Nada digo de ti, que em ti não veja

Nada digo de ti, que em ti não veja Eliana Alves Cruz




Resenhas - Nada digo de ti, que em ti não veja


90 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


Aline.Armond 11/04/2024

Que livro fantástico, com identidades de gênero e sexualidades múltiplas, religiões e raças diversas, com uma aula mestra de história do Brasil de uma forma divertida e instigante! Você quer ler tudo como quem acompanha uma fofoca, sem que se perda a profundidade de significados e reflexões. É lindo, lindo, lindo e o final é perfeito.
Anna.Beatriz 11/04/2024minha estante
Ah, tô doidinha pra ler


Aline.Armond 11/04/2024minha estante
Gostei muito, Anna Beatriz!




Michele130 08/04/2024

Ao ser teletransporta ao Brasil de 1732, espanta-me, ainda, as semelhanças com o brasilis atual. Mas nada tão grandiosamente surpreendente, visto que, em nossa cerne há as configurações ainda impostas culturalmente através do período colonial que reverberam até hoje como frutos de uma civilização tão múltipla. Partindo dessa reflexão, 'nada disso de ti, que em ti não veja' é uma obra literária histórica que se expande na tradução de um país plural, embora subserviente e cruel. No cenário da trama, o Rio de Janeiro de 1732, o leitor é envolvido pela escrita poética da Elisa e sob a voz do narrador Nkisi Kitembo que discorre a respeito de temas bastante diversos como racismo, fake news, as raízes patriarcais sob as mulheres, o fanatismo religioso e transexualidade.
Na história, somos apresentados à travesti Vitória, uma figura de grande força e com uma longa história de reinvenções, ex-escravizada e algorriada com poderes místicos que apaixona-se por Felipe, o membro de uma das famílias do arco principal: os Gama. Ao decorrer da narrativa, somos apresentados também aos membros da família Muniz e é a partir daí que destrincha-se uma série de confusões, mentiras e fofocas envolvendo as duas famílias.
Como mulher negra, me senti bastante tocada por esse livro por representar um período real na história do nosso país, sobretudo, a respeito do que era negado a população negra, o que é bem visível sob a análise do conceito de não ser idealizado por Fanon, ou seja, a figura do negro posta tão a margem a ponto da desumanização ser o seguimento mais viável. Outros personagens incríveis merecem aqui ser citados como Zé Savalu e Quitéria.A leitura é bastante fluida, com capítulos curtinhos que a partir da narração impecável, é impossível não querer chegar ao final desta história.
comentários(0)comente



Bruna.Bandeira 30/03/2024

Título com múltiplos significados
A apresentação do livro é um ótimo resumo. Política, corrupção, milícia, racisimo, abuso... Poderia ser o Rio de Janeiro atual mas se passa em algum lugar do período imperial. Me envolvi com os personagens e torci demais pelos desfechos. Mto bom!
comentários(0)comente



Maria 26/03/2024

Esse título acabou comigo, e o final... uma exploração da hipocrisia humana com muitos temas importantes abordados em meio ao Brasil dos anos da mineração. te amo Vitoria
comentários(0)comente



BarbaraDSB 12/03/2024

Nada digo de ti, que em ti não veja é uma frase usada em geral para encerrar cartas. É interessante o paralelo que elas carregam com os dias atuais, mas as consequências dessas denúncias eram cruéis. Mostram como a sociedade brasileira é baseada na punição e na violência.
Nada digo de ti, que em ti não veja é um romance histórico escrito por Eliana Alves Cruz. A trama se passa no século XVIII e acompanha as vidas das famílias Gama e Muniz. Essas famílias, aparentemente cidadãs de bem do Brasil colônia, escondem segredos profundos. O livro aborda temas como milícia, racismo, fake news, delação premiada, fanatismo religioso e transexualidade. Eliana Alves Cruz constrói um universo identificável e profundo, revelando a essência mais profunda do tempo e da sociedade .
comentários(0)comente



Larissa.@estantedalari22 03/03/2024

Maravilhoso!!
?Nesta terra estranha em que veio parar por artimanhas da sina, vez por outra ouvia falar de amor, e, a julgar pelas descrições, o sentimento que nutria pelo jovem bem-nascido era o que mais se aproximava dele.?

