As Madonas de Leningrado

As Madonas de Leningrado Debra Dean




Resenhas - As Madonas de Leningrado


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Marília 30/01/2024

No fundo trata-se de uma história de amor e família.
Mostra como sempre nos preocupamos e cuidamos das pessoas que amamos.
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Daniely.Chernioglo 19/06/2023

Um livro lindo e emocionante, retrata os tempos difíceis da segunda guerra em Leningrado e as memórias de uma senhora que era guia turística em um museu e que agora vive com as inconstâncias do Alzheimer.
Mayara 19/06/2023minha estante
Eu amo esse livro, mas eu li ele muito nova, então eu sinto que eu não aproveitei como deveria.




Gabi 14/02/2023

Lembranças
Entre guerra e arte. Foi como Marina passou parte de sua juventude.

A história contempla a vida durante a guerra, os sonhos de uma família que surgiu por circunstâncias tristes e como a arte ajudou a Marina passar por tudo isso. Através de do Palácio de Memórias, relembrar cada singularidade de artistas e artes presentes no museu e, futuramente, ser movida por essas lembranças após ser acometida por alzheimer.
Uma história triste porém mágica.
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ritita 28/06/2022

Espetacular, principalmente para quem gosta de artes.
risteza avassaladora define este livro.
Não, não sobre a guerra militar em si, é sobre o imenso desespero em que o povo vive ao tentar não morrer de fome, frio ou os dois.
É sobre a difícil esperança dos desesperançados para que tudo termine logo.
É, principalmente, sobre o amor a arte.
Marina, a protagonista, durante a Segunda Guerra Mundial, trabalhava como guia no museu Hermitage, localizado às margens do rio Neva, em São Petersburgo*, a despeito da fraqueza pela fome – eles comiam apenas 70 gm de pão por dia, os funcionários do museu tiveram que embalar todas as peças para que os alemães não as encontrassem. Enquanto trabalhava Marina começou seu Palácio de Memória – esta coisa tão sutil. De acesso individual que que pode fugir a qualquer momento, como o caso de Marina, que desenvolve Alzheimer na velhice, lembrando-se apenas do passado.
Para que as obras que haviam no museu não se perdessem eternamente pelo tempo com seu sumiço. Ela as memorizou tão bem que conseguia descrevê-las sem elas sequer estarem presentes, e foi uma das coisas mais lindas e emocionantes do livro para mim.
Antes que o frio, o gelo e a fome derrotassem os alemães em solo russo, já haviam findado com a maioria do povo, mas as obras estavam salvas.
De início, Marina chorava seus mortos, depois não havia mais forças nem lágrimas para o choro.
Para quem gosta de história e arte, como eu, esse livro é excelente, pois se passa durante a Segunda Guerra Mundial e descreve fatos que realmente aconteceram.
As madonas do título são telas de diversos autores existentes no museu. Lá estavam e ainda estão Caravaggio, Leonardo da Vinci, Rafael, Utrecht e tantos outros.
*rebatizada de Leningrado, em homenagem a um dos principais nomes da Revolução Russa, Vladimir Lênia.
Jei_ 04/08/2022minha estante
Adorei essa resenha, me deu vontade de ler o livro!




Lusia.Nicolino 16/07/2021

Quero que conheça Marina!
As madonas de Leningrado – Dean, Debra
Harper Collins
Quero começar com a frase de Isabel Allende na capa do livro: “O tipo raro de livro que você quer guardar apenas para si, mas precisa compartilhar com os outros.” Um delicioso achado na prateleira da livraria, agora só visitada em saídas furtivas e necessárias! Quero que conheça Marina. Ela foi guia turística no Museu do Hermitage nos anos quarenta, quando a segunda guerra a alcançou, e ela viveu o cerco de Leningrado. Marina quer esquecer esse período de fome, dor e medo. Consegue manter-se viva e buscar outra vida com seu marido e filhos. Mas agora a mente de Marina esgarçou-se. O Alzheimer esgueirou-se pelas brechas de sua mente. As lembranças recentes são muito efêmeras: já comi? E o passado, essa seda fina que resiste a qualquer intempérie, volta a ocupar seu lugar no presente. O que pode salvá-la de reviver tanta dor se não as madonas do Hermitage? É um olho que vejo sob a saia? Pintura sobre a pintura e quando as cores se esvanecem, quem sabe o que pode surgir? Emocione-se com Marina.

Quote: "Ninguém chora mais. Se chora, é por coisas pequenas, momentos inconsequentes que as pegam desprevenidas. O que resta de devastador? Não a morte: a morte é comum. O que é devastador é a visão de uma única gaivota sobrevoando sem esforço um poste de rua. Suas asas se desenrolam como echarpes de seda contra o céu malva, e Marina escuta o farfalhar de suas penas. O que é devastador é que ainda existe beleza no mundo."


site: https://www.facebook.com/lunicolinole https://www.instagram.com/lunicolinole
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naomi 10/07/2021

o livro retrata duas coisas muito tristes que são as consequências da guerra e o alzheimer. as vezes me lembrava a mãe do BoJack Horseman. mas algumas coisas me incomodaram, como o capacitismo presente no trecho ?Marina desvia o olhar, com o mesmo constrangimento que sente quando testemunha os espasmos desajeitados dos aleijados ou os discursos raivosos dos retardados.?
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Clarissa 21/05/2021

Este é o relato sobre as pegadinhas que nossa mente pode nos causar, Marina, uma senhora de 80 anos sofre de Alzheimer.
É a partir dessa da doença, que vamos conhecer a história da Marina, já que as lembranças do passado são mais vívidos na sua mente.
Quando jovem, Marina era guia do museu Hermitage, em Leningrado. Conhecia cada obra do museu.
Com a segunda mundial, o museu virou o abrigo de alguns funcionários, que ajudaram a esvaziar os corredores, encaixando obras salvando as de possíveis danos.
A jovem se viu só em meio aos corredores vazios, mas a beleza das obras de arte, ficaram nas suas lembranças. E assim ela, ao fechar os olhos, mapeava todo o museu na sua mente.
No decorrer do livro, podemos ver que foi o amor a arte, a beleza que salvou a jovem de morrer ou de enlouquecer em meio à guerra.

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ana.maforte 01/10/2020

Resenha: As Madonas de Leningrado
Este é um livro que eu recomendaria a qualquer um que me pedisse uma indicação sobre livro que aborda sobre a Segunda Guerra.
De forma excelente a autora aborda a guerra vista do lado russo, onde uma senhora já com um estado avançado de Alzheimer revive seus momentos de tenção durante a guerra lá em Leningrado quando ainda era uma funcionária de um museu russo. De modo que no decorrer das páginas a escrita é feita como se fosse a própria visão da senhora entre o seu estado de lucidez e suas memórias passadas.
Simplesmente sensacional!
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Suka - Pensamentos & Opiniões 06/01/2019

Iremos conhecer a história de Marina que foi guia turística no museu de Hermitage nos anos de 1940 e viveu na segunda guerra mundial.
Atualmente uma senhora com Alzheimer, sua mente trás o passado a tona e se mistura com seu presente.
Ela vai reviver seus momentos de dor, tristeza e amor. E isso pode colocar sua vida em risco.
É uma leitura cheia de detalhes, a autora consegue nos inseri na vida da personagem de forma que nos deixa apreensivos por ela, pela situação que ela viveu na guerra e pela que ela vive.
É uma história melancólica, cheia de perdas, mas é uma bela história, que envolve arte e trás detalhes das obras e do museu. E isso me deixou bem curiosa e com vontade de conhecer, procurando mais sobre o museu encontrei um site onde é possível fazer um tour virtual por algumas obras descritas pela personagem.

site: http://www.suka-p.blogspot.com.br
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LT 03/01/2019

Olá! Bem, vamos “As Madonas”, porquê só escrevendo sobre para vocês entenderem essa bela obra!

Marina é sobrevivente da segunda guerra mundial, casada com Dmitri – seu amigo de infância –. Ela, hoje, vive nos Estados Unidos e por um infortuno sofre de Alzheimer. Sua vida agora é lembrar do que aconteceu quando era mais nova, detalhe por detalhe, e esquecer pouco a pouco do presente.

Quando mais nova, ela era guia do Hermitage, o maior museu do mundo. Vivia com sua tia e tio, após a invasão dos Alemães. Com seus 80 anos, Marina sofre com a confusão do presente e os detalhes do passado. Lembrar do que tem hoje é difícil, porém ela é feliz. Casada com seu amor de infância e com filhos e netos, ela tem uma bela família. No entanto, ela sente falta dos afazeres do dia a dia.

[QUOTE] “Até os pratos que ela sabia cozinhar de cor acabaram arruinados com frequência, uma xícara de farinha que faltou ou algo misterioso que foi acrescentado. Agora ela raramente cozinha. Dmitri assumiu a maior parte de suas tarefas, não apenas cozinhar, mas também fazer compras e lavar.” [...]

Sua rotina agora é apenas tentar se lembrar, enquanto se prepara para um casamento na família. Marina se esconde em seu palácio das memórias. Instruída por uma guia do museu mais velha, ela memorizou cada arte que não estava mais lá e as que estavam, para quando Leningrado fosse voltar ao normal, ela pudesse ser guia. Com as memórias da época, ela vivia a espera do seu amor que foi para guerra com a promessa de voltar e serem felizes.

[QUOTE] Ele segura o anel hesitantemente. “Quer casar comigo? Não agora. Mas quando eu voltar?” (…) “Sim” – responde ela assentindo. “É claro”. [...]

Como sua família não convivia com eles, era difícil saber como a mãe estava. Agora, mais perto, queriam que ela fosse para um asilo se cuidar. Mas não sabiam como ela realmente estava.

Uma das filhas de Marina, Helen, tende a tentar entender a mãe. Porém, nada é melhor do que saber o que ela viveu. Quando Mariana fala algumas coisas para Helen, ela apenas tenta entender pelo que sua mãe passou, pois nada lhe foi contado.

[QUOTE] Nenhuma explicação se segue. Quando Helen se vira para o pai, ele diz: “Algumas coisas ficam melhores se forem esquecidas.” [...]

Mas algumas coisas Marina mesmo queria entender, quando mais nova ela fazia a guarda do museu, pois algumas obras poderiam ser roubadas. E assim o museu pararia de existir. Ela queria entender como uma pessoa poderia mandar dizimar uma cidade inteira para nada.

[QUOTE] “Não podia ser. Não aqui, não em Leningrado. É loucura. Eles dispararam mísseis de longo alcance na cidade, matando mulheres e crianças e idosos aleatoriamente. Por quê? Por que tentar reduzir uma cidade às cinzas? De que serve a vitória se não há nada para proclamar?” [...]

Marina viveu muitas coisas na guerra, mas hoje vive só de lembranças e de tentar viver o presente.

Esse livro me cativou desde o início, não apenas pelos personagens, mas por falar da guerra e de museu. Saber um pouco mais sobre o que aconteceu em Leningrado foi algo fantástico.

Uma coisa que nunca falo, mas nesse livro foi incrível, foi à forma como a autora conseguiu que o livro se passasse em décadas diferentes. Como as memórias de Marina na guerra e atualmente sua luta constante para se lembrar do presente, foi tudo muito bem construído.

O livro tem uma história de amor, mas tem muito mais para quem entende as entrelinhas, como a melancolia do que aconteceu, o desastre e muito mais.

Amei a “pegada da autora”, de como a forma simples de escrever prende o leitor. No entanto, nem tudo são flores, e algo que não me agradou muito foi a forma como o livro terminou, na minha opinião, um livro com o enredo incrível que este apresenta, deixou a desejar, pois parece que Marina apenas desapareceu...

Contudo, tirando essa pequena ressalva que, preciso ressaltar, apesar do que mencionei acima – que não tira o brilho dessa história – o livro é maravilhoso e me deixou com um gostinho dê: quero conhecer esse museu e toda história real por trás dele!

O site do Museu Hermitage proporciona um tour virtual pelas suas magníficas salas, além de trazer informações sobre o cerco e depoimentos dos sobreviventes.

É um livro fictício que se utiliza de uma época que existiu e foi ambientado em um lugar incrível e real, uma mistura de realidade com ficção que nos deixa com um gostinho agridoce na boca.

Se recomendo a litura? Apesar da minha pequena crítica quando ao desfecho da obra, sim, recomendo, muito, um enredo apaixonante que tem tudo para lhe conquistar, é o que você vai encontrar aqui!

É isso, até a próxima!

Resenhista: Analuiza Amorim.

site: http://livrosetalgroup.blogspot.com.br/
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ELB 22/12/2018

De início, achei surpreendente a forma de escrita da autora, que me lembrou muito a Clarice Lispector. Me espantou que mulheres tão distantes em época e geograficamente falando pudessem ter a mesma forma de escrever. Assim como Clarice, a autora deste livro, Debra Dean, escreve da maneira como a personagem pensa, e assim, por vezes, é necessário estar atenta para saber se aquele cena está acontecendo na realidade ou é apenas um pensamento ou lembrança.

A história se passa no presente, e foca em dramas familiares. Marina, hoje é uma senhora e está sofrendo de Alzheimer, e por isso suas lembranças da guerra e do museu que trabalhava são vívidas e os detalhes do dia-a-dia plenamente esquecidos.

Ela é casada há muitos anos com um amigo de infância, Dimitri, e o livro traz também uma bela história de amor, não tão arrebatadora como muitas, mas forjada na parceria, amizade e carinho.

Marina e Dimitri estão se preparando para uma viagem devido a um casamento na família e, durante o evento, vai ficando cada vez mais claro para os filhos e para os netos que Marina está perdendo muito rápido a lucidez.

Para quem gosta de história e arte, como eu, esse livro é excelente, pois se passa durante a Segunda Guerra Mundial e descreve fatos que realmente aconteceram. Porém, o mais encantador e que me surpreendeu, foi o fato de a protagonista – Marina - trabalhar no Museu Hermitage, localizado às margens do rio Neva, em São Petersburgo, na Rússia. Outrora, o Museu foi o lar de czares e se tornou um belíssimo museu com obras de arte renascentistas importantíssimas expostas, bem como uma coletânea de peças que são narradas por Marina, durante o grande empacotamento que o museu passou, com a intenção de proteger as peças dos bombardeios alemães.

O Museu Hermitage se equipara ao Louvre em Paris ou ao Museu Britânico em Londres. Dono de uma arquitetura linda e ímpar tipicamente russa, possui em sua construção os mais caros e belos mármores e trabalhos em bronze. Marina descreve durante boa parte do livro as salas mais importantes e as obras que mais a marcaram, é possível ter um encontro com Velasquez e Caravaggio e os quadros são amplamente descritos e, sim, a narrativa é extremamente descritiva.

O livro tem um fato que me desagradou muito, acaba abruptamente, quase como se faltassem páginas ou como se a escritora tivesse pressa. Difícil de aceitar, mas creio que foi feito de propósito, traçando um paralelo com a memória de Marina, como que a protagonista se perdendo para o Alzheimer levasse também o final do livro com ela. Quero acreditar que essa foi a intenção, senão seria ainda mais frustrante essa ausência de desfecho.

Indico o livro para amantes de história arte, mas não para amantes de romances, essa é uma história sofrida de privações de guerra com muita fome e melancolia, mas ilustra perfeitamente o Museu Hermitage e as nuances da morte e dos medos que a guerra traz.

Para quem deseja conhecer e conferir os dados do livro deixarei AQUI o link da visita virtual ao Museu Hermitage, espero que vocês se encantem, ele está na minha wish-lista de visitas, isso eu afirmo.

site: http://www.everylittlebook.com.br/2018/12/resenha-as-madonas-de-leningrado-debra.html
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Helder 21/12/2018

Uma viagem pelas memórias que se vão.
As Madonas de Leningrado trata de um tema pouco explorado em romances: O Alzheimer.
Marina e Dimitri estão juntos há 65 anos e por mais que Dimitri tente esconder a realidade de seus filhos, durante a festa de casamento de sua neta, fica claro para todos que Marina está cada vez mais distante e afetada pelo Alzheimer.

"Ela o está deixando, não de uma vez só, o que seria doloroso o bastante, mas numa agonizante sucessão de separações. Um momento ela está aqui, e então ela se vai novamente. Cada jornada a leva um pouco mais longe de seu alcance. Ele não pode segui-la e se pergunta para onde ela vai quando parte."

Durante o evento, enquanto convive com pessoas que já não se lembra quem sejam, Marina viaja em suas memórias, voltando a sua juventude, na Rússia, especificamente no Museu Hermitage de São Petersburgo, onde viveu durante a Segunda Guerra Mundial.
Antes da 2ª Guerra, Marina era guia no Hermitage e se orgulhava por conhecer todos aqueles corredores, salas e suas obras de arte. Da Vinci, Rubens, Rembrandts, Rafael e suas Madonas.
Durante a guerra, ela passou a ter uma nova função: empacotar os quadros do Museu para serem enviados para Moscou. O Partido sabia o valor das obras de artes existentes ali, e com os nazistas cada vez mais perto de invadir São Petersburgo, decidiram transportar o máximo que pudessem do museu para Moscou.
De repente, as lindas salas com obras de arte que eram percorridas diariamente, passam a ser somente diversas paredes com molduras vazias.
No inicio isso incomoda pouco aquelas pessoas que sempre viveram ao redor do imponente museu, mas a guerra se estende, e aos poucos as lembranças do que havia naquelas molduras vão desaparecendo. Juntando-se com Anya, uma Babuska, velha senhora que há anos trabalha no museu ajudando os visitantes, elas começam a criar o Palácio de Memorias, andando diariamente entre as molduras vazias e relembrando o que tinha existido em cada sala.
O mais curioso ainda, é que Anya conta que antes de Marina trabalhar ali, Stalin pegou diversas obras famosas e as vendeu para arrecadar dinheiro para o Partido. Sendo assim, o Palácio de Memórias foi uma peça de resistência, para que Marina e o Museu não perdessem suas memórias.
Mas o tempo é cruel. No fim estas memórias acabaram sendo afetadas por todo o sofrimento trazido pela guerra, e ao invés da lembrança das artes, o que Marina levou na sua vida foram as tristes lembranças daquela época difícil, aguardando bombardeios sobre o telhado de vidro do museu, passando frio e passando fome ao dividir 250 gramas de pão em 3 “refeições” diárias enquanto morava no museu com seus tios. Este período ficou conhecido como o Cerco de Leningrado e durou 900 dias.
Mas ela nunca dividiu estas lembranças com seus filhos. Então hoje quando ela se afasta, eles não sabem para onde ela está indo.
A autora mistura as memorias do passado e do presente e para Marina, aquilo que era uma salvação no passado, hoje pode ser um abismo que a leva para um caminho sem volta. O que sobra de você quando você já não se lembra mais nem seu nome?
O livro é uma singela reflexão sobre a impossibilidade de se vencer a força do tempo.
Seguimos a vida alimentando nosso Palácio de Memorias, mas seremos capazes de mantê-lo em pé até o fim, frente à força do tempo?
Este livro mexeu bastante comigo. Primeiro pelo lado histórico, contando um evento incrível que é a retirada das obras do Hermitage por medo dos nazista. Nunca ouvira falar sobre isso e tive que ir procurar no Google para confirmar que foi verdade. Depois, pelo lado do Alzheimer e a fragilidade do fim da vida. Acredito que o que levamos da vida são os bons momentos cultuados. Ali estão nossas reais vitórias. Lembranças sobre nossas vitorias e realizações. Ai me machuca ver meu pai hoje numa cama sem nenhumas destas memorias. Ele já não é mais alguém. Aquele que me criou e me mostrou a vida hoje é uma casca oca, sem a sua história, parado num vácuo do tempo.
Impossível não refletirmos sobre nossos pais, e até mesmo sobre o que nos espera.
Uma leitura necessária. Colecionemos nossas lembranças e que elas sigam conosco até o fim de nossa jornada.

"Às vezes, quando ela olha, tudo que vê é uma parede vazia. É assustador esse esquecimento, como se mais um pedacinho de sua vida estivesse escapulindo. Se ela deixar todas as pinturas desaparecerem, terá ido com elas."
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Raquel.Faria 26/04/2018

As Madonas de Leningrado
Elegante. Bonito. Romântico. Uma homenagem às histórias de amor que resistem ao tempo. Quando as lembranças se confundem, as palavras são esquecidas e nomes são trocados, o que resta? Um oceano profundo. Um Palácio de Memórias. Nossa querida Marina. Mas poderia ser minha avó. Minha mãe. Poderá ser a Raquel amanhã. O Alzheimer abordado de maneira delicada. A mais bela etapa da vida. A derradeira. O momento em que a marcação do tempo já não importa. Um livro terrivelmente belo.

site: https://trazumcappuccino.wordpress.com/2018/04/17/resenha-as-madonas-de-leningrado/
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