Resenhas - Balas de Washington

Nathiop 07/07/2021

"Estados Unidos: o país onde a liberdade é uma estátua."
Primeiro livro que eu favorito no ano simplesmente por ter uma escrita objetiva e fluida, mas muito boa.
Prashad, nesse livro, expõe como os Estados Unidos interferiram e interferem em todos os países do mundo que de alguma forma ameaçam o sistema. Apesar de ter conhecimento de algumas dessas ações, eu, mesmo assim, fiquei chocada ao ler sobre os planos da CIA e falas de homens importantes do país.
No entando, o livro termina com um poema que e certa forma traz esperança para nós que continuamos acreditando e lutando pela mudança do mundo.

Rafael 28/10/2020

Uma leitura NECESSÁRIA
De fato concordo com Evo: esse é um livro sobre balas. Prashad, através da seu enorme domínio do método da dialética materialista, analisa friamente a realidade do Sul Global sob as garras imperialistas dos EUA. Assassinatos de grandes líderes, golpes de Estado, planejamento de tortura, embargos econômicos, suborno. Todas essas práticas (e mais uma inifinidade de crueldade), Prashad mostra, são apenas "estratégias políticas" para os "Yankees de mierda", como gostava de gritar Chávez, e eu endosso seu discurso.

O livro nos indica, acima de tudo, a necessidade de construir alternativas políticas (radicais) para os povos do sul do globo diante do "Império do Norte", do capitalismo. Mostra, de forma muito compreensiva, os breves limites da democracia liberal como tática de alguma forma de emancipação popular (vide as intervenções a partir do lawfare). Não é coincidência que Cuba e Venezuela, por exemplo, tenham sido até aqui sinônimos de resistência anti-imperialista. Serve de exemplo, também, o golpe de Estado ocorrido ano passado na Bolívia, tirando de cena o maior líder político do país, Evo Morales. É a prova de que a democracia liberal, apesar de garantir alguns poucos direitos, é frágil e contraditória, não sendo à toa que os EUA sejam o exemplo do "triunfo" desse modelo de democracia no mundo.

Por fim, este livro pode parecer óbvio, mas não é. O autor consegue inserir fatos que raramente são discutidos até no âmbito das esquerdas. Com certeza é algo que você não vai ver sendo debatido na mídia hegemônica. As balas de Washington atigem o mundo todo, e principalmente a periferia do sistema capitalista. Uma embaixada estadunidense pode fazer um estrago enorme numa nação, isso Prashad deixa explícito. Enfim, um livro necessário para quem ainda consegue se indignar, mas, principalmente, para quem ainda não entendeu o que tem acontecido.

Lu_Augusto 24/08/2022

Entre os países existe o mocinho e o vilão? Existe fazer o bem ou defendem seus interesses apenas? O que podemos dizer que existe é países exploradores e países explorados. Chamamos esses exploradores de imperialistas. Dentre os maiores imperialistas está os Estados Unidos. Se algum país merece o título de vilão esse país é os EUA.
O livro mostra como esse império articulou golpes ao redor do mundo para programar as relações de acordo com seus interesses. São incontáveis guerras e barbaridades levadas a territórios alheios em nome de uma falsa justiça e democracia.

Arycia 14/07/2022

Um bom livro
De forma objetiva, o autor expõe as manobras dos EUA, muitas vezes representadas por golpes, a fim de manter o imperialismo mundo a fora e perpetuar o capitalismo. Algumas ações estadunidenses causam choque e indignação. Vale super a leitura!

Antônio 31/07/2021

Um dos melhores livros que li esse ano. Enquanto pesquisador em Direito Internacional dos Direitos Humanos, esse livro me serve de fonte para muitas das minhas pesquisas. Porém, enquanto latino-americano, me ajuda a fomentar a revolta e a luta contra o imperialismo estadunidense.

Desde as provas concretas do alinhamento do Direito Internacional aos interesses estadunidenses até a análise crítica sobre as sanções, o "lawfare" (a utilização do direito como instrumento de guerra) e a propaganda anticomunista propagada pelo capitalismo hegemônico, o autor costura a sua argumentação de forma brilhante para questionar como os países do "Norte Global" se tornaram o árbitro dos direitos humanos e do liberalismo enquanto aqueles que são considerados violadores desses princípios são considerados Estados vilões e terroristas.

