Flores Raras e Banalíssimas

Flores Raras e Banalíssimas Carmen L. Oliveira




Resenhas - Flores Raras e Banalíssimas


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Leitoras Democráticas 30/07/2016

[Resenha] Flores Raras e Banalíssimas -Carmen L. Oliveira | Editora Rocco |
imagine um livro fofo e apaixonante, este é um.

Eu não conhecia nem um pouco a história de Lota e da Elizabeth eu sou eu só conhecia pelo famoso poema a Arte de Perder.
Fiquei fascinada com a história dessas duas mulheres maravilhosas e fiquei também triste por não ter conhecido elas antes. Flores Raras e Banalíssimas conta além de uma história de amor a história do Brasil e da criação do Parque do Flamengo
O que me emociona é que livro é contado a partir de relatos e cartas, então aquele amor foi tão impactante que apenas relatos se transformaram neste livro lindo, e é lindo até o final trágico.
Flores raras é o relato de duas mulheres prafrentex que se apaixonaram e foi um amor forte e bonito sem se importar com os preconceitos, nada escondido nem escancarado elas vivem a vida delas do jeito delas.

''Desde a primeira vez que a viu, Naná ficou fascinada. Lota era terrível, maravilhosa de se ver. Ao encontrar uma pessoa inteligente, tornava-se interlocutor magnífico. Naná, que não se considerava especialmente brilhante, mantinha-se em silêncio reverente enquanto Lota, exaltada, luminosa, impunha sua presença. Cercada de homens, a quem supostamente cabia o privilégio da atividade intelectual, fazia-os ultrapassar o preconceito de se considerar tolerável a inteligência numa mulher: eles a admiravam e amavam. Ao longo da vida, Lota teve entre seus amigos Mário de Andrade, Rodrigo Melo Franco de Andrade, Prudente de Morais Neto, José Olympio, Pedro Nava, Gustavo Corção.''


Lota foi uma mulher notável e por onde passava causava na vida das pessoas, Elizabeth é o sol na vida de Lota os poemas que escrevia melhoravam cada vez mais, quando recebeu a noticia que tinha ganho o premio Pulitzer por North & South ela estava em Samambaia. Bem Bishop era uma mulher sozinha e encontrou um lar nos braços de Lota. O que me encanta é o fato de que quando Elizabeth chegou aqui no Brasil Lota tinha um relacionamento com Mary Morse amiga de Elizabeth.

Lota tinha um sobrenome influente na época e por vezes ela usou apenas um para que as portas fossem abertas ou fechadas por ela. Lota conhecia muita gente importante e pensava muito à sua frente era arquiteta e apaixonada por arte, engajada na política, tinha uma posição social notável.
O filme divergiu pouco do livro a frase 'Elizabeth Bishop welcome to Brasil' dita por Lota não aconteceu pois elas só se conhecem quando Lota vai buscá-la para conhecer a casa de samambaia.



'' Na hora combinada, um Jaguar vermelho de capota arriada aterrou junto à calçada. Dele saltou, com elegância, uma mulher baixinha que lhe estendeu um sorriso. Ao se aproximar, Bishop notou que era bem mais morena do que se recordava. Com a mão direita Lota apertou vigorosamente a mão de Bishop, enquanto com a esquerda lhe afagava o ombro. Olhava-a nos olhos. – Vamos? Desacostumada com aquele tipo de contato, Bishop não sabia como proceder. Lota abriu a porta do carro, determinando com um gesto que era para ela se sentar. A seguir, arrancou e saíram avoando. Em pouco tempo Lota desvencilhou-se de carros e lotações e estavam subindo uma serra, em meio a um cenário deslumbrante. À esquerda, as montanhas se sucediam sob nuvens caudalosas. À direita, a estrada era margeada por aglomerações de flores de cores vivas. ''

A palavra que mais descreve Lota no livro é determinação e a escrita é tão envolvente e apaixonante que você se vê facilmente na vida delas e querer ser amiga desse casal. Em nenhum momento você sente estranheza por serem duas mulheres.