"NADA DIGO DE TI, QUE EM TI NÃO VEJA" e um romance histórico escrito pela autora Eliana Alvez Cruz, e está disponível na @tocalivros com duração de 6 horas, narrado por Nathiaga Borges.

Essa história é ambientada no Rio de Janeiro de 1732, e traz uma sociedade fanática por religião e uma cidade com suas ruas sujas e mal cuidadas.

Assim nesse cenário, conheceremos Felipe Gama, um homem branco, que vem de uma família rica e muito religiosa, e também Vitória, uma mulher negra, trans, pobre e curandeira que com muita força e luta conseguiu conquistar sua voz própria. Ambos nutrem uma paixão avassaladora um pelo o outro, e são consumidos pelo desejo. No entanto, além de ser considerado pecado o ato entre os dois, também é considerado um crime que pode levá-los à fogueira. Assim os dois lutam por seus desejos, enquanto muitas reviravoltas e segredos se desenrolam ao redor deles.

Esse é o segundo livro da autora que eu ouço, e eu já posso dizer com convicção que ela virou uma das minhas autoras favoritas da vida.

Nessa obra temos um grupo de personagens bem desenvolvidos e muito reais, mas a que mais chama atenção é Vitória, pois além de trazer o protagonismo negro com muita força, ela é uma mulher trans, e mostra que sim, naquela época as pessoas já lutavam para serem o que bem quiserem, eu achei incrível a autora trazer isso, e mostra muita representatividade!

A autora também aborda temas muito importantes como o fanatismo religioso, fake news, 3scravidão, rac!smo e muitos outros assuntos que ainda são bem atuais e precisam sim serem debatidos e combatidos!

É uma história envolvente, com um romance bem construído e que traz muitas reflexões, com grandes reviravoltas e cenas emocionantes. Se você é fã de romance histórico, precisa ler este livro!

?Eai gostou da resenha? Você já conhecia a autora ? Vamos conversar.
comentários(0)comente



Mandyy 01/03/2024

Muito bom!
A princípio não estava querendo ler e quase me recusei a começar, comecei apenas por que o clube de leitura da minha escola tinha esse livro como leitura escolhida.
Pensei que não ia gostar, mas foi o contrário, é muito bom, o desenvolver da história, os personagens, tudo. A cada página que se vira acontece algo que eu não esperava.
É aquela coisa, nunca julgue o livro pela capa, né?
comentários(0)comente



Izabella.BaldoAno 29/02/2024

"fico sempre muito admirado do modo como as pessoas caminham sobre a Terra sem perceber que flutuam entre dimensões. explico melhor: ao virar uma esquina, a soleira de entrada de uma residência ou simplesmente sair da rua para pisar na areia da praia, pouca gente nota que estamos entrando em outro tempo e espaço".

admirada fiquei eu com a capacidade de Eliana Alves Cruz em montar todo esse emaranhado narrativo que é Nada Digo De Ti Que Em Ti Não Veja, nos transportando pro Rio de Janeiro no século XVIII e, sem fazer a história destoar de seu contexto histórico, nos contando tantas coisas que poderiam, mesmo que em proporções diferentes, ter acontecido num passado muito próximo.

tem muito aqui: delação premiada, escândalos religiosos, contrabando, marginalização de pessoas trans, questões relacionadas a sexualidade e tantas outras. e eu diria que vai além: essa aqui também é uma história sobre a estrutura racial do nosso país e é uma história de resistência em vários níveis diferentes. nunca li uma narrativa com tantas personagens negras marcantes e que, pra que sejam marcantes, não estejam submetidas a diversos estereótipos. aqui a multiplicidade de potencialidades das personagens - sobretudo, reforço, as personagens negras - é de fato uma chave muito importante.

falar mais que isso pode ser dar muitos spoilers, mas posso acrescentar que essa foi leitura uma escolha muito acertada para começar a conhecer a escrita de Eliana Alves Cruz.
comentários(0)comente



A.Henrique 18/02/2024

Leiam Eliana!
Eu tenho estado muito feliz com minha lista de leitura nos últimos anos. No ínicio, achei que ia me limitar quando coloquei na meta ler mais mulheres, mais latino-americanos e autores LGBT+, mas que nada, foi justamente o contrário. Claro que não deixei de ler livros de autores estadunidenses ou ingleses (que, olhando em retrospecto, eram basicamente o que eu costumava consumir), mas tenho tentado diversificar muito mais, e descobri muita coisa boa!

