Resenhas - Quando acaba o século XX

huntero 08/01/2024

Neste breve e impactante ensaio, a antropóloga e historiadora Lilia Moritz Schwarcz reflete sobre os impactos da pandemia da COVID-19

Gabriel 30/12/2023

Reflexões que trouxeram péssimas memórias
Adicionei esse ensaio na lista de leituras lá em 2020 e posterguei a leitura até agora. Mesmo depois de mais de 3 anos após a pandemia de covid, falar sobre esse assunto e sobre como ele foi criminosamente tratado pelo ex-presidente aqui no Brasil ainda me traz muito ódio e tristeza. Os comentários da Lilia certamente são bastantes breves, mas muito assertivos.

Talita324 29/12/2023

Verdades jogadas na sua cara!
Excelente reflexão!
Esteja aberto para aceitar aquele ponto que você vem fugindo faz tempo, pois apesar do tema central ser a pandemia do covid, Lilia traz muitos outros temas.

bels 16/12/2023

"...os séculos não terminam com o virar da folhinha do calendário, mas quando grandes crises colocam em questão verdades que já pareciam consolidadas."

Diana.Castor 09/12/2023

Ainda muito atual.
Mesmo depois da pandemia as reflexões são muito pertinentes e ilustram a forma como os brasileiros insistem em cometer os mesmos erros diante de adversidades semelhantes. Até que ponto o negacionismo vai permear tomadas de decisões tão fundamentais como nação?

Thiago 15/11/2023

Li no ônibus da faculdade e estou repensando toda a história
Eu me pergunto como um livro de 27 páginas foi capaz de me encucar com ideias tão profundas.

Schwartz monta o livro a partir de textos escritos entre abril e julho de 2020 retratando o período da pandemia e as mudanças sociais que ela trazia e coloca a pandemia da covid-19 como o marco do início do século XXI, fazendo um paralelo com a fala de Hobsbawm onde afirma que o século XX começa em 1918, após o fim da primeira guerra.

O fim da segurança tecnológica e o início de um mundo inseguro mas que otimistamente traz consigo as conquistas do movimento feminista e do movimento negro marcam as páginas do livro. As questões de gênero, raça e classe se tornam intrínsecas nesse relato sobre a pandemia qhe discorre sobre essas pautas antes do surto da covid.

Ver a pandemia como o início de um novo século é perceber as mudanças sociais e políticas que aconteceram de 2020 pra cá e é perceber o quanto o mundo mudou. Ler esse livro em 2023 é perceber que uma nova lógica já se empreguina na nossa realidade. É conviver com a realidade das mudanças climáticas, da crescente do reacionárismo e do negacionismo, é presenciar o protagonismo do movimento feminista e negro, é sobreviver ao capitalismo tardio e vivenciar a crescente luta de classes.

Particularmente, gostaria que Schwartz escrevesse um novo livro baseado nesse antigo apartir dos ocorridos que vivenciamos de 2021 para cá, pois a virada do século trouxe consigo acontecimentos referentes à história do tempo presente que gostaria que fossem discorridos e problematizados com a precisão e impecabilidade da escrita e da crítica de Schwartz.

Nunca tive um momento tão reflexivo sobre a história e nossa sociedade como tive nessa volta de ônibus para casa.

Leitura extremamente válida, rápida, leve, reflexiva, importante e atual. Schwartz mais uma vez nos mostrando porque é referência na história do Brasil.

laricass 19/10/2023

Quando acaba o século XX
"E nem sempre ?casa? quer dizer ?lar?. Casa sempre foi um local de repouso e abrigo. Já lar é um conceito criado pela burguesia, no século XIX, que tendeu a idealizar esse lugar, sublinhando o modelo de família estruturada e esquecendo dos conflitos por lá inerentes. Muitas vezes romantizamos esse espaço, sem ver que, nesse contexto pandêmico, os números de violência doméstica aumentam. Os de feminicídio e de infanticídio também."

"Uma particularidade do momento que vivemos é que as pessoas recebem informações com muito mais velocidade, o que pode ser uma vantagem e uma desvantagem."