Gabriel Evangelista 08/10/2020

A leitura é um pouco difícil e alguns temas penso que precisariam de mais profundidade, mas, o livro cumpre com o que promote fazer. É bem escrito e organizado em capítulos e sub-capítulos curtos, o que de certo modo, deixa a leitura menos cansativa já que o livro trabalha com temas que são muito densos.

Valéria 18/06/2021

De liberdade só existe a estátua...
As lutas de libertação nacional foram execradas pelos Estados Unidos. Milhares de pessoas assinadas; governantes eleitos democraticamente depostos por políticos financiados pela CIA, FMI e outras coisas mais. Eles vendem uma imagem de pais da liberdade, mas essa "liberdade" foi (e é) construída as custas da morte de muitos. O golpe de 1964 no Brasil foi financiado pelos EUA, a deposição do Evo Morales na Bolívia teve interferência deles, Nicolas Maduro passou a sua vida sendo perseguido pelo governo norte-americano, Fidel Castro sofreu VINTE E OITO tentativas de assassinato, entre tantos outros mais. E por que? Pra que? Medo do "comunismo" é uma das justificativas. A principal. Medo das reivindicações populares, medo de um país autônomo e desenvolvido por méritos próprios, sem se submeter às exigências inescrupulosas desse país que de liberdade só possui a estátua.

Pablo 10/10/2021

Excelente
Análise de livro: Balas de Washington, uma história da CIA, golpes e assassinatos, de Vijay Prashad.

Baita livro para quem quer entender como os Estados Unidos mantém o mundo sob controle, com uma mega síntese de dezenas dos mais de 50 golpes de estado que os Estados Unidos aplicaram em outros países desde a Segunda Guerra Mundial. O autor mostra as principais ferramentas utilizadas pelos EUA, desde as ameaças, pressões militares, posicionamento de tropas, construção de bases militares, infiltração de agentes da CIA, e como gradualmente essas ferramentas foram sendo substituídas ou complementadas pelas pressões econômicas, bloqueios comerciais, imposição de tarifas, ataques cambiais e especulativos e sanções de setores da economia ("os bancos são os novos tanques"), além dos já tradicionais suborno e cooptação de parlamentares, juristas, grande mídia e alta burguesia.

Também mostra como os Estados Unidos usam da grande mídia internacional, que eles controlam, para criar imagens ruins sobre países que não se submetem a sua tirania, criando os "Estados vilões" no imaginário popular, como Cuba, Coreia do Norte e a China (socialistas) mas também os países capitalistas que não se curvam aos Estados Unidos, como a Venezuela e o Irã, que ainda resistem, e os já devastados pela guerra, como a Líbia, a Síria, a Palestina, o Afeganistão e o Iraque.

Outro ponto importante é a relação da dominação imperialista dos EUA com a URSS. Prashad mostra como a potência socialista era um escudo para os países dominados resistirem as agressões dos EUA, e como a intensidade da dominação estadunidense aumentou desde que eles venceram a Guerra Fria contra a URSS. Como consequência, o desenvolvimento social praticamente estagnou no mundo capitalista desde a década de 90, e a única coisa que cresce são as fortunas dos bilionários.

Importante também é a avaliação que o autor faz de como os EUA sequestraram a narrativa da liberdade e dos direitos humanos, construindo uma fábula de que são o país da liberdade, e que invadem, bombardeiam e roubam metade do terceiro mundo, matando milhares de homens, mulheres e crianças (as vezes milhões, como na Indonésia) em nome da liberdade.

O prefácio é de Evo Morales, escrito em abril de 2020, enquanto os golpistas da Bolívia ainda estavam no poder, com total apoio dos EUA, através da OEA. Muito gostoso ler as palavras de esperança de Evo, prometendo que nós, trabalhadores, somos maioria, e que venceremos a minoria de exploradores que hoje dominam o mundo. Poucos meses depois, os golpistas foram derrubados na Bolívia, e em seguida presos, numa expressiva derrota de mais uma intervenção estadunidense. Esperamos que a próxima intervenção estadunidense a ser derrotada seja o golpe que são os governos Temer/Bolsonaro no Brasil, que Prashad também cita, de forma precisa e eficiente.

