A vida que ninguém vê

A vida que ninguém vê Eliane Brum




Resenhas - A Vida que Ninguém Vê


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Marcos Aurélio 23/01/2022

As vidas que não vemos todos os dias
Meu primeiro encontro com o trabalho da Eliana. Uma jornalista, no sentido real da palavra. Alguém que desafia o tradicional, a pauta, a ordem, e busca o inusitado, o ignorado e a verdade.

São vinte e três crônicas, além prefácio e posfácio. Textos nos quais Eliane conta a vida que ninguém vê, como ela é. Sem filtros, sob seu olhar, seu sentimento, sua percepção.

E só é real, porque Eliane não ouviu as histórias por telefone, ou leu em cartas ou e-mails. Como uma boa jornalista, jornalista de verdade, Eliane foi até as histórias, foi até as pessoas. Olhou nos olhos, ouviu, viu, sentiu.

Até a crônica "O Dia Seguinte", eu não havia entendido. Eu esperava vidas maravilhosas que ninguém vê. Histórias de superação, com finais felizes, mas estas são as vidas que todos vemos.

As vidas quem ninguém "quer" vê"r". Estão na minha rua, na minha vizinhança, nos meus grupos de relacionamento. Estão nos seus também.

Maria tocou-me, porque a história se confundiu com a minha.

Eliane tocou-me porque no fim, ambos não acreditamos em heróis. Queremos olhar de perto, e vistos de perto, eles não existem. Aliás, permita-me Eliane, eles existem, são anônimos e vivem combater em suas lutas, diariamente, mundo afora.
JurúMontalvao 25/01/2022minha estante
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Marcos Aurélio 25/01/2022minha estante
Já leu?


JurúMontalvao 25/01/2022minha estante
Não li, mas achei ótima a sua resenha ?


Marcos Aurélio 25/01/2022minha estante
Obrigado, se tiver oportunidade leia.




Felipe.Camargo 23/01/2022

A vida que ninguém vê, mas todos deveriam...
Poucos livros mexeram tanto comigo!
Eliane Brum escreve de uma forma que me causa inveja, arrancando poesia daquilo que é banalizado por todos.

O livro traz histórias de pessoas que são marginalizadas pela sociedade: o pai que enterrou sua filha a sua mulher, o mendigo que se arrasta pelas ruas de Porto Alegre, os tigres que negam sua natureza atrás das grades de um zoológico, o homem que mesmo trabalhando mais de 30 anos no aeroporto e que nunca tinha entrado em um avião.

São histórias verdadeiras, para rir e para chorar, sempre embaladas por uma escrita singular, resultante de um olhar único, que faz Eliane Brum ser uma das melhores jornalistas do mundo.
Ricardo.Silvestre 06/03/2022minha estante
Fiquei bem curioso com esse livro depois de ler algumas resenhas, incluindo a sua. Obrigado pela partilha.
Boas leituras!


Felipe.Camargo 06/03/2022minha estante
Ricardo, o livro é ótimo! Vale muito a leitura!


Ricardo.Silvestre 06/03/2022minha estante
Valeu pela dica, Felipe.
Já o adicionei à minha lista de ?livros a ler?.




Edu 16/05/2021

O extraordinário do comum
Em meio a tantos livros de como ser foda, incrível e acordar as 5h da manhã, existe A Vida Que Ninguém Vê e a odisseia das pessoas comuns em suas rotinas ordinárias.

Eliane brum coloca uma lupa de sensibilidade sobre histórias de pessoas que você já ignorou em algum momento. São vidas mais próximas do que aquelas de pessoas que ganharam 1 milhão em 1 mês.

Algumas histórias são felizes, outras nem tanto. Algumas batalhas foram vencidas, outras estão no caminho. Algumas vidas continuam e outras foram interrompidas.

Nós somos expectadores de primeira viagem dessas pessoas que nos são tão próximas e ainda assim não as enxergamos.

No meio de tantos livros de "como ser incrível em 5 passos", o Extraordinário talvez seja reconhecer o próximo e conseguir enxergar a si mesmo.
Samuel 16/05/2021minha estante
Essa resenha me deixou curiosíssimo sobre o livro. Obrigado por escrevê-la!


Geovanna.Holanda 16/05/2021minha estante
Ótima resenha! Fiquei super interessada


Edu 16/05/2021minha estante
Obrigado pelos elogios Geo e Samuel. Esse livro é tão bom que tenho certeza que irão amar.




Roneide.Braga 10/11/2021

Todos deveriam ler!
? Porque nada é mais transformador do que nos percebermos extraordinários - não ordinários como toda a miopia do mundo nos leva a crer.
Joao 10/11/2021minha estante
Tem cara de ser bom. Adoro a escrita dela nas colunas do El país


Roneide.Braga 10/11/2021minha estante
É muuuuuuuito bom!! ?




