O mapa do tempo

O mapa do tempo Félix J. Palma




Resenhas - O Mapa do Tempo


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Angélica 19/03/2012

O Mapa do Tempo
A possibilidade de viajar no tempo é um tema que, desde o seu surgimento, encantou a humanidade. Afinal, quem não gostaria de ter a chance de corrigir os erros do passador, ou de viajar ao futuro para descobrir o que afinal nos espera? Mas apesar de ser um tema ainda muito sonhado e discutido, o auge da popularidade das viagens temporais foi certamente o século XIX. Com a ciência gerando novas descobertas a cada dia, o homem passou a sonhar cada vez mais longe, até que os romances de ficção científica o levaram a imaginar o que estaria esperando pela humanidade no futuro distante. Um dos principais estopins para esta discussão foi o livro “A Máquina do Tempo”, do escritor inglês H.G. Wells.
“O Mapa do Tempo”, romance que agora irei comentar, é, além de um ótimo livro de ficção histórica e científica, uma brilhante e original homenagem aos sonhos que a viagem temporal suscitou na mente dos homens e mulheres do século XIX, e também ao homem responsável pela obra que desencadeou este “sonho coletivo” (e que, aqui, passa de figura histórica a personagem).
Infelizmente, não poderei comentar muito sobre o conteúdo da história, nada que vá além do que a sinopse oficial já revela. O motivo é simples: este é um romance criado para surpreender o leitor. E, pode ter certeza, ele cumpre esta função tão bem quanto nenhum outro. O autor nos engana várias vezes ao longo do livro, e de maneira tão engenhosa que é praticamente impossível desconfiar quando estamos caindo em uma de suas armadilhas.
O romance é dividido em três partes. Cada parte é como se fosse uma história isolada, ligada às outras duas somente pelo universo comum que as cerca e por algumas personagens recorrentes. O cenário é a Londres de 1896. Nesta época o culto à ciência atingia seu auge, e tudo parecia possível. Assim, não era de se estranhar que, depois do furor causado pelo livro “A Máquina do Tempo”, surgisse em Londres a empresa “Viagens Temporais Murray”, que oferecia nada mais nada menos do que excursões através do tempo – no momento em que se passa a trama, a empresa estava oferecendo viagens ao pós-apocalíptico ano 2000. Todas as tramas estão ligadas à empresa de uma maneira ou de outra: Na primeira conhecemos Andrew Harrington, rapaz infeliz que desiste do suicídio ao descobrir a possibilidade de regressar ao passado, e assim evitar a morte de sua amada nas mãos de Jack, o estripador. Na segunda parte somos apresentados à Claire Haggerty, uma jovem audaciosa e com uma mente a frente de seu tempo, que após uma excursão ao ano 2000 acaba se apaixonando pelo capitão Derek Shackeleton, o salvador da humanidade naquele futuro devastado. Quanto à terceira história... Bem, essa eu deixo para que vocês mesmos descubram, já que falar muito sobre ela pode roubar parte de seu encanto.
A ambientação das histórias é muito bem feita. Os cenários, os hábitos e costumes das personagens são detalhadamente descritos, de modo que se torna uma tarefa simples para o leitor mergulhar na Londres vitoriana. A ambientação, porém, não se limita apenas à história do livro: em um divertido exercício de estilo, o autor aproveita o tema de sua história para empregar, ele também, vocabulário e estilo narrativo típicos dos romances do século XIX, sem deixar, no entanto, de mesclar a este “pseudo-estilo” o seu modo de escrita pessoal. Suas divertidas ironias, a maneira como nos conta os hábitos e pensamentos mais ocultos e embaraçosos de seus personagens, além do hábito de dirigir-se várias vez durante o livro diretamente ao leitor, me fez lembrar os momentos mais brilhantes de Machado de Assis. Mas não se preocupem, aqueles que não simpatizam com o escritor brasileiro não tem nada a temer: apesar de toda sua criatividade, a narrativa de Félix J. Palma é de fácil compreensão, e tem uma notável capacidade de envolver o leitor.
Outro traço narrativo que não deve ser esquecido é o humor, muito presente no romance. Ao invés de tentar criar cenas originalmente feitas para fazer rir, o autor optou por outro caminho: expor os pensamentos de seus personagens, mesmo nas situações mais constrangedoras e/ou embaraçosas. Isto, somado aos comentários irônicos do próprio autor em relação às várias situações da trama, cria um humor leve e eficiente, que em nenhum momento parece forçado.
Os personagens também são um ponto de destaque. Ricos ou pobres, virtuosos ou malandros, todos são descritos de maneira tão original que fica difícil não simpatizar com eles. H.G. Wells, que aqui aparece como personagem, é provavelmente um dos mais simpáticos de todo o romance: de início, ele surge na história através de breves aparições, mas sua importância vai crescendo à medida que a trama avança.
Comecei a ler este livro imaginando que encontraria um típico romance steampunk, mas “O Mapa do Tempo” vai muito além disso. Com um estilo original e uma trama que é, ao mesmo tempo, envolvente e surpreendente, este livro é uma ótima leitura não apenas para os fãs de viagens temporais, mas para todos aqueles que gostam de sonhar.
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Ana Ruppenthal 09/07/2016