"Negar o passado significa também não aprender com ele ? com nossos erros e acertos."

Sinopse
"Neste breve e impactante ensaio, a antropóloga e historiadora Lilia Moritz Schwarcz reflete sobre os impactos da pandemia de covid-19 em nossa compreensão sobre as desigualdades estruturais da sociedade brasileira e os limites da utopia tecnológica que marcou o século passado. Em entrevistas e textos publicados nos últimos meses, Lilia Moritz Schwarcz cravou um diagnóstico de grande repercussão: "Ao deixar mais evidente o nosso lado humano e vulnerável, a pandemia da covid-19 marca o final do século XX". A utopia tecnológica do século que agora termina deu lugar a uma crise social, econômica, ambiental, cultural, moral e da saúde ? e o sofrimento que dela decorre é incomensurável. Nos últimos anos, a sucessão de desastres climáticos e ambientais de proporções inéditas alertavam para o fato de que nossa marcha sobre a natureza encontrara seu limite. Mas as contradições da ideia de progresso também se manifestam na inaceitável desigualdade que marca a experiência de países como o Brasil, na perpetuação de estruturas sociais racistas e machistas, e na transformação da história e dos idosos em "velharia". Esses são alguns dos temas abordados em Quando acaba o século XX. "Pessimista no atacado e otimista no varejo", Schwarcz defende que "se cada um exercer sua cidadania, sua vigilância cidadã, quem sabe damos sorte no azar". Se o Brasil já se perdeu e já se encontrou várias vezes em sua história, "é hora de fazer da crise um propósito."

Jothamon 27/09/2023

Cultura
Como podemos ignorar tantas coisas mesmo com muitos exemplos a nossa volta? A cultura em que vivemos ajuda e atrapalha muitas coisas.
Cabe a cada um saber seu papel.

Nallanda 14/09/2023

Nossa marcha desenfreada pela tecnologia agora se depara com essa pandemia, e começamos a nos despedir, tristemente, da utopia do século XX. Bem-vindos ao século XXI.

Le Vieira 09/03/2023

Relato conciso porém real do que foi o período da pandemia da Covid 19 no Brasil. Quem éramos, quem fomos e quem nos transformamos depois, tudo entrelaçado ao passado - nem tão distante do nosso país - e os erros que cometemos outra vez.

Laaay 05/02/2023

"Sou pessimista no atacado e otimista no varejo"
Gostei bastante das reflexões suscitadas pela Lilia durante o texto. Um contexto geral rápido, porém com uma boa base sobre questões que a humanidade sofre há tanto tempo.
Vale a pena, leitura fluida e rápida.

Mariana113 04/02/2023

Valiosíssima
Lilia Schwarcz tem uma didático divina, expressa de forma geral a problemática brasileira herdada pelos anos de exploração e suas consequências na sociedade, tal qual a origem dos grandes traumas vividos.

GotikaOMG 31/01/2023

O nosso presente está muito cheio de passado.
Lília é uma mente brilhante! Uma obra rápida e certeira nas críticas que se propõe a tecer.

Ao abordar temáticas complexas dento do contexto pandêmico, Lília foi incisiva em suas críticas ao desgoverno e a bestialidade de uma política negacionista e excludente em questões sociais, políticas, econômicas, raciais e de gênero.

Camilla 15/01/2023

Linha do Tempo
Reflexões sobre a pandemia, como ocorreu esse processo. Além de uma discussão de como acontece essas desigualdades sociais ao longo da história.

grazieswan 07/01/2023

Um apanhado de reflexões
A autora trás para o leitor uma outra visão pra mudança do século, na qual algumas pessoas acreditam que acontece quando a humanidade passa por algum tipo de crise e consegue superar. Um exemplo seria o século XIX acabar com com o fim da primeira guerra mundial.

Em geral, ela trás a questão da pandemia como tema principal e desenha o livro trazendo dados históricos e fazendo uma crítica direta ao modo como os governantes lidaram com a pandemia.