz. 05/10/2023

Seria uma leitura cinco estrelas se não tivesse sido um pouco confusa.

Vou destacar alguns pontos:

? O narrador é jovem, porém a linguagem em sua narrativa se alternava entre informal e um vocabulário mais rebuscado. Não é nem um ponto negativo, mas é um pouco confuso. Talvez tenha sido a intenção do autor, considerando o sentido do livro.

? A história não é sobre racismo, apesar de ser a realidade do narrador. Acho que já é involuntário ler o título "O avesso da pele" e pensar que se trata de um livro que aborta o racismo descascado, ainda mais quando se lê a sinopse. Mas a intenção do autor foi escrever sobre o avesso da vida das pessoas negras, as vivências pessoais e os problemas reais que elas enfrentam além do racismo. No mínimo, achei genial. Afinal, é necessário manter o avesso.

? Uma coisa mais confusa ainda foi que o final deu a entender que a pele do narrador era mais clara que a do pai e da mãe, mas em algumas partes o mesmo não denominava as pessoas como pretas de pele clara, ele fazia questão de falar pardo ou mestiço em sentido de deboche, como "ah o IBGE diz que tal pessoa é parda". Talvez tenha sido só uma impressão minha, mas fiquei um pouco incomodado.

Enfim, acho que me identifiquei de mais com a leitura, parece que o autor deu uma grande volta no meu bairro e decidiu escrever sobre um casal específico.

Recomendo.
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