Tassi 14/11/2020

Esse é um dos meus livros favoritos, confesso que demorei a dar uma chance a ele, mesmo tendo sido fisgada assim que o vi. A escrita de Eliane é incrível, ela instiga a curiosidade e você vai devorando cada capítulo. É um livro sobre pessoas reais, histórias reais e, por mais clichê que seja, você termina a leitura com um pensamento diferente. Esse livro transforma você!

Ps: Fico feliz que seu Adail conseguiu voar!
Paty 14/11/2020minha estante
Queria muito ler esse livro, também gosto da escrita da Eliane


Tassi 14/11/2020minha estante
Ele é perfeito! Peguei emprestado e foi difícil devolver kkkkk.




Lorena 29/09/2017

Brum, que é a jornalista mais humana e sensível que conheço, como sempre, nos presenteia com a sua nobre delicadeza no contar com a biografia de anônimos tão essenciais para a construção e identificação da nossa Nação. Ela retrata a poesia que existe em cada um ao mesmo tempo que expõe as feridas e aponta as falhas do sistema governamental com a precisão e inteligência do mais conceituado cirurgião.
A vida que ninguém vê são crônicas reais de brasileiros comuns, alguns conhecidos e famosos no seu pequeno mundo, que no ano de 1999 estavam pelas bandas de Porto Alegre e tiveram a "sorte" de serem documentados pela jornalista. E o que mais vale na leitura é deixar-se envolver por esses protagonistas genuínos.
Maciel Brognoli 10/01/2018minha estante
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Lorena 21/04/2018minha estante
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Mariana.Barbosa 14/02/2022minha estante
esse é o meu livro favorito ?




Mateus 11/10/2015

O cotidiano, perante os olhos da maior parte das pessoas, tende a prevalecer como algo banal. São fatos considerados como dispensáveis de um segundo olhar, desprovidos de sentimento, que não despertam o interesse. Seja pela falta de conveniência e identificação para a maioria dos indivíduos, ou por ser cogitado o mundo extraordinário e o incomum como os que possuem mais a contar, as pessoas não creditam o valor merecido para o que é possível perceber no dia a dia. Para Eliane Brum, porém, o extraordinário está em todos os lugares, bastando apenas perceber. Mais do que tudo, o extraordinário está em A Vida que Ninguém Vê.

Para visualizar o restante da resenha, acesse o blog!

site: http://mateuscalazans.blogspot.com.br/2015/10/eliane-brum-e-vida-que-ninguem-ve.html
Bianca S. 13/10/2015minha estante
Oi Mateus! Sempre vejo suas resenhas por aí! =)




Cris 08/11/2010

A vida que apenas pessoas incríveis vêem!
Eliane Brum é uma das poucas escritoras que consegue me comover com suas obras. Ela tem o dom de fazer qualquer tema, por mais "desinteressante" que ele seja, em uma linda história.
Em seu livro, que é um conjunto de reportagens em forma de crônicas, ela narra o cotidiano de pessoas que normalmente não reparamos, mas que no fundo possuem uma grande historia de vida e de superação, ou seja, a vida que ninguém vê!
Essas historias passam desde uma mulher que nunca teve muitas oportunidades de estudo e que conseguiu dar educação aos seus filhos, mesmo contra vontade de seu marido, até um engolidor de vidro que teme cair no esquecimento do povo.

Linda obra, bem diferente dos padrões de livros, historias e narrativas que costumamos presenciar em obras de outros autores.





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juciele.dutra 18/04/2024

Muito bom e triste
Adotei as histórias e a forma que a aurora fez para as contar me ganhou muito, ver história de pessoas muitos não se importam mas tem tanto a contar foi fantástico
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Leonardo 07/12/2012

Livro incrível. A Eliane tem essa capacidade aguçada de captar a essência de cada pessoa e transformar em ótimas histórias. Ela, os personagens e o livro em si são inspiradores. Cheguei à última página me sentindo uma bosta de jornalista, mas com vontade de fazer melhor.
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Nanda 30/11/2012

Lindo de morrer! Leitura deliciosa, Eliane Brum escreve como ninguém.
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Rafael Revadam 06/01/2014

A Vida Que Ninguém Vê: Retratos Pulsantes de Olhares Esquecidos
Tem um ditado jornalístico que diz que a notícia está em todo lugar. Essa frase defende que o jornalismo não vive apenas de pessoas públicas, desgraças ou grandes eventos: existe reportagem do comum, do que aparentemente é comum. Esta é a essência de A Vida que Ninguém Vê.

A Vida que Ninguém Vê foi o nome de uma coluna assinada pela jornalista Eliane Brum em 1999, no jornal Zero Hora. Como o nome sugere, Eliane tinha uma difícil missão: noticiar o que está no dia-a-dia, despercebido de todos.