Incrível
Eu tinha uma convicção, agora não mais tão segura, de que os autores modernos não são lá os melhores. Nos clássicos nós encontramos enredos coerentes, personagens bem construídos, clímax, alegorias, vocabulários ricos e estilos literários dos mais diversos, enquanto que os autores modernos tendem a escrever qualquer bobagem para vender para leitores com pouco senso crítico - o que torna mais difícil encontrar bons livros. Mas a obra que é objeto desta resenha é uma das raras exceções - acho que uma das três dentre, sei lá, uns duzentos.O Mapa do Tempo foi um desses livros que eu, como muita gente, comprei em alguma promoção ou feira literária junto com uns outros dez e deixei ali na minha estante, esquecido por anos, até que, aproximando-se o ilustre ano de 2016, eu me propus como meta ler preferencialmente os meus próprios livros em vez de pegar emprestados de amigos e bibliotecas ou em domínio público - e sim, tenho cumprido muito bem essa missão. Até que eu, realmente descrente da vida e da literatura, depois de terminar um livro péssimo e decepcionante, peguei aleatoriamente um livro na minha estante. E creiam-me, pessoas, que na minha vida os melhores livros são aqueles que nós pegamos aleatoriamente. Com O Mapa do Tempo, foi emoção da primeira página até a última. Me fez voltar à adolescência, quando eu virava as madrugadas lendo - coisa que hoje não posso fazer por não dispor de tanto tempo assim. É uma trama que captura você, que te hipnotiza e seduz. Teve momentos que eu quis gritar, que meu coração ficava disparado como se eu estivesse vendo pessoalmente as tramas que se passavam no livro. O autor faz milhares de reviravoltas, oscila de um cenário para outro e com muita maestria, engana o leitor, ludibria a gente com cenários que outrora pareciam verídicos como também chega a um ponto em que você simplesmente não pode acreditar que algo vai acontecer - e por fim acontece. Feito o meu apaixonado testemunho, vamos à trama (sem spoilers):

O livro é dividido em duas partes: a primeira, que gira em torno da vida de Andrew Harrington, um jovem rico e de boa família, e sua amada, Marie Kelly, uma prostituta do subúrbio; e a segunda, que se passa em torno da vida de Claire Haggerty, uma jovem muito a frente do seu tempo que também vive uma história de amor, mas narrar essa história, ainda que superficialmente, seria dar um spoiler maldoso. Ambos vivem na cidade de Londres, no ano de 1888; as tramas não se comunicam diretamente entre si, mas o autor, com uma hábil alfaiataria literária, costura ambas as tramas indiretamente com a presença do escritor H. G. Wells - que, ora é personagem secundário, ora é personagem principal; ora só está ali para dar uma ajudinha, ora se compromete por inteiro.

No quesito qualidade literária, acho que o único ponto fraco foi o começo, bem nas primeiras páginas, ser de uma escrita tão comum que dificilmente iria prender um leitor mais crítico que não estivesse bem determinado (como não era o meu caso). Fora isso, me parece que tem um enredo excelente, ainda que muito pitoresco e incomum (no sentido de fantasioso e até mesmo fantástico), tem excelente construção dos personagens e é bem fiel ao cenário londrino do final do século XVIII, mesmo com um toque de ficção à la "steampunk". A criatividade do autor suplanta um 90% de todos os outros autores que eu já tenha lido, mesmo aqueles que eu considere os melhores.

Outro aspecto que me cativou foi que o autor se preocupou em humanizar os personagens, não se adstringindo a um odiável moralismo vazio - falha essa que muitos, mas muitos autores e gente que se diz entender de literatura comete. As personagens, das principais até as figurantes, tem evidenciado os seus aspectos bons ou ruins, e todo o sofrimento e trajeto de vida que fizeram-nas se tornar o que são, aceitos ou rejeitados pela sociedade.

