Pequena Abelha

Pequena Abelha Chris Cleave




Resenhas - Pequena Abelha


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Lorran 27/09/2010

Pequena Abelha
"Uma obra de arte: perturbadora, excitante e muito comovente." - The Independent

Disse tudo, a pessoa que escreveu estas palavras para o The Independent. E se eu tivesse que escolher apenas uma palavra, "perturbadora" seria ela. Pequena Abelha é daqueles livros que te levam a uma realidade que a gente custa a acreditar que possa ser real. Aquela sujeirinha que jogamos pra baixo do tapete para que tudo possa parecer bem. Realmente perturbadora a história da Pequena Abelha.

O livro leva o nome de uma das principais personagens da trama, mas gosto muito mais do título original: The Other Hand. Apesar de todo o drama que é vivido nas 272 páginas desse excelente livro, The Other Hand exala um pouco da mensagem de esperança proposta ao final do livro. Sem contar que acredito que por mais superficiais que possam parecer os dramas de Sarah comparados ao de Pequena Abelha, as duas histórias tem a mesma importância para a construção da trama.

"Você também teve problemas, Sarah. Está enganada se pensa que isso não é comum. Vou lhe dizer: os problemas são como o oceano - cobrem dois terços do mundo."

O livro tem como start um primeiro encontro entre as duas personagens citadas - Pequena Abelha (uma refugiada nigeriana) e Sarah (editora de uma revista de moda londrina), quando a decisão de uma afeta diretamente a vida da outra - e vice-versa. Apesar de outros personagens serem importantes na trama, não o são no mesmo nível de Sarah e Pequena Abelha. São os encontros perturbadores entre as duas que amarram de forma surpreendente a história do livro. Mesmo Batman (Charlie, filho de Sarah) sendo um símbolo perfeito do poder das escolhas em nossas vidas.

Mas realmente, conforme proposto na contracapa de Pequena Abelha, "não queremos lhe contar o que acontece neste livro. É realmente uma história especial e não queremos estragá-la."

"Temos de ver todas as cicatrizes como algo belo. Combinado? Este vai ser o nosso segredo. Porque, acredite em mim, uma cicatriz não se forma num morto. Uma cicatriz significa: 'Eu sobrevivi.'"
Amélia 31/03/2012minha estante
Quem diria que um livro com o nome de pequena abelha pudesse ser tão perturbador. Parabéns pela resenha está ótima.


CamyTom 07/06/2012minha estante
Fiquei mais curiosa ainda para ler este livro. E que frase de impacto hein? "uma cicatriz não se forma num morto. Uma cicatriz significa: 'Eu sobrevivi."


Lu 27/06/2016minha estante
Livro incrível, fascinante. Pena que nem todos que leram se envolveram na história, eu não consigo imaginar isso acontecendo comigo. Uma dica, que sempre sigo: controlem suas expectativas, leia com calma (às vezes é muito difícil), aproveite a história. Muitos gostaram e muitos se decepcionaram com o livro? Mais calma ainda na hora de ler. Eu compreendi os sentimentos de todos os personagens, não tem como não se colocar no lugar deles e sentir o que sentiram, para mim pelo menos. Dura realidade desse mundo cruel. É mais fácil fechar os olhos e fingir que não vê nada do que acontece com os outros...




Lista de Livros 22/12/2013

Lista de Livros: Pequena Abelha, de Chris Cleave
“– Vou lhe dizer: os problemas são como o oceano – cobrem dois terços do mundo.”
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“Talvez aos vinte anos seja natural ter curiosidade sobre a vida, mas aos trinta simplesmente se desconfia de todo mundo que ainda tem uma.”
*
“Não sei por quanto tempo corri. Talvez por cinco minutos, ou talvez pelo tempo que um ser divino leva para criar um universo, fazer a humanidade à sua imagem mas não encontrar consolo nisso, depois presenciar horrorizado a morte lenta e cinzenta daquilo, sabendo estar ainda totalmente sozinho e desconsolado.”
*
Mais do blog Lista de Livros em:

site: https://listadelivros-doney.blogspot.com.br/2011/12/pequena-abelha-chris-cleave.html
Jamille Santos 28/05/2023minha estante
Também não curtir essa leitura.