A escritora foi sutil e carinhosa com essa história tão fantástica o livro retrata também o calor e visão do brasileiro por um turista, Flores Raras e Banalisssimas mexe com o leitor, é um romance lindo e atemporal, conta história do Rio de Janeiro da criação do Parque, mostra principalmente o quanto o nome de Lota foi esquecido e colocado de lado apenas por ser mulher. Nos faz ver o crescimento do nome de Bishop como poeta e apresentara a degradação de um amor colorido terminar em cinzas.

Flores raras é único e muito bem escrito. Um livro feito por uma brasileira para brasileiros. Existe também um livro chamado A Arte de Perder Michael Sledge que também conta história de Elizabeth e Lota baseado nas cartas deixadas por Elizabeth esse é um livro muito bonito também.
Flores Raras é um romance sobre duas mulheres verdadeiras cheias de medos e realizações, com um final que não tinha como ser diferente em se tratando de Lota de Macedo Soares. Em alguns momentos o livro é narrado pelas lembranças de amigas de Lota, é uma leitura rápida e fácil cheia de ilustrações e fotos da época. Um livro pra ser guardado com carinho e relido sempre para se apaixonar. Flores Raras me ensinou que o eterno existe dentro de um período de tempo, este livro é uma biografia de amor em todas as suas nuances. Duas mulheres tão maravilhosas e necessárias. Eu tenho tanto carinho por esse livro e pela história que eu jamais eu conseguir em palavras descrever o quanto maravilhoso ele é!


'' Embaixo, uma caricatura de Lota, sentada de pernas abertas, feita pelo Augusto Rodrigues.
– Que mau gosto retratar a Lota assim.
– Maria Amélia, ela era assim.
– Imagine, Vivinha, ela era elegantíssima. Finíssima.
– Isso era mesmo – concordou Naná.
– Lota não era elegante no sentido de se vestir na moda, mas tinha o cuidado de se apresentar sempre bem. As roupas, de altíssima qualidade. Casaco de tweed inglês. Calçados do Moreira. A costureira, a Esmeralda, atendia toda a granfinagem. As camisas eram engomadas à perfeição.
– Esse era um lado dela – insistiu Vivinha. – O outro era esse lado esculachado. Falando palavrão, seu filho disso, seu filho daquilo. De jeans, com as mangas da camisa arregaçadas. Acho até que foi Lota quem inventou essa história de andar com as mangas arregaçadas.
– Realmente, tinha esse lado sapeca.
– Bom, de qualquer forma, fiquei muito chocada com a forma como o jornal se referiu a Lota e Bishop. Maria Amélia tinha entrado no assunto. Naná suspirou.
– Ficou chocada, foi, Maria Amélia? Você queria o quê?
– Ora, Vivinha. Ali havia um amor de almas.
– Minha Santa Periquita dos Pneus Furados!
– Lota era uma pessoa austera.
– E por acaso uma pessoa austera é capada? Vivinha era de amargar.
– Vivinha!
– Maria Amélia, você tem a mania de querer enquadrar Lota como uma solteirona frustrada, porque não casou e teve uma boiada de filhos que nem você. Meta isso no bestunto: ela era a pessoa mais charmosa, mais fascinante deste mundo. Tinha competência para levar quem bem entendesse para a cama dela.
– Vivinha!!
Terreno perigoso. Vivinha também era solteira e tinha lá a vida dela. Naná gostaria que o assunto parasse por ali.
– Naná, o que você acha?
Ai, meu Deus.
– Não sei, não sei. Elas eram discretíssimas. Quando eu ia a Samambaia dormia na ala dos hóspedes. Elas se retiravam para o lado delas, fechavam a porta. O que se passava atrás da porta eu não sei.
– Isso mesmo. Era particular.
– Que nada. Não estamos falando do que se passava atrás das portas, mas do que se passava à vista de todos. Se Lota era discretíssima, era também autenticíssima. Sempre se mostrou como realmente era, e sempre se fez respeitar assim. Ou não?
A presença imperativa de Lota ocupou a sala.''

site: http://leitorasdemocraticas.blogspot.com.br/2016/06/resenha-flores-raras-e-banalissimas.html
Andréia 19/10/2016minha estante
O gênero desse livro seria um romance de época?




