Trânsito

Trânsito Rachel Cusk




Resenhas - Trânsito


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allcalina 01/02/2024

Passados muitos meses desde que li o primeiro, voltei pra essa trilogia. Esse livro me pegou tanto que nem me lembro mais do primeiro.
Segue a mesma lógica em que a personagem narradora vai nos guiando pela sua vida e pelas historias das pessoas que aparecem nela. Nesse livro ela está passando pelo processo de mudança e reforma de sua nova casa, as interações com os trabalhadores da obra foram minhas preferidas.
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cinnamongir1 25/01/2024

Trânsito.
?Esse conceito, da destruição do eu unitário, da consciência não como um aprisionamento nas próprias percepções, mas sim como algo mais íntimo e menos dividido, uma universalidade que podia advir de uma experiência compartilhada no mais alto nível.?

sobre existir em um mundo onde todas as experiências são individuais e completamente coletivas ao mesmo tempo. os paralelos entre vida adulta e infância, pais e filhos, não falharam em desbloquear muitas reflexões; sinto que alguns trechos vão ficar marcados em mim pra vida.

?Controlar a linguagem significava controlar a raiva e a vergonha, e era difícil, era difícil reverter aquilo, pegar a confusão da experiência e transformá-la em algo coerente. Só então você sabia que havia conseguido derrotar as coisas que tinham lhe acontecido: quando controlava a história, em vez de ela controlar você.?

meio que totalmente absurdo o que a autora consegue fazer (e a quantidade de assuntos que consegue abordar) em um livro de 200 páginas, com diversos personagens, a partir de uma linguagem extremamente objetiva que é ao mesmo tempo muito profunda; sinceramente, Artista!

e sim! vou ler a trilogia inteira em sequência, ela não deixou outra opção.
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Angelica75 24/01/2024

Nota 4.
Gostei de "Trânsito" tanto quanto gostei do primeiro livro, "Esboço"

Esse tem a premissa de sua separação e mudança para Londres onde consegue um flat decadente para morar. Estamos em Londres, e em viagens, com encontros onde sua escuta é arguta e sua descrição do que escuta é docemente feroz. Faye a protagonista não tem nada de egóica, os seus relatos apresentam sempre a vida do outro e como aquilo repercute nela. Por meio de encontros aparentemente casuais e banais ela exprime o suco de suas observações. Um email recebido por uma astróloga, o encontro fortuito com um ex, o contato com os empreiteiros que irão reformar seu precário apartamento, o stress com vizinhos muito problemáticos, os alunos de sua aula de escrita criativa e (a melhor parte pra mim) sua estada em uma feira literária onde desvela o ego dos outros escritores que fazem parte da mesa.

As reflexões desses encontros em "trânsito" são sempre hipnotizantes. Maravilhoso livro, ansiosa por ler o último da trilogia.
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Luany 06/01/2024

Esse livro tem uns pontos muito altos de bom, na mesma medida que tem umas partes pavorosas de chatas que dormi lendo.
Porém eu adoro esse tipo de narrativa, a qual parece que não acontece nada ao mesmo tempo que acontece tudo. Tipo o filme Before The Sunrise, que é basicamente conversas profundas entre pessoas dos mais diversos níveis de intimidade sem conclusão nenhuma, só uma troca intima, uma abertura do seu cérebro e coração ao mundo. Onde não existe opinião certa ou errada.
Como a conversa inicial com o mestre de obras, que eu quase chorei, é exatamente o que acontece sendo prestadora de serviço na construção civil.
E essa conversa me fez pensar, que é genial como ela consegue entender, descrever e ler tão precisamente como a vivência de uma situação reflete interna e externamente nas pessoas. Não é só a descrição de um acontecimento, uma profissão, um relacionamento, é como disse Clarice Lispector, é a ?repercussão dos fatos no indivíduo?.
Parece que não vai chegar a lugar nenhum o livro em questão de coerência. Mas só notei que está tudo meio ligado ao lembrar do primeiro da trilogia, que inicia com ela falando que é meio recente divorciada e esse segundo mostra toda a transição de vida, falta de respostas sobre as decisões tomadas e a se tomar, as tentativas de criar vínculos românticos de novo, a transformação da vida em 360º em prol de si e pensando no melhor pros seus filhos. Viver.
Em 90% das vezes que alguém perguntava diretamente a ela algo sobre suas decisões, a resposta era simplesmente ?não sei, não sei como me sinto a respeito disso ainda ou não tenho resposta sobre? com sinceridade e não como se nunca tivesse pensado naquilo. Na verdade é ser o completo oposto, de tanto pensar e ver todos os lados da situação, cada vez parece mais difícil ter uma opinião sobre.
Isso a faz se manter verdadeira a si mesmo, pois ao invés de inventar respostas pra performar uma ideia de controle da situação, mulher forte que não precisa de amor de homem, entendimento de vida, fingir ter convicções sem ter, mostra que não é porque a coragem e iniciativa de decidir algo que impacta na sua vida e na do outro, seja mais fácil por ter sido tomada por você, o que se recebe nisso é o peso da responsabilidade pelo ato.
Caio.Gomes 06/01/2024minha estante
eu amo que tudo que a gente sabe sobre a protagonista é através dessas conversas e trocas, e geralmente vem da percepção das pessoas com quem ela interage. acho incrível como sempre fica esse espaço branco, essa zona cinzenta da história da vida dela que a gente preenche do jeito que achar melhor kk. quando li também fiz o mesmo paralelo com a trilogia before, sou fã desse tipo de narrativa ?