Marezinha 29/12/2010

http://livrosmemordam.blogspot.com
Primeiramente gostaria de pontuar minha decepção. Não é que a história seja ruim – apesar de ser clichê. É boa. Mas que jogada de marketing babaca, hein? NADA justifica esse mistério todo, sobre não poder falar do que se trata o livro.
Durante a leitura eu fiquei pensando no filme O sexto sentido, onde também houve uma campanha para não se dizer o final. A diferença é: Se você sabe o fim deste filme, perdeu a graça. No caso do livro, você pode saber o início, meio, final, não vai mudar nada. Não existe um ponto surpreendente onde você diga: “É POR ISSO QUE DEVEMOS MANTER SIGILO!”
E partindo desse princípio que farei minha resenha.
Se você quer ler este livro, nem crie expectativa. Porque se criar, vai ser fail. Foi o que eu fiz. Criei uma puta expectativa, afinal, todos estão falando tão bem! E ainda vem essa putaria em não dizer do que se trata que uau, deve ser bom mesmo, hein? E o que acontece? É uma boa história, ressalto isso, mas devido a campanha TOTALMENTE DESNECESSÁRIA, eu julguei o livro como regular. Se tivesse dado a sinopse em vez da babaquice, eu com certeza teria pensado: que livro foda!
Uma dica pros marketeiros de plantão: só inventem segredos se houver motivo. Caso contrário, só deixa as pessoas putas. :)
Portanto, se você não quer saber do que se trata, não leia abaixo.
História sobre negro infeliz e africano é BATIDO. A grande parte legal do livro é: não é literatura fantástica. Sabe por que? Porque estou de saco cheio de literatura fantástica. Não agüento mais MESMO! Tá na hora de voltar a ter outro tipo de literatura super vendendo e, no caso desse livro, foi um ponto positivo. (Pena que só esteja vendendo assim devido ao marketing infeliz...)
Falar de imigrante ilegal, refugiados, blábláblá, ta em alta. Quero ver é alguém escrever um livro sobre um africano feliz. Aí sim, eu boto na capa que é surpreendente. Porque falar de infelicidade na África é o que todo mundo faz, cadê a surpresa?
Sim, estou puta com o livro mesmo.
Arrumando algo de bom para falar, a gente explode a campanha de marketing e finge que ninguém tentou enganar a gente com isso, ok? A história é delicada. Isso significa que não adianta ler correndo, é cheia de detalhes nas entrelinhas, por isso, leia devagar que vai ser legal. E o tom irônico do autor me fez dar bastante risada ao longo do livro.
Enfim, eu não vou dizer que recomendo, porque estaria mentindo. Mas vou dizer que pode ser interessante, se você não esperar nada do livro.
Cassius 31/12/2010minha estante
Concordo plenamente com o seu comentário a respeito do marketing barato... lembra a Polishop querendo vender seus horríveis produtos... o que surpreende no livro é a narrativa do autor muito bem conduzida para um enredo simples e clichê... Abraço!


Valdirene.Perez 01/01/2011minha estante



Também não gostei do livro, o desenvolvimento da história é chato, principalmente a linguagem usada pelas refugiadas.


Cíntia Mara 08/03/2011minha estante
Desde o princípio tenho olhado pra esse livro com desconfiança, justamente por causa da campanha.


Cristina 05/01/2013minha estante
"Se tivesse dado a sinopse em vez da babaquice, eu com certeza teria pensado: que livro foda!
Uma dica pros marketeiros de plantão: só inventem segredos se houver motivo. Caso contrário, só deixa as pessoas putas."

Melhor comentário para esse livro ever. Falou tudo!

Comprei ele com a maior empolgação pq tinha visto uma menina elogiá-lo muito no Youtube e quando fui ver, me decepcionei total. Engraçado pq o tempo todo que lia eu pensava: Quando vai vir a parte que fez a menina ficar tão empolgada. E o livro ia acabando, ia acabando e nada.

SPOILER:

Sem falar no final inverossímil de doer (O livro todo é inverossímil, mas o final é muito mais, né?). Quando que aquela mulher que havia passado momentos horríveis naquele país iria ter coragem de levar o filho pequeno para lá e ficar andando de um lado pro outro com gente perseguindo eles e ela consciente disso!!! Aff...