Mas como nem tudo que é bom dura para sempre, o livro tem apenas 470 páginas e eu cheguei à última, feliz porque o livro não apenas supriu mas foi além dos meus anseios, como também deprimida, porque acabou. Dada a alta qualidade literária, eu estou muito propensa a buscar outros livros do autor, ou até mesmo reler esse mesmo livro, coisa que eu nunca fiz. É um livro que eu recomendo para absolutamente todas as pessoas que vierem me pedir sugestão de livros, alertando, contudo, que tem cenas um tanto quanto fortes. Sem dúvida, um dos melhores que eu já li em toda a minha vida.
Agenor.Junior 04/06/2019minha estante
Uma das melhores resenhas que já li no skoob.




Andrés Carreiro 05/01/2011

Magnífica obra!
Félix J. Palma construiu um romance fascinante! Nota 10! A única coisa que eu estranhei foi classificá-lo como "Steampunk". Talvez seja um romance "anti Steampunk" ou simplesmente a própria porta para viajarmos ao final do Século XIX. O leitor que tire suas próprias conclusões.
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Camila 17/11/2010

O Mapa do Tempo
O livro nos traz três histórias emocionantes de pessoas que desejam viajar no tempo e que nos mostra quais as consequencias dessas viagens. Como personagem que interliga essas histórias temos H.G.Wells, famoso autor do livro A Máquina do Tempo.

www.leitoracompulsiva.com.br
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Luzia67 15/10/2022

Perfeito
Gente , sério, eu tô aqui de boca aberta. Que livro, que história.
Eu nunca imaginei que uma viagem no tempo fosse me fazer perder o fôlego.
Só vou dar um spoiler: H. G. Wells está neste livro e escreve o Homem Invisível.
Mas acontece tanta coisa, é uma trama tão bem elaborada que a gente realmente pensa que está tudo acontecendo. Que tudo realmente aconteceu.
Ufa!
Deu vontade de ler de novo!!
Sabris 16/04/2023minha estante
Nossa eu amei muitooo esse livro, me dá mt agonia lembrar que é uma trilogia e nunca trouxeram os outros dois livros pra cá, pra mim o final ficou muito com um gostinho de "quero mais" ?


Luzia67 16/04/2023minha estante
É uma trilogia? Sério? Ainda bem que não sabia.


Luzia67 17/04/2023minha estante
Fiz uma pesquisa. São 2 livros com o mesmo nome. Esse aqui é só um mesmo. O outro é história de pai e filha que viajam no tempo. Esse sim é uma trilogia


Luzia67 17/04/2023minha estante
A trilogia foi escrita por uma mulher, Heidi Heilig


Sabris 19/04/2023minha estante
Nossa eu jurava q tinha os outros Mapas dessa história, pq o final ficou msm com uma pontinha de q ia ter mais coisa, pelo menos pra mim




Nathalia 28/03/2011

"Os livros que você amava quando estava na quarta série e que leu até deixar em frangalhos, você nunca mais vai amar um livro assim", disse Daniel Handler, e a lembrança da entrevista me veio à mente quando acabei de ler a história do Félix J. Palma. O Mapa do Tempo não me trouxe totalmente de volta o sentimento que Handler descreve - porque, bom, pra isso a gente precisaria de uma máquina do tempo de verdade -, mas foi bem... parecido, em menor escala! E decididamente legal e satisfatório e bom e nostálgico e...

Ok, continuando: a sinopse me enganou. Me passou a impressão de que o livro todo ia ser a história do Andrew - não é. É a primeira parte, que apresento assim:

Século XIX. Londres. Andrew Harrington é um mocinho rico e sem grandes obrigações na vida. Aí ele conhece o amor nos braços de Marie Kelly. O problema é que ela é uma prostituta e, bem, Andrew não está exatamente ansioso pela reação de sua família quando contar que está muito a fim de se casar com ela. Ele vai adiando e adiando o momento. E o dia em que finalmente decide falar a verdade ao pai acaba sendo também o dia em que Marie morre, vítima do assassino conhecido como Jack, O Estripador.

Oito anos depois, Andrew está prestes a partir dessa pra melhor - por conta própria. Mas seu primo Charles chega antes que o suicídio aconteça e diz ter a solução para a tristeza em que Andrew vive desde a morte da amada (e evitar que esse livro seja um dramalhão...!): viajar no tempo e salvá-la.