Carlos Aglio 28/06/2016

No pulso forte de uma mulher desabrocha o Parque do Flamengo
Muito interessante essa biografia que conta a história de Lota de Macedo Soares e de Elizabeth Bishop, escrita por Carmen L. Oliveira, mas em Flores Raras e Banalíssimas, muito mais que a história dessas duas brilhantes mulheres e amantes, está a história da idealização e construção do Aterro do Flamengo, envolvendo personagens fortes da nossa história como Carlos Lacerda, Roberto Burle Marx entre outros.
Quantas e quantas vezes passei pelo Aterro, seja correndo, seja caminhando ou seja de bicicleta e não fazia ideia da intrigante história por trás desse maravilhoso parque, que agora, quando eu passar por lá, não ficará isento em minha memória a dedicação e a entrega de Dona Lota para que esse projeto vingasse, vencendo as barreiras da politicagem que sempre esteve e infelizmente está presente e por trás de todo grande projeto público.
Pode-se dizer que Dona Lota deu a vida pelo Aterro, descuidando, inclusive, do grande amor de sua vida, a Elizabeth Bishop.

Transcrevo a nota escrita por Lacerda, quando do falecimento de Lota em setembro de 1967:

"Lota Costallat de Macedo Soares foi a criadora do Parque do Flamengo. Morreu sem o parque, que lhe foi tomado pela politicagem e a chicana. Mas o que fica do parque, se ele existe, se ele sobrevive, tudo isso se deve àquela miúda e franzina criatura, toda nervos, toda luz, que se chamou Dona Lota" (pag 232).

Adorei conhecer a história dessas duas mulheres, assim como a história do Parque do Flamengo. O próximo passo é assistir ao filme Flores Raras, em que a excelente Gloria Pires interpreta a Dona Lota.

By Carlos Aglio, em 28/06/2016
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Jeni 20/02/2016

Muito bom
Uma biografia elegante e com humor. Gostei muito de ler o livro e conhecer mais sobre a Lota.
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Luciana 29/12/2015

livro chato e enfadonho. Pela primeira vez, o filme é melhor do que o livro. Persisti até não suportar mais a leitura e a abandonei já perto do fim.
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Lud 12/10/2015

Assisti o filme primeiro, gostei muito e só depois fui descobrir que era baseado em livro. Obviamente, quis logo ler o livro também! E me surpreendi porque a história do filme diverge em vários pontos da do livro. Tem umas intrigas a mais, a presença da Mary é mais forte, alguns eventos ocorrem em ordem diferente. Gostei ainda mais do livro, que aborda mais a Bishop e a Lota em seus caminhos. É comovente o final, e uma pena o distanciamento que foi ocorrendo entre elas. As duas protagonistas são maravilhosas.
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Juliana 15/02/2014

não por maldade, abandonei por não ter conseguido terminar de ler :/
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Luciana 24/07/2013

Poderia ter sido mais interessante!
O livro relata de forma muito sutil o romance entre a forte, carismática, admirável Lota e a tímida, frágil, insegura Bishop, que, pela época, era bem aceito pelos que as rodeavam.
Achei o livro regular, meio cansativo, por dar desnecessariamente mais ênfase a algumas coisas que a outras bem mais relevantes. Classifiquei-o como bom por causa das protagonistas e pela interessante história delas. Embora goste e admire pessoas como a Lota, a Bishop foi a que despertou mais minha atenção.
Estou ansiosa para ver o filme!
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Norma Spagnuolo 02/07/2009

Escrita ótima e rara
Carmem L. Oliveira escreveu um livro que, ao mesmo tempo, conta a história do Parque do Flamengo, a história breve de sua idealizadora - Lotta de Macedo Soares - e sua luta para que o parque saísse da prancheta. A vida dentro dos costumes da época e a relação dela com a escritora americana Elisabeth Bishop. Escreve bem, escreve de maneira leve e quando você percebe, o livro está chegando ao fim e você se vê comovido e sentindo-se amigo (a) de Lotta. Satisfação garantida.
Daniel 19/08/2013minha estante
Eu também gostei muito. Duas mulheres interessantíssimas que estavam muito a frente do tempo em que viveram.


Liza Saldanha 27/10/2016minha estante
Acabei ontem... e já to com saudades grandes de Lota... Que força tamanha essa mulher possuía! Vivendo em sua época, meu desejo seria de trabalhar na Fundação buscando a fonte de tanta garra!




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