Elson 08/02/2018minha estante
Não ia ler, agora vou. Fiquei curioso não pelo final, mas para ver a babaquice. O debate me deixou curioso. Vamos à leitura.




@bibliotecadedramas 02/05/2020

"este é um bom truque"
Uma das coisas maravilhosas que a literatura proporciona é quando você começa um livro e esse livro supera em um milhão de vezes a sua expectativa. Dito isso, a outra mágica que acontece é quando você termina uma história, mas não consegue sair dela porque você ainda está absorvendo tudo o que aconteceu e você se pega muitas vezes ao dia pensando no livro que acabou de ler. Eu acredito que quando um autor consegue fazer isso, ele atingiu o próprio objetivo em arrancar o seu coração fora e desgraçar sua cabeça AHAHAHAHAH. Perceba, isso não é ruim. Literatura é uma forma de arte e arte é tudo aquilo que de alguma forma mexe com você e desperta suas emoções.

“Porque, acredite em mim, uma cicatriz não se forma num morto. Uma cicatriz significa: ‘Eu sobrevivi’.”

Estou aqui dizendo tudo isso porque eu me surpreendi demais com Pequena Abelha. E porque foi um dos melhores livros que li até o momento em 2020 e porque entrou pra minha lista de favoritos também. Essa é a história de Pequena Abelha e Sarah e quando elas cruzam por duas vezes em dois momentos e em países diferentes. Duas vidas e realidades completamente diferentes uma da outra e que acontece coisas que jamais podemos imaginar. Isso é tudo que eu vou dizer sobre a história, pois na própria sinopse do livro o autor pede: “Depois de ler este livro, você vai querer comentá-lo com seus amigos. Quando o fizer, não lhes diga o que acontece. O encanto está sobretudo na maneira como esta narrativa se desenrola”. E realmente essa é a mágica.

“A noite, claro, é um refúgio. É para onde você vai quando um nome novo ou uma máscara e uma capa não conseguem mais escondê-lo de si mesmo. É para aonde você corre quando nenhum dos principados da sua consciência lhe concede asilo.”

Então isso é tudo que vou contar à vocês, mas posso garantir que é um livro, pra dizer o mínimo, surpreendente. Pequena Abelha é uma história crua e mesmo se tratando de uma ficção, mostra a realidade de muitas pessoas. Chris Cleave nos apresenta uma narrativa envolvente, carregada de sentimentos e grandes lições, por muitas vezes eu voltava em certos trechos porque eu queria absorver mais aquele momento. É um livro curto – 252 páginas apenas, então dá pra ler super rápido. Eu acredito que cada um vai absorver a história de um jeito, li várias resenhas e algumas delas as pessoas não gostaram muito, ao passo que muitas outras e isso me inclui, achou a história espetacular.

Se vocês gostam das minhas indicações de leituras eu digo: incluam esse livro na lista de leitura e LEIAM. Além de ler uma ótima indicação para um clube do livro.

site: https://shejulis.com/livro-pequena-abelha/
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Danni 27/02/2011

Apenas jogada de Markenting
Quem viu a capa e contra-capa desse livro, ficou super curioso e doido pra ler o livro.
Pois lhe digo...é pura enganação.

Não tem nada no livro para ser escondido, e nem para comentá-lo com amigos.
Vi resenhas que o autor Chris Cleave está sendo comparado ao Khaled Hosseini. Nem chega perto, os livros de Khaled são emocionantes, de fazer chorar.

Bom vamos a resenha...um pouco da estória.

O livro fala da história da Abelhinha uma africana fugida. Daí adiante o livro é narrado por Abelhinha e Sarah (uma cada capitulo).
O acontecimento que cruza as duas mulheres, não vou contar (vou deixar o mistério do livros pra vcs desvendarem tbm)...mas não existe mistério nenhum!
Achei triste apenas na parte de Nkiruka, o resto não tinha nada de emocionante...
O final ficou a desejar tbm, não tem desfecho.

Não é um livro, que fez falta...mas leiam e tirem suas conclusões!

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E. Dantas 05/10/2010

LÍNGUAS
Não é uma bela estória, mas é contada com uma beleza ímpar.