O plano envolve: uma empresa que supostamente organiza expedições ao ano 2000 e o escritor H.G. Wells, que anos antes lançara A Máquina do Tempo, livro que fez com que as discussões sobre viagens temporais explodirem. Esses dois elementos também estão presentes nas próximas partes do livro, sobre as quais não posso falar muito pra evitar spoilers, mas digo que os protagonistas da segunda são um tal de Tom Blunt e uma Claire Haggerty, e o do terceiro é o próprio Wells.

Coisas notáveis:

1) Enquanto lia, eu me pegava em uns momentos meio fascinada pelas informações. Dava pra ver que o autor não jogou simplesmente "LONDRES SÉCULO 19" no Google e fim. A pesquisa que ele fez deve ter dado um bocado de trabalho. E valeu a pena.

2) Às vezes tem um personagem coadjuvante que só a gente liga pra existência. Nesse caso, foi o inspetor Garrett - eu quero um livro com o inspetor Garrett, sr. Palma...! E o Charles. Charles e inspetor Garrett - uma dupla imbatível!

3) A terceira parte me surpreendeu. Sem spoilers, ok! Mas precisava dizer! Você acha que as coisas são de uma forma e de repente, panz, aparece o elemento de fantasia e... SEM SPOILERS, certo, entendi!

4) E enfim, sobre a sensação de ser criança. O livro não é infantil, mas mesmo assim... Tem alguma coisa. Acho que a combinação aventura + festival de personagens legais. Me deixou empolgada, felizinha de um jeito inocente. Dramas psicológicos, sangue e romances à parte (apesar do livro ter essas três coisas!), é bom se sentir assim.

originalmente publicado em: http://track3kid.blogspot.com
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Rita Nunes 18/11/2019

Espetacular!
Eu amei esse livro! A leitura é fascinante, a história é composta de maneira tão inteligente, com ligações muitas vezes bem sutis entre os personagens, e é tudo tão bem escrito.... Também foi muito boa a ideia de transformar pessoas reais em personagens, e ainda assim o livro não é um chato romance histórico, é uma experiência espetacular!
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Dave 26/04/2013

Surpresas
Esse livro me surpreendeu de diversas maneiras, primeiro porque ele apenas me custou R$10,00 na livraria e havia só achado a sinopse engraçadinha e não esperava muito dele.

Minha segunda surpresa: toda a metalinguagem utilizada pelo autor, carregada de ironia, que também é levada aos personagens com atitudes e desfechos mirabolantes. Gosto de classificá-los como cretinos, não no sentido ruim da palavra.

Minha terceira surpresa, veio com a utilização de personagens reais em meio a uma ficção (ou não-fantasia fantasiada de fantasia), com Wells, Jack, o Estripador, a próprias Marie Kelly (vítima de Jack e paixão de Andrew). Realmente não sei onde vai o alcance da existência desses personagens, quem existiu de verdade ou quem é mera invenção de Palma, cheguei a procurar, mas não achei nada de concreto.

E claro, não posso deixar de lado, todos os twists ao decorrer do livro, com a brincadeira do é viajante, não é; é máquina do tempo, não é.

Apesar de um pouco enfadonho nas partes em que narra as trajetórias de Murray e Wells logo no começo, o que quase me fez largar, já que no começo o que sustenta a história é o suicida Andrew, pois as surpresas começam a aparecer no meio. O livro consegue conquistar por personagens interessantes, uma narração cheia de reviravoltas, recorrendo sempre "ao olho que tudo vê".

"Podia ser um romance que narrasse a criação da empresa Viagens Temporais Murray, para a qual ele infelizmente tinha contribuído, e que surpreendesse os leitores na metade, quando descobrissem que o ano 2000 não passava de um cenário construído no presente com entulhos de demolição, mas isto só seria uma surpresa para os leitores de sua época, obviamente. Se o romance sobrevivesse à passagem do tempo e fosse lido por leitores de uma época posterior ao ano 2000, não haveria nenhum segredo a revelar, pois a própria realidade teria desmentido o futuro exposto na história"

Mais enaganado Wells não poderia estar. Muitas surpresas envolvem essa história.
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Marlete 26/05/2013

Várias estórias e histórias que se entrelaçam e se distanciam, fascinante !
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Vicente 31/08/2013

