JosA378 15/07/2023
Uma professora recomendou esse livro,
eu amei, cada pedacinho dele, devorei esse livro em um dia, ele é tão lindo, os ensinamentos são geniais, minha parte favorita são as cenas do hospital e da prisão, aposto, de todo meu coração, que ao menos terá uma rosa dentro do seu coração com esse livro em sua mãos(no meu tem um jardim)
logo de início ele já mostra como os adultos esperam tanto das crianças, de uma maneira tão clara e linda:
Um dia, mal acabava de nascer e parecia um grande pão no bercinho de vime, fora levado à
igreja para ser batizado. Um padrinho de chapéu preto e uma madrinha de mangas compridas
declararam ao padre que ele se chamava João Batista. Nesse dia, como quase todos os bebês em
idênticas circunstâncias, o coitadinho protestou, gritou, ficou vermelho de chorar. Mas as pessoas
grandes, que não compreendem os protestos dos recém-nascidos e teimam em sustentar suas
idéias pré-fabricadas, garantiram com a maior firmeza que o menino se chamava mesmo João
Batista.
Mas em seguida, mal a madrinha de manga comprida e o padrinho de chapéu preto o
recolocaram no berço, deu-se um fato curioso: as pessoas grandes já não conseguiam pronunciar
o nome que lhe haviam dado, e puseram-se a chamá-lo de Tistu.
O fato, aliás, não é tão raro assim. Quantos meninos e meninas foram registrados no tabelião
ou na igreja com os nomes de José, Maria ou Antônio, e só são chamados de Jucá, Cotinha ou
Tônico!
Isto prova simplesmente que as idéias pré-fabricadas são idéias mal fabricadas, e que as
pessoas grandes não sabem mesmo o nosso nome, como também não sabem, por mais que o
pretendam, de onde foi que viemos, por que estamos aqui e o que devemos fazer neste mundo.