Isso aí seria minha definição de "Pequena Abelha" caso eu tivesse pouco espaço para escrever, ou fosse importante como aquelas pessoas que escrevem essas pequenas frases que aparecem nas capas dos livros para que pensemos que eles são importantes.
Mas isso não importa.

No fundo nada importa muito nessa obra se não forem pequenas coisas.

Os detalhes que permeiam a vida de Abelhinha, no mais puro terror à mesma, se chocam com o gigantismo das atitudes desenfreadas de Sarah de maneira formidável, no mais puro sentido da palavra.

A estória é assustadora. Dessas que você lê metade no jornal e vira página antes de terminar soltando um "deus me livre" de canto de boca. Mas a forma com que Cleave escreve e divide suas personagens é algo genial. Ele não só consegue por no papel sentimentos traduzidos em palavras claras, como nos dá a estranha impressão de que não existe outra forma de se traduzir aquilo no mundo ao mesmo tempo em que só você pensa daquela forma.
Talvez você e seu melhor inimigo.
Ou uma pessoa que você nunca conheceu.
O que Cleave faz é mais do que arte.
Ele aproxima as pessoas do que elas pensam só compreenderem por si mesmas.

Vale muuuuuuuito a pena pra quem gosta de ler.
Obrigatório pra quem curte escrever.

Beijos e inté!

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Mariana.Schmall 07/04/2022

Muito bom!
Um livro que fala sobre tantos assuntos, refugiados, cumplicidade, traição, amor, preconceito liberdade, respeito e muito mais. É inevitável a reflexão sobre a vida que levamos tão "tranquila" em nossa zona de conforto.

Um livro forte com personagens fortes!

O amante da Sarah é um chato! Fora isso o livro é muito bom! Não dá pra falar muito pra não perder a graça. Leia vale muito a pena.
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redomingos 07/03/2011

Dizem que não se pode julgar o livro pela capa. Depois de ler "Pequena Abelha" eu concordo. Quando li a capa desse livro por um e-mail enviado pela editora Intrínseca na época do lançamento fique doida de curiosidade. Mas, como o dinheiro estava curto, só agora consegui comprar o livro e descobri que cai em uma jogada de marketing.
O começo do livro é realmente muito bom, mas o meu interesse pela história terminou bem antes das páginas acabarem. Só depois que já tinham se passado mais de 180 páginas e eu ainda esperava o ápice anunciado na capa, foi que eu me dei conta que ele já havia passado.
E quanto a "maneira como essa narrativa de desenrola" não há nada de novo nem especial. Pra falar a verdade esse tipo e narrativa já foi melhor empregado em "cidade do sol".
Mas o que mata de tédio mesmo são os personagens. Não tem um personagem carismático na história. Sarah é muito egoísta, então uma atitude tão altruísta nem combina muito com ela. O garotinho Charlie é insuportável assim como Lawrence. Até a própria Abelhinha é um personagem estranho. Em alguns momentos ela é extremamente frágil e inocente, e logo depois ela é ardilosa a ponto de praticamente chantagear Lawrence.
É claro que a história de Abelhinha é tocante, principalmente porque todo mundo sabe que atrocidades como essa acontecem todo dia. Mas chega um momento em que o livro se perde totalmente. Por exemplo:(Pode haver um spoiler bem levinho) Você sofreu um trauma inimaginável num certo lugar. Isso custou a vida do seu marido e mudou sua vida para sempre. O que você faz? Leva seu filhinho pra lá? É claro que não!!!
Fran Kotipelto 10/03/2011minha estante
Obrigada pelo alerta...


Fer Kaczynski 23/08/2011minha estante
Realmente, o garotinho é insuportável, e o livro muito chato, me perdoe quem gostou, mas esse não recomendo a ninguém, puro marketing, decepcionante


letícia 09/12/2011minha estante
Adorei sua reseha.
Do meio para o final, o livro ficou muito cansativo. Não acontece nada de extraordinário no final e os personagens realmente não são carismáticos. O Charlie é muito chatinho mesmo.
E uma coisa que eu não citei na minha resenha e assino embaixo da sua: "Por exemplo:(Pode haver um spoiler bem levinho) Você sofreu um trauma inimaginável num certo lugar. Isso custou a vida do seu marido e mudou sua vida para sempre. O que você faz? Leva seu filhinho pra lá? É claro que não!!!" EXATO! Quem leva um garotinho de 4 anos para Nigéria com uma refugiada que estava sendo procurada e "jurada" de morte??? Quando eu terminei de ler, pensei "Pq não deixou o menino com os pais dela?". Foi cômico esse final.


