Blacksad

Blacksad Juan Díaz Canales




Resenhas - Blacksad n° 2


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Ulisses 13/03/2021

Mais um bom quadrinho desta série, com uma história policial que aborda o tema de racismo e fanatismo e ainda conta com uma arte surpreendente.
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Paulo 03/10/2018

"Algum dia, vou escrever minhas memórias. Vi e vivi tantas situações incríveis que os leitores vão pensar que são um monte de mentiras, que não cabe tanta maldade no mundo. Não me supreenderia se elas acabassem publicadas como um romance policial. Venderiam que é uma maravilha, as pessoas adoram algo mórbido. Que ironia, eu morreria rico e incompreendido.”

Em meio a ascenção de supremacistas brancos e crimes racistas, John Blacksad é chamado para investigar o desaparecimento de uma menina. Porém, ao entrar em contato com a mãe da garota, que revela muito menos do que aparenta saber, John é obrigado a se envolver em intrigas e escândalos envolvendo a alta sociedade local.
O segundo conto de Blacksad continua com a pegada dos filmes noir e séries policiais dos anos 90, porém a narrativa evolui, abandonando os clichês do gênero e apresentando uma trama mais densa e pessimista, que discute questões como o racismo, a hipocrisia entre o discurso e prática das altes classes, e os movimentos supremacistas que permearam os EUA durante a década de 50. Se em Algum Lugar Entre as Sombras a trama, apesar de simples, era fluída e muito envolvente, a narrativa de Artic-Nation consegue ser ainda mais instigante: eu não parei de ler até terminar a história.
Guarnido faz mais um tremendo espetáculo de arte. O arista continua a utilizar a metáfora do mundo animal a fim de fazer paralelos com a natureza humana, e as espécimes animais continuam refletindo a personalidade de cada um dos personagens. Assim como seu predecessor, este volume valeria a pena “apenas” pelo trabalho belíssimo do artista: seus personagens são cheios de expressão, e seus desenhos tem a capacidade de falar mais com o leitor do que muitas narrativas escritas.
Minha única crítica é com a maneira com a qual o desfecho da história é conduzido. Tenho um pouco de problemas com contos policiais em que o autor mantém uma série de coisas ocultas e deixa para contá-las, de uma vez só, para as reviravoltas no final. Prefiro quando o autor deixa deixa as pistas lá, e ainda assim, nos surpreende com a revelação final. A revelação final sobre determinada personagem em Artic-Nation me pareceu “tirada da cartola”, e não achei este final tão orgânico quanto todo o resto da história. Não me convenceu.
Enfim, Artic-Nation é um excelente conto policial, com uma arte soberba e sacadas ainda melhores que a da primeira edição, usando da narrativa para discutir temas adultos e tornar a trama ainda mais densa. Por mais que não curta a reviravolta do final da história, estou me apegando cada vez mais ao gato detetive.
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