Super recomendo a todos que entendem o câncer que o Imperialismo estadunidense é no mundo, mas tem dificuldade de explicar para as outras pessoas. O livro é praticamente uma lista de crimes de guerra.

Amelie 02/04/2023

Cumpre o que propõe e vai além no quesito de mostrar as barbáries dos maiores países imperialistas na atual configuração global. São livros como esse que recomendo fortemente pra quem busca se radicalizar e entender como o capitalismo é desumano, além de entender alguns conceitos sobre geopolítica.
E não, não é somente uma questão de crueldade esporádica de um país malvado, é um projeto sistêmico que prioriza o lucro e o funcionamento do vínculo imperialista. Um grande exemplo é a ação da United Fruit Company na Guatemala, que mostra como os EUA fazem de tudo para proteger seus ganhos e o ganho de empresas privadas.
um elogio que quero fazer pro livro e pro autor também é a gama de países e movimentos que ele trás. desde a Guiana Britânica até a Libéria, sempre aprendo alguma coisa com as obras do Prashad. não é nada completo, até porque é um livro bem curto que traz muuitas coisas!

Ramon 22/09/2021

Excelente!
Mais um livro completo e extremamente minucioso de Prashad. Focado no domínio imperialista sobre os países ditos de terceiro mundo, o autor passa por todo o processo de exploração das riquezas e dos povos e a forma como a mídia e o poder politico norteamericano dominam as relações com os países explorados.

Eduardo 07/09/2020

Ótimo livro, descreve os procedimentos e intervenções dos EUA na derrubada de governos democráticos pelo Mundo.

Pantaleoniano 22/10/2020

Difícil, mas necessário
Difícil não pela linguagem ou densidade, mas pelo choque de realidade que se recebe a cada página.

Marcone.Procopio 21/02/2021

BALAS DE WASHINGTON, Uma histo?ria da CIA, dos golpes e assassinatos, Vijay Prashad.
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Este e? um LIVRO DIDA?TICO, de viso?es mu?ltiplas pore?m o?bvias. Ele explicita um me?todo. Um padra?o aplicado desde o fim do se?c XIX e em todo o se?c XX, e que, seguindo exatamente a mesma cartilha, ipsis litteris, e? agora aplicado no se?culo XXI. Open your eyes, because yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay. ?
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#balasdewashington #vijayprashad #expressaopopular #expressaopopulareditora #tricontinental

Pedro.Henrique 22/04/2021

Tipo de livro bom pra dar de presente pra galera que idolatra americano
Típico livro que é bom de ler buscando todas as atrocidades americanas na internet. Os EUA são um estado terrorista e seu maior alvo é a classe trabalhadora ao redor do globo terrestre. Em todos os continentes os EUA já deram golpes e mantém bases militares, aqui na américa latina não é diferente. O brasileiro que ama os americanos ou é burro ou lambe bota, no geral são os dois. Povo sem senso crítico e sem saber a história do próprio país. Quem acredita em Biden se engana, a política americana pra fora de suas fronteiras não vai mudar muito, ou até mesmo nada. Quando eu vejo países com Cuba, Coréia do norte, China e afins eu no mínimo entendo sua posição. Já pararam pra pensar que lá não tem Aécio, Moro, Alckmin, Bolsonaro e família? Países que em primeiro lugar colocam seu povo e sua soberania. Esse livro é uma das provas que se você não tem um povo unido e um governo firme nas decisões os EUA vão interferir na sua política. Gostei muito de ler combinado com Losurdo e "As veias do sul continuam abertas" da própria editora. Boa leitura camaradas.

Mateus 01/01/2024

Um país cancerígeno
Ótimo livro, baseado em muitas e muitas evidências e fontes que só aumentam nosso ódio pelos EUA e seu nojento imperialismo