A caderneta de endereços vermelha

A caderneta de endereços vermelha Sofia Lundberg




Resenhas - A caderneta de endereços vermelha


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Fernanda 19/12/2021

Gostei
Doris Alm tem 96 anos e vive em Estocolmo, na Suécia. Sua única parente viva é a sobrinha-neta Jenny, que vive nos EUA. As duas têm uma relação de muita cumplicidade e a grande alegria de Doris está nas ligações semanais entre as duas, via Skype.

Doris tivera uma vida repleta de reviravoltas e sua história passa pelos tempos áureos da moda em Paris, pela Segunda Guerra Mundial, pela experiência de imigrante nos EUA... São partidas, chegadas, ilusões, alegrias e esperas. É um grande amor vivido pela metade, que ainda dói quando relembrado. Essas memórias estão em caixas de cartas e fotos, em textos escritos no laptop e, sobretudo, na caderneta de endereços vermelha que Doris havia ganhado do pai quando criança, na qual ela registra pessoas e fatos importantes na sua vida.

Doris não quer que tudo o que vivera em quase um século se perca, então organiza tudo para que Jenny leia após sua partida, talvez para ajudá-la a lidar com dores de um passado nada fácil. O que Doris não imagina é que sua história não acaba ali, que a vida ainda pode reservar boas surpresas.

*É um livro que intercala presente e passado. A leitura é bastante fluida e leve. Gostei, mas, como sempre acontece com livros muito comentados, provavelmente criei expectativas altas demais. Percebi várias pontas soltas e alguns personagens importantes pouco aprofundados. A história de amor não convenceu muito, especialmente pelo fato de, nos tempos atuais, a tecnologia facilitar muito o acesso a informações sobre pessoas. Como pontos positivos, alguns fatos sobre os bastidores da Moda em Paris, a abordagem sobre relações familiares, machismo, padrões de beleza, relações abusivas, entre outros.

Mesmo ficando aquém das minhas expectativas, é uma história bonita, que pode conquistar corações românticos.
CPF1964 19/12/2021minha estante
Eu gostei de livro. Sua resenha foi ótima como sempre. Aquém das expectativas ? 4 é uma boa avaliação.


Fernanda 19/12/2021minha estante
Na verdade eu daria 3,8. Acho que criei muitas expectativas, pois todas as resenhas e matérias que li eram só elogios. Às vezes a culpa nem é do livro, é do que a gente resolve esperar dele. Mas foi uma leitura muito válida.


CPF1964 19/12/2021minha estante
Entendi. Eu gostei um pouquinho mais.


Fernanda 19/12/2021minha estante
Eu sou "pirangueira", como dizemos no Nordeste, com notas ????


CPF1964 19/12/2021minha estante
??? Sim. O seu 2,5 equivale ao meu 4. Afinal você tem muito mais bagagem que eu. Estou aprendendo ainda.


CPF1964 22/12/2021minha estante
Curadora Fernanda, Gostaria de desejar a você e a sua linda família um Natal cheio de paz e harmonia. Que o ano de 2022 seja repleto de ótimas leituras e realizações.


Fernanda 06/01/2022minha estante
Bastante atrasado, mas desejo todas as bençãos sobre você e sua família neste ano. E livros, muitos livros...


CPF1964 06/01/2022minha estante
Obrigado. Você está bem, Fernanda ?


Fernanda 06/01/2022minha estante
Estou, obrigada! E de férias! Pretendo diminuir um pouco a fila de livros, porque está imensa.


CPF1964 06/01/2022minha estante
Minha situação é muito pior que a sua. Comprei 331 livros ano passado. Vou precisar de uns 4 anos para zerar a estante...???


Fernanda 07/01/2022minha estante
Misericórdia kkkkkkk. Eu tenho uns sessenta na fila, todos livros físicos, e já estou agoniada ???


CPF1964 07/01/2022minha estante
A situação já melhorou muito... Só faltam 329 agora.


Fernanda 13/01/2022minha estante
Kkkkkk. Tem que ser otimista mesmo.


CPF1964 13/01/2022minha estante
Sempre.




Isabella.Wenderros 05/10/2020

Um dos livros mais bonitos que já li.
O Le Monde disse: “Já nas primeiras páginas descobrimos por que A caderneta de endereços vermelha se tornou best-seller em todo o mundo.”. O jornal francês estava completamente certo.