Eliana Alves Cruz estava na minha fila de leitura há alguns anos, quando ouvi em algum lugar falarem sobre "Água de Barrela", adicionei na lista de desejados logo em seguida e coloquei o nome dela na minha lista de autores para conhecer. Meu primeiro contato se deu ano passado com Solitária, e me fez querer ler tudo da autora logo em seguida!

Falando do "Nada digo de ti que em ti não veja", o livro já me conquistou com esse título e, ao começar, a apresentação do narrador também me pegou. A história é ambientada no Rio de Janeiro do primeira metade do século XVIII e nos apresenta o clã dos Gama e dos Muniz, duas famílias que têm muito dinheiro, muitos segredos e muitos interesses e que vai fazer de tudo para conquistar o inquisidor mandado pela metrópole para julgar o aceite de um dos membros da família para o Tribunal do Santo Ofício. Felipe, filho mais novo dos Gama é prometido em casamento a Sianinha, para concretizar a aliança entre as duas famílias, mas acaba se envolvendo com Vitória, uma ex-escravizada alforriada conhecida na região por seus poderes sobrenaturais, e esse é só um dos detalhes que pode trazer problemas aos planos das duas famílas. Acho que tem vários detalhes da história que é interessante a gente ir descobrindo conforme a leitura vai passando, então prefiro falar apenas isso sobre o enredo. A escrita da autora é muito fluida, os capítulos são curtos, o narrador é incrível e as personagens são todas muito bem trabalhadas. É quase impossível largar esse livro.

Leiam Eliana!

Nota 5,0/5,0
comentários(0)comente



maju28 08/02/2024

Livro bom, do tipo que você pega pra ler em uma tarde e só percebe que o dia inteiro passou quando chega no final e já está de noite. A premissa de mostrar personagens de minorias no Brasil Colônia, guardadas as especificidades de cada minoria em questão e as complexidades de cada grupo dentro do contexto da época é ótima. Com certeza foi o ponto alto na minha visão.
Mas acho que faltou bastante desenvolvimento em algumas dinâmicas e em alguns personagens. Talvez o fato do livro ser curtinho tenho prejudicado nessa parte. Não consegui comprar algumas coisas que o livro apresentava como fatos porque só me "contaram", eu não vi nada, o que eu sempre acho que é um ponto negativo.
A questão do livro ser curto prejudicou um pouco o desenrolar do final também, na minha opinião. Sem o desenvolvimento necessário ficou parecendo um final decidido de última hora, ou uma tentativa muito grande de surpreender o leitor, mas que sem qualquer indício previo não dá a mesma emoção que poderia dar se fosse uma estratégia mais bem executada.
Num balanço geral o livro é bom, mas eu fiquei curiosa de saber como seria o resultado se algumas pontinhas soltas tivessem sido melhor amarradas.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Jojota 26/01/2024

Completamente encantado com a história.
Vitória a maior personagem desse livro. Fiquei em êxtase em cada página.
comentários(0)comente



Lysiane.Correa 23/01/2024

Um livro primoroso, com um panorama histórico muito bem construído do Rio de Janeiro de 1732. Ainda colônia, ainda escravagista.
Narrado de forma onisciente por Nkisi Kitembo, o romance navega entre diversos temas como milícia, racismo, fake news, conservadorismo, fanatismo religioso e domínio do homem sobre o corpo da mulher. O que mais chama atenção, entretanto, é a questão da transexualidade: Vitória, uma personagem forte e enigmática ? que eu confesso que gostaria que tivesse aparecido muuuuuito mais na história! Me rendeu fortes emoções!

Se algum dia te falarem "gosto de Machado de Assis e Itamar Vieira Jr, qual livro você me recomenda?"
Falem desse livro da Eliana NA HORA. Que delícia ler uma mulher escrevendo um livro desses! ?
Sempre há exemplos e formas de ler mais mulheres, e esse é um exemplo fortíssimo.
comentários(0)comente



Dominic nic nic 16/01/2024

Uma ficção histórica de respeito, é notável a pesquisa da autora para proporcionar um cenário tão verossímil. Adorei a história, recomendo.
comentários(0)comente



Vinder 15/01/2024

Bom livro da Eliane Alves Cruz. Enredo muito bem feito, escrito de forma que prende a atenção do leitor e ótima contextualização histórica.
comentários(0)comente



90 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR