Lords Of Chaos

Lords Of Chaos Michael Moynihan...




Resenhas - Lords Of Chaos


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Vinicius.Dias 01/08/2020

Obra prima do Black Metal
Antes de qualquer coisa é importante saber que esse livro foi escrito em 1998 e que em 2003 houve atualização para uma nova edição. Esse lançamento brasileiro é a tradução desse último lançamento, ou seja, a história e o contexto que se passam tem pelo menos 17 anos em relação à atualidade.

Se você é fã de Metal e principalmente de Black Metal, provavelmente não vai encontrar nada de novo por aqui. A história dessas pessoas e bandas já foram muito bem visitadas e revisitadas por todos os meios de comunicação possíveis. As histórias envolvendo o Euronymous, Varg Vikernes, a queima de igrejas e os crimes cometidos fazem parte do bê-a-bá do Metal mundial. Porém, ainda assim, é um livro muito rico em detalhes, com ótimas entrevistas de pessoas proeminentes da cena e de sociólogos que estudavam e tentavam entender o motivo do crescimento do extremismo dentro desse grupo de pessoas e como isso escalou para a onda de crimes que se sucedeu.

O livro começa traçando uma trajetória do satanismo ou da figura cristã de um demônio na cultura popular mundial, passando desde o levante racista anti-jazz nos EUA até os lançamentos da tríade Venom, Bathory e Mercyful Fate, principais bandas que influenciaram a criação do Black Metal. Acho que vale aqui uma nota quanto ao Sarcófago, banda de Belo Horizonte que foi uma das principais influências do Euronymous (tido como o responsável por tornar o Black Metal o que ele é hoje), tanto na temática, quanto no som e no paramento com seu álbum I.N.R.I.

Uma vez tendo as fundações da estrutura do que viria a ser o Black Metal bem explicadas, somos apresentados ao Mayhem (banda) e a dupla Euronymous e Vark Vikernes. Esses dois foram as principais figuras dessa cena, um levando mais a sério a questão musical enquanto o outro a ideologia. Duas figuras que começaram juntas e foram responsáveis por dar vida a essa universo. Euronymous personificando a música e o underground enquanto Varg representando as ações “do mal” de sua nova ideologia satanista. Com isso as queimas de igrejas começaram e junto uma escalada de crimes que culminaram com a morte e/ou prisão das figuras mais importantes da cena norueguesa.

O livro também apresenta o flerte de muitos pessoas do meio Black Metal com a extrema direita e com o nazismo. Um dos capítulos chega a dar nojo com as declarações xenofóbicas e completamente sem sentido de Varg Vikernes. Explicações que hora tendem para a ufologia, hora para mitos como Atlântida para justificar uma possível raça superior, além de todo o flerte descarado com figuras nazistas proeminentes durante a existência desse período infeliz da história recente do mundo.

Após detalhar toda a cena norueguesa os autores exemplificam outras cenas da música extrema como: Alemanha, França, Inglaterra, Suécia, Finlândia, Rússia e Polônia, dando um vislumbre dos crimes cometidos nesses locais e quais as interligações com a fagulha acendida pelos noruegueses alguns anos antes. Vale aqui citar também uma tentativa ridícula de atribuir alguma cena, mesmo que mínima, aos EUA, país conhecido pela inexpressividade em relação ao Black Metal. Tentaram fazer ligações de crimes com um Círculo Negro Americano que foi muito bem questionado pelo “Faust” sobre existir algo nessa linha naquele país.

É um livro muito interessante, com ótimas visões de pessoas que viveram e vivem o Black Metal, pessoas sérias que vivem o satanismo diariamente como uma filosofia de vida e sociólogos que estudaram o comportamento desse grupo de jovens. Tudo junto tentando explicar e, acredito eu, conseguindo, sobre como o esse estilo musical surgiu, a escalada de crimes e como algumas pessoas acabaram encontrando uma resposta dentro de grupos nazistas no futuro. Um livro muito bom que todo fã de metal ou toda pessoa curiosa e apaixonada por música e que gosta de entender comportamentos psicológicos e eventos de manada deveria ler. Foi lançado pela Editora Estética Torta e vem acompanhado de um marcador de livros e um pôster próprios. Além disso, vale citar que foram lançadas 666 cópias numeradas, então, se tiver interessado, não perca tempo e adquira logo o seu! Vale muito a pena!
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Sebo Gato Bibliotecário 08/12/2021

Outros crimes
A leitura de Lord of Chaos não dever ser feita por qualquer pessoa, a pessoa deve ter mente muito aberta e maturidade, e as opiniões de Varg Vikernes não devem ser levadas a serio, provavelmente o tempo na prisão apodreceu seus neurônios, mas acho injusto ele ter recebido pena máxima por causa de alguém medíocre, não-popular na sociedade norueguesa mas importante no black metal. Concordo com ele em algumas coisas, mas a maioria não. O livro também aborda outros crimes de homicídio e incêndios de igrejas na Europa, fortemente influenciados pelos casos da Noruega, tendo alguns homicídios nos estados unidos. Achei interessante que o paint corpse, usado no black metal tem uma origem de cultura escandinava, Oskoreia. Essa edição tem 13 capítulos e mais três apêndices, a letra pequena deixou a leitura cansativa. Em relação ao filme (que assisti depois de concluir a leitura), focou o inicio do Mayhem e foi até o assassinato do Euronymous, e acabou o filme aí. Não mostrou o julgamento de Varg, e outros assuntos abordado no livro.
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Heloyse 03/11/2023

O que dizer?
Como pesquisa, os autores estão de parabéns. Várias explicações, reportagens e entrevistas para nos situar nos ambientes enquanto a coisa toda acontecia.
Quanto à edição, estou um pouco triste. O livro foi super caro para ter erros na numeração das páginas, textos e legendas cortados pela metade, e a capa de trás simplesmente soltou durante a leitura ?
E não vamos esquecer da fonte tamanho 2. Quase precisei comprar uma lupa pra ler isso aqui.
Sobre Black Metal, não gosto do estilo musical, mas me interesso pelas origens e como as músicas influenciam as pessoas, e a única coisa que eu digo é que, pra quem quer ser "do contra", essa galera toda é bem maria vai com as outras.
Eles se acham mega inteligentes falando um monte de abobrinhas, que qualquer pessoa normal teria vergonha de dizer em voz alta (por ser algo bem burro mesmo).
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