Doris Alm conheceu muitas pessoas que marcaram sua vida. Sua caderneta vermelha possui os nomes de todos aqueles que tiveram importância em sua trajetória, mas aos 96 anos, ela é uma mulher solitária que tem como única companhia a sobrinha-neta que mora nos Estados Unidos, com quem fala através de chamadas de vídeo. Quando sente que sua morte se aproxima, o pensamento de que suas memórias irão se perder a aterroriza mais do que tudo; ela aceita o fim de sua existência, mas não que tudo o que viveu se apague para sempre. É a partir daí que ela decide criar uma espécie de diário para contar para Jenny sua história.

A sinopse em si é bem simples; a grandiosidade está na quantidade de sentimentos que Sofia Lundberg consegue passar com sua escrita sensível e poética.
Não sei se crescer com uma avó que adorava falar sobre sua juventude influenciou esse meu gosto, mas sempre tive fascinação por livros que são narrados por alguém mais velho contando sobre suas experiências. Quando bati os olhos nessa sinopse, virou minha prioridade de leitura e minhas expectativas estavam no céu; assim que tive o livro em mãos, já deixei tudo de lado para começar essa viagem. Ainda bem que fiz isso!

Acompanhar Doris ao longo de sua vida foi intenso. Nas 296 páginas, o leitor conhece suas alegrias e tristezas, os obstáculos que precisou vencer, como lidou com o luto enquanto ia perdendo seus amigos ao longo dos anos. Acompanha o nascimento de um amor que durará por toda vida, uma amizade improvável se tornar o relacionamento mais longo e forte dessa mulher e uma relação familiar inabalável mesmo com a distância de um oceano.

Nos capítulos finais, percebemos que aquele mergulho no passado não apenas ajudou aquela senhora a lidar com seus fantasmas, como também fez com que Jenny descobrisse mais sobre si e reencontrasse sua força. Eu simplesmente amei esse livro. Achei lindo, reflexivo, delicado, vívido e emocionante. Se não for minha melhor leitura de 2020, com certeza é uma das melhores.
@jana450 06/10/2020minha estante
Deu até vontade de ler


Isabella.Wenderros 06/10/2020minha estante
Jana, eu não sei como esse livro não está sendo falando em todos os lugares. É muito delicado e emocionante!


@jana450 06/10/2020minha estante
?????????


Aryana 06/10/2020minha estante
Fiquei curiosa


Isabella.Wenderros 06/10/2020minha estante
Aryana, eu amei. Me emocionou já nas primeiras páginas e fiquei envolvida até o final. Eu nem entendo como ninguém está falando sobre esse livro, é incrivelmente bonito e me trouxe muitas reflexões


Jana 01/05/2021minha estante
Me emocionei mto com o livro, chorei lendo os últimos capítulos. É de uma sensibilidade incrível.


Isabella.Wenderros 01/05/2021minha estante
Eu fiquei encantada, Jana. Mesmo depois de meses, eu olho pra esse livro na estante e lembro das sensações que me despertou. Queria que fosse mais conhecido, é muito sensível!




Bruna 20/01/2022

Encantadoramente triste.
Esse livro me surpreendeu de muitas formas. Comecei a ler sem muitas pretensões, mas a história vai te envolvendo a cada página. Sob a perspectiva de uma senhora de 96 anos, contando sua história e a das pessoas que passaram por sua vida, em meio à muitas dores, perdas, conquistas, grandes amizades, realizações, desencontros e um amor pra vida toda, fica impossível não se emocionar.
Podemos sentir a solidão e a tristeza de Doris, do envelhecer, que traz consigo questões muito únicas. Todos que você amou, em algum momento da sua vida, quando se é velho demais, já terão partido. Tudo o que você era, toda sua independência, sua autonomia, são tirados de você. Faz a gente refletir sobre a vida, nossas escolhas, o tempo que temos e o que fazemos com ele.
Marcelo Fogo 22/01/2022minha estante
Você escreve muito bem, moça. Já pensou em escrever um romance algum dia?


Luciana.Wenzel 03/02/2022minha estante
Vou colocar na coleção quero ler ?


Bruna 16/02/2022minha estante
Obrigada, Marcelo hahaha
Mas esse talento aí na verdade é seu :)


Bruna 16/02/2022minha estante
Lê sim, Lu! É um livro muito bom!! ?


Marcelo Fogo 16/02/2022minha estante
Poxa agradeço. Mas vc tbm tem muito talento ?




Maria.Thereza 19/04/2022

Que livro lindo
Terminei agora a leitura e ainda tô absorta. Não dá pra imaginar o que acontece nos próximos capitulos conforme vc vai lendo a história e isso te faz ler sem parar. Fiquei totalmente comovida, o livro tem trechos mais tristes, mais felizes e mais tensos. Mas no fim, é tudo sobre amor. Em todas as suas formas.
judeaquino - @juentreestantes 25/09/2022minha estante
Se você amou, eu já quero!????


