Resenhas - Michel Foucault - Uma Trajetória Filosófica

Flavio 09/05/2016

Uma dos melhores livros sobre Foucault
A dupla de norte-americanos H.Dreyfus e P. Rabinow são autores de um excelente livro sobre as obras publicadas enquanto Foucault viveu. Nos referimos a ''publicadas pelo autor'' pois atualmente público tem acesso também as aulas do Colége de France que foram gravadas e publicadas por alunos e não pelo autor - mas não que isso diminua o crédito de tais obras. Enfim apesar de aqueles autores não comentarem sobre esses cursos, realizaram uma rigorosa interpretação dos livros do autor. Embora seguem uma abordagem de análise e comentarios eles não se limitam a isso dado que , elencam problemas. realizam críticas e inclusive cunham expressões (a exemplo de ''ato discursivo sério'') . Consideramos que essa é grande virtude da análise - a ousadia e originalidade - mas também o que gerou certos deslizes e exageros. Isso ocorre a exemplo de um das principais teses do livro - que Foucault passa de um semi estruturalismo (normamente considerado como os livros do ''período'' arqueológico) para uma hermenêutica ( os livros considerados do ''período'' genealógico ). Tudo se passa para tais autores como se não houvesse uma simples mudança de 'metodologia' , abordagem ou estilo de análise. Os autores são exigentes á ponto de proporem que houve um fracasso na arqueologia de Foucault.Independente de concordarmos ou não com tal acusação o fato é que as análises de outras obras se sustentam mesmo caso discordemos ou refutemos tal afirmação. Além disso, percebemos certa aproximação, um pouco forçada com a problemas da filosofia analítica. seja nos comentários a respeito de Foucault ou de autores como Heidegger... Arriscaríamos a dizer que tal aproximação pode ter sido influência de John Searle - amigo pessoal de Foucault que possivelmente colaborou ou debateu com os autores... Finalmente, apesar de tais arestas sob como um todo a obra é ótima recomendo tanto para iniciantes ou para especialistas no autor francês...

beatrxste 28/04/2024

Paradigma, crise e cítricas da ciência moderna e racionalidade contemporânea ou “pós-moderna” - Paradigma emergente
(leitura para disciplina de epistemologia da educação - mestrado)

- paradigma científico emergente
- Comte e Durkheim como bases do positivismo
- Dussel dar a voz às minorias como mulheres pobres e etcétera
- paradigma egocêntrico: é o mito da modernidade, a cultura da Europa como superior. A pessoa não era europeia é vista como culpada, excluída e fora do processo da globalização
- ética da libertação: reconhecer o outro. Pode se tornar político também, há possibilidade de mudança social
- todo conhecimento científico natural é científico social: se aproximadas humanidades
- Foucault: o que o poder faz ao sujeito. atento às formas de alienação e de servidão. não há uma ordem na sociedade, todo mundo há alguma hora irá exercer poder sobre alguém
- como se exerce o poder? As relações entre os indivíduos (ou grupos) em cheque, pela hierarquia do poder que seria um exercendo o poder sobre os outros
- o pensamento pós moderno: focado na própria identidade, mecanismos de exploração e dominação e a relação com o outro e a valorização do sujeito
- Rostos, segundo Hussel, que sofrem um Holocausto: indígenas africanos mestiços camponeses operários marginais. Todos Ignorados pela modernidade.
- é possível situar como um pós-moderno?
- “microfísica do poder” de focou quebra e rompe e também critica Marx
- governamentabidade e biopoder são conceitos de Foucault.
- Russel mostra para epistemologia que essa não neutralidade fundamenta.