Luany 13/02/2024minha estante
Sim, e no geral eu leio meio de uma vez um livro quando to curtindo, e nesse eu tava curtindo muito, mas tinha que ler devagar porque a mesma frase segundos depois eu pensava mais um pouquinho e já percebia um ponto de vista novo. Bem isso das zonas cinzentas que ficam ao nosso critério interpretar, de acordo com a bagagem pessoal de casa um.




Beatriz 14/06/2023

Lindo!
Trânsito é o segundo livro da trilogia de rachel cusk, autora que me conquistou ainda no primeiro livro, esboço.

acho incrível como os títulos dessa série, até o momento, não apresentam histórias absurdas ou tramas com grandes desenvolvimentos, mas conquistam falando sobre a vida ?comum" de uma forma apaixonante.

das leituras que fiz em 2023, essa está entre as melhores, sem dúvidas. recomendo!
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luciana.machado 09/04/2023

Leitura descompromissada com grata surpresa.
Vi o livro da rachel cusk em uma livraria em sao paulo e me interessei pelo título, trânsito, me identifiquei. Folheei e vi que esse é o segundo livro de uma trilogia, resolvi arriscar e levá-lo assim mesmo.
Rachel cusk tem uma escrita muito particular, como se a escrita fosse uma colcha de retalhos que se unidas entendemos quem é a protagonista. A cada "capitulo" Rachel descreve o encontro entre a personagem e pessoas que vão passando por sua vida, o mestre de obras, o cara que ela sai p jantar, o colega escritor... conversas casuais ou percepções mais profundas que de uma forma ou de outra vão nos apresentando a personagem.
O livro não têm história mirabolante, nem momentos de êxtase, é um livro sobre a vida no sentindo mais comum que ela possa ter e poderia passar batido se não fossem as conexões que a personagem faz ao longo dos encontros mais banais.
Gostei bastante, provavelmente pq tenho me colocado cada vez mais nesse lugar de apreciar o que é comum, aprendendo a me encantar cada vez mais com o que é cotidiano.
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victoria.maria 07/03/2023

Confesso que me decepcionei um pouquinho. apesar de admirar muito a escrita da rachel cusk, principalmente em esboço, nesse eu sinto que em alguns momentos não consegui me concentrar, ou não conseguia entender a relevância de alguns diálogos, e isso acabou me desinteressando em alguns momentos da leitura.
entretanto, é inegável que ela mantém a mesma proposta que o primeiro da trilogia, o que me atrai bastante. gosto muito de como todas as informações sobre a protagonista são conhecidas a partir de conversas, e mesmo ela pouco dando a própria opinião, é possível fazer um esboço de quem ela é, e principalmente como observa o mundo (o que diz muito sobre alguém, na minha opinião.
jo4nax 09/03/2023minha estante
???




Marcela 20/02/2023

Muito feliz em ter dado seguimento a leitura da trilogia!

Mais um contato com a escrita da Cusk, que me dá a sensação de ler de costas para a história. Se recebe muito pouco de "acontecimento" e muito mais das percepções da protagonista sobre o significado dos fatos narrados, que em geral são coisas das mais triviais como consertar algo em casa ou cortar o cabelo, mas que podem espelhar mudanças ou verdades profundas. Estou achando divertido embarcar nesse jogo reverso.

Me senti bem mais envolvida na narrativa do que ao ler "Esboço". Acho que talvez por sentir a Faye menos contemplativa como no primeiro livro e mais presente na própria vida, até mesmo entregando mais sobre si, seus filhos e o que se passa no seu momento de vida.

O livro me rendeu boas reflexões sobre a natureza da liberdade, das escolhas que fazemos e do que gostamos de chamar de destino.

E novamente adorei conhecer de relance as pessoas que passam pela vida da Faye, me afeiçoei especialmente por Pavel e sua casa na floresta!

Curiosa para ler o terceiro.
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Mel 23/12/2022

Transformações através da escuta
Dando continuidade ao Esboço, Trânsito também tem um título sugestivo: grande parte das discussões são acerca de transformações, onde a Faye está se mudando para recomeçar sua vida e parece que as reformas feitas na sua nova casa se tornam um símbolo para as transformações que ela passa. Além disso, se ressaltam nas discussões as representações, tendo como ponto alto o último capítulo, descrito de uma forma muito teatral.
A escrita segue o estilo de Esboço, com a personagem muito passiva, porém algumas considerações da Faye me fez pensar que poderia ocorrer alguma mudança no próximo livro.
Ademais, foi o meu preferido da trilogia, me fez ter reflexões mais profundas e, no tocante as representações, englobou muito bem a ideia central da trilogia e da Faye, principalmente no último capítulo, onde ela diz:

[...] muito mais importante era aprender a ler esse destino, a ver formas e padrões nas coisas que aconteciam, a estudar sua verdade. Era difícil fazer isso continuando a acreditar na identidade, quanto mais em conceitos pessoais como justiça, honra e vingança, assim como era difícil escutar quando se estava falando. Eu tinha descoberto mais coisas escutando, falei, do que jamais julgara possível.
"Mas você precisa viver", disse Lawrence.
Havia mais de uma maneira de viver, falei.
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Sarah 07/12/2022

Escuta, é sobre escuta!
Rachel Cusk continua a saga de sua protagonista recém divorciada em Trânsito. Agora Faye retorna à Londres nesse romance onde ouvir é o fio condutor entre os capítulos.
Além da experiência de ler os relatos das histórias contadas nos encontros entre os personagens é possível também perceber como tema latente as percepções sobre a vida em piloto automático sendo volta e meia abordada de diferentes formas através da construção desses personagens.
E como há primor nessas construções e seus relatos se fazem cruciais para se fazerem plausíveis as maneiras como vivem quem conta sua história.
Um livro sensível, que dá continuidade a leveza que encontramos em Esboço.
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caspaeletrica 03/12/2022

5/10: Engarrafamento
Serei direto aqui, diferentemente da escritora que pecou justamente nisso: esse livro teve uns ensinamentos e incitou reflexões ótimas, mas não passa disso. A história é muito vazia e o estilo da escrita drena o leitor para um mundo de puro sono e moleza.

O livro parece uma coletânea de crônicas prolongadas demais; algumas boas e algumas ruins. Elogio que pelo menos não foi necessário ler o livro anterior da trilogia para acompanhar "Trânsito".

Esse é um livro que provavelmente terei de reler no futuro pois tem-se a chance de crescer em mim, mas por enquanto, é uma pequena decepção para mim.
victoria.maria 19/12/2022minha estante
eita kk esse tb teve o mesmo impacto em mim. o primeiro "esboço" acredito ser meu livro preferido, simplesmente amo a forma que é escrito, amo as refeições, e não espero de fato uma história, pois acho que não seja isso que ele se propõe a ser. também tenho vontade de reler no futuro, talvez com outras perspectivad eu entenda melhor o que a autora quis transmitir


caspaeletrica 20/12/2022minha estante
@victoria estou lendo esboço, e embora a maioria das pessoas prefira Trânsito, já estou achando Esboço mil vezes mais interessante!! e simm, esse é um daqueles livros que deve ser super interessante reler, e olha lá que eu detesto reler livros, devo ter feito com uns três na minha vida, mas acho que vale a pena. a idade muda um livro


caspaeletrica 20/12/2022minha estante
@victoria + e simm eu sei que não é uma história, com história eu quis me referir aos pequenos momentos sabe, pq querendo ou não o livro se fragmenta em várias vivências, pelo menos achei




Biblioteca Álvaro Guerra 29/09/2022

Neste romance de Rachel Cusk, temos como protagonista uma mãe que se muda com os filhos para buscar uma vida nova, em meio a novas descobertas, ela traça novos caminhos. A protagonista aparece no último romance de Rachel Cusk, entitulado "Esboço", que narra a história da escritora Faye.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9786556920559
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Le 06/09/2022

Devorei
Em trânsito, minha leitura durou 3 dias de contato com o livro. Nesse segundo livro, os encontros de Faye são mais presentes e cada encontro ali surgem conversas maravilhosas sobre a liberdade. Ela se muda da zona rural para Londres e não diferente do primeiro livro em que nossas experiências são síncronas, me vejo de mudança para a zona rural. O texto de Rachel Cusk é muito bem escrito e fluido.
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lautorres 21/07/2022

desisti de resenhas muito elaboradas mas
sinto que tem certas coisas aqui que fariam mais sentido pra mim caso eu lesse mais velha e que ainda assim conseguem ser muitoo impactantes
é simplesmente SURREAL o quão bem a rachel cusk escreve e eu acho que é isso que faz o livro mesmo
o que me deixa quase desesperada é que eu sou doida pra saber mais sobre a vida da faye kkkkk
aparentemente gostar mais de esboço do que de trânsito é uma opinião controversa por aqui mas defendo meu ponto!
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Carla Verçoza 26/05/2022

No segundo livro da trilogia Esboço, temos novamente a escritora Faye. Assim como no primeiro, em Trânsito não há muitas informações sobre a vida a autora. Sabemos que ela mudou de cidade e está se estabelecendo, com isso vamos acompanhando as conversas, os encontros.
Impressiona como um livro em que nada acontece (não há uma história, um assunto) seja tão bom de ler, tão interessante. O foco está sempre no outro, em suas história e visões de mundo.

"a despeito do que desejemos acreditar em relação a nós mesmos, somos apenas o resultado de como os outros nos trataram."

"Ouvi tantas vezes o quanto era bom ver como eu estava me recuperando que comecei a me perguntar se eu representava mais do que um objeto de empatia; se na verdade passara a personificar algum medo ou temor específico das pessoas que me conheciam, algo de que elas prefeririam não ser lembradas."
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