Maria.Thereza 26/09/2022minha estante
eh lindo demais! triste, mas lindo




Alessandro 19/09/2021

"Desejo muito sol para iluminar seus dias, muita chuva para apreciar o sol. Muita alegria para fortalecer sua alma, muita dor para apreciar os pequenos momentos de felicidade da vida, muitos encontros para você poder dizer adeus."

Um livro muito lindo! As memórias fazem parte da história de todos e são companhias que permanecem para toda a vida e a obra, com certeza, consegue transmitir isso perfeitamente.
Amanda 23/09/2021minha estante
Que lindo, amigo ?


Alessandro 23/09/2021minha estante
??




Pri 24/03/2022

Lindo...
Impossível não se emocionar e não se apegar a Doris, a personagem é tão real que dá vontade de ir cuidar dela e ouvir suas memórias e histórias enquanto dá um pedaço de chocolate ao leite pra ela.

Uma história sensível e que nos mostra o que é o amor de forma clara, o amor fraterno, o amor romântico e amor em várias formas que são o que dão sentido a vida.

Você amou o bastante?
Jefferson Vianna 24/03/2022minha estante
Uaaauuu... Fiquei interessado após ler a sua resenha! =)


Pri 24/03/2022minha estante
A história é linda, vale muito a leitura ?




Jaque @blogmalucadoslivros 19/10/2020

Marcante
Eu adoro livros em que algum personagem conta suas memórias. Este tipo de trama sempre me cativa, mas com certeza "A caderneta de endereços vermelha" é um dos mais marcantes que já li.

A PREMISSA:
Doris é uma senhora de 96 anos que ao encontrar sua antiga caderneta de endereços vermelha, que ganhou do pai quando ainda era criança, decide passar para o papel sua história. Nesta caderneta vermelha ao longo de sua vida, ela anotou endereços e dados, daqueles que foram importantes e passaram por sua vida deixando uma marca.

A vida de Doris mudou quando ela ainda era apenas uma criança, ela foi camareira de uma mulher rica, foi modelo em Paris e fugiu para Manhattan na segunda Guerra. Ou seja, ela tem muita história para contar. Mas agora aos 96 anos, ela sabe que seu tempo de vida está se esgotando, e deixar suas memórias no papel para Jenny, sua sobrinha neta, é uma forma de deixar suas memórias vivas, inclusive a lembrança de um amor há muito tempo perdido.

❝(...) A coisa mais bonita é poder ver a vida nos olhos de uma pessoa.❞

O QUE EU ACHEI:
A Caderneta de endereços vermelha é um daqueles livros que ganhou um espaço no meu coração. Me identifiquei tanto com Doris, torci tanto por ela que foi difícil aceitar que este livro chegou ao fim. Doris teve uma vida muito sofrida, mas sempre foi uma mulher forte, que também deu muita força para todos aqueles que passaram em sua vida, como Gösta - um grande amigo que ela fez, enquanto trabalhava de camareira e foi muito importante em sua vida -, uma amizade tão forte que sobreviveu as mudanças bruscas da vida.

Assim como Jenny, demorei nesta leitura, pois também não queria me despedir de Doris. Aliás, eu queria que Jenny tivesse tido um final um pouco diferente, mas isso não tirou o brilho da história.

A caderneta de endereços vermelha foi uma leitura que eu enchi de post-its e me emocionou do início ao fim. A história de uma mulher guerreira cheia de histórias pra contar, que nunca esqueceu seu primeiro e grande amor.

site: https://www.instagram.com/p/CGipUGTDfWY/
Isabella.Wenderros 19/10/2020minha estante
Eu AMEI essee livro! Também adoro esse tipo de história e me emocionei em vários momentos com a vida de Doris. No final fiquei com vários "E se...?" na cabeça.


Jaque @blogmalucadoslivros 20/10/2020minha estante
Nossa eu também! Este livro faz a gente pensar muito nisso né?!




Ana Claudia 20/05/2021

Não tenho palavras para definir o que estou sentindo ao terminar essa leitura! Que livro é ESSE???

Dóris é uma senhora de 96 anos que guarda consigo uma caderneta de endereços que seu pai lhe deu quando ainda era criança. A única lembrança que carrega dele e nela, anota todas as pessoas que foram importantes em sua vida. No entanto, quase todos os nomes dessa caderneta estão riscados. Todos estão mortos!

