Quando Fui Girassol

Quando Fui Girassol M. Becke




Resenhas - Quando Fui Girassol


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Retipatia 13/08/2020

Um enlace entre dois lados diferentes da mesma história!!
O mundo não é exatamente o mesmo que vemos hoje, mas podemos dizer que o ser humano, sim. Na mesma medida em que há bondade nele, há maldade. Na medida em que há respeito, empatia, solidariedade, há sede de sangue, vingança, egoísmo. Um ciclo infindável que parece nunca se romper.
Árya conhece esse ciclo tão bem quanto seus ancestrais do povo Kaija, que vive escondido há anos em medida de sobrevivência. Pessoas que vivem em sintonia com a natureza, que retiram dela apenas o necessário, numa coexistência harmônia nas terras secretas da floresta.
O motivo de se manterem escondidos por gerações tem nome: os caçadores. Homens da cidade cinza e dura que caçam com rapidez, precisão e sem remorso. Bem, quase todos. Um dos melhores homens, Rowan, até sabe o que é sentir remorso por uma caça. Mas esse é seu trabalho, é o único que possui, o único que aprendeu. E ele é bom nisso.
Não será a escória do povo Kaija que irá lhe impedir de fazer o seu trabalho, ainda que, vez por outra, insistam em destruir suas armadilhas. E ninguém desejará estar na pele de um Kaija ao se deparar com um qualquer caçador. Mas é bom que eles também não se aventurem sozinhos na floresta, já que o contrário, também não será perdoado.
Árya, como qualquer outra pessoa do povo Kaija, sabe do perigo, mas ao mesmo tempo, ela não é como todos os outros. Seu espírito livre precisa vagar pela floresta, sentir a água gelada do rio em sua pele, a textura da grama em seus pés. Sua conexão com a natureza está além daquela que seu povo possui, está além do respeito. Ela é parte do ciclo, parte da vida, parte do todo. E, assim, em uma de suas expedições do lado de fora da aldeia, ela é pega de surpresa por um grupo de caçadores.
Mas, mesmo na situação crítica, com alguns dos caçadores querendo lhe esfolar viva, e outros em dúvida de qual caminho seguir, ela consegue uma trégua: se convencer o chefe dos caçadores, Rowan, a crer no que ela crê, a ver o mundo com seus olhos, com os olhos de seu povo, ela não será levada para a cidade.
O que Árya não sabe é que, assim como ela guarda seus segredos, Rowan também tem os seus. Alguns que o atormentaram por toda a vida. Alguns que, se revelados, poderão mudar o peso da balança e acabar com a possibilidade de uma trégua, de paz. De amor.

Quando fui Girassol: A Bela e a Fera + Romeu e Julieta?
Ao ler sobre a história, talvez você já imagine que existam algumas semelhanças com o conto de fadas A Bela e a Fera, afinal, um enlace entre prisioneira e seu raptor? Ou mesmo quem sabe você pensou em Romeu & Julieta, com famílias – aqui um povo – inimigas, e um romance proibido. Bem, eu vou te dizer que você chegou quase lá.
Em dado momento eu até me peguei pensando “ela vai se apaixonar pelo sequestrador!? Síndrome de Estocolmo?” Mas a história não para nesse ponto e a autora conseguiu mostrar que ninguém é feito de um único ato. A ideia aqui é mais como quando a presa se torna o caçador.
A história de Árya terá o foco no seu romance, no surgimento de um sentimento inesperado mas que, ao mesmo tempo, pode ser a chave para acabar com preconceitos estabelecidos há anos infindáveis.
E, através disso, a história não deixa de lado outros pontos importantes: a relação que temos com a natureza, a forma com que a vemos, com que a tratamos e como lidamos com o mundo ao nosso redor. Aqui, a ideia não é, necessariamente, escolher um lado, determinar certo e errado. A história fala muito mais sobre o equilíbrio, o balanço, o respeito às diferenças.
Para ler a resenha completa, é só acessar o blog!

site: https://retipatia.com/2020/08/03/quando-fui-girassol-m-becke/
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