Gabriela - @livrosdegab 27/09/2022E agora começo a me despedir de Zafón de forma mais concreta. Depois do seu falecimento ainda me restavam 4 livros pra ler em “doses homeopáticas”, porém essa expressão não existe se tratando da escrita dele. Li Marina ainda em junho e agora finalizo o primeiro livro da Trilogia da Névoa.
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O Príncipe da Névoa foi o primeiro romance lançado por ele e, assim como Marina, tinha o objetivo contar uma história que ele gostaria de ter lido na sua juventude. Eu também gostaria muito de ter lido na minha, mas isso não tira o prazer de ler já adulta e com bem mais experiências que naquela época.
A história começa com a família de Max se mudando para uma cidadezinha do litoral onde a nova casa, antes abandonada por anos, um jardim de estátuas e um navio no fundo do mar são cercados de mistérios do passado.
O livro mescla suspense e fantasia numa boa medida e confesso que deu até aquele medinho em alguns momentos. Também pude observar os padrões claros da narrativa de Zafón encontrados em todos os outros que li. Achei as semelhanças ainda mais fortes com Marina, talvez por apresentarem propostas semelhantes, finalizando com muita ação e elementos sobrenaturais.
Senti falta de Barcelona, cidade que aprendi a amar com suas descrições, e esperei uma história mais longa com uma continuação e exploração maior dos personagens. Porém já comecei o segundo e SPOILER: não continua e se passa na Índia.
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Se você ainda não leu nada do autor, sigo recomendando que comece por “A Sombra do Vento”, porém reforço que todos os outros valem a pena.