"O tempo é uma ilusão"
O Livro "O Mapa do Tempo" do espanhol Félix J. Palma se passa no final na Londres do final do século XIX e acompanhamos como a vida de alguns de seus moradores são afetadas após a publicação de "A Máquina do Tempo" clássico livro que deu fama ao escritor H.G. Wells.
O livro se divide em 3 partes, 3 diferentes histórias que estão ligadas pela presença do escritor H.G. Wells e a empresa Viagens Temporais Murray. Empresa essa que promete tornar realidade o que Wells tinha imaginado em seu livro, levar as pessoas ao futuro. No entanto, os viajantes não seriam transportados até o mundo dos Morlocks e Elois, e sim a um futuro mais próximo: 20 de maio de 2000, o dia em que uma guerra decisiva entre humanos e máquinas teria seu fim.
Na primeira parte acompanhamos o jovem Andrew Harrigton que busca retroceder 8 anos e salvar sua amada de uma tragédia ocorrida em 1888. Na segunda parte, acompanhamos uma história de amor entre um soldado do futuro do ano 2000 e uma singular jovem que habita a Londres de 1896. Por fim, na última parte do romance acompanhamos a busca por um viajante do futuro que teria viajado até Londres com o objetivo de roubar a autoria de romances clássicos de seus autores.
Mas não se deixe enganar(e aproveito para avisar que o autor vai tentar várias vezes, e provavelmente conseguirá) com o tema do livro. Felix J. Palma faz do tempo uma ilusão para contar uma história muito maior. Esse livro nos faz questionarmo-nos sobre diversos assuntos. "Qual deve ser o limite de uma mentira se tem o proposito de salvar uma vida"? é um exemplo dessas indagações que surgiu a mim ao longo da leitura. A Narração de Felix J. Palma é tão boa que às vezes parece poesia.
Por fim, O Mapa do Tempo é o tipo de livro que recomendo a todos. Diverte, surpreende e emociona!





site: http://viverouvirler.blogspot.com.br/
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Gláucia 03/12/2013

O Mapa do Tempo - Félix J. Palma
O livro parte de uma ideia interessante: um jovem apaixonado perde sua amada, assassinada por Jack, o estripador. Inconformado, procura retornar ao momento antes do crime para que possa salvar a moça, através de uma viagem no tempo.
Em vários momentos me senti ludibriada (quem leu, entende) pois o autor abusou de um certo expediente. São vários personagens e acabei tendo a impressão que faltou coesão entre as histórias.
Ponto alto: H.G.Wells é um dos personagens principais e fiquei tentada a ler "A Máquina do Tempo", obra muito citada no livro.

site: https://www.youtube.com/watch?v=odgkw1GVol4
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Mariana Dal Chico 15/11/2010

Vocês estão preparados para fazer uma viagem surpreendente pelo passado, presente e futuro?

O Mapa do Tempo me proporcionou uma leitura muito prazerosa, diversificada e surpreendente. Félix Palma conseguiu escrever uma história entrelaçando vários contos, onde todos os personagens tem suas próprias reflexões e ponto de vista sobre um mesmo período do tempo onde o narrador principal é ninguém menos que H. G. Wells.

Humor, suspense, romance e especulações de como seria o futuro estão misturadas de uma forma única. Muitos livros já foram escritos usando o tema base de viagem no tempo, mas aqui, o autor faz homenagens aos principais romances do século XIX. O livro foi dividido em três partes, cada uma com um personagem principal diferente, mas todos interligados por acontecimentos comuns entre eles; bem como três 'jeitos' diferentes para viajar no tempo.

Leia mais: http://www.psychobooks.com.br/2010/11/resenha-o-mapa-do-tempo.html
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Gabii 27/07/2014