“Quando o pai raquítico carrega o filho de pernas mortas pela escarpa de sua tragédia, o morro para e se cala. Alpinistas da miséria, um passo em falso pode custar a vida. Embaixo, a enfermeira espera. Ou o vizinho. Como não há ambulância para levá-lo à fisioterapia, um e outro se alternam com seus próprios carros. A cada vez o menino vai com o coração descompassado, a cada vez que desce sonha que subirá com as próprias pernas”

Através de uma linguagem literária, Eliane narra uma realidade esquecida: pessoas que estão por aí, olhares que se cruzam com os nossos e passam despercebidos. O homem que trabalha num aeroporto e nunca voou, a menina que suplica por moedas quando o semáforo se fecha ou a mulher diagnosticada como louca mas que exerce mais o papel de cidadã do que as pessoas consideradas normais. São perfis que existem, que possuem uma história pra contar e esperavam apenas alguém que ouvisse suas vidas.

“(...) Costureira de mão cheia, um dedo mágico também para plantas e flores. Mãe de seis filhos. Casada com um marceneiro e depois separada. Perseguida por um diagnóstico médico: esquizofrenia. Poderia ter sido confinada num manicômio. Ou ficar esperando a vida acabar em uma clínica. Preferiu inventar a Frida. E, de algum modo, a família compreendeu. Num mundo que se especializou em esmagar, eliminar e encarcerar a diferença, o melhor para Nilsa era ser Frida. E a deixaram à vontade”

O grande mérito de A Vida Que Ninguém Vê está em sua autora. Eliane Brum tem um dom com as palavras, usando-as no tom certeiro para comover e envolver o leitor. Sua percepção transita no papel e cria para quem lê a ambientação necessária para construirmos os personagens em nossa mente e vê-los ao nosso lado. As vidas que ela viu encontram, através do papel, a nossa visão.

“Quase com certeza você ouviu esse hino em algum cruzamento de Porto Alegre. Debaixo de um sinal vermelho, o som entrando pelo vidro fechado, ameaçador como um Alien. O som entrando pela janela que você cerrou para se defender do ataque à sua consciência. Você rezando para que o sinal mude de cor, fique verde, não de esperança, mas verde de fuga. Sinal livre para escapar do rosto da menina grudado na janela. Sujando seu patrimônio. Obrigando-o a tomar conhecimento da miséria dela. Você, que paga seus impostos em dia, colabora com a campanha do agasalho, que até é um cara bacana. Subitamente transformado em réu no tribunal do sinal fechado por um rosto ranhento de criança”

Por fim, A Vida Que Ninguém Vê é aquele livro que você precisa ter em casa, para ser lido e relido. É visceral, pulsante. São páginas que te fazem refletir a vida e que te incentivam a sair pelas ruas buscando um novo olhar, uma nova visão de um cotidiano que tem muito o que mostrar.


site: http://criticoteca.wordpress.com/2014/01/06/a-vida-que-ninguem-ve-retratos-pulsantes-de-olhares-esquecidos/
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Edna 06/08/2014

Realidade
O que Eliane Brun transmite nestes contos nada mais é a realidade daquele que não é ator, nem político nem está fazendo sucesso e sim a realidade de qualquer ser humano mas que nas páginas dela ganha vida, ganha ênfase, com seus medos, suas dores e seus sonhos muito bom vale a pena e é uma leitura tão leve que impossível iniciar um dos contos sem terminá-los.
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Beorn 04/11/2014

Realidade Desfoque
Todos os dias, em todos os lugares, o mundo é rodeado de histórias e fatos. O homem possui a necessidade de interagir com o que o rodeia, porém, muitas vezes fica cego a seu próximo. O livro A Vida que Ninguém Vê de uma das mais renomadas jornalistas do país incita esse questionamento. A proposta de Eliane Brum surgiu em uma coluna no jornal Zero Hora de Porto Alegre que possuía o mesmo nome, a ideia era descobrir histórias do cotidiano, mostrando que não são apenas os grandes fatos que nos cercam que merecem nossa atenção, somos humanos, criamos histórias vivendo a vida, e essa é uma questão que nos esquecemos diariamente.
O livro traz suas melhores histórias contadas nas páginas do jornal e nos mostram o olhar perspicaz de Eliane quando adentra no mundo pessoal de cada indivíduo. Ela consegue fazer com que um simples personagem nos faça questionar e sentir o que poucos sentem ao se deparar com um jornalismo convencional, como se a proximidade do mundano fosse à chave dessa ligação.
O estilo de escrita de Eliane traz uma espécie de poesia que cala fundo no leitor. Suas crônicas-reportagens provocam alardes de consciência na medida que nos damos conta de como é a vida e de como muitos sobrevivem ao estígma de um mundo individualista. Seu jornalismo literário consegue despertar aquilo que parece que muitos deixam em suas gavetas secretas, a humanidade e respeito pelo próximo.
Seus textos foram tão destacados que ganharam o prêmio Esso Regional no ano de 1999, ano no qual foram publicadas suas histórias em Zero Hora. Seu livro foi publicado em 2006 e continua até hoje tocando a consciência e interagindo na vida das pessoas que descobriram que cada acontecimento, por mais pessoal que seja, traz uma série de sentimentos que as tornam tão dignos de holofotes quanto qualquer outra história. O comum também nos torna vivos.
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