Eliane Maria 14/02/2015minha estante
Concordo com você quanto ao desfecho , ficou totalmente fora da realidade.




Tielle | @raposaleitora 30/09/2010

Resenha Livromaníaca
Pequena Abelha foi escrito por Chris Cleave e publicado pela Editora Intrínseca. Contém 270 páginas.

Quando iniciei a leitura não sabia exatamente o que esperar do livro, pois na contra-capa, onde geralmente fica a sinopse do livro, está escrito: "Não queremos lhe contar o que acontece neste livro". A única informação obtida é que o livro narra a história de duas mulheres que se encontram de uma forma inesperada e como a decisão de uma delas muda completamente a vida da outra. Quando as duas se reencontram anos depois a história se inicia...

Não posso dizer mais nada sobre o livro!!
Mas posso comentar o que o livro me fez sentir e o que achei do mesmo. O livro me fez pensar nas minhas escolhas e no futuro; me fez ver a vida de uma maneira diferente (pelo menos enquanto estava lendo-o); me fez ficar grudada em suas páginas por dois dias para acompanhar o destino das duas personagens; me fez chorar com todos os acontecimentos trágicos e felizes e me fez ver as cicatrizes de uma maneira diferente...

Pequena Abelha, como personagem, me cativou muito por sua história e por suas decisões e pensamentos.

"Uma Obra de arte: perturbadora, excitante e muito comovente." The Independent

"Uma história arrebatadora." The New York Times

Livro recomendado para todos!!
Hernane 02/10/2010minha estante
Nossa, depois da sinópse e da sua resenha o meu interesse ficou maior ainda por esse livro.
Ótima resenha, parabéns.


Ellen Diniz 04/10/2010minha estante
Fiquei muito mais curiosa do q já estava antes lendo sua resenha. Ameiii s2




Elton 28/10/2010

Livro Encantador versus Marketing Furado
Minha Gente,

Como os outros resenhistas já argumentaram aqui, é difícil falar sobre este livro sem discutir alguns pontos básicos da trama, não divulgada pela editora. Enfim, apesar de não concordar, respeitarei a estratégia e seguirei aqui sem qualquer spoiler.

Pequena Abelha apenas não merece cinco estrelas porque, assim como no exterior, foi adotado aqui no Brasil a estratégia de divulgar este livro como se a trama tivesse um enorme mistério, algo como a Ilha de Lost. Tal mistério não existe! Leia sem esperar muitas reviravoltas.

A ambientação de Kingston, em Londres, e da Nigeria é encantadora e primorosa. Como uma das resenhistas bem falou aqui, dá quase para sentir o cheiro local. Chris Cleave não poderia ter acertado mais.

O autor também é capaz de fazer sacações brilhantes sobre a vida e os relacionamento dos personagens. Os capítulos variam entre o ponto de vista em primeira pessoa de Sarah, inglesa, e da Pequena Abelha, nigeriana e são muito convincentes.

Um senão: achei o último terço do livro um pouco corrido e a veracidade deixou um pouco a deixar se em comparação com o resto da obra. Mas ainda assim, recomendo a leitura. Queria muito saber se outros leitores também acharam isto.

Conclusão: não deixe de ler este livro, mas esqueça a bobagem do "mistério" apregoada pelos marketeiros da editora.

Saudações,
Elton - RJ
Ana Maria 29/10/2010minha estante
Ótima resenha! Também pensei haver algo surpreendentemente mortal no livro, o marketing realmente errou.
Ainda assim, a forma como tudo acontece é chocante.


Elton 31/10/2010minha estante
Estamos em sintonia: também curti muito sua resenha.


Creuza C. 31/10/2010minha estante
ÓTIMA RESENHA!!!


Fabi 06/01/2011minha estante
Concordo Elton, principalmente sobre o ultimo terço do livro, muito corrido e pouco explorado!

E claro, fiquei esperando o tal mistério...que pena me decepcionei. O livro termina e fiquei pensando se nao estaria faltando algumas paginas..hehehe
Apesar de td, gostei demais da Abelhinha!!