Ela discorre sobre a vida de cada um deles para sua sobrinha-neta, Jenny, única pessoa da família que ainda está viva, mas que mora em outro país e só mantém contato uma vez por semana, pelo computador.

Uma história que fala sobre a solidão, sobre recomeços, perdão, amizade, sobre dar valor e amar as pessoas enquanto ainda estão ao nosso lado!

Uma história que aborda temas como estupro, tentativa de suicídio, assédio sexual, menção a consumo de drogas, parto com bebê natimorto.

Impossível não terminar essa leitura chorando! Um dos livros mais emocionantes que já li!
gabihott 20/05/2021minha estante
Me deixou com vontade de ler ?


Ana Claudia 20/05/2021minha estante
Leia, Gabi! Esse livro é maravilhoso demais!




Renata 18/07/2021

Lindo!
Quando comecei a ler, não entendi o porquê de tantos comentários elogiando o livro. Aos poucos fui entendendo a maneira da autora contar a história e fui entrando na vida da narradora.
Quando percebi, já estava presa na narrativa. Adorei a maneira que o livro foi escrito. Uma história de vida fictícia, mas cheia de ensinamentos. No final, não segurei as lágrimas.
Maria Izabel 19/07/2021minha estante
Nossa estou lendo o meu, e como disse estou presa na narrativa.




Leticia 22/10/2020

Que escrita maravilhosaaaaa! Uma história triste com muitas reflexões. Uma leitura extremamente fluída! Amei muito
Karla Samira @pacoteliterario 05/12/2020minha estante
Também quero ler!!!




Sophia 10/07/2021

Perfeito
Esse livro é incrível, mostra a vida de Doris e gera várias reflexões sobre a vida, medos, inseguranças e sonhos. Eu amei muito, é uma leitura super fluida e a cada capítulo que eu terminava já queria ir pro próximo. Leiam ?
Sarah 10/07/2021minha estante
vou ler




Cau :) 16/09/2020

Inesquecível...
Dóris tem 96 anos e vive sozinha em Estocolmo. Sua única companhia é um computador que usa para escrever e conversar via Skype com sua sobrinha-neta, Jenny, que mora nos Estados Unidos. A vida de Doris nunca foi simples ou fácil. Durante sua trajetória ela registra, em uma caderneta vermelha, (presente do pai, quando ainda era criança) as pessoas que encontra pelo caminho e que tiveram algum significado - bom ou ruim - em sua vida. Hoje a maioria desses nomes está riscado com a palavra morto/ morta ao lado. É através deste caderno e de suas lembranças que Dóris vai contando sua história para Jenny. Entre uma lembrança e outra, está Allan, seu grande amor, sempre presente em sua memória. Eles passaram apenas alguns meses juntos quando eram jovens, se apaixonaram, se perderam na guerra, e Dóris nunca soube o que aconteceu com ele. Alternando partes do passado com os dias atuais, vamos conhecendo mais sobre essa personagem incrível e cativante. Um livro maravilhoso que fala de amor, amizade, e sobre as gratas surpresas da vida. Um romance lindo que encanta, emociona e nos mostra que todo mundo tem uma história que vale a pena ser contada!

"...mas as lembranças que guardamos da maioria das pessoas tendem a esmaecer com o tempo. Não que desapareçam ou não signifiquem mais nada. Mas aquela sensação de perda e pânico pela ausência torna-se opaca e acaba sendo substituída por algo ligeiramente mais neutro. Algo com que de alguma forma se pode viver"

"- Eu desejo tudo de bom para você - murmurou no meu ouvido. - Muito sol para iluminar os seus dias, com chuva suficiente para poder apreciar o sol. Muita alegria para expandir a sua alma, dores suficientes para conseguir apreciar os pequenos momentos de felicidade da vida. E muitos amigos para dizer adeus de tempos em tempos.."
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Valéria Cristina 01/10/2020

Impressionante
Sem dúvida, depois de Os Miseráveis, o melhor livro que li este ano... Ou ao longo de muitos anos.
Cheio de lirismo e uma escrita poética, fez-me chorar do começo ou fim... Imperdível .
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DanuzaEosLivros 16/10/2020

Maravilhoso
Uma montanha-russa de sensações. Alegres e tristes como convém a uma boa história.
Ao iniciar a leitura já fiquei de coração apertado e senti aquele mó na garganta que vem antes do choro, mas segui bravamente e me deparei com uma das mais belas narrativas que li nos últimos anos.

A narrativa é intercalada entre o presente e o passado através de cartas que são escritas por Doris para sua sobrinha-neta, Jenny para que suas memórias não morram com ela.