Livro publicado em 2010 pela Intrínseca, O Mapa do Tempo, conta pelo menos 3 estórias que acontecem mais ou menos simultaneamente – exceto a ultima que ocorre depois das duas primeiras.
Andrew Harrington é um jovem rico e infeliz, que procura o suicídio após o trágico esquartejamento de sua amada pelo lendário Jack o Estripador, mas que se envolve em uma louca estória com viagens temporais para tentar salvá-la antes que tudo ocorresse. Já Claire Haaggerty é uma abastada mocinha que não vê graça na época em que foi fadada a viver, e vê na empresa Viagens Temporais Murray a oportunidade de viver no longínquo ano de 2000 – o romance se passa praticamente todo em 1896 – ela só não imaginava que, de cara, ia viver um romance com o famoso e corajoso capitão Derek Shackleton. Por trás dessas duas estórias o nosso amado H.G. Wells, claro, o nosso herói com aspecto de passarinho, que esta presente em todas as 3 estória, inclusive, na terceira e ultima, ele é o “protagonista”. E como um escritor pode ser o herói da estória? Quando Wells se vê envolvido em um grande estratagema temporal para roubar sua obra – mais especificamente o livro, O Homem Invisível – e a de seus colegas de profissão, Bram Stoker e Henry James –o Drácula e o A Outra Volta do Parafuso – ele vai ter que mostrar seu lado mais racional e inteligente, para concertar todos os desvios temporais, e também – por que não? – seu lado mais humano, não só na ultima estória, como nas outras duas.
Não posso falar que foi uma leitura rápida e fluida, eu começava a ler, parava, e não sentia aquela necessidade de saber o fim da estória, foi uma leitura mais lenta, apesar disso, não consegui identificar o porquê, o estilo de escrita não me desagradou, a estória não é desagradável, só não foi tão boa quanto eu esperava, a experiência como um todo.

site: http://embuscadelivrosperdidos.blogspot.com/2014/07/o-mapa-do-tempo-felix-j-palma.html
Adriana 23/02/2015minha estante
Quando li sua resenha fiquei imaginando o porque vc ficou na duvida....mas depois que li, senti a mesma coisa e também escolhi dar 03 estrelas, pois o final ficou sei lá ...esquisito....fora do tom!!!.
Sua resenha foi muita precisa. Valeu.




Jackie Sabino 19/05/2017

472 páginas de muita enrolação
A muito tempo eu não lia um livro tão enrolado e fantasiosamente maçante. Ok, é livro, é fantasia e a intenção é essa. Ok, mas que seja bem escrito e empolgante. 472 páginas e 300 de muita enrolação. Félix Palma custa a chegar no ponto onde quer e é repetitivo demais nas suas colocações para ganhar tempo. Até lá, é bem possível que você adivinhe o que vai acontecer,c omo foi comigo.

O livro é divido em torturantes 3 partes que tentam a todo custo se interligar. E se interligam, ao meu ver, de uma forma maçante e forçada demais. O livro é de ação mas não tem empolgação nenhuma pro gênero. Eu só gostei de duas partes do livro que, diga-se de passagem, ficaram meio que como um ponto de apoio pra encher páginas: uma foi quando Gillian Murray conta para Charles Winslow e seu primo Andrew Harrigton como chegou às vias de fato de sua empresa, a Viagens temporais Murray; e, a outra, um breve histórico sobre a vida de H. G. Wells que, particularmente, vou procurar pra saber se não foi inventada ou se é de fato verídica.

A capa do lindo é linda, as páginas amarelas fazem jus ao nome do livro. A curta sinopse na contra capa é bem excitante e te deixa sim com vontade de ler o livro. Essas foram as sensações que eu tive e que me fizeram comprar esse livro. Confesso que já tinha ficado com um pé atrás porque eu já havia lido "Dossiê Drácula" que prometia interligar personagens como Bram Stocker e Jack Estripador. Foi uma junção tão tosca que até hoje não entendo como conseguiram editora para publicar essa coisa. "Mapa do tempo" quis seguir a mesma linha, juntando personagens icônicos da literatura e personalidades fora dela também. Nesse livro estão Bram Stocker, Henry James, H. G. Wells, Jack Estripador e o John Merrick, conhecido como o homem elefante (este rendeu ao livro um relato completamente emocionante). Acontece que os personagens são colocados na trama de uma forma que não achei apropriada e muito menos natural. Portanto, jurei a minha mesma que é a última vez que leio um livro que ressuscita esse pobre povo brilhante e os coloca nessas histórias sem pé nem cabeça.

Antes de comprar eu li tantas resenhas positivas que fiquei super feliz e empolgada. E antes de colocar minha resenha, já achei outras atuais de pessoas que não gostaram e apontaram pontos em comum que eu não gostei. Mas é questão de gosto mesmo, como tudo na vida.
Paula1735 16/01/2022minha estante
Lendo agora no futuro e compartilhando do mesmo sentimento. Um livro muito chato nas descrições, que demora muito pra decolar, e assim que decola, cai de novo. Me deseje força para terminar


Jackie Sabino 18/01/2022minha estante
Amiga do céu! Começar 2022 com uma leitura maçante dessa não é bom! Não desejaria pra ninguém kkkkkk. Muita força aí!




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