Ótima resenha!!




Márcia 18/04/2011

Algo estranho

Com um grande investimento em marketing, “Pequena Abelha” chega com tudo, prometendo mundos e fundos numa leitura misteriosa e original. Lendo esse livro me lembrei das minhas aulas de redação sobre publicidade; o que uma propaganda bem feita não pode fazer, hein? “Pequena Abelha” é prova escrita disso.

Nada vi de “misterioso” nesse livro. Vi sim muita apelação disfarçada em palavras bonitas e, admito, bem escritas.

A narrativa em sim é interessante e agradável, o que é muito bom, porque apenas esse fator faz essa leitura prazerosa. Os personagens, inicialmente, se mostram interessantes, mas a promessa de que eles alcançariam outro nível em determinando momento da história frusta o leitor ao longo da leitura, já que isso não acontece. A história é estática. Ora contada por uma ora por outra personagem, aos poucos vai cansando o leitor. Além disso há a promessa desde a sinopse de um grande mistério acerca da ligação entre a “Pequena Abelha” e a Inglaterra. Bem, quanto a isso posso apenas dizer que a resposta é razoavelmente aceitável, mas esbarra em um grande clichê.

Há algo de estranho e de muito errado nessa história toda; é inverossímel, um pouco entediante e, bem, passável. Não há como analisar o livro a partir daqui sem revelar detalhes, basta apenas terminar confessando que essa foi uma das minhas leituras mais inaproveitadas.

No final há a tentativa do autor de coroar o que ele acha ser sua obra-prima com muito drama e talvez, surpresa. Para mim, foi apenas a cereja do bolo de apelações. Em outro contexto, eu poderia ter amado esse final, mas enquanto lia era como se o livro inteiro fosse um mingau num prato raso em uma mesa torta que estou esperando que esfrie, aos poucos ele vai tranbordando, mas e dai? Eu nem quero mingau mesmo.
Para mim esse livro é a grande bagunça que o mingau faz ao finalmente pingar no chão.
Hernane 26/04/2011minha estante
Metáfora muito bem aplicada hahahah


Camila 29/05/2011minha estante
Inverossímel? Quando? E que apelações forçadas você viu? Só se for na publicidade ne? Porque no livro em si não tinha nenhuma.


letícia 09/12/2011minha estante
"...essa foi uma das minhas leituras mais inaproveitadas..." concordo!

Achei super sensata sua resenha, disse muito do que eu não soube expressar na minha!


Cristina 05/01/2013minha estante
Concordo plenamente. Taí uma palavra que resume essa jogada de marketing, quer dizer, esse livro. É extremamente inverossímil.




Andrieli3 15/01/2023

PEQUENA ABELHA
Já vou começar com: Não recomendaria à um amigo.

Para mim, nada funcionou nesse livro.
Ele tem seus altos e baixos, não é de todo mal? porém são mais baixos que altos. Estou sendo generosa com 2,5 estrelas.

Acho que já mencionei isso aqui uma vez: o que faz um livro ser bom pra mim é: a emoção que o livro transmite. Diferente de adaptações para a telinha, o livro descreve as emoções dos personagens e isso cria um laço emocional maior com os leitores.
SPOILERS ABAIXO
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?????- SPOILERS ????-
Sobre Abelhinha, não existe emoção transmitida quando:

-depois de 2 anos, é liberada do centro de detenção.
-umas das companheiras que deixa o centro junto com ela se enforca e ela vê o corpo.
-quando Andrew se mata na frente dela, depois descobrimos que ela tem culpa nisso (o autor se limita a dizer que ela chorou)
-quando ela conta, com terríveis detalhes, como a irmã, que ela tinha uma ligação forte, é morta violentamente.
-quando ela chega à casa de Sarah, que se oferece para ajudá-la a ficar legalmente no país. (Nenhuma descrição de sentimento de gratidão nesse momento)

Sobre Sarah, não existe emoção expressa quando o MARIDO dela morre repentinamente, por suicidio inclusive. Sei que ela tinha uma caso, mas gente, o luto parece nem existir.

A descrição do início do caso com Lawrence, é ESTRANHO. O Autor tenta descrever uma tensão/atração física pairando no ar e simplesmente não gam nos finalmente? na primeira vez que se veem para um encontro profissional(?)

