Talita 30/07/2010
O livro conta a historia de um menino que todos habitaram se a chamar Tistu. Logo quando ele nasceu foi levado à igreja para ser batizado como João Batista, mas protestou violentamente contra isso. Deu se então um fato curioso, tão logo todos saíram da igreja não lembrava mais sei nome. Assim ele passou a ser chamado Tistu.
“Isto prova simplesmente que idéias pré-fabricadas são idéias mal fabricadas, e que as pessoas grandes não sabem mesmo o nosso nome, como também não sabem, por mais que pretendam, de onde foi que viemos, por que estamos aqui e o que devemos fazer neste mundo. (p. 13 e 14)”
No decorrer do livro o autor faz várias considerações sobre como as idéias pré-fabricadas influenciam em nossa vida e como as pessoas geralmente preocupam se muito com elas. Mas que essas idéias não nos dizem muita coisas, somente são importantes se viemos ao mundo somente para ser gente grande. Agora se viemos ao mundo para ser mais que isso elas somem rápido de nossa cabeça.
Tistu é um menino muito sortudo. Vive na cidade chamada Mirapólvora, numa grande casa, a Casa-que-brilha, com o Sr. Papai, Dona Mamãe e o seu querido pônei Ginástico. Eles são ricos e lindos. Seu pai tem uma fábrica de canhões. Todos tem incríveis espectativas sobre o menino que um dia será dono de Mirapólvora. Porém a escola produz no menino um incrível resultado ele dorme durante a aula.
“Quando começava o lento desfile das letras que caminham a passo pelo quadro-negro, quando começava a se desenrolar a monótona corrente dos três-vezes-três, dos cinco-vezes-cinco, dos sete-vezes-sete, Tistu sentia uma coceira no olho e logo caia no mais profundo sono. (p. 24).”
Seu pai o leva para ter aulas práticas com o Sr Trovões, gerente da fábrica de canhões e o jardineiro Bigode, assim além de ver as coisas, eles as vivenciará.
“Tistu, ao realizar o trabalho que Bigode lhe confiara, teve uma agradável surpresa: esse trabalho não lhe dava sono. Ao contrario, lhe dava um grande prazer. Ele achava que a terra tinha um cheiro gostoso. Um vaso vazio, uma pá de terra, um buraco com o dedo, e o serviço estava pronto. Passava-se logo ao seguinte. Os vasos iam se alinhando rente ao muro. (p. 32).”
Em sua primeira aula o jardineiro logo descobre que Tistu tem um dom. O garoto tem o dedo verde e para onde o aponta, nascem flores. Ele acredita que as pessoas não entenderão tal dom então resolve guardá-lo em segredo. Assim ele se torna o conselheiro de Tistu.
Já com o Sr. Trovões ele conhece um pouco do lado triste da vida: a pobreza, o hospital, o presídio. Tistu tenta alegrar um pouco estes lugares, enchendo os de flores.
Então um dia, Tistu conhece a fábrica de seu pai, e fica inconformado com o mal que os canhões e guerra causavam ao mundo. Assim com seu dedinho mágico resolve fazer que ao invés de soltarem fogo os canhões que estão sendo enviados para a guerra, soltem flores. Dessa forma, a fábrica de canhões de seu pai vai à falência e é transformada em fábrica de flores.
Triste e com remorso o menino resolve contar a seu pai que foi ele que estragou seus canhões. Assim a cidade Mirapólvora torna-se Miraflores.
Um dia Tistu recebe a noticia que Seu Bigode, o jardineiro está dormindo, mas descobre que ele faleceu. Resolve então construir uma escada de flores até o céu para ir buscá-lo, e seu pônei escreve na grama que Tistu era um anjo.