Meus Dias de Escritor

Meus Dias de Escritor Tobias Wolff




Resenhas - Meus Dias de Escritor


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Lucia Sousa 12/10/2010

Podia ter sido melhor!
Apesar de ter seguido a leitura até o final,foi bastante desapontador.Me senti como uma criança a qual prometem um passeio inesquecível e na verdade,me levam a uma lugar completamente diferente daquilo que eu imaginava!
Primeiro de tudo:me perguntem qual o nome do personagem principal e eu não vou saber responder;nada de acontecimentos marcantes,nada de surpreendente,nem mesmo explica como se deu a transição de simples aluno a um escritor de sucesso.Enfim,resumindo:"Não entendi o que ele falou!"
Maciel 27/04/2013minha estante
Faço minhas as suas palavras...


guilherme 10/09/2020minha estante
o personagem principal não tem nome mesmo kkkkkkkkkkkkk




jota 15/07/2011

Dias de escritor e outras coisas mais
Segundo livro de Wolff que leio. Antes, li seus contos de A Noite em Questão, livro muito bom. A história de Meus Dias de Escritor se desenvolve numa escola preparatória de alto nível da Nova Inglaterra (equivale a dizer, somente para filhos de ricos e milionários) durante os conturbados anos 1960. Um narrador sem nome conta suas experiências em meio ao movimento pelos direitos civis, à Guerra do Vietnã, ao assassinato de JFK e aos romances de Ernest Hemingway. Nick Hornby diz, em Frenesi Polissilábico, que o único defeito deste volume é ser curto demais. Não seria uma virtude?

O foco é posto sobre as amizades e rivalidades dos alunos dessa escola, cujo objetivo primordial é estimulá-los para a entrada no mundo da literatura. Ela ensina que a literatura é o centro da vida e, a partir da experiência de grandes autores, os alunos vão sedimentando seus próprios valores e princípios. No final de cada período, um grande escritor é convidado para visitar o estabelecimento e eleger o melhor texto de um concurso literário. Como prêmio, o aluno escolhido tem direito a alguns momentos a sós com o ilustre visitante. O último deles, quando começa a história, foi o idoso poeta Robert Frost (um de seus poemas, Fire and Ice, é a epígrafe do livro Eclipse, terceiro da série Crepúsculo, de Stephenie Meyer, série que não li nem lerei, claro). Então, no capítulo I (Fotografia da turma) o narrador sem nome nos dá uma ideia do tipo de aluno que frequenta essa escola. É um tanto longo e um pouco enfadonho, mas depois o capítulo II é bastante interessante e saboroso, pois fala de diversos escritores e suas obras mais conhecidas, que os estudantes discutem apaixonadamente.

O capítulo III quase que inteiramente trata da visita do poeta Robert Frost à escola do narrador. E termina com uma bomba. O próximo convidado não seria um autor, mas uma autora. A polêmica criada não é por conta do sexo da pessoa, mas por causa de seus livros, que muitos alunos não consideram literatura - ela é Ayn Rand, que escreveu A Nascente e A Revolta de Atlas, entre outros títulos. O capítulo IV gira quase todo em torno de A Nascente, um livro polêmico (muitos consideram uma obra-prima, outros, literatura racista). O narrador vai de uma ponta a outra em sua relação com esse livro e sua autora. A polêmica continua ainda no capítulo V e quase em seu final ficamos sabendo que o visitante ilustre que dará a próxima palestra e escolherá um conto no concurso literário da escola será ninguém menos que Ernest Hemingway, idolatrado por todos os rapazes que ali estudam. O narrador acredita que vencerá o concurso e terá direito a passar algumas horas com o ídolo Hemingway. Mas isso é outra história. Uma história para o capítulos VI e VII.

Perto do fim (capítulos VIII e IX; não há um capítulo X) a história toma um rumo inesperado. E em seus dias de escritor, o narrador acaba se tornando também um ajudante de restaurante em Nova York, limpando mesas e lavando pratos. Era seu emprego quando Ernest Hemingway, seu ídolo literário, se matou (2 de julho de 1961). Depois ele teve várias outras ocupações. Os parágrafos finais tornam claras uma porção de coisas, porém uma delas necessitaria ser melhor esclarecida (o motivo que o levou a fazer aquilo que determinou a mudança completa da história). Bem, ninguém vai aprender a se tornar escritor lendo o livro de Wolff. Embora o personagem ensine um macete - copiar palavra por palavra, à máquina (na época, os computadores pessoais, como os conhecemos, não existiam), um trecho de um romance ou um conto completo, para sentir as emoções que o autor sentira ao escrevê-las, etc. -, o livro dificilmente empolga ou emociona profundamente, pois é mais cerebral mesmo. Daí que Hornby queria mais. Eu não.

Então saí da leitura com a mesma sensação de quando terminei Uma Escola Para a Vida, de Muriel Spark, que também aborda questões de literatura, porém com outro approach. E a verdade é que, com Meus Dias de Escritor, Tobias Wolff foi finalista do National Book Award de 2003, mas quem levou foi Shirley Hazzard com seu O Grande Incêndio. Minha nota final (se houvesse) seria 3,7. Mas é 4,0.
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etoiletitia 12/05/2021

Diferente do que costumo ler.
Como o próprio título mostra, ''Meus dias de escritor'' nos leva à um pequeno escritor em ascensão em sua época de colégio, onde escrevia contos e poemas para o jornal da escola.
É um livro diferente do que costumo ler, e não possui muita expectativas de ser um ótimo livro, já que se trata da infância de um um menino normal que sonha em ser escritor por causa de uma escola que incentiva a rivalidade na escrita.
O que falta nesse livro é aprofundamento e sentimento. O autor pecou em retratar a vida do pequeno garoto como se ele começasse a existir apenas quando entra na escola, afinal, ele pouco cita os próprios pais, parentes ou amigos antigos, não revive história passadas ou algo do tipo. Um escritor vive de histórias, põe sentimentos em tudo, escreve em sua cabeça 24 horas por dia; escritores se afundam em suas histórias, narram sua própria vida como se fosse um livro, coisa que o protagonista não fazia.
Além de tudo, faltou interações com os outros personagens e amigos com quem o autor se expressasse, seu egoísmo e solidão me incomodou até o último capítulo.
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Jubiii 07/09/2011

Muito bom. Bem gostosinho de ler e rapidinho.
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Ladyce 21/04/2017

Não sei bem o que esperava desse livro considerado uma homenagem à literatura. Não foi o livro inesquecível que poderia ter sido, mas uma leve, doce e um tanto superficial história sobre paixão e desejo. Como a paixão pode cegar e levar a atos fora da norma. Há valores que não nos importamos em comprometer para dar vazão a um desejo? Mais do que um livro sobre os escritores Ernest Hemingway, Robert Frost ou Ayn Rand, todos personagens nestas páginas, este é um livro sobre a paixão se sobrepondo à ética. A história se passa na década de 1960, num colégio interno onde a literatura é levada a sério e como consequência, três vezes por ano, escritores conhecidos visitam a escola por um dia, quando um aluno escolhido dentre todos, através de um concurso entre eles, é convidado a visitar por uma hora, face a face a celebridade literária na escola. É nesse contexto que Hemingway, Frost e Rand participam da trama.

A vida escolar é detalhada como memória langorosa e sutil, absolutamente deliciosa. Narrado na primeira pessoa, -- curiosamente nunca sabemos a identidade do narrador-- o tom é íntimo e leva o leitor a imaginar tratar-se de uma autobiografia, ainda que talvez esse fato não seja verdadeiro. Esse tipo de colégio interno, diferentemente do Brasil, ainda existe. São escolas preparatórias muito desejadas pelas famílias que pensam em encaminhar seus filhos desde cedo para uma carreira de sucesso. Apesar de estarem associadas a famílias ricas, essas escolas têm extensos programas de bolsas de estudos que incluem alunos vindos de outras camadas econômicas, desde que passem os exames de entrada. Bolsistas desfrutam da mesma educação recebida pelos outros, como é o caso do narrador, bolsista e consciente de sua herança meio judia, que nos anos 60, seria rara dentro do ambiente homogêneo da aristocracia do leste americano. Este é o tipo de escola, encontrada nos EUA tem raízes na Inglaterra, e, na sua forma inglesa, foi o modelo para J. K. Rowling quando criou Hogwarts School of Witchcraft and Wizardry, onde Harry Potter aprende suas lições.

Em "Meus dias de escritor" quando a escola faz o concurso para escolher o aluno que terá uma entrevista particular com visitante, todos aqueles que imaginam o futuro como escritor se posicionam para escrever os melhores textos. Nosso narrador não é exceção. E é justamente a visita de Ernest Hemingway que provoca o ponto mais alto dessa competição estudantil. O senso de humor é prevalente no livro e encontra destaque quando meninos falam em sentenças completas como se repetissem frases dos livros do autor. Divertido. Outras anedotas ou piadas internas da literatura circulando em torno dos três escritores que visitam a escola nesse ano são igualmente engraçadas ainda que requeiram maior conhecimento de facetas desses visitantes, como acontece com o poeta Robert Frost que é retratado como um pseudo intelectual.

A crítica deu muita ênfase a assuntos que achei abordados superficialmente: diferença de classe social, religião e aceitação social de membros. Outros pontos revistos de maneira leve mas também apontados por leitores tais como orgulho, vergonha e ego, a mim, pareceram retratados de maneira tão banal que tampouco imagino a necessidade de mencioná-los. No entanto essa é uma leitura prazerosa. Leve. Bom retrato da época, que nos lembra dos grandes heróis literários do período. Bom passatempo.
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Ana Paula Seixlack 27/04/2024

Um dos meus livros preferidos da adolescência (e eu reli depois de adulta para confirmar que continua sendo), talvez porque não amadureci muito de lá pra cá, talvez porque o livro é realmente bom, ou ainda por ser uma vibe que eu gosto: romance coming of age, escola anos 50/60, aspirantes a escritores e idolatrias ao meu velho e amado Hemingway.

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