Até Charlie, o filho pequeno do casal, parece não se importar muito com a morte do próprio PAI. Pergunta por ele umas 2 vezes..
Quando ele some no parque, é o único momento que eu senti o desespero de Sarah. 3 ou 4 páginas?

Ainda sobre o caso extraconjungal: os dois saem juntos publicamente, Lawrence apresenta Sarah aos conhecidos- um caso não deveria ser confidencial? Linda parece fingir não saber do caso, sem razões apresentadas para tal, e com dois filhos pequenos pra criar.

É só um parênteses: que reação ridiculamente burra da Abelhinha quando se encontrou com os policiais. Senti vergonha alheia pelo autor.
Outro parênteses: quando Abelhinha contou à Sarah sobre o dia da morte de Andrew, o autor simplesmente ??enquanto eu via os ombros de Sarah sacudindo?. Eu nem sei o que isso significou(?)

Resumindo: enredo mal trabalhado. Inclusive, o autor podia ter aproveitado a oportunidade e ter se aprofundado um pouco mais no assunto principal - refugiados - mas deixa isso passar também.

Desculpa fãs (eu sei que muita gente gosta desse livro) mas me pareceu tudo raso.
Ele é descritivo no sentido de ambiente visual, mas é impossível se conectar com os personagens sem saber o que eles sentem de maneira mais profunda. Nas telas pelo menos consigo ver a expressão facial dos personagens.
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Camila.Aranha 11/04/2021

Pequena Abelha
Imagino que Chris Cleave é o tipo de pessoa que todos querem ter como amigo. Sabe tirar uma piada mesmo nas horas menos propícias. O autor nos faz rir na mesma intensidade que nos faz ficar aos prantos do começo ao fim dessa história misteriosa. Mas, se você busca flores, cenas românticas e finais felizes, é melhor procurar em outro livro. Aqui você encontra morte, traição e humor negro. Não, nunca julgue o livro pela capa, literalmente. Por trás de um apelido aparentemente inofensivo, Pequena Abelha, uma das nossas protagonistas, esconde um passado de muito sofrimento e perdas no decorrer de sua fuga da Venezuela para a Inglaterra. Sarah, uma mulher já madura quando o destino das duas se encontram, se vê presa em um casamento perturbado e infeliz.
Sarah nunca imaginaria que após dois anos de ter conhecido Abelhinha em uma viagem repentina, seus caminhos se cruzariam de novo, dessa vez, de maneira inseparável. Mas, a magia da história está em lê-la, as possibilidades são infinitas e suas ultimas cenas são inesperadas de uma maneira surpreendentemente emocionante. A obra desvenda lugares paradisíacos, culturas e dialetos diferenciados. Quase um espetáculo de palavras. O aprendizado que tiramos dele é necessário e as discussões são altamente realistas, com aquele toque de sarcasmo. O que será que uma garota refugiada e uma mãe frustrada podem oferecer uma à outra?
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Manoela 19/08/2012

Pequena Abelha
Pequena Abelha é um livro com uma capa muito sugestiva, e a ausência de sinopse na contracapa só nos instiga a vontade de ler o livro e descobrir seus mistérios. Como pedem para não contarmos o que acontece, só posso das as linhas gerais. Duas mulheres, de vidas completamente opostas, têm seus destinos permeados por um acontecimento fatídico. Agora, precisam sobreviver e também fazer com que a outra sobreviva.

Há uma beleza nesse livro por conta, principalmente, da narração de Abelhinha. Ela é introspectiva, tem uma história triste, o que muda seu jeito de ver o mundo. Sua narração é bela e profunda, cheia de frases de efeito que chocam. Pra quem gosta, o livro é um prato cheio. Porém, é basicamente disso que a estória é feita: frases de efeito, pensamentos, lembranças e alguma coisa ou outra acontecendo. O inicio é realmente promissor e parece que estamos entrando num daqueles livros que mudam nossa vida. Mas depois que o principal mistério é revelado, o autor parece perder o ritmo, e tudo dali pra frente é extremamente entediante.