Doris tem 96 anos, vive só em Estocolmo e passa seus dias entre visitas rápidas de cuidadoras, conversas semanais por skipe com Jenny, que mora nos Estados Unidos, e suas muitas lembranças.

Quando pequena, Doris ganhou de seu pai uma caderneta de endereços onde anotou ao longo dos anos os nomes e dados de todas as pessoas que passaram pela sua vida e deixaram algo de bom ou nem tanto.

A partir dos nomes da caderneta Doris vai escrevendo sobre cada momento da sua caminhada e são muitas emoções que afloram durante esse relato. A escrita da autora é suave e poética, envolvente e calorosa.

E eu lembrei das pessoas queridas que já se foram e que deixaram muitas histórias (algumas escritas e outras faladas, mas que permaneceram)e senti o quanto é importante não deixar que essas memórias de parentes e amigos morram com eles.

Resgatar histórias, vivências seja sendo um bom ouvinte, seja estimulando o registro escrito ou por vídeo, tenho vários registros da minha mãe, pai, vó, tia que já se foram, mas deixaram seu legado e é reconfortante poder rever de vez em quando e passar para as próximas gerações.

Livro apaixonante, carregado de sensibilidade e emoção. Durante a leitura o coração aperta, os olhos ficam úmidos, mas a alma se aquece e o sentimento final é de agradecimento a autora por nos presentear com essa história inesquecível.
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Vai Lendo 23/10/2020

A Caderneta de Endereços Vermelha, de Sofia Lundberg, publicado aqui pela Globo Livros, ganhou um pedacinho do meu coração assim que li a sinopse. Quase perdi esta leitura para a Ju, mas, como ela é uma pessoa muito boa, pude ficar com este livro com a condição de emprestá-lo, assim que for possível (xô, corona!).

A narrativa acompanha a trajetória de Doris, que, aos 96 anos, decide escrever suas memórias e deixá-las como uma espécie de herança para o único membro de sua família ainda vivo: sua sobrinha-neta Jenny. À medida que passa pelas páginas de sua caderneta de endereços, ela descreve suas lembranças, bem como as pessoas que fizeram parte de sua vida.

Para começar, preciso dizer que eu simplesmente ADOREI o fato de a personagem principal ser uma idosa! Na verdade, foi isto que me fez interessar pelo livro. Sim, nós viajamos no tempo e a conhecemos primeiro como uma criança e, depois, como uma jovem mulher através de suas memórias, mas é a Doris de 96 anos que narra esta história, e eu acho isto IN…CRÍ…VEL! Eu defendo a divulgação de obras com personagens diversos e plurais e acredito que protagonistas da terceira idade podem e devem ser mais exploradas!

Eu senti muito pela solidão de Doris. A única interação que ela tem com outro ser humano, sem ser Jenny – com quem ela conversa uma vez por semana pelo computador -, é com uma cuidadora que só passa algumas horas do dia com ela. Eu imagino o quão isolada ela deve se sentir e como deve ser importante escrever suas memórias porque é o seu único legado. A jovem Doris passou por poucas e boas, o que nos faz simpatizar por ela imediatamente, mas a autora não a vitimiza. Doris fica cada vez mais forte a cada obstáculo que supera.

Um ponto que me agradou bastante na obra é que Lundberg não pinta uma história (somente) cor de rosa. Ela usa toda a gama de cores da sua paleta de emoções para criar uma trama bem mais verossímil e próxima da nossa existência cotidiana, mas, ainda assim, ela não se distancia muito da essência do gênero romântico.

Aliás, este é um romance muito doce e que nos deixa com o coração e a alma bem quentinhos e alegres! A leitura fluiu sem grandes problemas e de uma maneira muito leve e gostosa. Confesso que estava precisando de uma leitura assim! Depois de tantos livros de não-ficção e de leituras mais densas e pesadas, este livro caiu como uma luva para limpar o meu paladar literário! Recomendo muito para as nossas românticas de plantão! E fica a dica para as amigas que são manteigas derretidas: podem separar o lencinho (Ju, estou falando com você, viu?!).

Outra coisa positiva é que eu gostei muito de conhecer uma autora sueca. Estou percebendo, e isto me faz muito feliz, que escritoras mulheres e fora do eixo tradicional de leitura estão ganhando mais espaço nas estantes brasileiras. Pessoalmente, tenho feito um esforço para conhecer mais autoras e de países diferentes. Fiquei muito satisfeita com esta leitura!

site: https://www.vailendo.com.br/2020/10/08/a-caderneta-de-enderecos-vermelha-de-sofia-lundberg-resenha/
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