Não bastasse o autor ter errado a mão em um tema tão interessante, as personagens não são boas o suficiente para compensar a deficiência do livro. Exceto Pequena Abelha, todos os outros são uma mistura de chatice e superficialidade. Sarah deveria ser uma mulher forte e determinada, mas resulta numa garota sem opinião, que gosta de fazer o contrário do que lhe dizem. Seus sentimentos não condizem com suas atitudes, que também não condizem com a realidade. Charlie é exageradamente infantil. Não acredito que uma criança de 4 anos ainda fale tanta coisa errada... E Lawrence, pra mim, foi o fundo do poço. O egoísmo dele tentando sufocar as tentativas de Sarah de ajudar Pequena Abelha me davam nos nervos.

Para fechar com chave de ouro, o final deixa totalmente a desejar. É apressado, surreal. A todo o momento me parecia que um novo parágrafo iria dizer “Então acordei daquele sonho impossível...”. É claro que não tem como não torcer por Abelhinha. Ela é a típica personagem maltratada que é criada para tocar nosso coração e nos fazer simpatizar com o livro. Sem mentira, virei a página depois do ultimo capítulo, acreditando piamente que teria outro daquele lado, e fiquei desconsolada. Uma paginazinha a mais talvez fizesse alguma diferença ao final...

No saldo geral, não é que o livro seja de todo ruim. Era de se esperar algo mais trágico, mais “life turning” para nós leitores... Mas é só mais um livro superestimado pela grande publicidade que teve.

Publicado em omarcadordolivro.blogspot.com.br
Cristina 29/08/2012minha estante
SPOILER---SPOILER

Concordo! É uma história bonita, interessante. Até acho que esse livro serve de denúncia. O final, porém, foi realmente surreal, pois duvido que se a Sarah existisse de verdade, ela levaria seu filho pequeno lá..... Não quero dar spoiler, mas o final não ficou crível e me irritou muito. Sei que é uma obra de ficção, mas todos os livros, até os de fantasia por exemplo, precisam passar verdade para o leitor, e esse não foi o caso.


Annalisa 18/10/2023minha estante
Nossaa, adorei sua resenha!




Emilyn moretwopages 29/10/2021

Uma história especial e importante
Quando peguei este livro para ler, não imaginava o impacto que ele causaria em minha vida.

Sabe aquele assunto que você empurra com a barriga? Olhando somente para frente, mas nunca ao seu redor? Então, este livro vai apresentar uma realidade que não queremos enxergar, mesmo estando ao nosso lado.

Pequena abelha é uma refugiada da Nigéria de apenas 16 anos, porém com uma cabeça de uma mulher formada que já passou por muito coisa. Neste livro iremos conhecer duas realidades totalmente divergentes que acabam convergindo de uma maneira inusitada e pouco alegre. Duas mulheres são conectadas em uma praia e ambas irão salvar uma a vida da outra.

O livro é escrito com maestria, apresentando um tema pouco debatido e a realidade nua e crua de um refugiado na Europa, em que o preconceito mascarado por um nacionalismo afeta a vida de muitos seres humanos que só buscam viver uma vida longe dos perigos de terra que Guerra é o seu segundo nome.

Repleto de muito drama, o leitor irá acompanhar a trajetória de Pequena Abelha e sua busca por paz e moradia, muitos irão cruzar o seu caminho, mas poucos realmente irão se importar e tentar mudar algo. Com cicatrizes além das expostas em seu corpo, aprendemos sobre a importância do acolhimento e respeito a todos os refugiados.

Chorei e me alegrei, não é um livro com uma história feliz e muito menos fictícia, apesar dos personagens serem fruto da imaginação do autor, não há dúvidas que é a realidade de muitos refugiados do mundo.

Pequena abelha é um livro que todos deveriam conhecer e debater sobre esta história, há muito aprendizado na história não somente em relação a cultura de outro povo, mas sobre o preconceito doentio ainda existente.

Alguns pontos deixaram a desejar, porém não alteraram a minha opinião positivo sobre o livro. Realmente, finais abertos não me agradam e gostaria muito que está história tivesse um bom desfecho para finalizar com chave de ouro a luta de Pequena Abelha.

*obs possível spoiler> mesmo o amante no final ajudando Pequena Abelha, nada me tira o ranço de tudo que ele fez/falou antes com ela no começo, olhando somente para os seus pequenos problemas com a infidelidade.
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